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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

A MONTANHA PARIU UMA MINHOCA


A montanha, laboriosamente construída pelos irmãos Fernandes, pariu uma minhoca.

 

Foi assim:

 

- O Fernandes (José), cujas ambições de poder são mais que muitas, andava há que tempos a tentar dar nas vistas.

Fez os maiores malabarismos inquisitoriais, acusando este mundo e o outro das maiores tropelias.

Aliou-se ao Telles, que estava off side desde que o Soares o contratara para fazer aquele impraticável jardim do alto do Parque Eduardo VII a troco de silêncio em relação à monstruosidade do Corte Inglês e anexos, os quais, noutras circunstâncias, mereceriam a sua “justa” indignação.

Aldrabou o Barreto, que se deixou levar pelas falinhas mansas da criatura.

Inventou o processo contra o Túnel do Marquês, a melhor obra que se fez em Lisboa nos últimos cinquenta anos, parou a coisa, prejudicou tudo e todos, a começar pela CML, e nunca pagou um tostão dos buracos de milhões de que é culpado.

À custa destas provas de amor à cidade, conseguiu o negócio com o BE, que fez dele vereador.

Quando viu que o PS lhe dava mais segurança para o futuro, tratou de “defender o vale de Alcântara”, mediante o apoio aos negócios do Coelho, forma sofisticada de acabar com os compromissos que tinha com o BE.

Ninguém, até hoje, viu fosse que obra fosse saída da sua acção como executivo da Câmara.

Em resultado desta brilhante maneira de ser, a criatura, liberta, triunfante, tem lugar garantido nas listas do PS.

 

- Entretanto, em nobre cruzada contra a corrupção, chamou o mano Ricardo, que era, por afinidades de escritório, não distante de um macacão chamado Névoa, o qual, com o apoio do PS, tinha trocado o Parque Mayer pela Feira Popular.

Juntos, os manos trataram de montar ao Névoa uma armadilha que faria inveja ao major Silva Pais.

O Ricardo convenceu o homem que, com umas massas, lhe seria possível levar o mano a retirar um processo que o mesmo tinha, previamente, movido contra a tal troca.

Sem grandes escrúpulos, o Névoa acreditou no advogado (os advogados têm obrigação deontológica de se calar em relação às acções dos seus clientes).

Não terá ocorrido ao Névoa, nem que o Ricardo não era seu advogado, era-o uma senhora lá do escritório, nem que, por conseguinte, o homem, talvez vítima de uma moral profissional um tanto elástica, não teria obrigação de sigilo.

Devidamente mancomunados com a polícia, os manos montaram uma “trampa” em que, gravando, fizeram o Névoa largar as bocas que foi levado a largar, convencido de que estava a lidar com outra gente.

Depois, foi só processá-lo. A prova estava obtida.

Diz-se que, da tumba, o camarada Barbieri Cardoso mandou aos manos um telegrama de felicitações.

 

- O Ministério Público percebeu que era tudo um mijarete, que os manos estavam bem para o Névoa e vice-versa, e, timidamente, foi pedindo uma pena curta e devidamente suspensa.

O Tribunal percebeu o mesmo.

Percebeu também que o dinheirinho do Névoa se destinava a “propiciar” um acto lícito, coisa que, até há uns anitos, nem crime era.

Vai daí, dá cá cinco mil euros e vai em paz. Uma minhoca saía do pútrido ventre da montanha dos manos.

 

- O Névoa ficou satisfeitíssimo.

 

- Os manos, ainda que vangloriando-se do seu nobre pidismo, dizem que a minhoca é um elefante e que contribuíram galhardamente para acabar com a corrupção.

Isto, tendo sido eles a incentivá-la, ainda que com fins policiais.

 

- Moralmente, os manos são mais corruptos que o Névoa. Este, coitado, só queria resolver o problema. Quando lhe sugeriram uma forma de o fazer, embarcou. Anjolas!

 

- O que os lisboetas querem é alindar o pardieiro em que o Fernandes transformou a Feira Popular e ver o Parque Mayer recuperado (embora perdida, por burra intervenção do Presidente Sampaio, a hipótese de fazer daquilo alguma coisa de jeito).

Por isso, em termos de cidade, vale mais meio Névoa que um milhão de Fernandes.

 

25.02.09

 

António Borges de Carvalho

A EQUAÇÃO DA TRAMÓIA

Quem tem umas noções básicas de contabilidade conhece uma regra que, antigamente, se chamava “equação dos balanços”. Significa que, em contabilidade, nunca há desiquilíbrios, isto é, tudo o que se escritura numa ou noutra das colunas, tem uma contrapartida contabilística. Se não tem, as contas estão erradas.

 
Isto não se aplica às investigações policiais. Ou aplica? Não sei.
Os distintos investigadores do caso Freeport passaram dois suspeitos a arguidos de corrupção activa consumada. Para o observador independente, a equação está coxa. Para haver corrupção activa consumada é preciso que haja corrupção passiva consumada. Se alguém pagou, alguém recebeu. Não é?
Então, do outro lado da equação, onde estão os arguidos? Descobriu-se, até ver, uma só “irregularidade”, aliás confessa e não punível: a cunha do tio Júlio. É tudo.
Apesar das convicções da PJ, comunicadas aos ingleses, e das convicções dos ingleses, comunicadas à PJ, não há arguidos de corrupção passiva. Isto, para a polícia de Sua Magestade Britânica, é mais ou menos chinês. Ela não sabe o que é isso de arguidos. Há suspeitos, e pronto. Por cá, há suspeitos a brincar e suspeitos a sério, que se chamam arguidos. O que é melhor, não sei.
Parece que as águas, para já, correm para parte nenhuma, o que é uma irregularidade contabilística e um impossibilidade hidráulica.
 
A propósito: quando é que o senhor Pinto de Sousa é interrogado? Pode ser, até, que tenha alguma coisa para dizer para além de elaborar sobre a teoria da conspiração e da obscura e negra tramóia.
Que chatice, deve pensar o pobre do senhor, andámos quatro anos com a coisa abafadinha, e agora, sem mais nem menos, os sacanas dos ingleses vem deitar gasolina nas brasas. É de azar, xiça!
 
Consta que, ou o camarada Brown acaba com o Serious Fraud Office, ou a aliança luso-britânica está em perigo.
 
22.2.09
 
António Borges de Carvalho

UMA PERGUNTA INOCENTE AO DR. ALMEIDA SANTOS

O dr. Almeida Santos, mui ilustre Presidente do Partido Socialista, ao mesmo tempo que se declara grande amigo do dr. Dias Loureiro, opina que, nas actuais circunstâncias, o homem devia ponderar suspender a sua presença no Conselho de Estado.

Lidas estas cuidadosas declarações como devem ser lidas, a conclusão a tirar é que o dr. Almeida Santos acha que o seu amigo, já que enganou a comissão de inquérito, deve pôr-se a mexer do tal conselho.
 
Ainda que registando a formas sibilina de dizer “vai-te embora porque andas ou andaste em negócios escuros e porque és um aldrabão”, registe-se igualmente que se pode compreender a exigência. São demais, por um lado, as bocas e as insinuações e, por outro, as atrapalhações do conselheiro de estado.
 
