Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

CARTA ABERTA

António Costa

Primeiro-Ministro de Portugal

Lisboa, 30 de Dezembro de 2015

 

Excelentíssimos Senhores investidores em geral, estrageiros em particular

 

Por sugestão de um dos meus mais gratos apoiantes, o blogger IRRITADO, venho dirigir-me a todos vós. Para tal – com a devida vénia – utilizarei uma minuta que por ele me foi enviada, sugerindo a comunicasse a todos vós. Assim:

 

Senhores investidores

Passado o infeliz tempo em que o governo do meu país praticava uma política a que chamava “diplomacia económica” e que, além disso, se achava no direito de querer atrair investimento, sou a apresentar-lhes o meu governo e as magníficas condições que, em tão pouco tempo no poder, conseguiu criar para atrair Vossas Excelências sem precisar de diplomacias económicas nem de lamúrias investideiras.

A partir da formação da minha coligação, passam VExas a lidar com um governo de credibilidade inatacável, como bem o demonstra o apoio que lhe é prestado por organizações democráticas da craveira do Partido Comunista Português, do seu alter ego conhecido por PEV, do Bloco de Esquerda e do Partido dos Animais, o mais animalesco da UE.

Em pouco tempo, já conseguimos pôr em causa a venda da TAP, contrato assinado em nome da República pelo horrível governo que me antecedeu, estando dispostos a tudo para acabar com tal coisa. Estamos em vias de pôr um ponto final nas concessões dos transportes, processo já muito adiantado mas que, como devem compreender, terá que acabar. Neste sentido, desde já reafirmamaos a nossa firme intenção de nada privatizar, bem como de rehaver o que privatizado já foi.

Cumprindo as nossas promessas eleitorais e as dos nossos nobres parceiros políticos, vamos aumentar os funcionários públicos , mas não os pensionistas, como é natural. Vamos mudar os escalões do IRS, reverter normas das leis do trabalho e recriar o imposto sucessório. Segundo as recomendações do nosso associado BE, vamos correr com o Costa do BdP e pôr o BCE em causa, não tendo medo do chamado isolacionismo.

Tudo isto, como devem compreender e aplaudir, tem por fim exponenciar os índices de confiança externa no nosso país. No mesmo sentido demos hoje instruções para não ser pago ao FMI o irresponsavelmente prometido pelos nossos antecessores. Seguindo as sensatas propostas dos nossos associados, a breve prazo iniciaremos o desmantelamento do assistencialismo e substituí-lo-emos por vultosos investimentos públicos. Da mesma forma, perseguiremos o ensino privado e pagaremos a educação a toda a gente sem excepção. Aliás, sublinho que o nosso sistema de ensino já começou a evoluir através da abolição dos exames, o que proporcionará qualificações de primeiríssima ordem a toda a gente.

Estamos, senhores investidores, no bom caminho. Esperamos, com legitimidade acrescida, a vossa confiança e a vossa escolha do nosso País para cooperar no desenvolvimentos das vossas actividades.

Com os melhores cumprimentos

 

António Costa

 

30.12.15

AMEAÇAS

Paulo Portas vai embora. Não acho nem bem nem mal. Optou. Assunto encerrado, goste-se ou não. A não ser que a partida seja revogável...

O pior são as núvens que, segundo os sábios nestas matérias, se acastelam no horizonte, com os nomes de Ribeiro Castro e Anacoreta Correia na corrida. O primeiro deve ser o mais desagradável dos políticos portugueses, só diz asneiras e consegue andar nos títulos dos jornais sabe-se lá porquê. O outro ninguém sabe quem é nem o que quer e que, desde já, nos dá um sinal de alta inteligência ao classificar a saída de Portas como “surpreza esperada” (sic).

 

31.12.15

LIQUIDAÇÃO NACIONAL

Tenho muita pena de voltar a malhar no assunto dos médicos que faltam ao serviço porque só receberiam 250 euros (vem nos jornais) por um (ou dois?) dias de trabalho... e só se houvesse urgências.

