QUANTO MAIS FALAS MAIS TE ENTERRAS
Um tal Caramelo, ao que consta big chief de uma faculdade da Nova, não contente por ter censurado uma conferência de um intelectual de renome e escritor de valia (coisa rara cá no sítio), em vez de se retratar, veio ontem à liça decretar que tinha feito muito bem, e que até repetiria o feito se circunstâncias semelhantes se apresentassem.
Duas dúzias de díscolos ao serviço do Bloco de Esquerda resolveram ameaçar com distúrbios se a conferência fosse avante. O Caramelo borrou-se de medo e, em vez de mandar passear os idiotas, mostrou a sua censória personalidade, certamente por achar que vale mais a censura que a liberdade de pensamento e de expressão.
Acresce que, a mando das esquerdoidas do BE, os rapazolas decretaram que a conferência ia ser uma sessão de propaganda do fascismo e do colonialismo, e outras patacoadas do estilo. E se fosse? O que tinham tais imbecis a ver com isso?
Mas não era. O texto da conferência já foi publicado no jornal, sendo evidente que se trata de uma cristalina análise académica, cuja diferença em relação a muitas outras é mais a da inteligência e da profundidade com que é formulada do que da sua substância.
O Caramelo, pelos vistos, é mais adepto da estupidez das teses totalitárias do BE que da liberdade. E, quando devia, ou pedir desculpa ou estar calado, veio insistir nas suas “razões” e ameaçar repetir o acto.
Talvez ainda mais grave seja a reacção de certos figurões, como a do Tavares Mau (aquele do Livre), pelos vistos muito aflito com o assunto, bem como a omissão de outros, a saber os mencheviques do BE, os bolcheviques do PC e as mais mediáticas “figuras públicas” com que o PS vai brindado o indígena. Para tal gente, é perfeitamente legítmo ser radical se se for radical de esquerda. Se de direita, nem pensar – o que nem sequer era o caso da sobredita conferência. É a “democracia selectiva”, quer dizer, a infrene pulsão totalitária.
A “grande marcha” está em curso acelerado, sob a alta direcção do chamado primeiro-ministro e do seu colega de Belém.
14.3.17