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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

OBSERVADOR

 

Julgo que já referi algures o aviso de um amigo que me disse que “eles” já estavam a penetrar no “Observador”, último reduto de algum bom senso no panorama noticioso/informativo desta triste terra. Apesar da presença neste jornal de geringonços do calibre do senhor Trigo Pereira, não acreditei, ou procurei não acreditar na invasão da vigente coligação por terras alheias.

Sou adepto dos media com “cara”, coisa que, entre nós, mercê de espúrio entendimento do pluralismo democrático, há décadas faz escola. Por isso que ache, ou achasse, que o “Observador” era uma “ilha” de opinião, alheia ao ambiente totalitário em que vivemos, quase cem por cento dominado pela esquerda socialista, comunista e folclórica.

Hoje porém, fiquei com medos acrescidos. O discurso de ontem do Prof. Cavaco foi a intervenção pública mais importante de um político português de topo, mas não temeroso da geringonça nem aliado com ela.

O “Observador”, logo de manhã, dava ao dito discurso “honras” de vigéssima sexta página, depois de coisas e pessoas tão “importantes” como o Medina, a praia de Carcavelos, as corridas do Red Bull, a Diana, e dezenas de outros títulos. Mais ainda, foi preciso recorrer a um artigo “trabalhado” por uma agência para falar do assunto!

À tarde, o jornal trazia o assunto para a página três, já não por ele, mas pelo que dele tinha dito o ubíquo senhor de Belém, chairman e propagandista-mór da geringonça.

Espera-se que quem ainda acredita na democracia liberal, tal como a sonhámos e não como a que está em acelerada deturpação, tenha mão na coisa não deixe escorregar mais o “Observador”.

 

31.8.17

EM CIMA DA HORA

 

Isto da verdade é uma chatice. Veja-se as reacções histérico-estúpidas ao discurso do Prof. Cavaco. O homem disse uma série de verdades, duras como punhos. Veja-se o que disse uma tal Mariana, sem outro argumento que não seja o do ódio visceral que a caracteriza e aos seus adeptos. Veja-se a tremebunda, estúpida e vazia reacção dos representantes do PS.

Esta procissão ainda vai no adro. Aguardemos mais um pouco para falar sobre o assunto com mais detalhe.

 

31.8.17  

ONDE ESTÁ O ARMÉNIO?

 

Anda para aí um sururu dos diabos por causa de colocação de professores, dos alunos sem escola a duas semanas do começo das aulas e de outras notéveis performances do ministro da educação. As pessoas não entendem nada, mas percebem, se não quiserem ser cegas, que a ditadura de esquerda tem ínvias formas de se estabelecer sem que lhe chamem os adequados nomes.

Imagine-se o que seria um caso destes 2 anos atrás. Havia bandeiras da CGTP por todos os cantos, o Arménio já tinha feito 432 intervenções na servil TV e nos servis jornais, já tinha aparecido em 32 cidades, já tinha condenado as “políticas de direita”, que não têm consideração pelas pessoas, que põem em causa os direitos humanos, os direitos sociais, os direitos adquiridos, os direitos de cu para cima e de cu para baixo, já tinha encabeçado 124 manifestações de repúdio. Não era?

Imagine-se, outrossim, o que seria se a bagunça e a desgraça financeira do SNS fosse há dois anos. Era o fim do Estado social, a braços com os ataques do neoliberalismo, a Avenida da Liberdade regurgitava de tipos com a tromba do Ché na camisola e estrelas vermelhas na boina, tudo minha gente atrás do Arménio e demais geringonços.

Onde está ele agora? Fugido? Morto? Doente? Não meus amigos. Agora, as manifestações são organizadas por uma senhora cujo discurso nada tem a ver com a CGTP, o PC, o Arménio ou o xarroco dos bigodes. Não há multidões, nem bandeiras, nem grândolas. Nicles.

Mas o Arménio não anda fugido, nem está morto, nem doente. O Arménio comanda a mais estúpida e mais grave greve dos nossos dias: a da Auto Europa. Essa sim, vale a pena, prejudica a sério. É de sua iniciativa, tem o seu aval, foi feita sob as suas ordens, as ordens do Comité Central, as ordens dos amigos da geringonça. O BE não faz parte da iniciativa, mas está sossegadíssimo. O PS, atento venerador e obrigado, cala-se como um rato, não vá isso, em termos de orçamento, prejudicar o aumento de impostos em curso de discussão.

No fundo, isto pode ter um lado bom: pode ser que faça alguém pensar a sério sobre aqueles a quem está entregue.