O que espanta mais, neste caso, não são as bojardas corporativistas do desprezível bastonário dos médicos, não são os ataques ao Macedo, sequer ao actual chamado governo, mas o silêncio sepulcral a que até comentadores afectos à oposição (por exemplo o PSD Rangel) votam o principal FACTO: a falta dos médicos ao serviço.

Haverá muita coisa a reformar, a reestruturar, a melhorar, a piorar, o que quiserem e lhes apetecer. Talvez. Nada disso tem a ver com o assunto da falta de assistência especializada aos doentes em causa. Havia assistência especializada. Facto. Havia especialistas devidamente escalados para os casos que vêm nos jornais. Facto. Se os doentes não foram assistidos foi porque tais especialistas faltaram ao trabalho. Facto. Ponto final.

Já foram expulsos da Ordem? Não. Já foram corridos da função pública? Não. Já foram, sequer, suspensos? Não.

O país já não existe? Talvez. Está em liquidação? Com certeza.

 

31.12.15

O ANO DO CARUNCHO

Têm os chineses o hábito de chamar nomes de animais aos novos anos, ano do cão, ano do dragão, etc. Dada a influência chinesa que vimos sofrendo, ocorreu-me procurar um nome para 2016. Mas a China, em termos zoológicos, não me valeu. Lembrei-me dos tempos da II República, em que a Emissora Nacional prevenia os portugueses contra o “chacal moscovita” e o “urso pequinês”. A III República já não tem à disposição estes bichos, ainda que não seja claro se se poderiam ou não aplicar a 2016.

Abandonado este tipo de fontes, andei à procura no jardim zoológico, a ver se havia algum nome que servisse. Baldada busca. Que vai passar-se em 2016? Ocorreu-me a palavra corrosão. Atentos os sinais dos últimos meses de 2015, corrosão colectivista seria a tendência mais marcante dos tempos que correm e vão correr. Daí, ano do caruncho parece-me bem. Fico por aqui.

O caruncho actua em colectividade. Não há carunchos isolados. Os carunchos e carunchinhos vão cavando canais pela madeira fora até o móvel se desfazer por completo, cair de exaustão e magreza. Há processos para acabar com o caruncho, mas não são fáceis, é preciso levar o móvel ao expurgo.

Há uma diferença importante entre o caruncho proprimente dito e o caruncho nacional de 2016. É que o caruncho propriamente dito leva muito tempo até conseguir o resultado final. O de 2016 vai lá chegar rapidamente. Pelo menos é o que dizem os sinais de que já dispomos. A coisa vai ser célere, dolorosa e eficaz, mesmo que as primeiras cócegas sejam agradáveis. O colectivismo galopante, a estupidez crassa da “lógica centenarista”, a parlapatice industânica do Costa, o ódio visceral à verdade que espirra dos doces olhos das tontas, o corporativismo em marcha acelerada, o fascismo inato dos arménioscarlos, o pacovismo bolchevista, a inacção da “madeira”... parece que a madeira tem dificuldade em perceber o seu triste destino e que só a queda final a fará pedir o expurgo.

 

2016, o ano do caruncho. Nada de esperanças. 2017 será pior.

 

30.12.15

AUGUSTO, O GRANDE

 

Aqui vai uma sentida homenagem a esse grande português que dá pelo nome de Augusto Santos Silva e é ministro não sei de quê. O distinto intelectual do PSC/PC/BE foi a Bruxelas e, como é natural para tal e tão alta figura de Portugal, da Europa e do globo terrestre, viajou confortavelmente em classe executiva. Muito bem.

Terá esquecido duas circunstâncias. A primeira, que havia uma norma, possivelmente vinda do governo ultrahipersuperliberal que antecedeu o do senhor Costa, que, à revelia do socialismo internacional, postulava que, em voos europeus, os membros do governo deviam viajar em classe turística. A segunda, que há, neste pobre e atrasado país, uma data de queixinhas, bufos, denunciantes, direitistas, protofascistas, que não deixariam passar sem uma palavra de ódio a augusta presença do grande Augusto num aéreo cadeirão.