Mas, meus amigos, ou há moralidade ou comem todos. O senhor Pinto de Sousa não está menos abalado que o dr. Dias Loureiro.
Que diriam as boas almas se o dr. Dias Loureiro, às questões levantadas, outra resposta não desse senão a de que está a ser perseguido, que há poderes obscuros que agem contra ele, que se trata de uma campanha negra, que, por trás de tudo, está o PS?
Dir-se-ia que se tratava de uma fuga em frente, de uma confissão implícita, de uma vitimização inconsequente e incongruente, se pior se não dissesse.
E, no entanto, o senhor Pinto de Sousa e os seus áulicos outra coisa não fazem senão gritar contra os “poderes obscuros, voire contra o PSD, nada adiantando que o possa, substancialmente, ilibar do caso Freeport.
Não se concluirá daqui que tem culpas, mas também não é legítimo inferir que as não tem. Com culpas ou sem elas, toda a gente já percebeu que o primeiro-ministro não tem condições pessoais para se manter no poder. Bastaria, aliás, o caso da universidade ou o dos projectos para, se tivesse espinha política, já ter ido para casa há muito tempo.
 
Em que ficamos, dr. Almeida Santos? O que se justifica, na sua opinião, para o dr. Dias Loureiro, é letra morta se se tratar do seu amigo José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa?   
 
22.2.09
 
António Borges de Carvalho

A CEM ANOS DA DESGRAÇA

Aquecidinha com dois lindos milhões de contos, a comissão das comemorações da repugnante golpada do 5 de Outubro de 1910 prepara-se para inundar a Nação, começando pelas escolas, com o embuste histórico da primeira República. Será devidamente ocultada a origem terrorista da coisa, os males que causou, a desgraça e a miséria a que conduziu o país, os presos, os deportados, os torturados, os assassinados, toda a miséria moral e política a que conduziu o país, a ponto que o tornar desejoso da ditadura - a segunda República - que acabou por se abater sobre a Nação, interminável e sem paralelo na nossa História.

Era já tempo de esquecer as aldrabices com que se tem brindado o povo e as criancinhas, de tratar os factos históricos como tal, de descrever o que se passou, as motivações do que se passou, as consequências do que se passou, em vez de inventar razões para comemorações e fantochadas pseudo patrióticas e pseudo morais.
 
Continuamos prisioneiros de uma geração completamente caduca e ultrapassada, que ainda não quis perceber a borrada que os seus “maiores” fizeram.
 
O 5 de Outubro aniquilou, com a desculpa da “liberdade” e da “democracia”, um sistema de chefia do Estado com sete séculos, chefia do Estado que, onde soube manter-se, patrocinou a criação e representa os melhores regimes democráticos da Europa.
 
Com o 5 de Outubro, o sistema político continuou a ser o mesmo: o parlamentar. Só que passou a funcionar muito pior que antes. E, para lá de algumas “modernizações”, a liberdade foi praticamente aniquilada, o país (des)governado por cliques antagónicas e ferozes, a rua possuída por máfias assassinas, os sindicalistas presos e espancados, o partido socialista (de inspiração anarquista) proibido, sucedendo-se os governos, as revoluções, as bombas, os crimes políticos, a desgraça financeira, a miséria económica.
Foi isto o que o 5 de Outubro nos trouxe. As poucas realizações positivas da coisa são largamente ultrapassadas pelo horror de um regime que de democrático mais não tinha que a máscara.
 
É certo que, por altura do 5 de Outubro, as coisas não corriam bem na governação do país.
Como o que interessava aos republicanos era a mudança de moscas - o que a História veio a provar à saciedade – decapitou-se o que existia substituindo-o por outra coisa que lhe agravou os defeitos, os vícios e as misérias, sem que nada de substancialmente melhor fosse trazido à Nação.
 
A segunda República, que não vai ser comemorada pelos comemoradores, foi que foi. Mas, para os comemoradores, tal República nem existiu, isto é, não foi uma república. Só lhes falta descobrir que o general Craveiro Lopes era filho do marechal Carmona e pai do Almirante Américo Tomás, fundando assim a 5ª Dinastia, a do Estado Novo.
 
Como é que um regime que se diz democrático comemora essa espécie de Alcácer-Quibir da Liberdade que foi o 5 de Outubro, cujas ominosas consequências se prologaram por, pelo menos, 65 anos, como é que se gasta 2 milhões de contos dos nossos impostos para continuar a enganar o povo com a falsificação da História, são  coisas que jamais o Irritado perceberá, ou aceitará.
 
22.2.09
 
António Borges de Carvalho

SANTA ENGRÁCIA NO TERREIRO DO PAÇO

Com o maior dos ripanços, a CML vai fazer obras de vulto no Terreiro do Paço. Ainda não acabara o trauma dos muitos anos de incompetência e desrespeito das obras do metro, e já a cidade vai ser outra vez esventrada. As obras são precisas? Com certeza o serão. Mas também o é a sua celeridade.

Pelo andar da carruagem, sem trabalho por turnos, nem ao fim de semana, nem nada que o acelere, a ver vamos daqui a quantos anos a coisa está pronta.

Tinha que ser agora? Tinha que apanhar a época mais importante do ponto de vista turístico? Claro que tinha. O Costa não tem obra feita, de nenhuma espécie, de nenhuma valia, nada que os lisboetas possam dizer que “foi ele quem fez”. Por isso, o Terreiro do Paço é o que bem calha, o que é mais visível.
Vão ver que, nas vésperas das eleições, os trabalhos aceleram. A seguir, se o Costa ganhar, voltam ao ripanço. Se ganhar Santana Lopes, talvez acabem em tempo útil.
 
22.1.09
 
António Borges de Carvalho

CONTINUIDADES SOCIALISTAS

António Luciano Pacheco de Sousa Franco, uma boa pessoa que a luta entre as mafias socialistas acabou por matar, foi meu colega e, ainda que distantemente, meu amigo.

Na última vez em que estivemos juntos, pouco antes da sua morte, num jantar em casa de amigos, beberricámos scotch até às cinco da manhã, as nossas mulheres e os donos da casa a passar pelas brasas nos sofás, as minhas invectivas contra as amizades políticas dele, os seus argumentos “defensivos” e sérios, as memórias de muita coisa, os desejos que, embora por caminhos diferentes, ou até opostos, tínhamos em comum.
 
Na semana que se seguiu à sua morte, o “Expresso” entrevistou a viúva, dando-lhe honras de capa da revista e extensas páginas de palavreado. A senhora, em resumo, punha-se “à disposição” do PS para “continuar a obra do marido”. Ainda as cinzas do senhor não tinham arrefecido, já ela saltava para o galarim, antes que o combóio saísse da estação.
Acabou por ficar, muito pregadinha, com lugar cativo na bancada do PS.
 