 

31.8.17

MODERNAS IGUALDADES

 

Toda a gente notou já que o hediondo Cabrita não teve a dignidade de pedir desculpa aos portugueses pela monumemtal e policiesca aldrabice, digna do Komeini, que bolsou acerca da peregrina história dos livros para meninas e para meninos. Mesmo desmascarada em vários jornais e TV’s, a criatura prefere continuar indigna ou, geringoncialmente falando, manter  a coerência com as normas da casa, as quais se opõem a qualquer aceitação de responsabilidade, culpa ou coisa que valha. A regra da geringonça é a da inimputabilidade, como é evidente e sabido.

Acontece que há uma “comissão”, paga por nós como é evidente, destinada a fazer a vigilância correcta da chamada igualdade de género, chefiada por uma obscura senhora, Cardoso de seu nome . Tal comissão, como é lógico, precisa de mostrar serviço. Por isso, sabe-se lá se a pedido do Cabrita, resolveu emitir parecer sobre a criminosa tradição do azul e do rosa para meninos e meninas. Ao ponto de utilizar desconhecidos e rebuscados critérios para “julgar”. Há, nos livrinhos, diz a espantosa “comissão para a ‘igualdade de género’” (CIG), três exercícios difíceis para meninas e seis para meninos. Calcula-se a inteligência que presidiu a este julgamento. A coisa, a ser verdade (é mentira, mas que se lixe) configura um “reforço da segregação”, supõe-se que das meninas. Tal distinta opinião é fruto de uma “avaliação técnica”. Por outras palavras, a agremiação, certamente integrada por “engenheiros de género”, emite pareceres “técnicos”. Nada de correcção, nem de demagogia, nada de estupidez nem de polícia de costumes. Que ideia! Técnica, maus rapazes, técnica!

Ao optar pelo azul e rosa (além dos aldrabados diferentes graus de dificuladade, que são mentira) os livros “acentuam estereótipos de género que estão na base de desiguldades profundas dos papéis sociais das mulheres e dos homens”. Esta filosofia de papelão parece inculcar que homens e mulheres são uma e a mesma coisa, não em direitos como pensavam os antigos, mas em tudo. Essa coisa de a generalidade das meninas preferir bonecas e a generalidade dos meninos se dar melhor com automóveis é coisa que jamais deveria existir. Por isso, os livros, sendo a favor(?) disto, vêm, segundo a CIG, “reforçar a ideia de que há desigualdade nas capacidades cognitivas” de uns e de outros. Por isso, os livros ora incluídos no “index” do politicamente correcto, chegam ao ponto de pôr meninas a pintar as unhas e meninos a pintar barcos de piratas. Crime, dizem elas!

A nova “civilização” verá, com o triunfo da CIG, da geringonça, do Cabrita e do BE, os meninos de unha pintada a brincar com Barbies, e as meninas a andar à porrada, a fim de instaurar a verdadeira igualdade! Ai de nós, tristes pessoas normais!

 

30.8.17

FOGOS E MENTIRAS

 

Dando largas ao seu habitual amor à verdade, o chamado primeiro-ministro declarou, perante ignara mole do seu partido, que o Dr. Passos Coelho tem o hábito de se manifestar contra os bombeiros, assim dando largas a mais uma óbvia manifestação de maus sentimentos e politiquice. Ora o assim atacado, a propósito dos incêndios, tem reiterado inúmeras críticas aos mais que evidentes falhanços governamentais no que aos fogos se refere. Mas, em relação aos bombeiros, tem-se desdobrado em elogios. Donde se conclui que o chamado primeiro-ministro, além de demagogo e parvo, é, sem emenda, um aldrabão compulsivo, desbocado e ordinário, característica que, desde aprimeira hora, caracteriza a sua personalidade e postura política.

Na mesma ocasião, o citado indivíduo teve o desplante de se dirigir em termos inaceitáveis e rascas à líder do CDS. Donde se prova a baixeza do sentido de Estado e do amor às instituições da repugnante criatura.

Donde se prova também que, no caso dos incêndios, com mais ou menos inquéritos, pareceres, avaliações, declarações e outras formas de atirar areia para os olhos das pessoas, jamais haverá culpados ou responsáveis seja do que for, pelo menos culpados que tenham ligações ao PS, sejam políticos do PS, ou seja quem for, para além das culpas do passado remoto... ou da PT.

Toda a gente sabe disto, mas  que fiquem estas linhas à disposição, não como comentário mas como chamada de atenção para a verdade dos factos, passados e futuros.

 

30.8.17

APONTAMENTO

Há 4.500 doentes oncológicos há mais de um ano à espera de cirurgia. Fazem parte de um lote de 210.000 que também aguardam impacientemente a sua oportunidade (informação veiculada pela RTP).

É o Estado social em versão geringonça.