Feita a denúncia por essa gentalha, e aparecida a coisa nos jornais, o grande homem veio declarar que custearia do seu bolso a diferença de preço entre a classe dos bilhetes de cão e a dos grandes sustentáculos do governo socio-comuna em vigor.

Homem com H grande, o Augusto, como é bom sublinhar, a quem uma norma estúpida e uma miserável intriga política - só comparável com as cabalas acerca do seu orago Pinto de Sousa - levaram a tão nobre retratação.

 

27.12.15

CULPAS 2

Tive hoje um inesperado presente. É que, quando escrevi sobre a culpa (da morte do jovem por falta de assistência médica) fiquei com alguns problemas de consciência. Teria sido precipitada a minha abordagem da questão?

Hoje, esclareci o assunto em definitivo com quem sabe. Fiquei contente. Acertei.

É verdade que os médicos que faltaram ao serviço para que estavam escalados o fizeram por não estar de acordo com a respectiuva tabela de pagamento.

É verdade que pelo menos um dos manda-chuva que se demitiu o fez por meras razões políticas. Trata-se de um indivíduo que mora num apartamento do Heron Castilho, prédio onde morava Pinto de Sousa, dito Sócrates, e num andar da empresa "partroa" deste, salvo erro chamada Octapharma.

Confio na fonte. Ele há coincidências...

Acho muito bem que as pessoas, incluindo os médicos, não queiram trabalhar se não lhes for pago o que querem. Mas, nesse caso, que se demitam, ou que o patrão os ponha na rua. Como os médicos em causa são funcionários públicos, nem se demitem nem podem ser postos na rua.. E tudo fica tudo na mesma. A culpa é do Macedo, não é? Assassino!

 

25.12.15

UMA PENA

 

A célebre historiadora e laureada escritora Manuela Gonzaga, militante canina muito conhecida lá em casa, desistiu da anunciada candidatura à Presidência da República, o que enche de mágoa a comunidade cinogénica, bem como as vespas, moscas e outros pobres animais perseguidos pela humanidade.

O PAN, em comunicado, lamentou amargamente o sucedido, e confessou não ter sido possível obter as 7.500 assinaturas necessárias à formalização da candidatura. A esta triste circunstância acresce o reforço da desconfiança generalizada em mentes pouco caridosas, as quais que andaram para aí a dizer que o patarata que foi eleito para o Parlamento ficou a dever a eleição aos cidadãos que confundiram PAN com PaF nos boletins de voto.

A desistência da celebérrima historiadora/escritora é, sem dúvida, uma péssima notícia para os que se preocupam com a protecção dos animais, designadamente dos camarões, todos os dias devorados por gente de má nota, bem como dos bacilos de Koch (não sei se é assim que se escreve), que continuarão a braços com a crise motivada pela penicilina, criminosa invenção de indivíduos sem escrúpulos.

Uma pena.

 

23.12.15

CULPAS

Um rapaz morreu no hospital. Motivo: os médicos recusaram-se a trabalhar no fim de semana por achar que seriam mal pagos.

Esta espantosa circunstância tem motivado um coro de insultos ao ex-ministro Macedo, só faltando uma sessão solene de homenagem aos médicos que deram à sola.

Ainda não ouvi o que disse ou vai dizer o sinistro bastonário, mas não é difícil imaginar o que lhe vai no retorcido bestunto.

Uma data de gente se demitiu, administradores, altos funcionários, o diabo a quatro. Algo me diz que o que querem não é pagar um mal que não fizeram, mas sim garantir a recondução. É que, como não lhes era permitido pagar aos clínicos as quantias que os ditos exigiam, estavam estes no pleníssimo direito de deixar morrer pessoas ao fim de semana. Mais uma vez, a culpa foi do Macedo.

Quem são os médicos que não foram trabalhar? Que vai acontecer-lhes? Nada? Não são corridos da Ordem? Não são impedidos de trabalhar, seja por pouco ou por muito dinheiro? Não vão parar à cadeia? Até ver, nada. A culpa é do Macedo. O resto é a justa indignação dos assassinos e seus compadres.