Quando hoje se vê a fotografia do senhor Alegre e das suas quatro parceiras (horribile visu!), é difícil acreditar no que se vê. A senhora vota contra o Código do Trabalho, mijarete político que não adianta nada a não ser achas para a fogueira do PC. A senhora vota a anulação da avaliação dos professores, coisa que junta a demagogia infrene da classe à falta de jeito da ministra, mas de que o PS não prescinde. A senhora vai votar contra as taxas moderadoras, coisa que o PS, que a alberga há tanto tempo, não deseja.
Ou seja, vinda de não se sabe onde, à direita, a senhora agrega-se à patacoada da esquerda do PS.
 
Se isto é “continuar a obra do marido”, vou ali e já venho.
 
22.2.09
 
António Borges de Carvalho

COELHOS E COELHAS


Aqui há tempos, a RTP presenteou o respeitável público com um programa deveras original. Tratava-se de discutir a questão do Freeport.

Eufemisticamente chamado “Prós e Contras”, o programa não passou, como o Irritado e muito mais gente tiveram ocasião de observar, de um prós e prós desde o princípio até ao fim. O que estava em causa não era o caso Freeport, mas como safar o primeiro-ministro do caso Freeport.

 

Quando ouviu dizer que, nesta segunda-feira, haveria um novo programa do mesmo modelo dedicado ao “casamento” de pederastas com pederastas e de fufas com fufas, a minha pobre alma ficou a pensar se não se trataria de mais um prós e prós.

 

Não se tratava. Mas… tratava-se.

 

Não se tratava porque, apesar do que mais adiante direi, dona Fátima, desta vez, arranjou umas pessoas realmente pró e outras realmente contra.

Mas, se pensarmos um pouco mais além, hemos de reconhecer que, ainda que de forma mais sofisticada, os prós e prós lá estavam. Como? Na simples “oportunidade” da coisa.

 

É mais que evidente que o assunto em discussão não interessa absolutamente nada à esmagadora maioria dos portugueses. O pessoal nem sequer entende que a mesma gente que acha o casamento coisa de somenos, que protege e acarinha as “uniões de facto”, que facilita o divórcio ad nauseam nem que para isso tenha que criar uma monumental pastelada jurídica, que acha maravilhosa a existência de mães solteiras e de “famílias” monoparentais, que promove relações sexuais à la carte e à lagardère, que adora o exibicionismo bacoco dos hábitos de cada um, se preocupe em promover o “casamento” desses cidadãos. O casamento já para pouco lhes interessa. Mas, se quem está em causa for pederasta ou fufa, então passa a ser o mais importante dos temas. A esquerda é assim, “coerente” e “humana”

Não se tratava do desemprego, dos problemas dos bancos, das maluquices dos professores ou das da ministra, do estado da Justiça, da falta de segurança, das obras públicas, das eleições… Nada disso.

Tratava-se de trazer para a agenda das pessoas um tema que interessa ao senhor Pinto de Sousa, para colmatar a sua total ausência de ideias de futuro, satisfazer o seu desenfreado populismo pré-eleitoral, dar largas ao ridículo vazio da sua mente, num momento em que quase só lhe resta o patético e desesperado esbracejar que a situação em que se encontra provocou.

Ora como há que distrair as pessoas do que é importante e de as fixar naquilo que o senhor Pinto de Sousa elegeu como tal, a dona Fátima e o “serviço” público de televisão trataram de fazer o competente frete. Daí que, qualquer que fosse o resultado da discussão, a sua simples existência preenchia um valente pró-pró para a “situação”.

 

Posto isto, convirá fazer algumas observações sobre o papel dos intervenientes.

Do contra estavam em destaque o Padre António Vaz Pinto e um senhor Patto (com dois tês, como a dona Ritta), juiz desembargador. O primeiro argumentou de forma convincente, mas foi prejudicado pelos seus cristianíssimos sentimentos, pouco lhe faltando para dizer que, casados ou não, os interessados tinham lugar cativo no Reino dos Céus. O segundo nada disse que tivesse ficado na memória fosse de quem fosse, ou impressionado fosse quem fosse.

Do outro lado do palanque sentava-se duas estranhas personagens. Um senhor professor não sei quantos, diáfana criatura, estava muito triste por não ter possibilidade de “casar” com o companheiro. Afirmava que tinha esse “direito” e que a sociedade era má para ele. A seu lado, uma jovem senhora que se tinha pela pessoa mais importante do mundo, falava ex-catedra, de forma o mais desagradável que imaginar se possa. Não sei qual era a “religião” sexual da senhora, mas é evidente que quem tivesse a ousadia de a considerar da “igreja” do parceiro do lado, se ainda o não fosse ficaria incuravelmente “homófobo” (neologismo do léxico do clã). A criatura passou a noite, ou a metralhar o povo com diatribes jurídico-histéricas, ou a fazer as mais incríveis caretas de ódio e malquerença, mimo de desprezo e superioridade, ora acusando as pessoas de não estar à altura de perceber as suas doutas opiniões. Ao que consta, a dita é filha do Prof. Adriano Moreira, de quem terá herdado a paternalista superioridade sem herdar o talento ou a sabedoria. E mais, acerca dela, não digo.

 

Se formos para a plateia, coisas interessantes haverá a referir. A putativa amante do primeiro-ministro rivalizava em antipatia com a doutora Moreira. Duvido que alguém possa apreciar o estilo, sem sentir algum homofóbico impulso. Acresce a imagem desagradável de uma mulher vestida de forma apalhaçada, meias azul metileno, saia já não sei de que cor, botina para-militar, informe e farfalhudo casaco amarelo canário. Sei que é feio criticar, ou o físico ou a forma de vestir seja de quem for. Mas desta feita, que Deus me perdoe, não resisto à tentação, uma vez que tal indumentária não pode deixar de ter a ver com o “substrato” de cada um, ou de cada uma, por maioria de razão.

Temos, ainda do lado dos prós, um senhor professor cuja argumentação, de carácter jurídico-íntimo, pouco adiantou. Trata-se, segundo informadores que o Irritado considera fidedignos, do pai de um doce rapazinho, doce mas importantíssimo, uma vez que é presidente

(presidento, ou presidenta, diria a señora Saramago)

de uma associação de pederastas e fufas exibicionistas, coisa a que, confesso, tenho dificuldades de adaptação, uma vez que, no meu tempo, não existiam tais coisas, embora existissem pederastas e fufas. O senhor professor, por conseguinte, é “sogro” do diáfano colega, o tal que ocupava posição de destaque ao lado da desagradável doutorona Moreira. Um affairede famille, como devem compreender. Tratando-se de tal coisa, sejamos discretos e, em defesa da privacidade de cada um, limitemos o estro.

Contámos ainda com a douta presença do senhor Daniel Oliveira destacado membro do partido comunista que dá pelo nome de Bloco de Esquerda. Já que se trata de um tipo simpático e inteligente, demos-lhe o benefício da dúvida de pensar que, com o tempo, alguma luz lhe entrará no bestunto, fazendo-o deixar-se de disparates mascarados de “defesa de direitos” ou de outras maravilhas cujo conceito o mesmo tempo, esperemos, clarificará no seu espírito.

De destacar também um outro professor

(muito professoral anda a história, a inculcar que se trata de uma questão de “cultura”),

senhor magrinho e desgastado, que acha a pederastia uma questão “bíblica” e que se sente descriminado pela Igreja Católica por não poder matrimoniar-se com a devida pompa e reconhecimento civil.