 

30.8.17       

COMÉRCIO EXTERNO

 

Diz quem sabe (INE, BdP) que o saldo da nossa balança externa vinha a melhorar desde 2012, com sustentáveis perspectivas de crescimento. Em 2015, o saldo positivo era de 873 milhões de euros.

Veio a geringonça. Nos primeiros 6 meses de 2017 verifica-se um saldo negativo  em 278 milhões, o que, extrapolado, nos contemplará com um buraco de mais de 500 milhões no fim do ano. Isto apesar de um pulo de 1.135 milhões nas receitas do turismo no mesmo período!

Entretando, a dívida aumentou cerca da 4.000 milhões.

Perguntar-se-á à custa de quê irá o camarada Centeno cumprir as suas propagandísticas previsões. A resposta é simples: impostos, minha gente, impostos. E mais umas cativaçõezinas (saúde, ensino, etc.). O socialismo paga-se.

 

 27.8.17

TRABALHO MODERNO

 

A geringoncial filosofia vem, desde sempre, metendo na cabeça das pessoas que o “caminho” para o trabalho e para o trabalhador é só um: trabalho a tempo inteiro, quanto menos horas melhor, inamovibilidade dos trabalhadores, despedimento tendencialmente impossível. É a receita ideal para a paralisia social, a falta de produtividade e a condução da sociedade para mundos e soluções que os tempos já condenaram. É o triunfo da absolescência.

A propósito, um estatística europeia revela que o trabalho (ou trabalhos) a tempo parcial tem a sua maior expressão nos países mais prósperos do continente – Holanda, Áustria, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Suécia…, e apresenta os números mais ridículos naqueles que, ou sairam do comunismo – Bulgária, Roménia, Eslováquia…, ou estão, como Portugal, sujeitos a regimes de “protecção” social do tipo socialista.

Muito desse trabalho, ou a sua maior parte, nos países ricos, é escolhido pelos próprios trabalhadores, com incidência maior nas mulheres do que nos homens, por motivos evidentes. O trabalho a tempo parcial, ou temporário, longe de ser um flagelo social, é uma solução de vida para muita gente e corresponde a uma evolução económica e social inevitável, imparável, e que não é em si, um mal.

É claro que os Estados com grande número de trabalhadores nessa circunstância não descuram a previdência e a segurança deles, antes adaptam os seus sistemas às novas tendências. Actualizam-se, modernizam-se, previnem. Exactamente o contrário do que se passa por cá com a tão ideológica quanto anquilosante luta contra  chamada precariedade.

Será que estamos condenados, neste caso como em tantos outros, a ficar para trás?

 

27.8.17

CENSURA E MARIQUICE

 

Um senhor Cabrita, tido por ministro não sei de quê, tem-se, ao longo do tempo, notabilizado pelas bojardas que vai largando, as mais delas dignas da esquerda do bloco de esquerda ou, mais propriamente, da barbárie ieológica em que o Costa transformou o PS.

Desta vez, o fulano excedeu-se. Tresleu uns livrinhos, aldrabou com quantos dentes tem na boca, “interpretou” os inocentíssimos e equilibradíssimos desenhos e os escritos de uns livrinhos para meninos e meninas segundo a porcaria da nova “moral” e... vai disto!, “recomendou” a sua retirada de mercado. Aqui temos um acto de censura, tão descarada e torpe como a do antigamente. Só que a do antigamente era oficial, assumia-se e, nesse sentido, era “transparente”. Os sentimentos do senhor Cabrita são os mesmos dos dos coronéis, os actos são diferentes - são os que o ambiente europeu proporciona - mas da mesmíssima natureza. Se o chamado primeiro-ministro fosse um democrata, corria com o homem. Mas não é.

Tão má como o cabritismo foi a reacção maricas da Porto Editora. Com medo que a atmosfera cabritista lhe viesse a prejudicar as vendas, meteu o rabo entre as pernas e retirou os livros do mercado.

Estes  dois factos são o sinal claro do galopante descaramento e da força crescente do ambiente de terror em que vivem as pessoas normais, mergulhadas nos ditames do politicamente correcto que, mais evidentes ou mais disfarçados, se abatem sobre a sociedade.

 

27.8.17   

 

ET. Pensando melhor, hverá que identificar hipóteses de emprego viáveis para o senhor Cabrita, caso o chamado primeiro–ministro se converta ao Estado de Direito e o ponha na rua. Algumas sugestões: poderia vir a ter uma posição de destaque no Irão, aplicando os seus conhecimentos e aptidões à moral dos aiatolas, mediante, por exemplo, a sua qualificada colaboração na actualização da lista de livros proibidos em vigor; igualmente, com as devidas adaptações, poderia ser adjunto do grande filósofo e político africano senhor Obiang, identificando alguns contestatários indesejáveis e outros elementos pouco adaptados aos princípios básicos do regime; não despicienda seria também a hipótese de se empregar como ministro bolivariano na Venezuela, a fim de identificar desviacionismos contra-revolucionários. Apenas algumas hipóteses para que se possa ver o talento do senhor ser útil e, claro, para não o deixar no desemprego.