 

23.12.15

A CAMINHO DO RESGATE

Passos Coelho, mostrando a sua indesmentível decência, vai deixar passar a “solução” do Centeno para o Banif.

Os partidos comunistas, aliados do Centeno, votam contra. As doidas, aliadas do Centeno, fazem exigências, directamente ou através do careca seu pagem, e também votam contra. O PC não se percebe o que quer: é contra e acabou-se. No conjunto das suas várias vestes, os comunistas querem criar mais umas “instâncias” para a “supervisão”, ou seja, querem meter uns tipos deles em novos tachos.

O buraco, em três dias de “gestão” do problema, passou de 700 para 2000 milhões, depois para 2700 e, em lógica progressão, vai já em 3500. Com jeito, será do que se quiser. O chamado PM disse que eram só garantias que, como tal, só seriam despesa se tivessem que ser usadas. No dia seguinte já não eram garantias, eram mesmo despesa. A ser isto verdade, e a ser verdade que liquidar o banco custaria mais ou menos o mesmo, não era melhor liquidar o banco?

Os burocratas de Bruxelas triunfaram. O Centeno, atacado pelas doidas, meteu o pés pelas mãos. Ainda não percebeu que, se as quer calar, terá que demitir o Costa - o do BdP - e pôr lá o Fazenda ou equivalente.

O défice vai para 4%, se não for mais do que isso. Para o ano, com injecções de dinheiro para o consumo, as que já aí estão e as que aí vêm, será muito pior, como toda a gente já percebeu.

A troica que vá fazendo as malas. Cá estamos à espera, atentos veneradores e obrigados, ou seja, socialistas.

 

23.12.15

DESCONCERTAÇÃO SOCIAL

 

Como o IRRITADO a seu tempo denunciou, essa coisa da Concertação Social não interessa pevas ao chamado governo. O que interessa é o exercício do seu poder, com a Concertação Social, sem a Concertação Social, apesar da Concertação Social, ou contra a Concertação Social.

E aí está, modéstia aparte, um primeiro exemplo flagrante a confirmar a acusação do IRRITADO. Na reunião anteontem realizada não houve acordo, nem a respeito do salário mínimo, nem da TSU das empresas. Porquê? Por causa do Arménio, como é evidente, ou seja, do PC, por interposto boneco.

Mas o mais importante é o que, perante os desconcertos, fez o governo. O do salário mínimo obteve, em nome do chamado governo, a chancela do grande reformador da Segurança Social "para trinta anos" - que não deu para três. Outro, o da mexida na TSU das empresas, que o mesmo senhor deitou para o lixo sem apelo.

Como se vê, a Concertação Social tem os dias contados. Quem manda é o Arménio, ou o Jerónimo, ou o comité central, como queiram. O resto é conversa do governo, ou da coisa como tal chamada.

 

22.12.15

UM FARTOTE

Os esquemáticos líderes das diversas maltas que dizem governar-nos estão loucos de alegria. É que parece que arranjaram um tema sumarento para se vingar dos tempos em que estiveram longe do poder.

Vistos os jornais, o caso Banif custava 700 milhões. Nas doutas palavras do chamado Primeiro Ministro, passou a bastante mais de 2000. Ele lá sabe. Acresce que, com ar solene, declarou que a “solução” que arranjou consiste em que o dinheiro que houve quem confiasse ao Banif está garantido pelo Estado. Por outras palavras, que o buraco vai ser pago por quem não tem nada a ver com o assunto. Tanto criticaram a resolução do BES para agora vir a fazer pior.

Dizem que o arrastar do assunto foi justificado pela necessidade de obter uma saída limpa da tutela da troica. Facto é que tal saída se conseguiu. Sendo assim, restará saber o que era preferível: sair do domínio da troica e ficar com o buraco do Banif, ou deixar a troica andar por cá mais uns anos. Cada um que opine.