Do lado dos contras da plateia, é de, tristemente, destacar um senhor que é presidente não sei de quê, que meteu os pés pelas mãos e nada de interessante veio trazer ao debate.

Finalmente, dois jovens, inteligentes e articulados

(eles é que deviam estar no palanque!),

demonstraram por a+b que, como dizia o camarada Louça num raro momento de lucidez, para fazer um casal é preciso uma coelha e um coelho.

 

Em resumo, duas conclusões se podem tirar do debate em causa:

 

  1. Que o triunfador da sessão foi o senhor Pinto de Sousa, porque conseguiu pôr as pessoas a pensar no que ele quer que elas pensem, em vez de pensar no que lhes interessa;

  2. Que as pretensões dos interessados não ganharam nada com a história, já que não se acredita que, com defensores daqueles, alguém minimamente inteligente ganhe afeição à “causa”.

 

Se, como quer um senhor do PS antes de ser saneado, a coisa for a referendo, é mais que evidente que será chumbadíssima pela população.

Se, como propõe o senhor Pinto de Sousa na laboriosa construção da sua cortina de fumo pré-eleitoral, a esquerda parlamentar se impuser, aí teremos um monumental pontapé no nosso direito civil. Em tal circunstância, mais uma vez exorto os casados a que se preparem para o divórcio seguido de união de facto, a fim de não partilhar da, doravante estropiada, instituição do casamento.

 

19.2.09

 

António Borges de Carvalho

 

CAMPANHA NEGRA

 

Dona Maria Barroso Soares, ex-“primeira dama”, ex-presidente da CVP, velhinha lamurienta e convencida, publicou um indignadíssimo artigo na imprensa, em tremebunda defesa do seu pupilo Pinto de Sousa.
Em lead, uma frase lapidar. “Para se ganharem (sic) eleições não vale tudo”! “É preciso respeitar os valores de uma sociedade humana, justa, livre e pacífica”.   
 
Parêntesis: apetece-me começar por dizer que, em português, o sujeito indeterminado é sempre do singular e que, por isso, o predicado nunca pode estar no plural, uma vez que o verbo concorda com o sujeito e não com o complemento directo. Uma senhora que se diz culta e intelectual - diz-se que até foi professora num colégio - não tem desculpa para este tipo de asneira.
Se a asneira fosse só esta, enfim, seria da idade.
 
O artigo não passa de mais uma lamúria apropriada à patética campanha eleitoral do senhor Pinto de Sousa. Ridícula gritaria, a “virar o bico ao prego” e a assacar ao PSD as “culpas” das investigações policiais que têm o homem como suspeito, quer ele goste quer não, quer dona Maria goste quer não, quer o PGR diga que sim ou que não.
A “defesa” do homem não adiantou, até hoje, um único argumento concreto que permita às pessoas ajuizar da sua inocência. Nada. A “defesa” é exclusivamente formada pelas acusações a terceiros, umas vezes corporizados pela imprensa, outras pelo PSD, outras por alvos desconhecidos. É esta a verdadeira e única campanha “negra”, a que aposta em acusar os outros dos males que afligem os seus autores.
 
O artigo da ilustre actriz Maria Barroso adianta novos “argumentos”. Foge da treta dos “poderes ocultos”, das manobras “negras” e dos esoterismos que são habituais no discurso da clique do costume.
Como senhora de princípios, o que a revolta é a “calúnia” e a “cobardia” coisas que lhe causam “indignação e pesar”. Intrépida defensora dos que julga inocentes, atribui as “calúnias”, a “cobardia” e as “apreciações maldosas” aos que têm um “posicionamento sectário oposto ao do quadrante político” do senhor Pinto de Sousa, e dela própria.
Graças à senhora, ficamos assim a saber que a Scotland Yard e o Serious Fraud Office são organizações cobardes, caluniadoras, que fazem apreciações maldosas. Falta dizer que são do PSD, mas está implícito. Demos graças à senhora por tão inteligente descoberta: a grande culpada é a secção britânica do PSD!
 
O superior raciocínio da senhora, quiçá inspirado pelo Doutor Salazar, leva-a a dizer que todos, mas todos, qualquer que seja a nossa cor política, devemos “unir-nos para melhor podermos (um infinito impessoal conjugado, num complemento circunstancial!) suportar o que nos oprime”. “Devemos… darmo-nos (outro pontapé na gramática, xiça!) as mãos para, todos juntos, seguir no caminho luminoso da solução dos problemas.
A “modesta cidadã” (coitadinha!) não diz que temos a mais elementar obrigação de seguir o senhor Pinto de Sousa, o seu bem amado chefe. Seria salazarismo a mais. Mas a única conclusão que se pode tirar das suas esclarecidas palavras é que a defesa intransigente do primeiro-ministro é a única forma de passar a crise, tal como, há quarenta e tal anos, era a fórmula mágica para conservar o Império e manter a “ordem”. Um chefe é um chefe, que diabo, não é, dona Maria?    
Depois de umas considerações meramente repetitivas, lá volta a “modesta cidadã” ao ataque: “Para se disputarem (sic) e ganharem (sic) eleições não vale tudo!”. Ora como o PSD é o único, para além do PS, que pode ganhar as eleições, aí está, verrinosa e teimosa, a mensagem, que é o único objectivo do artigo: preciso é “malhar” no PSD, não à maneira ultramontana do Santos Silva, mas de forma mais sofisticada.
Se lhe fosse permitido dar um conselho a tão ilustre pessoa, o Irritado dir-lhe-ia que fosse aplicar esta receita ao seu fantástico marido que, de vale tudo, sabe tudo.
 
O mais irritante do discorrer da criatura são os últimos parágrafos do escrito. Neles a senhora faz a lamúria da “solidariedade”, da “humanidade” da “justiça” etc., blá, blá, blá. Quem for “da situação”, é bom. Quem não for, vai parar ao inferno. Pelo andar da carruagem, antes do inferno, ainda vai ter um mar de chatices, que com o Pinto de Sousa não se brinca.
 
16.2.09
 
António Borges de Carvalho

TRISTEZAS

 
 GRANDE ELEIÇÃO
 
O Secretário-Geral do Partido Socialista foi reeleito, gloriosamente, com 26.000 votos. Assinale-se, antes de mais, que, dos 71.000 filiados da tenebrosa organização ficaram em casa 45.000, o que nos diz, ou que os 71.000 são conversa de secretaria, ou que os militantes não têm lá grande consideração pelo homem.
Vejamos as coisas por outro ângulo. Verifica-se que, dos votos expressos, 97% foram a favor do senhor Pinto de Sousa. Estamos, portanto, diante de uma eleição verdadeiramente socialista, só superada pela do Jerónimo.
Estaline, do fundo do mausoléu, agradece. A versão, por enquanto, é mais chavista que estalinista. Lá chegaremos.
 
No meio disto tudo, o que não se percebe é que (ainda) haja tanta gente a dizer que o PS tem governado à direita, o mesmo que é dizer que (ainda) há quem pense que alguma ténue luz pode vir da esquerda, seja ela qual for, e se prepare para votar desse lado.
Como sinal, ou de estupidez ou de desinformação, dificilmente haverá melhor.
 