Quanto à Porto Editora, talvez pudesse candidatar-se à edição de revistas pornográficas, sem limites de "genero" ou de especialidades": têm muita procura em Angola, e não irritariam o senhor Cabrita.

UMA BOA NOTÍCIA?

 

Em Loures, borradinhos de medo, o PS e o PC tentam preparar o encosto ao tão badalado Ventura, candidato do PSD tido por xenófobo, racista e por mais não sei quantos adjectivos que o politicamente correcto – a nova censura – inventou para consumo da galopante ignorância das gentes, cientificamente impulsionada pela esquerda radical e pela defunta esquerda moderada. Parece que o tal Ventura, por não ter papas na língua e exagerar as coisas, cala muito mais nas opções eleitorais do que desejariam os outros pretendentes ao trono lourense.

O camarada Bernardino acha muito bem que o chefe dos veterinários seja um engenheiro ou coisa do género com origem no PSD, apesar da gritaria que a coisa gerou. Tem razão. Se os presidentes dos hospitais não precisam de ser médicos, porque carga de água o dos veterinários de Loures não há-de ser arquitecto, ou advogado, ou ter a quarta classe?

No seu mandato, o camarada Bernardino coligou-se com o PSD e deu-se bem. Agora, apresentando o PSD um candidato que faz mossa, o melhor é preparar o futuro. A fulana do PS que, se calhar, não é parva nenhuma, também percebeu a coisa: se quer concorrer ao lugar do Bernardino, não pode perder o comboio do Ventura. Simples, não é? O CDS, coisa vagamente inexistente no local, não percebeu. O BE, por razões compreensíveis, fica de fora a papaguear os habituias slogans da correcção.

De onde menos se esperava (PC e PS) veio um inesperado mas lógico intervalo à tal correcção.

Uma boa notícia? Talvez.

 

25.8.17

CARTA

 

Excelentíssima Senhora Secretária de Estado

Até hoje, ou ontem, nunca tinha visto Vossa Excelência, nem pessoalmente nem por via dos media. Também, confesso, nunca tinha dado pela existência de Vossa Excelência. Ainda menos dei pelas reformas que parece ter entre mãos. Neste último caso - não sei se o defeito é meu - julgo ter comigo a generalidade dos meus concidadãos, que nunca deram por reforma nenhuma que se veja, proveniente, ou do alto critério de Vossa Excelência, ou da sabedoria do chamado governo de que, passei a saber, Vossa Excelência faz parte.

A celebridade é uma tentação para toda a gente. Compreendo. Aqui se insere, julgo, a súbita tentação que a assaltou. De um dia para o outro, Vossa Excelência tornou-se célebre. Os meus parabéns. Pena é que o tenha feito, não através da sua obra, putativamente notável, mas pela confissão, perdão, pela declaração pública da sua chamada “opção sexual”, coisa que a ninguém diz respeito e a ninguém devia interessar. Mas interessa. Vivemos num mundo onde coisas desse estilo, sejam quais forem (são tantas as variedades que já lhes perdi a conta), excitam as mais variadas imaginações e enchem páginas de jornal, como se fossem importantes ou notabilizassem quem as tem ou adopta.

Confesso que, para mim, a sua declaração é de uma atroz inanidade e nulo interesse. Que a sua obra seja outra coisinha, são os meus votos.

 

23.8.17

1346

 

Já não se sabe o que falta ouvir, da parte do chamado governo, sobre os incêndios que continuam por aí, altivos e imparáveis. Contradizendo o primeiro ministro não eleito, para quem a exclusiva responsabilidade dos ditos é do Sol, da humidade, do vento e da PT, os bombeiros dizem que mais de metade deles foi foi ateada de noite (sem Sol, sem falta de humidade e sem vento), e as polícias garantem que já engavetaram mais de cem incendiários, número pelos vistos insuficiente dada a continuidade da desgraça. Toda a gente terá razão, menos o chamado governo. Isto, apesar do citado fornecer ao povo a única informação “credível”, via lei da rolha.

