PONHAM-ME NA FOTOGRAFIA!
Em tempos, acho que pela mão do camarada Guterres, saiu do anonimato uma senhora que, julgo, foi ministra, ou secretária de Estado de uma coisa qualquer: dona Ana Benavente.
Não terá ficado célebre por coisa nenhuma que não fosse o ter-se abespinhado com um jornal, do qual, veementemente, se queixou. É que tal diário – já não me lembro qual - publicou uma fotografia “censurada”. A mesma que outro jornal, no mesmo dia, também publicou. Tratava-se de um grupo na margem do qual espreitava a Dona Ana. Num jornal, lá estava ela. No outro, por evidentes questões de espaço, a senhora não constava, isto é, a margem tinha caído. Censura!, gritou ela aos quatro ventos, como se alguém neste mundo se preocupasse em vê-la na fotografia, ou fosse onde fosse.
Depois, a senhora voltou à obscuridade, não sei se permanente se com intervalos. Agora, com o cheirinho a poder que por aí anda, reaparece no jornal – com fotografia e tudo! – a dizer de sua justiça. Clama “ousar lutar, ousar vencer” (onde já ouvi isto?), desfia as cassetes do costume, repisadíssimas, o ódio sem reciclagem, cozido e recozido, sem decoro nem vergonha. Sempre esteve, ficámos agora a saber “muito mais perto do do PCP e do BE, que do PSD e do PP”, coitadinha - no tempo do Guterres não se lembrou de dizer tal coisa – e vê agora uma luz no túnel, aberta pelo PSC (PS do Costa).
Postas as coisas em pratos limpos, vem a senhora acenar ao PSC: cá estou camaradas, não se esqueçam de mim, ponham-me na fotografia!
Para memória futura.
5.11.15