 
COITADINHA
 
Coitadinha da dona Joana (Amaral Dias)! Foi saneada, corrida, afastada, humilhada, posta de lado! Que pena!
A senhora, tão jeitosa quanto antipática e pretensiosa, vai deixar de poder dizer de sua justiça nas magnas reuniões do Bloco de Esquerda. Não deve ter percebido que, em organizações comunistas, não se pode levantar o rabinho do selim. Por outras palavras, devia ter pensado duas vezes antes de ir apoiar a gerontológica candidatura do Dr. Mário Soares à presidência. O partido comunista a que pertence deixou-a convencer-se que tinha lugarzinho garantido e, quando se julgava safa e lhe doía mais, zumba! Põe-te a mexer, ó boneca!
Coitada da senhora, anda para aí a lamentar-se, a dizer que não percebe.
Para a ajudar, aqui fica esta modesta dica.
 
 
 
OBRAS PÚBLICAS
 
Há dias, o “Expresso” ofereceu ao povo um mapa das estradas.
Olhei para a coisa e descobri, assinalada como em projecto ou em construção, uma auto-estrada, de Alcabideche, ou equivalente, à Arruda dos Vinhos, ou equivalente. Achei que o mapa tinha sido feito pelos espanhóis, a gozar com o pagode.
Eis senão quando, em périplos motociclistas nas curvas da estrada velha da Malveira da Serra, dou com um desvio por obras e, mais acima, com um monumental viaduto em construção, cheio de anúncios da inevitável Mota-Engil. Comecei a pensar que o mapa do “Expresso” era capaz de estar certo e que as obras junto à A5, que eu julgava terem a ver com o novo hospital de Cascais, mais não são que o ponto de partida, ou de chegada, da nova auto-estrada.
Nessa tarde, fui ao médico, à CUF Cascais. Em conversa, o clínico disse-me que tinha um consultório na Beloura, mesmo ao pé da nova auto-estrada.
Estava desfeita a minha presunção acerca das eventuais trafulhices dos espanhóis. Era verdade!
 
Vamos então ter uma auto-estrada, da Galiza, ou seja lá de onde for, a cruzar a Beloura, a servir o Cascais shopping(?), e a acabar uns cinquenta quilómetros depois, numa terreola qualquer, seja lá a que for. Deverá vir a chamar-se “Auto-Estrada de Massamá”. Lindo!
 
Haverá quem, em Portugal, não perceba que já temos auto-estradas a mais e que, se queremos gastar dinheiro em estradas, o que interessa é pôr em bom estado os milhares delas que não têm condições de segurança, que há décadas não sabem o que é conservação, que estão cheias de buracos, etc.?
Compreende-se que este tipo de obra não agrade à Mota-Engil e quejandos, uma vez que iria dar trabalho a uns construtores mais minhocas, uns badamecos locais. Mas, que diabo, para que é que queremos uma auto-estrada da treta, óptima para deitar dinheiro à rua, para criar mais dívidas e para dar gozo ao Lino, ao senhor Pinto de Sousa, e ao bando de tarados que ainda acreditam naquela gente, em vez de aplicar a massa a melhorar o que está mal, a começar pelas desgraças das ruas das cidades e a acabar nas misérias dos campos?
 

 

PROVEDORIAS
 
Aqui há tempos, mandei uma reclamação, já me não lembro que propósito, ao Provedor de Justiça.
Meses depois, respondeu-me um senhor que assinava “Provedor Adjunto”.
Achei a coisa estranha. É que a Constituição criou o cargo do Provedor de Justiça como órgão unipessoal, eleito pelo Parlamento (assembleia da república, como tristemente se chama). Ora como Provedor há só um, o senhor que me respondeu não podia ser Provedor Adjunto. Quando muito podia ser Adjunto do Provedor.
Presumo deva haver uma lei orgânica qualquer que estabeleça o cargo de Provedor Adjunto. A meu ver, neste aspecto, tal lei é descaradamente inconstitucional.
 
Perguntará quem me lê a que vêm estes formalismos pouco próprios do Irritado.
 
A resposta é que a coisa é mais importante do que possa parecer.
Os tipos dos Açores, por exemplo, acabam de criar um Provedor de Justiça local. Nâo, não pediram ao Provedor, ao único que existe, que nomeasse um adjunto para se ocupar de questões regionais. Querem um provedor para eles. Pois se, no continente, há um provedor, porque não o há-de haver nas ilhas? Como se o Provedor, com sede no continente, não fosse o provedor de toda a Nação, como a Constituição muito bem postula.
 
Trata-se da tendência para a pulverização dos “pequenos” poderes que o socialismo despudoradamente leva a cabo, a fim de reforçar o espartilhante e potencialmente totalitário poder do Partido. Trata-se de desmerecer dos poderes nacionais que possam não ser socialistas, ou que ainda gozem de alguma independência, com o objectivo de ocupar posições ou de, com o mesmo fim, criar novas. Trata-se de ir esvaziando o que pode “fazer sombra”, para “encher” o que se domina.
 
O senhor César (Carlos), gostosamente, presta-se a mais uma manobra do chefe, ou ajuda-o nos seus avassaladores desejos. Não basta o inenarrável pontapé do novo “estatuto” na gramática política do país. Há que ir mais longe.
 
Tomemos devida nota, se outra coisa não podermos fazer.
 
16.2.09
 
António Borges de Carvalho

 

 

 

DA MISÉRIA MORAL

 

Em mais uma inacreditável operação de demagogia barata, o senhor Pinto de Sousa anunciou um ataque aos “ricos”, nos quais se inclui, ao que diz, por ter um vencimento de cinco mil euros por mês.
Antes de mais, conviria verificar o que são esses cinco mil euros. Vencimento, diz ele. Se calhar é verdade. E o resto? As despezas de representação, as ajudas de custo, os automóveis, o pessoal ao seu serviço, de borla, os telefones de borla, a gasolina de borla, a residência de borla, os comes e os bebes de borla? É verdade que tudo isso é devido a um primeiro-ministro. Mas também é verdade que nada disso paga impostos e que facilita a vida de tal maneira que, perante um cidadão que tenha como única fonte de rendimento um salário de cinco mil euros por mês, o primeiro-ministro é um milionário e o outro um pedinte.
As declarações do homem a este respeito são, pelo menos por isso, uma repugnante aldrabice, um atentado à inteligência de cada um, uma baixeza sem nome.
Se acrescentarmos que o senhor Pinto de Sousa mora num andar de luxo (ao tempo da compra, o prédio mais caro de Lisboa), tem um automóvel de luxo, veste marcas, mesmo que pirosas caríssimas, etc., como escarrapachado nos jornais sem que haja desmentidos, então veremos ainda mais longe, ou seja, onde chega a lata, a desfaçatez, a falta de carácter do indivíduo que diz governar-nos.
 
Mas não é tudo. Esta arrancada contra os “ricos”, dita para “redistribuir o rendimento”, é coisa que, feitas as contas por todos os que as fizeram, redistribuiria, se fosse redistribuída em vez gasta em despezas malucas, a fabulosa importância de menos de um por cidadão.
 