Na minha óptica, diz uma sã regra do capitalismo que, ao confiar o dinheiro a um banco, cada um sabe ou devia saber que pode vir a ficar sem ele se as coisas correrem mal. Há uma almofada, representada por uma garantia do Estado, mas só até um certo montante. A partir daí, cada um que se desenrasque.

Lembro-me de um meu conhecido, cidadão britânico, reformado, que foi apanhado na tempestade que assolou o Lloyds vão passados uns quinze anos. O homem tinha a sua casa no Reino Unido, mas vivia a maior parte do ano, confortávelmente, numa moradia de que era dono no Sul de Espanha. As pensões, dele e da mulher, e mais não sei quê, foram à viola. O homem vendeu a casinha espanhola e foi viver num modesto apartamento nos subúrbios de uma cidade qualquer do Norte de Inglaterra. Injustiça? Com certeza. Trafulhice? Dizem que não. O que se sabe é que o grupo financeiro foi reformado, reestruturado, e só há pouco voltou a deitar a cabecinha de fora. Pelo caminho ficaram dezenas de milhares de trabalhadores, as poupanças de centenas de milhares, talvez milhões de cidadãos. Foi o diabo. Terríveis são as consequências do capitalismo, quando as coisas correm mal. Resta a consolação de saber que as do socialismo são piores. Facto é que, no Reino Unido, quem sofreu com os problemas do Lloyds foi quem estava ligado à organização, não passando pela cabeça de ninguém que pagassem os que não tinham nada a ver com o assunto.

Por cá, não é bem assim, ou nada assim. O PM, de um dia para o outro, declara que o problema é três vezes pior do que era na véspera. E acrescenta que quem vai pagar são suspeitos do costume: os 16% dos portugueses que pagam impostos.

O mais importante, o que alegra a malta do poder, é saber que vai subir o pano para as exibições das actrizes em voga. Nada melhor do que uma comissão parlamentar especializada para muito parlapatar, baralhar, tornar a dar, vir no jornal, e nada resolver.

Um fartote.

Bom Natal.

 

21.12.15

DAS MARAVILHAS DO MULTICULTURALISMO

Os jornais estão caladinhos como ratos - ai medo a quanto obrigas! - mas quem vai andando pela net sabe o que são os resultados do multiculturalismo vigente um pouco por toda a Europa, maxime em França. Hordas de muçulmanos, alguns pacíficos, vêem protegidos os costumes que trazem dos lugares de origem e passam-nos aos seus sem qualquer sombra de consideração pelas leis e práticas dos países de acolhimento, provocando a insuportável situação de um país com duas leis, de total ausência de coabitação civilizacional ou meramente cívica, de confusão entre práticas de inspiração religiosa e comportamento civil, de privilégios dos guetos voluntariamente formados pelos seus membros... tudo com catastróficos efeitos humanos e sociais - para não falar dos económicos – e, last but not least, dos problemas de segurança de que o Ocidente sofre e para os quais não há soluções à vista.

Pode dizer-se, talvez com razão, que, de um modo geral, os muçulmanos são gente pacífica. Mas é sabido que as grandes catástrofes de origem humana foram sempre causadas por minorias totalitárias, não pela generalidade dos membros de uma sociedade.

Por cá, como é costume, a estupidez, a ignorância e a imprudência são levadas ao mais alto grau. Uma coisa chamada Direcção Geral de Saúde publicou uma “directiva” sobre a forma de receber os migrantes que aí vão chegando. Questões de saúde? Zero. Trata-se da mais cobarde, da mais ordinária, da mais anti portuguesa submissão ao fundamentalismo muçulmano que imaginar se possa: um “guia inovador”, segundo as palavras dos bandidos que o escreveram. Algumas disposições da “directiva”: alimentos, só os prescritos pela lei islâmica, o ramadão acompanhado por receitas especiais, animais só os abatidos segundo os ditames do profeta, as mulheres examinadas exclusivamente por mulheres, etc., etc.. Quanto à necessidade de se adaptar à sociedade que os recebe, zero.