Ontem, porém, uma notícia não desmentida dizia que, dos 1346 projectos de combate aos incêndios apresentados no âmbito do “Portugal 2020”, tinham sido aprovados... nenhum! Porquê? Por “falta de verba”. É natural, pensa o IRRITADO, que, no parecer da geringoncial coligação, tais projectos vinham de repugnantes privados, tudo gente interessada em incêndios para fazer chorudos negócios. Têm razão, como é oficial e, portanto, natural. O que não é natural, embora oficial, é que haja “falta de verba”, o que quer dizer que, tanto para privados como para públicos, não tenha sido prevista verba nenhuma. Zero. É o que se chama planeamento, em versão esquerdófila.

Voltamos assim à vaca quente. Esta malta não é só um bando de ultra demonstrada incompetência, descoordenação, passa culpas, irresponsabilidade, como leva a coisa ao cúmulo de ter abandonado qualquer sombra de avanço na prevenção do que se sabia ser fatal, como foi. A bem do défice. Mais uma obra do Centeno, a caminho da glória desta banca.   

 

23.8.17

PROVÁVEIS DIÁLOGOS

 

- Ai, Mariana, que maçada!

- O que foi, o que foi?

- O Youssef, coitado, quis vir para cá. Pediram-lhe uma declaração de intenção para um emprego e o SEF parece que não o quer cá?

- Não me digas, Catarina! Xenófobos, racistas, falocratas, homofóbicos, canalhas!

- Pois é, pois é. Uma prima do Loulou mandou-lhe uma missiva impressionante, a dizer que talvez lhe arranjasse um lugar de assistente nos estudos sociais da Universidade de Coimbra.

- Mas ele tinha preparação?

- Oh filha, vinha preparadíssimo, aluno de quadro de honra em trinta e duas madrassas e com uma recomendação do imã de Barcelona.

- Bom, temos que montar uma estratégia. Pedimos ao Loulou que trate do assunto no próximo programa de televisão e no seu poleiro do jornal do Belmiro. Mandamos alguém, o Pupu por exemplo, dizer ao Aventura que escreva um artigo no no dito jornal, que está sempre aberto a estas coisas. Lembra-te do que o Aventura disse do camarada Maduro, outro perseguido pelo imperialismo. Vais ver que se arranja uma campanha num instante, vai haver dezenas de artigos, conferências internacionais, etc.. No fim, arrasamos, como de costume, os fascistas, os falocratas, os xenófobos, os misóginos, os racistas, essa malta toda que diz mal da nossa moral, da nossa indefectível defesa dos direitos humanos. Vai ser um fartote.

- Boa! És uma máquina, filha. Os gajos verão como elas mordem!

- Mas olha que há boa gente por aí. Por exemplo, o camarada Bernardino – uma pena ser do PC – ontem, num canal qualquer, caracterizou muito bem o que se passa. A rapaziada de Barcelona, barbaramente abatida pela polícia, é tuda gente boa, meninos maltratados pelos racistas espanhóis, inimigos do multiculturalismo, gente impecável que exteriorizou a sua justa revolta de forma, digamos, exagerada, desproporcionada talvez, mas que é natural em vítimas desta sociedade capitalisa e neocolonialista que, como os factos provam, outra resposta não teve senão abatê-los como cães.

- Carradas de razão, embora haja para aí quem esgrima com a história das torres gémeas, com o argumento idiota que se tratava de gente culta, bem vivida, com dinheiro, cursos e outras martingalas próprias dos esclavagistas norte-americanos. Nada mais falso, ainda que o camarada Bernardino não tenha, infelizmente, tocado no assunto. Eram pessoas responsáveis que, ao longo dos anos, vinham acumulando a sua sincera revolta contra uma sociedade corrompida pelo capitalismo e que deram a vida pelos seus ideais. Um conselho: essa do abatidos como cães não é correcta. O gajo do PAN não gosta dessa linguagem.

- É verdade. Desculpa. Voltando ao assunto. Vamos dar ordens ao careca para fazer outra declaração contra o Passos Coelho, esse miserável xenófobo e racista que diz que uma carta de intenção não equivale a um emprego. No fundo, prefere turistas a imigrantes, essa é que é essa. Bandido!

- Bem visto, sim senhor, vamos pedir licença ao Loulou para prosseguir com a estratégia. Viva a correcção, viva a moral radical. Beijinhos.

 

22.8.17

MUDANÇAS E FICANÇAS

 

Nos negregados tempos da troica, e mesmo depois dela - estando no poder o Primeiro-ministro eleito -, se faltasse uma aspirina num hospital caía o Carmo e a Trindade, era o requiem pelo estado social, o fim do SNS, a prepotência do neoliberalismo, o diabo a quatro. Se faltasse um rolo de papel higiénico numa escola saíam à rua hordas indignadas a clamar que era o fim do ensino público, vítima do capitalismo de casino, era a submissão das escolas às multinacionais, era os ataques aos direitos humanos (existentes, “adquiridos” ou inventados ad hoc), havia manifestações, comícios, outra vez o diabo a quatro.