Daqui se conclui que a intenção do senhor Pinto de Sousa, do PS e do governo tem tanto a ver com redistribuição, com justiça, com preocupação pelos mais desfavorecidos, como o rabinho tem a ver com as calças. Com a diferença que as calças escondem o rabinho e que, neste caso, o rabete fica de fora.
 
O objectivo desta gente é, por isso, de todos o mais miserável: explorar os mais baixos sentimentos dos cidadãos: a inveja, o ódio gratuito, a malevolência da frustração.
 
Será possível descer mais?
 
14.2.09
 
António Borges de Carvalho

DA EFICÁCIA ELEITORAL

 

O Presidente vetou a miserável lei que tinha por objectivo impedir uns milhares de emigrantes de votar, isto é, tirar, por via burocrática, uns votos ao PSD.
Para tal havia que diminuir os direitos dos emigrantes? Que se lixe, as conveniências do partido são bem mais importantes que uns meros direitos eleitorais!
A miserável lei foi para o cesto dos papéis. Mas a saga continua.
Não se pode evitar o voto por correspondência? Então, vamos a isto: dificultemos o voto presencial!
Vai daí o governo toma as medidas necessárias ao “desdobramento” das mesas de voto. Não proibe o voto mas, de forma mais sofisticada, dizendo que o facilita, difuculta-o. Primeiro, porque não provê às necessidades de pessoal para tal desdobramento. Depois, porque, em todos os consulados honorários, que são a maior parte, não será possível, legalmente, haver mesas eleitorais porque os consules são estrangeiros.
 
Um tal Braga, político obscuro mas eficaz em certas matérias, de que é por exemplo a abertura ao regime de Chávez e à amizade do canalha, tomou conta do assunto. Multiplicou os consulados honorários. De uma assentada, poupou nos funcionários e impediu uma data de gente de votar. Genial!
 
14.2.09    
 
António Borges de Carvalho

À RASCA

 

 
Ontem, no Parlamento, mais uma cena canalha foi protagonizada pelo senhor Pinto de Sousa.
Perguntado acerca das escutas ou não escutas do SIS, o homem entrou em paranóia, fumegante, aos gritos que o estavam a perseguir, que era uma campanha negra, que estavam a atacar a sua “honorabilidade”, ai, agarrem-me senão eu bato-lhes.
Ninguém o tinha inquirido sobre o caso Freeport. O homem, porém, possuído que parece estar de uma espécie de deliruim tremens, respondeu a alhos com bugalhos, como se lhe estivessem a espetar um pau num sítio que eu cá sei. Se isto não fosse grave, era só ridículo e patético.
Assumindo, por sua alta decisão, que a pergunta sobre o SIS era sobre os seus problemas “freeportianos”, o senhor Pinto de Sousa, em vez de, finalmente, dizer qualquer coisa de concreto sobre o assunto, em vez de se pôr à disposição para tornar transparentes as suas contas e os seus actos, em vez de infirmar, com o pormenor a que as pessoas têm direito, as graves acusações que lhe são feitas, em vez de cuidar do respeito que é devido aos cidadãos, foge em frente, aos gritos que o estão a perseguir, que o querem assassinar politicamente, etc., blá blá blá.
A evidente intenção de culpar o PSD de uma conspiração já cheira mal.
O PS entreteve-se a perseguir os que arrearam a giga há quatro anos, e conseguiu, aí sim, por urdidura política, abafar a história.
Julgava o senhor Pinto de Sousa que tudo tinha ficado em águas de bacalhau. Afinal, a polícia, por cá, foi um bocadinho (pouco) mais longe. Em terras de Sua Majestade, os tipos começaram a escarafunchar. Como a coisa voltou à tona, desta vez sem que, apesar de inúmeras diligências, tenha (ainda!) sido possível abafá-la, o senhor Pinto de Sousa acha que não há nada melhor do que ter incontrolados ataques de histerismo, a tentar convencer as pessoas da que está muito ofendido.
 
Está mas é à rasca.
 
12.2.09
 
António Borges de Carvalho

O OLHO DO CU

 

Sob o alto patrocínio de Sua Excelência o ministro da cultura e com a consequente colaboração do dinheirinho dos impostos, foi aberta, no museu de Serralves, uma exposição de fotografia dedicada ao nobre tema “O Olho do Cu”.
Nela poderão os portugueses deliciar-se com as mais baixas e recônditas panorâmicas do corpo humano, genialmente fotografadas por um gajo qualquer. Numa série de coloridas obras de arte fotográfica, o homem delicia-nos com diversos ânus, devidamente arreganhados, o que deve fazer a delícia do governo, do ministro da cultura, do senhor Pinto de Sousa e, naturalmente, dos nobres membros da organização nacional que se dedica em exclusivo à propaganda dos direitos anais, também conhecida por Juventude Socialista.
A não perder, a fim de apreciar mais esta notável contribuição do socialismo para a cultura do povo.
 
12.2.09
 
ABC

UM NOJO

 

Em mais uma demonstração de amor à Pátria, o intriguista Marcelo Rebelo de Sousa, qual Meneses ao quadrado, veio prestar um servicinho ao senhor Pinto de Sousa, desta vez mediante verrinosa diatribe contra a dona Manuela.
Em vez de dizer a verdade, isto é, que o senhor Pinto de Sousa, culpado ou não do que por aí consta, não tem condições pessoais - carácter, altura, idoneidade - para ser primeiro-ministro nem para se candidatar a novo mandato, Marcelo dedica o seu ribombante tempo a tratar da saúde ao seu próprio partido e à líder que prometeu apoiar.
 
É difícil adjectivar a monumental baixeza que isto demonstra.
O Irritado limita-se a proclamar, sem mais comentários, a repugnância que o homem lhe causa.
 
10.2.09
 
António Borges de Carvalho

PREOCUPAÇÕES JUDICIAIS

 

Subitamente, os senhores juízes, acompanhados pelo sempre presente Mário Soares, descobriram uma nova causa.
Trata-se, desta vez, de conservar a Boa-Hora como Tribunal.
Dado o estado da Justiça, poder-se-ia pensar que os doutos magistrados ocupavam o seu precioso tempo a tratar de melhorar o serviço que deviam prestar à comunidade, ou seja, como, da sua parte e apesar das proezas do governo, poderiam contribuir para agilizar e credibilizar o exercício das suas altas funções.
Nada disso. Os senhores juízes entretêm-se a fazer política, a avançar com reivindicações e a fazer vida sindical como se fossem metalúrgicos. Quando estão mais inspirados, clamam que não são funcionários públicos, que são independentes, dando a tal independência um sentido “totalitário”, isto é, não se trata, para eles, da independência de julgar, mas de independência tout court.
Agora, para dar um ar da sua graça, fazem conferências a defender o “património”, a Baixa de Lisboa, a vidinha dos cidadãos, o comércio de rua… Tudo isto mediante a conservação do edifício, cheio de “história”, como Tribunal. Noutras oportunidades, dedicar-se-ão a bramar que o edifício não tem condições, que o ar condicionado não presta, que as meninas não têm a devida privacidade nas casas de banho, ou outras altas e sábias contribuições para o funcionamento das instituições.
 
