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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

PREGAR NO DESERTO

 

O horror dos incêndios, o calor, os feriados, o papo para o ar, etc., deixaram o IRRITADO sem pio durante uma data de dias.

Os fogos estão quase “ultrapassados”, pelo menos até ao próximo. O panorama político-informativo, dada a gravidade do assunto, é mais longo e mais excitante que de costume. Neste momento, já há pelo menos trezentos culpados, da trovoada aos incendiários, do aquecimento global à chamada ministra e ao chefe dela, dos bombeiros aos GNRs, das mangueiras aos Kamovs, do Manel Cèguinho ao presidente dos meteocientistas, do ordenamento florestal aos velhinhos que insistem em viver em casa isoladas ou aldeias medievais, até já há quem ponha as culpa ao Passos Coelho e à Cristas. Uma fartura, tudo a ver quem mais acusa, quem mais aparece na TV, quem dá ou modera mais entrevistas, quem fala mais alto, quem mais bitaita.

Os políticos assumiram a fabricação de remédios. Vão “legislar”. Parabéns à prima. Já ouvi isto mil vezes ao longo de muitos anos. No tempo da II República falava-se de “emparcelamento” mas, que eu saiba, pouco ou nada se “emparcelou”. Depois, houve leis e mais leis, todas elas salvíficas, que não salvaram nada. Parece que, para mexer nestes assuntos com alguma eficácia precisávamos de ressuscitar o Dom Dinis ou o Dom Fernando I. Mexer no território era mais fácil e mais eficaz na Idade Média que na era digital.

Talvez porque as preocupações fossem outras. Naquele tempo, o poder preocupava-se com o povoamento e a exploração dos recursos agrícolas e florestais. Hoje, a base de todas as preocupações é o chamado aquecimento global e a sua “mais que certa” origem nos malefícios da humanidade. O país inteiro entretem-se a gastar e deixar gastar milhões e mais milhões (quantos, quem faz as contas?) para “salvar o planeta”, como se o planeta não se estivesse nas tintas para tais diligências, como se o tempo do planeta não fosse outro, de uma escala outra, medida em milhares de milhões de anos, não em toneladas de CO2.

Enquanto a nacional bempensância se vai entretendo com estas coisas, ardem montes e vales, morre gente. Todos os anos a mesma coisa, este ano pior que os anteriores.

Sem ter nenhuma solução, nem na manga nem fora dela, deixem que diga que há coisas que se metem pelos olhos dentro. Os bombeiros, no defeso, deviam ir limpar matas. As casas isoladas na floresta deviam ser emparceladas em aldeias com condições. Devia haver condições para gerir o minifúndio florestal via associações ou outras martingalas administrativas. Por causa das trovoadas secas, devia haver pára-raios apropriados, coisa que não será difícil inventar. O dinheirinho desperdiçado em moinhos de vento, muito “ecológicos” mas caríssimos, melhor seria gasto em aceiros, meios técnicos de combate e vigilância. E por aí fora, coisas mais simples e mais baratas que muitas das que andam por aí e que parecem não funcionar.

E pronto. aqui vai um “parecer” sem pretensões outras que não as de desviar as atenções para coisas sérias, em prejuízo das “verdades” universais que entretêm as mentes da pobre humanidade.

Temos razões para temer a leis que aí vêm. Vão entreter o pagode, é certo, no meio de enorme alarido de deputados, ministros, secretários da estado, directores gerais, autarcas... Boas ou más, são capazes de ter o mesmo destino que tantas outras, isto é, o de não passar das páginas electrónicas do Diário oficial. E lá virão mais fogos, mais mortos, mais circo mediático e mais "especialistas" a pôr a cabecinha de fora.

 

23.6.17

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