Enquanto o governo, peado pelas consequências da governação do PS, fazia das tripas coração para manter tudo em funcionamento (e o conseguia), a esquerda, por definição proprietária da verdade, dos bons costumes, da razão, da correcção, dos “valores”, da autoridade moral etecetera e tal, berrava as mais desbragadas aleivosias, vinha para a rua aos gritos, desestabilizava, ofendia, maltratava, ignorava.

O ambiente era de chumbo, alimentado pelos media que, na generalidade, sempre foram, e são, arautos da correcção esquerdista.

Hoje, tudo é diferente, mas há o que é igual. Temos, pela primeira vez na história da III República, um primeiro-ministro não eleito. Temos, também pela primeira vez, os radicais de esquerda (cuja  influência é a mais evidente marca do nosso atraso político, social e cultural) no poder, temos a verdade substituída pela mentira e pela irresponsabilidade (olhem os incêndios, olhem o que se passa com a tropa, olhem as aldrabices do Centeno), temos a política substituída pela propaganda, e temos o milagre da domesticação da esquerda radical, à qual o outrora PS social-democrata, ora renegado, se submete, lambendo. Tudo diferente, como vêem.

Os media, esses, estão na mesma. O que for contra a moral da esquerda é fascista, xenófobo, racista, e mas o que lhes der na cabeça, como, quase sem excepção, se pegou numa intervenção sensata de Passos Coelho para o crucificar. Tudo igual.

De resto, o poder de esquerda em Portugal é o que sempre foi: mera oposição a quem à esquerda se não submete. Sendo a dona da razão, tudo o que não for ela, ou dela, é para insultar, seja lá como for e porque for. Se não for, inventa-se. Conceitos altamente democráticos, como é de ver.

Mal seria se não falássemos noutra diferença, desta vez positiva porque igual, passe a contradição: já não há, no galarim da Justiça, tipos como os amigos do chamado Sócrates. Tem-se visto que, onde não entra o governo do primeiro-ministro não eleito, as coisas ainda não foram revertidas. Está-se na página que Passos Coelho abriu. Até quando?

 

20.8.17   

FRASES CÉLEBRES

 

Para amenizar mais um fim de semana em chamas, aqui vão algumas frases célebres, da autoria de altas figuras da nossa praça:

- Em tempos, um diplomata colocado em Madrid, pronunciou um conferência, cujo texto , impresso e distribuído com orgulho, se intitulava:

PORTUGAL E ESPANHA, DOIS CAMINHOS PARALELOS QUE RARAMENTE SE ENCONTRAM

 

- Um conhecido político, hoje mais ou menos na sombra, publicou uma obra sob o título:

 NO DÉCIMO ANIVERSÁRIO DE DOZE ANOS DE PODER LOCAL

 

- Hoje, no DN, citados entre aspas, o PCP e o BE declararam:

A PRIVACIDADE É UM LINHA VERMELHA INCONTORNÁVEL

 

O primeiro e o último caso testemunham o esquecimento a que foi votada  geometria de Euclides. Do do meio, nada a dizer. Só rir.

 

19.8.17

O PROFETA

 

O Chairman e o CEO da geringonça reuniram algures na província a fim de tomar medidas adequadas à tragédia dos fogos. Muito bem!

Não se sabe ao certo o que terão resolvido no seu tête-a-tête. O chairman veio à praça dizer umas coisas a partir de já conhecidas cassetes. O CEO, mais eficaz, contemplou o povo com algumas interessantes declarações, das quais é justo destacar a previsão de inúmeras desgraças durante o fim de semana que se aproxima. Como é natural, o nosso alto dirigente identificou as causas da sua previsão. São elas: o vento, as altas temperaturas e a falta de humidade na atmosfera. Ter-se-á esquecido do aquecimento global, do CO2 e de outros desmandos da humanidade. É de pensar que, tratando-se de um ateu, não se referiu ao São Pedro.

Dois meses depois de incessantes desgraças, novas e maiores catástrofes virão cá passar uns dias. Um fim de semana trágico, sabe-se lá com que consequêcias. Preparem-se, foi caridoso e sensato conselho do CEO. O povo agradece.

Mais importante nas palavras do ilustre político foi o anúncio da sua preclara decisão: declarar o estado de calamidade, com as suas consequências na limitação de direitos das pessoas e no alargamento dos das “autoridades”. Compreende-se que se declare tal estado depois de acontecer alguma catástrofe. Declará-lo antes da catástrofe é mais uma originalidade da criatura. Por outras palavras: o país arde há dois meses, e não houve calamidade nenhuma. Mas quando o fulano resolve anunciar um infernal fim de semana, então sim, determinou o estado de calamidade a priori. Há azar porque ele anunciou que vai haver azar, não porque tenha havido.