Estou com eles no que respeita à conservação do construído. Estou com eles quanto à não desertificação da Baixa. Mas, se fosse esta a intenção, defenderiam a animação da coisa mediante uma vocação mais “humana”: um hotel, sim senhor; um conjunto de apartamentos, óptimo; locais de lazer e cultura, fantástico.
 
O que os motiva, dizem as más-línguas, é a comodidadezinha. Seja o que for, porém, não se entende como pode a distinta classe queixar-se num dia da carestia da manutenção e da inadequação do palácio e, no dia seguinte, opor-se a que lhe sejam dadas melhores condições de funcionamento, num edifício moderno, construído para o efeito, bem servido de transportes, de estacionamento, etc.
 
É claro que o governo é capaz de fazer tudo ao contrário, dar-lhes umas novas instalações modernas mas estúpidas, como uma senhora juiz já veio, pressurosa, explicar, e demonstrar, à televisão. Mas isso é outra questão, que não tem nada a ver com a Boa-Hora.
 
Quem dá juízo aos juízes?
 
10.2.09
 
António Borges de Carvalho

INQUIRIR OS INQUIRIDORES

 

Viram, meus senhores, aquela solene reunião nos salões dos devoristas, tectos lavrados, telas de estilo (por trás da presidência, um burro!) mesa imperial, parquet “versailliano”, cadeirões de veludo? Inúmeras senhoras e senhores, altos responsáveis, ali estiveram, horas sem conta, a deliberar se haviam, ou não, de se inquirir a si próprios (faz lembrar, em versão aristocrática, os internal affairs dos polícias nos filmes americanos) sobre as investigações ao caso Freeport.
 
Como a classe anda de rastos, resolveram dar um ar da sua graça, pondo-a ainda mais no fundo?
 
Porquê?
Antes da mais, porque precisam da arranjar um bode expiatório para a sua ineficácia. Andaram anos a proteger o senhor Pinto de Sousa, abafando o caso. Quando este se tornou explosivo, vai de arranjar desculpas. Como as desculpas não funcionam, mas é preciso continuar a proteger o senhor Pinto de Sousa, faz-se um inquérito aos inquiridores, com o objectivo (brada aos céus!) de descobrir se houve manipulação política da coisa.
 
Recapitulemos em poucas palavras:
- Aqui há uns anos, uma carta anónima cujo autor toda a gente sabe quem é revelou uma investigação policial em curso sobre o licenciamento do Freeport;
- Em concertada manobra política, as forças socialistas montaram uma urdidura de tal ordem que a verdade foi transformada em conspiração política;
- Consequência desta manobra, o polícia que, alegadamente, teria deitado a verdade cá para fora foi preso, os que a puseram no jornal foram insultados, os “culpados” políticos enxovalhados, o dito jornal, pouco depois, fechou, e o senhor Pinto de Sousa triunfou;
- Quase quatro anos passaram. Nunca mais se ouviu falar no assunto;
- De repente, salta cá para fora que os ingleses andavam atrás de uns dinheiros que desapareceram de uma empresa, ao que lhes parece para pagar luvas a uns portugueses, entre os quais o senhor Pinto de Sousa;
- A imprensa desatou aos coices, descobriu coisas inacreditáveis, a família do senhor Pinto de Sousa desbroncou-se, uma bola de neve começou a girar;
- Perante isto, que fez o senhor Pinto de Sousa? Não, não veio à televisão dizer que as suas contas bancárias estavam à disposição da Justiça, que nada tinha a esconder, etc. Não. O senhor Pinto de Sousa fabricou uma teoria da conspiração, inventou forças ocultas e poderes negros, a fazer inveja aos protocolos dos sábios do Sião, como se a Scotland Yard, ou o Serious Fraud Office fossem ersatze da PIDE ou lojas de magia negra. Tudo a confirmar o que já há muito se sabe: o senhor Pinto de Sousa e o PS têm por base ideológica a convicção de que os portugueses são, regra geral, parvos, ou que devem ser tratados como tal;
- A trupe do costume (Freitas do Amaral, Vitalino & Vital, Silva Pereira, Santos Silva…) acompanhou o chefe na esotérica cortina de fumo, repetindo e exponenciando dislates e alegações cabalísticas.
- Por seu lado, a cúbica estupidez, e não só, dos costumeiros barões do PSD (Meneses, Marcelo, Sarmento, Coelho…) tratou, e trata, de desviar as atenções para alegados handicaps do seu próprio partido…
 
No meio disto tudo, o respeitável Ministério Público, em vez de fazer aquilo para que é pago, dedica-se, com a maior das solenidades e ao mais alto nível, a investigar-se a si próprio, não para acelerar as investigações ou para saber porque não aceleram, mas para investigar a tenebrosa suspeita de que haja motivações políticas na acção dos seus agentes.     
Quem está, afinal, a fazer política? Os ingleses? Os jornais? Os “poderes ocultos” que querem dar cabo do primeiro-ministro?
Ou o Ministério Público que parece querer safá-lo, mesmo à custa do seu próprio prestígio, se é que lhe resta algum?
 
11.2.09

António Borges de Carvalho

COMPANHIA LIMITADA

 

Anda para aí na Internet uma notícia espantosa.
Como não foi desmentida, é capaz de ser verdade.
 
Aí vai:
O nosso bem amado e muito estimado primeiro-ministro foi sócio da firma Sovenco, Sociedade de Venda de Combustíveis Lda, com sede na Reboleira/Amadora (coisa fina). Criada em 1990.
So far so good. Não se pode criticar um jovem político por ter uma bomba de gasolina, ou equivalente.
O mais interessante é o que segue. Eis os demais sócios da firma:
- Armando Vara;
- Fátima Felgueiras;
- Virgílio de Sousa;
Ditoso leque!
- Vara, nomeado pelo governo do senhor Pinto de Sousa administrador da Caixa Geral de Depósitos, apanhou quatro anos de prisão com pena suspensa e meteu-se numa fundação extinta por dúvidas quanto à lhaneza dos seus processos.
- Felgueiras foi condenada por diversos crimes, continua a contas com a Justiça, fugiu para o Brasil, usou o dinheiro dos impostos para pagar aos advogados.
- Virgílio de Sousa foi condenado a prisão num processo de corrupção no Centro de Exames de Condução de Tábua.
- Pinto de Sousa é primeiro-ministro e anda a contas com uma série de trafulhices que, verdadeiras ou falsas, já tinham dado para fazer cair o governo em qualquer democracia digna desse nome.
 
Um plantel de luxo!
 
Para reflexão dos leitores do Irritado.
 