Já agora, seria de recomendar que o director geral de saúde lançasse uma nova polícia destinada a vigiar se os portugueses protegem devidamente os hábitos islâmicos, tais a burca e outros atavios, se asseguram a perseguição dos homossexuais, a execução sumária dos hereges, a lapidação das adúlteras, a regra das chicotadas, as mãos decepadas aos ladrões, a poligamia, etc., tudo para garantir as maravilhas do “multiculturalismo”.

Não se sabe se o governo está a par da “directiva”. Mas, a avaliar pela estupidez galopante e ruinosa que por aí medra, tudo leva a crer que a conhece e adopta.

 

20.12.15

DA HONESTIDADE DO ESTADO

 

Qualquer pessoa de bom senso percebe que, se a TAP voltar às mãos do Estado, ou vai à falência em três tempos, ou passa a ser a uma companhiazinha local, com um terço dos empregados e sem importância nenhuma.

O Estado contratou a venda da maioria do capital em condições que dificilmente podiam ser melhores. A coisa, até ver, até está a correr bem, dentro do previsto.

Agora, por razões meramente ideológicas, estatismo psiquiátrico, pura incompetência ou nacionalismo bacoco (digno da Le Pen), o mesmo Estado quer dar o dito por não dito.

Os tarados que dominam o Parlamento sabem que a trafulhice, ou não vai resultar, ou, se resultar, custará largos milhões.

Que importa? Nada. Na insensata ânsia de afirmação, o actual poder quer pôr-nos a pagar os seus preconceitos, as suas birras, as suas limitações mentais.

A ver vamos? Não, já estamos a ver. Esta, até um cego já vê. Só o governo é que não.

 

19.12.15

PERGUNTAS INOCENTES

Para um observador externo, este governo deve ter descoberto uma mina de ouro. Para o indígena, há fortes probabilidades de voltar à vaca fria, isto é, de mergulhar outra vez num triste buraco, virtualmente pior do que o herdado do senhor Pinto de Sousa.

De qualquer maneira, para já, anuncia-se um bodo que os calculadores vão estimando em várias centenas (as mulheres do Centeno?) de milhões de euros, que não sabem de onde sairão, e que os calculistas sabem que sairão, mais tarde ou mais cedo, dos exauridos bolsos dos 16% de pagantes de impostos.

Para já, os serventuários do gargantuesco Estado vão ver os ordenados repostos. Óptimo!

Os pensionistas, esses não. Deixem-se estar que estão mal. Porquê? Os pensionistas são portugueses de segunda? As tontas não vêem isso? O inigualável Jerónimo também não? Então isto não é uma “política de direita”, digna da tenebrosa ex-coligação? Então o grande reformador Vieira da Silva, especialista em aumentar o buraco, não pode reformar outra vez? Durava pouco mas, enquanto durava, os pensionistas não eram menos que os outros dependentes do Estado.

Que diabo, já que vamos para o buraco, já que vamos pagar mais impostos, não é verdade que tanto faz? Podiam repor as pensões! Ao menos, enquanto o pau vai e vem, tratava-se todos por igual.

Fica a questão, que parece não incomodar ninguém. Depois, venham cá falar no abandono dos idosos, no fosso entre gerações e noutras patacoadas do estilo.

 

19.12.15

O AVATAR

 

Há, num canal qualquer, uma exibição periódica onde, sob a excitada direcção da dona Constança, pontificam o Rangel bom, o beicinho Pereira e aquele ser do BE com penteado de menina de Odivelas.

O Rangel lá vai debitando umas coisas de bom senso, coisas que se percebe por ser mais ou menos evidentes.

O que sai da boca do senhor do BE também se percebe, ou seja, percebe-se que o dito não percebe nada de nada e se limita a papaguear a pen (já não há cassetes) do Usurpador & Associados (as tontas e o Lenine de Sacavém).