Outra reflexão nos deixa um pouco atónitos. É que, conclui-se das iluminadas palavras de sua alteza republicana, há fogos por culpa de tudo, menos de quem os ateia. Causas naturais, por certo. O mato, farto da canícula, resolve suicidar-se, e é o que se vê. Também poderá haver alguma negligência, mas a verdadeira causa é a fúria da Natureza. Genial.

Os números dos incendiários detidos oscilam entre os 74 e os 93, segundo os humores dos jornalistas ou as “informações” das autoridades. Mas tal gente, tais suspeitos, tais criminosos, não fazem parte das preocupações da geringonça. Isto, enquanto por aí já se fala em cartéis de incendiários, se prova reacendimentos absurdos, “naturalmente” impossíveis, perímetros de fogo estudados e executados... Nada disto existe, no parecer de quem diz que governa.

Em conclusão, sigam o conselho do profeta Costa. Preparem-se! E, sobretudo, não contem com ele para vos acudir.

 

18.8.17          

DO DESLEIXO

 

Ele há coisas do arco da velha. Antigamente, contra o parecer de inúmeros especialistas, a CML costumava podar as árvores da cidade, coisa aliás comum em inúmeras capitais europeias. Parece que, ou por influência dos tais especialistas ou, o que é mais provável, por mero deixa-andar camarário, há décadas que tal prática foi abandonada.

O resultado vê-se por toda a parte. A Avenida da Liberdade é hoje um túnel de frondosos plátanos, talvez bonito, mas perigoso. O mesmo se passa no Campo Pequeno e em inúmeras outras zonas da cidade. Não é preciso ser “especialista” para saber que há espécies cuja poda é fundamental para manter a sua vitalidade, e que a ausência de tais cuidados redunda no seu progressivo enfraquecimento, por muito ilusoriamente frondosas que se apresentem. De vez em quando, cai uma pernada. Se cai, é porque devia ter sido podada a tempo e horas. São inúmeros esses casos. Ao longo dos anos, as fraquezas das pernadas entram no tronco principal, e a vida da árvore é encurtada.

Ninguém dá por isso, porque o tempo das árvores não tem a ver com o das pessoas. Mas, se se der uma volta por locais como os que cito acima, e se olhar com olhos de ver, facilmente se encontra exemplos claros de situações perigosas. Não é preciso ser botânico, silvicultor ou jardineiro. Basta olhar.

A tragédia da Madeira é um violentíssimo sinal da situação. Começou a caça às bruxas. Mas, mais uma vez, ninguém será responsável, a não ser que se culpe gerações de abandono e desleixo.

Ao menos que tal tragédia sirva para despertar consciências, na Madeira como em Lisboa e no resto do país. Servirá? Não acredito.

 

16.8.17   

FANFARRONADAS

 

Anafado, Capoulas veio lamentar-se publicamente da ignorância a que foi votada a sua reforma florestal, a melhor, a maior, a mais importante reforma desde os saudosos tempos de Sua Mercê o Senhor Dom Dinis, Rei de Portugal e do Algarve. Só ele, Capoulas, conseguiu igualar, quem sabe se ultrapassar, essa gigantesca figura da nossa História.

Coitado, confessa, ninguém deu por nada, os comentadores, os técnicos, os filósofos, os historiadores, os políticos, o povo, ninguém se debruçou sobre tal e tão portentoso feito nem lhe deu o merecido a apoio ou o elogiou! Injustiça! E, acrescento eu o que Capoulas omitiu, a coisa foi de tal ordem que nem a geringonça tomou conhecimento ou publicitou a inigualável obra. De tal forma que, por causa do Pedrógão, se apressou a legislar outra vez, passando-lhe por cima, desta feita sob a alta inspiração da dona Catarina (sabe-se lá se nova Santa Isabel, Senhora de Dom Dinis), reformando a floresta segundo os princípios do socialismo revolucionário, e até com a chancela do senhor de Belém.

Passando em revista a obra do genial Rei (mal sabia ele que, oito séculos depois, o Capoulas o ia igualar), vejamos as bases do capoular orgulho, ou a ausência delas.

Não consta que Capoulas tenha, como o Senhor Dom Dinis:

- Feito poesia ou obra de alta cultura, a dasafiar o seu tempo;

- Criado as fronteiras do país, o Estado-Nação ou a consciência nacional;

- Instituído o Potuguês como língua oficial;

- Criado uma universidade;

- Centralizado o poder;

- Mandado explorar minas;

- Feito acordos comerciais com o estrangeiro;

- Fundado a marinha portuguesa;

- Criado a Ordem de Cristo e libertado a de Santiago do domínio castelhano;

- Feito ordenações várias;

- Criado e conservado o pinhal de Leiria;

- Tido filhos de oito mulheres.

 

Como nada disto fez Capoulas, porque é que se compara a Dom Dinis? Mistério.

Procurando levantar o véu de tal mistério, o IRRITADO atribui a comparação à ignorância, à pesporrência, à imodéstia saloia e convencida, à inferioridade cultural ou à idiotia do nosso chamado ministro da agricultura.

Parece que a própria geringonça deu mais pela fanfarronada que pela obra, o que é de uma assinalável originalidade.

 

14.8.17

CENTENO, O PRESIDENCIÁVEL

 

Reza quem faz contas que o nosso inacreditável homem tido por ministro das finanças já se ofereceu pelo menos cinco vezes para o cargo de presidente do eurogrupo. O facto tem a grande vantagem de, perante tão grande e tão absurda ambição, poder vir a levantar resistências entre aqueles que virão a decidir e que, pelo menos em princípio, não estarão para aturar galarós. É que, apesar de tudo o que se sabe e não sabe, ainda há, entre os governos do euro, quem tenha algum juízo.

Mas o homem não se cala. A cada esquina, a cada propósito ou despropósito, vai dizendo que quer o lugarzinho. O chamado primeiro ministro embarca a cada oportunidade, sem dar pelo ridículo em que nos mete.

Entretanto, cá na santa terrinha, continua a trafulhice habitual. Depois das contas duvidosas do défice, do aumento da dívida para números nunca vistos (250.000.000.000 de euros – dois dígitos mais dez zeros à direita!), do crédito às empresas a minguar (o mais baixo desde que há números – há 14 anos) e a disparar para as compras de andares e correlativos, numa relação de assustadora, a anunciar mais bolha, mais imparidades, etc., vem o Tribunal de Contas denunciar a imaginativa contabilidade pública do fulano – três entidades debaixo do tapete, mais quinze que nem contas apresentam! Não se conhece o montante destas sujeiras, mas, a avaliar pelos hábitos tradicionais do PS, é legítimo pensar que será pelo menos astronómico.

E é o artista responsável por tudo isto e muito mais (se é que há, na geringonça, alguém responsável seja pelo que for) quem quer ser presidente do eurogrupo!

Valha-nos santa Pafúncia!

 

12.8.17

TRABALHAR FAZ CALOS

 

Houve esperança nas almas quando o anterior bastonário dos médicos foi substituído. Veio um novo, com bom aspecto, e julgou-se que muito iria mudar. Baldada expectativa.

O novo homem continua a confundir a Ordem com um sindicato, a apoiar greves e outros atentados à saúde pública, em vez de, na sua posição e no uso das suas competências institucionais, procurar prestigiar a classe e promover a qualidade dos serviços que presta.

A última descoberta do dito senhor é a da ingente necessidade de legislar para que a profissão seja considerada “de desgaste rápido”. Não é. Ou é-o tanto como outra qualquer. Não faltam médicos que, passada a idade da reforma, querem continuar a honrar a profissão. Pelo menos estes não se consideram “desgastados”. Há um médico que tem, desde há muitos anos honrado a minha família e eu próprio com o seu saber. Tem 82 anos, razão única para já ter sido corrido de vários hospitais. Mas não se considera desgastado. O Dr. Gentil Martins (cito o nome porque é público) continua a ser quem sempre tem sido – se o BE estivesse sozinho no governo, Gentil Martins estaria preso ou deportado no Burkina Fasso. Se se cumprisse a vontade do bastonário, estaria em casa, porque estava “desgastado”.

O bastonário acha os colegas mal pagos. Talvez seja verdade. Mas não é o que acontece com a esmagadora maioria dos portugueses? A medicina é uma profissão nobre, ou que deveria sê-lo. E já tem privilégios, como o de se tornar inamovível funcionário público desde o dia da licenciatura. Não chega? Talvez.

Diz-se que trabalhar faz calos. É verdade. Por isso, os médicos deviam ter as mesmas condições de reforma que os demais, que também têm calos. Depois, se quisessem ir para casa, que fossem. Se não quisessem, que continuassem até poder. Mas não deviam ser considerados “desgastados” por decreto.

E deviam ter direito a um bastonário que não se ocupasse a apoiar greves, antes velasse pela competência e humanidade dos serviços que os seus pares “vendem” à comunidade.

 

11.8.17

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