9.2.09
 
ABC

GOLPADAS DO MARXISMO

 

O camarada Louça anda tristíssimo. Calcule-se que deixou, diz ele, de ser possível fazer “rotação de deputados”.
Toda a gente já tinha reparado que o partido comunista/marxista/trotskista chamado Bloco de Esquerda, tendo feito eleger uns cinco ou seis deputados, todos os dias apresenta uma ou duas caras novas. Caras que ninguém elegeu e que, por isso, não têm qualquer sombra de legitimidade nem representam ninguém.
O sistema prevê que, em certas circunstâncias, os deputados sejam substituídos pelo que se lhes segue na lista. Isto para o caso de morte, doença, impedimento temporário justificado ou saída dos eleitos para funções governativas ou outras de natureza análoga.
Na lógica do materialismo dialéctico, a norma é interpretada como sendo feita para possibilitar que o senhor Louça ponha a funcionar quem muito bem lhe dá na realíssima gana, segundo as conveniências de cada momento. Por outras palavras, trata-se de desonestidade política, de oportunismo sem escrúpulos, de violação da lei servindo-se dela, de um golpe permanente, continuado e desavergonhado, de um “entendimento” que outra coisa não é senão corrupção na sua forma mais grave, a corrupção moral, a brutal corrupção que consiste em utilizar a lei, conscientemente, contra o seu espírito e a sua intenção, a benefício próprio.
 
Não sei o que foi feito para acabar com esta pouca-vergonha, de forma a provocar as queixinhas do Louça.
Mas, se o Louça está triste, eu fico todo contente.
 
6.2.09
 
António Borges de Carvalho

A RELIGIÃO E A PAZ

 

Recentemente, teve lugar em Londres uma manifestação da Comunidade Islâmica, sob o tema “A Religião e a Paz”.
 
Eis, em versão original, os dizeres dos cartazes empunhados pelos pacíficos participantes:
 
- Freedom go to hell
 
- Europe, take some lessons from 9/11
 
- Europe will pay. Your 9/11 is on its way
 
- Massacre those who insult Islam
 
- Behead those who insult Islam
 
- Islam will dominate the world
 
- Europe is cancer, Islam is answer
 
- Exterminate those who slander Islam
 
- Be prepared for the real holocaust
 
- Butcher those who mock Islam
 
- Europe will pay. Your extermination is on its way
 
Os manifestantes são indivíduos residentes no Reino Unido, a muitos tendo sido dada a nacionalidade britânica. Usam serviços de saúde, têm emprego ou subsídio de desemprego, pensões de reforma, habitação, negócios, etc. Só se lhes pede que trabalhem mas, se o não fizerem, não morrem de fome por causa disso.
Gozam da liberdade que mandam para o inferno. Mamam na teta do que odeiam.
Em nenhum dos seus países de origem seria possível fazer uma manifestação “cristã”.
 
Nada foi publicado, a fim de não “ofender” ninguém. As fotografias da coisa circulam na Net.
 
O Irritado transcreve, a ver se começa a haver quem se ponha a pau.
 
6.02.09

QUARTA-FEIRA NEGRA

 

GRANDE CACHOLA
O Irritado cumprimenta o Doutor Cavaco pelo seu veto a mais um atentado contra as pessoas perpetrado pelos socialismos sob o comando dos senhores Pinto de Sousa, Jerónimo e Louça. Uma tentativa repugnante de ganhar, na secretaria, um pontinho percentual na contagem dos votos dos emigrantes para as legislativas.
 
NOVAS CABALAS
O Irritado inquieta-se por ver que a informação sobre o Freeport  está a perder a merecida intensidade de que tem desfrutado. Será que está em curso, como em 2005, alguma acção do PS - Poder Socrélfio - para abafar a coisa? Será que, como em 2005, os maus vão passar a bons e os bons a maus? Será que a “auditoria” ao Ministério Público se destina a concluir que, se o processo esteve quatro anos na gaveta, foi porque não merecia ser continuado? Será que a campanha para a descredibilizar o Serious Fraud Office faz parte da coisa?
 
DENTADINHAS
O meu neto, hoje, deu-me uma dentada. Estou, muito seriamente, a pensar fazer queixa à Judiciária, seguindo o exemplo da nobre professora que foi mordida por uma criancinha de dez anos. Mereço, ou não, uma bruta indemnização?
 
QUESTÕES METAFÍSICAS
Se o que se passa hoje se passasse no tempo do PR Sampaio, estando o PS no poder, será que o parlamento era dissolvido, como o foi a pretexto de coisa nenhuma que não fosse a sampaial ambição de esquerda? Será que o PR Cavaco não vai em precedentes? Ou acha que isto está a funcionar?
 
SELECÇÕES
O PGR seleccionou, para levar ao PR “seis, sete, oito casos” “que interessam ao país”. Coitado, mal tinha acabado a reunião e já não sabia de quantos “casos” tinha falado. O homem já não é uma criança mas, francamente, ainda é cedo para ter destes ataques de alzeimer. Ou então toma-nos por parvos, coisa que, seguindo o exemplo do senhor Pinto de Sousa, parece querer tornar-se hábito das nossas autoridades. Seremos parvos? Será que o PR é parvo?
 
PASSADAS
O rapazola Passos continua a dar passos e a passar bocas para a chamada comunicação social. Desta vez, a passagem foi dar o passo de passar a estar “disponível” para ser deputado. A rapaziada lá das berças disse que nim. Boa!
 
PATADAS
O Patinha perdeu as eleições no PPD. Nada contra. Mas antão não é que se dedica a propagandear que teve 2.800 assinaturas, quiçá para nos dizer que o que lhe faltou foram os votos? Se as eleições fossem por assinaturas… Do alto deste pedestal político o senhor desata à patada ao Doutor Borges e ao partido, leia-se aos que não assinaram nem votaram. Revolta-se contra a “campanha negra” que “tem por alvo o primeiro-ministro”. O senhor Pinto de Sousa ganhou mais um militante para as esotéricas paragens onde vegeta, poderosa, a sua privilegiada mente. À atenção da dona Manuela.
 
ESTÃO MEXENDO NO MEU BOLSO
As convicções anti-liberais do PS não deixam aquela gente perceber que a falência é o mais definitivo e esclarecedor regulador do mercado, em caso de grave chatice. Assim, quando é anunciado que os 700 milhões de que o BPN precisava são já 1.800, e quando a CGD anuncia estar a preparar-se para o comprar, haverá a) que perguntar que raio de nacionalização foi aquela e b) verificar que o degenerado “pensamento” socialista nos vai custar, só com esta brincadeira, pelo menos 1.800 milhões de euros. Agradeçamos, comovidos, mais este grande serviço prestado à Nação pelo senhor Pinto de Sousa.
 
UMA TRISTEZA
Possuída de fatal ataque de servilismo, dona Fátima Campos Ferreira organizou um programa dos Prós e Contras de forma a convertê-lo em Prós e Prós. Consta que o senhor Pinto de Sousa já mandou um adjunto apresentar os seus comovidos agradecimentos à ilustre senhora. Por outro lado, há quem diga que a distinta jornalista vai ser admitida como sócia honorária e benemerente do CSFAPA - Clube Socretino de Fans, Admiradores, Propagandistas e Áulicos - que, como se sabe, é presidido pelo Professor Freitas, tendo como membros mais destacados o Vitalino e o Vital, o Silva e o Pereira, o Lino e o Vitorino.  
 
4.2.09
 
António Borges de Carvalho
 

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