O beicinho, esse, meus senhores, é tão palavrosamente patético que se torna difícil opinar. É que, ao ouvi-lo, se fica na incerteza de saber se o homem existe ou se não passa de um alter ego do camarada Pinto de Sousa. Mais do que uma imitação, um avatar da criatura. Os gestos, o tom, os argumentos, a “convicção”, tudo leva a pensar que ali há marosca, que o infeliz é comandado à distância. Vale a pena, por uma vez, ouvi-lo papaguear as teses em que foi formatado: as da cabala, as do fiel amigo, as do PEC4, as da mãezinha, todas as que o telecomando lhe for clicando nas meninges. Na comédia de ontem só uma falhou: quando o Rangel lhe perguntou onde é que o Usurpador ia buscar o dinheiro para pagar as maluquices, a coisa avariou, o beicinho tremeu, o avatar atrapalhou-se, balbuciou inanidades. Pareceu, finalmente, ter encontrado personalidade própria, ou quase: recorreu às inanidades do Centeno. O problema ficou resolvido, isto é, a médio prazo os impostos serão aumentados aos 16% dos portugueses que já suportam 80% dos ditos.

 

18.12.15

 

 

 

 

 

 

 

MARINE MARISA, ANTÓNIO!

A Madame Le Pen foi a mais votada. Não ganhou, mas subiu que se fartou e ameaça a direita tradicional e a esquerda moderada (PSF).

A sua parceira portuguesa, dona Marisa Matias, a mais fiel deputada europeia quando se trata de votar com a extrema direita, essa já vai à frente, isto é,o seu partido não precisou de andar anos a trabalhar para ser o mais votado. Pendurou-se no PS do Usurpador, e aí está, indiscutível, no poder.

Les bons esprits se rencontrent. Unidas na mesma luta, as Marines, as Marisas, as Marianas e outras perigosíssimas tontas ressuscitam o mais primário nacionalismo, cavalgam problemas sociais para pôr em causa o que ainda vai valendo alguma coisa, pregam o isolacionismo, oferecem o que não têm dinheiro para pagar, criam o inimigo externo como é próprio dos extremos, borrifam nas liberdades tradicionais, exaltam a soberania totalitária do Estado-Nação. Os Jerónimos rejubilam: o seu projecto de destruição da democracia liberal vai de vento em popa.

Mais uma vez com a diferença de que já falei: por cá, vão muito mais à frente que em França. É que os franceses ainda têm um partido socialista que lhes resiste. Por cá, o Partido Socialista claudicou. Entregou-se nos braços da maluquice e até já faz declarações sobre a sua viagem para fora do sistema mental em que vivia. Já se coloca, abertamente, nos braços das tontas.

Factos são factos. Não tarda oiçamos o Usurpador dizer que, se os factos não prestam, que se lixem. Facto é que já há muitos sinais disso.

 

15.12.15

HOJE HÁ PALHAÇOS

Ontem, durante uma quantitade indeterminada de horas, essa coisa chamada TVI presenteou a Nação com histriónica exibição do Donald Trump em versão lusa: o senhor Pinto de Sousa, conhecido por engº Sócrates, ex PM actualmente a contas com a Justiça. Tal exibição foi seguida por inúmeros debates, ao longo dos quais perorou uma série de figurões da nossa advocacia e arredores, todos muito preocupados com o funcionamento da Justiça, e sempre, como é evidente, sem – que ideia! – aplicar as suas profissionalíssimas preocupações a qualquer “caso concreto”.

Os talentos do entrevistado, aliás larganente demonstrados em inúmeras exibições públicas, confirmam as opiniões dos que pensam tratar-se de um palavroso saloio, de um pendura profissional, de um provinciano que vendia projectos, ou assinaturas, em ignotos municípios, que esteve referido, ou indiciado, em larga série de suspeitosos casos e que, depois de ter, com maluquices e aldrabices várias, arruinado o país, se retirou para um vidaço parisiense à custa de terceiros, segundo noticiado e confirmado pelo próprio.

