MENTIROSAS PATACOADAS
Uma senhora, Paula Sá de seu nome, certamente preocupadíssima com a “democracia”, o “igualitarismo” e outras martingalas em voga, conta-nos hoje no DN uma história exemplar. A saber: uma vez, o açoreano então Presidente da AR, foi ao Canadá visitar as comunidades portuguesas lá residentes. Quando chegou ao aeroporto, não havia sala VIP, sequer uma fila especial para passagem rápida de altas figuras de um Estado amigo. Dona Paula Sá acha isto um notável avanço civilizacional, uma demonstração do caminho que este rincão de humanidade representa, enfim, uma série de disparates que caem bem em cabeças pouco dotadas pela Natureza.
Acontece que o autor destas linhas terá ido umas cinco ou seis vezes ao Canadá. E jura que, pelo menos nos aeroportos internacionais, este país está devidamente equipado com bancas da polícia de passaportes exclusivas para diplomatas e quejandos. Várias vezes tem dado consigo cheio de inveja de tais privilegiados.
Quer dizer, ou a dona Paula Sá está a mentir, ou escreve sobre o que não sabe, ou não se passou nada de parecido com o que ela conta, ou é parva. Não cabe na cabeça de ninguém que o contínuo do consulado do Burkina Fasso tenha tratamento que ao presidente do Parlamento português é negado, não é?
Mas é destas bocas que há quem se alimente.
14.1.16