A ter razão nas queixas que produz, trata-se, sem dúvida alguma, do cidadão, português e universal, que foi vítima inocente da maior quantidade cabalas e conspirações por centímetro quadrado de que há memória. Um caso digno do Guiness. Daí, com certeza, a importância cósmica que a si próprio atribui e que a TVI, servidora e obrigada, coonesta e divulga.

Estejam preparados: esta noite há mais. O indivíduo em apreço vai voltar à prestimosa TVI. A seguir a ele, aposto, voltarão com os especialistas, os advogados - o dele incluído –, os politólogos, os escarafunchadores, os jornalistas, os pataratas, tudo minha gente paga para se “debruçar” sobre a importante personalidade, seus feitos e qualidades, e sobre os malefícios da Justiça.

Quem gostar de ser comido por parvo não perca a noite de palhaços que a TVI, a troco de uns tostões, não deixará de lhe proporcionar outra vez esta noite.

 

15.12.15

UM RATO DOS CANOS

Parece que há quem sugira que o repugnante Pacheco Pereira deve sair do PSD. Daqui lanço um angustiado grito de alarme; que ninguém o expulse, que ninguém lhe mova um processo, que ninguém premeie a moral rasca que o anima dando-lhe tal cavalaria!

Diria: deixem-no apodrecer por aí, se ele não estivesse já podre, tão podre que o facto de não sair do PSD por sua livre vontade, ou por algum resto de dignidade que ainda não tenha com ele apodrecido, chega para denunciar o mau cheiro.

Deixem-no andar a lamber os tamancos da tipa do BE, deixem-no dançar a conga nos comícios do Nóvoa, deixem-no representar o PS na administração de Serralves, deixem-no arrastar-se por onde gosta. Cada passo que dê, cada passo que dá, cada fidelidade que insinua, só contribuirão para o pôr onde merece: nos canos onde procura as ratazanas que o louvam. Deixem-no nos braços do Comité Central (quem diria?), a tecer loas ao Cunhal.

É bom que não seja corrido do PSD, não porque não o merecesse, mas porque nem isso merece. É difícil ignorá-lo, como não se ignora o anofeles, a drosófila melanogaster ou a hiena.

Mas façam o possível por considerar que, como pesssoa humana, não existe, já que é tão difícil aceitar que pertença à espécie.

 

14.12.15

NOMEAÇÕES

Dando largas à democraticidade cultural que o anima, o camarada Soares João, ministro do governo do Usurpador, acaba de nomear uma sua antecessora no pelouro (a obra dela é desconhecida, mas foi ministra cultura) administradora da Fundação de Serralves, lado a lado com o camarada Pacheco.

Desde a mais tenra idade que esta fundação foi pasto de eleição para inúmeros camaradas do género, em cargos, felizmente não executivos, isto é, que só servem para ir reuniões receber senhas de presença, ajudas de custo e despesas.

É de louvar a inteligência socialista destas nomeações: põe-se dois apaniguados num poleiro relativamente barato, faz-se um brilharete e, felizmente, nem um nem outro vão lá fazer coisíssima nenhuma. As pessoas ficam a julgar que há poupanças, não lhes passando pela cabeça que a dita fundação é, sobretudo, financiada pelo Estado. Um detalhe sem importância, dados os serviços prestados.

 

14.12.15

UM FIGURÃO

 

Quando se dedicava a parir bocas ditas académicas, o camarada Centeno, “especialista em matérias laborais”, dizia que o aumento do salário mínimo provocava uma onda de desemprego, desincentivava o progresso económico e tinha não sei mais quantas catastróficas consequências.

Não sei se a patética criatura tinha razão ou não. O que sei, e deve ser referido, é que, desde que está ao serviço do Jerónimo, das maluquinhas e da geringonça, mudou de opinião. Os seus “estudos” sobre o assunto afinal não valiam um caracol.

Já não é a primeira vez que o camarada faz figuras destas. O que dá para perguntar: quem é este gajo? Um economista diplomado em Harvard, tido por “liberal”, ou um revolucionário mascarado de sacristão, à espera de oportunidade para mostrar a verdadeira face?

 

13.12.15

Pág. 1/2

O autor

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2006
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub