O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Hoje, em magistral artigo, JMTavares denuncia a brutalidade do Augusto Santos Silva na diatribe furibunda com que tratou AJSeguro na entrevista em que ontem tratou de o aruinar como eventual candidato a PR. Foi demais. Mas foi, valha-nos isso, esclarecedor. O bruto inventou um novo Presidente. Traçou-lhe um formidável perfil, tantos foram os poderes, as funções, as dignidades, as prerrogativas e mais não sei quê, que lhe atribuiu. O PR passou a ser chefe diplomático, comandante da tropa, dominador dos PALOPS, professor de moral, representante máximo de tudo e mais alguma coisa, etc.. AJSeguro passou a mero desgraçado, talvez bom para adjunto do presidente de uma Junta de Freguesia em Trás os Montes. Ou nem isso.
O que vai na cabeça deste monstro? É simples. Temos diante de nós o mais importante candidato à Presidência, o candidato do “verdadeiro” PS, o PS de Sócrates, o PS de Costa, o PS dos obscuros bastidores, da geringonça, do oportunismo, o PS sem escrúpulos, sem limites políticos, o PS capaz de desvalorizar as vitórias dos outros e levar ao altar as suas próprias derrotas, o PS do vale tudo, o PS que atropela, que “malha”, que destrói, que arruina.
A S.Silva só faltou acrescentar (ou, sem o dizer, acrescentou) que, no perfil napoleónico que definiu, só cabe um homem, ele mesmo. Qual Seguro, qual Vitorino, qual Almirante. Algo de mais alto se alevanta, ele ali está, à disposição do futuro e à recuperação do passado que serviu caninamente, o passado dos grandes e admiráveis líderes, a saber: Sócrates e Costa, a quem sempre foi ferozmente fiel.
O IRRITADO não dá às presidenciais importância de maior. São um erro crasso da Constituição que ainda ninguém se lembrou de emendar. O sufrágio universal para a Presidência, ou serve para eleger o chefe do governo, como em França, ou para nada, ou quase. O representane máximo do protocolo do Estado é, na Europa a que pertencemos, ou um Rei, ou um Presidente, ambos parlamentarmente confirmados ou eleitos. No nosso infeliz caso serve para invenções mais ou menos ridículas, para arranjar lutas e chatices eleitorais sem sentido e para dar terreno a galifões.
Muito se tem dito e escrito sobre a história de um senhor que caíu do trono, parece que por andar com uma subordinada. Coisas que têm a ver com um código qualquer em vigor na empresa onde trabalhava, ou trabalha. Ponto. Sem comentários.
Comentário merece o artigo sobre o assunto escrito de um senhor Tavares (um fulano que não é carne nem peixe, nem antes pelo contrário) no Público de hoje, o qual, para além de achar muito bem o que aconteceu ao tal senhor, vem declarar que ele dava “facadas no matrimónio”, o que corresponde a entrar na vidinha do homem com informação ainda não confirmada por ninguém, isto para além da não interessar para o caso e de só ter a ver com a vida mais que privada do dito.
Mais importante que isto é a “justificação” da origem do caso: uma denúncia anónima. Com razão ou sem ela, fica provado que as autoridades, da empresa no caso, mas válido para todas, se servem da bufaria para, as mais das vezes, outra coisa não fazerem que dar cabo da vida de alguém.
Um bufo é um tipo que diz o que lhe apetecer de forma totalmente irresponsável. No tempo da PIDE, compreendia-se, os bufos eram uma das mais distintas fontes de informação da polícia. Pensar-se-ia que neste Estado de direito, as denúncias anónimas teriam como destino o caixote. É evidente que tais denúncias se destinam a prejudicar terceiros, sem assumir qualquer responsabilidade. Mas é o que está a dar, até oficialmente. A polícia, a procuradoria, as “redes”, tudo minha gente contribui para a impunidade, e para a credibilidade, dos bufos.
Pensem nisto e peçam aos anjinhos que não haja algum tipo que não os grame a vir dizer que assaltaram um banco. Tudo mentira, mas o mar de chatices é capaz de levar anos a acalmar. Exemplos não faltam.
Andam as gentes entretidas, ou anda gente entretida a entreter as gentes com o terrível problema das eleições presidenciais. Acastela-se a lista dos presidenciáveis, mais baixos e mais altos, mais gordos e mais magros, mais espertos e mais burros, um fartote.
Parece que há para aí uns problemas – nacionais, europeus, globais – que mereceriam mais atenção. Mas, quem é o IRRITADO para vir falar em tais coisas? Se o que está a dar é a presidencial história, vamos a ela.
Havia uma senhora ministra que, para além de ter posto o SNS a pão e laranjas, demonstrou a sua fatal e generalizada incompetência durante a crise do covide. É hoje alta figura do PS, deputada europeia, presença obrigatória nos jornais, etc., o que muito diz sobre os doutos critérios do partido. À altura, em rara crise de inspiração, alguém foi buscar um senhor a um submarino, pô-lo à tona e, caso raro, o homem tratou de vacinar a malta – e de ”safar” a ministra. Muito bem. Parabéns. O homem foi promovido a Almirante, depois a chefe da Armada. Aposto que vai receber umas condecorações. Pelo caminho, foi dando umas dicas que muito emocionaram os nacional-opinadores, ao ponto de o meterem em sondagens apontadas à presidência da República.
Segundo tais sondagens e de acordo com a impressão generalizada do pagode, o homem do covide está à cabeça na intenção de voto dos portugueses. Conclusão: os tais portugueses querem um tipo que não tenha nada aver com os partidos políticos. Ou seja, um cidadão que, não representando ninguém, não sendo burro e tendo boa imagem estética, reuna as condições para representar todos.
(segundo a habitual propaganda dos próprios, o PR representa todos os portugueses. Não representa – a Constitução diz que representa a República, o que é outra coisa)
Adiante. Admita-se o que é geralmente aceite. Perante as “propostas” das sondagens nem um só dos politicões da lista chega aos calcanhares do almirante.
Varerá pena fazer uma viagem pelos países que nos são próximos, aqui, na democrática Europa. Que me venha à cabeça só há, nas repúblicas, um chefe de estado que governe: o Presidente da República francesa, eleito pelo povo para representar o país e chefiar o governo. Os demais dependem de eleição parlamentar e destinam-se a funções protocolares de representação e a dignificar o sistema. Nas monarquias, acabada a legitimidade “divina”, os reis são legitimados pelos parlamentos. Não têm limites de mandato, têm sucessor constitucionalmente aceite e gozam de prerrogativas formais, representando o Estado e o seu povo (diz-se que são “caros”, o que não passa de atoarda sem qualquer sombra de adesão à verdade).
Poderá então dizer-se que os portugueses, os das sondagens e os da rua, andam à procura de um rei? Direi que, circunstancialmente, não. Os portugueses estão por demais “republicanizados”, por razões que aqui não cabem.
Mas, e substancialmente? Quem sabe, se, lá bem no fundo e talvez sem tomar consciência disso, não queiram ver-se livres desta quiquenal pessegada?
- Uns tipos deitam fogo a um autocarro, queimam o motorista coitado do motorista, todo assadinho, foi ignorado pelos media durante semanas. Alguns canalhas já identificados estão devidamente guardados numas celas, à espera que um juiz, agora de fim de semana, lhes dê destino.
Vai daí, o Montenegro faz uma conferência de imprensa mais ou menos infeliz, acompanhado por todos os polícias, mais umas ministras, a fim de dar ao povo a certeza de que estavam todos unidos na luta contra os terroristas.
A Nação revoltou-se com este terrível acto. Não houve bicho-careta dos chamados agentes de “comunicação social”, antigos e modernos, que não desatasse aos gritos. Se o Montenegro não tivesse dito nada, desatavam aos gritos na mesma. E o mesmo fariam se ele tivesse dito, ou feito, outra coisa qualquer.
- O Montenegro, como lhe compete, mandou fazer um orçamento. A gritaria começou, durou, durou mais, e mais e mais. A coligação PS/Chega dominou a artilharia, com a ajuda de uns pinduricalhos parlamentares. Deram cabo da coisa tanto quanto a sua limitada inteligência permitia. E a coisa, devidamente esfarrapada, foi aprovada por eles! Chama-se a isto coerência. Há coligações que, estando em causa os seus interesses, a que chamam “interesse nacional”, nunca falham. Esta, aliás, já tinha funcionado maravilhosamente em várias outras ocasiões. E voltará a funcionar em quaisquer outras, desde que o Montenegro se lixe.
- No meio disto tudo, a coerência continua a funcionar. O indesmentível líder da coligação já veio, com todas as letras, afirmar que o seu partido votará contra todas as propostas de autorização legislativa apresentadas pelo Montenegro. Todas. Sejam elas quais forem. Não interessa o que digam, são do Montenegro, são para chumbar. Todas. Se houver falta de votos, lá estará o Chega para dar uma ajudinha. Quando é preciso, lá está. Gente de confiança. De notar que, quanto a esta tão inteligente afirmação do PNS, nem um só dos artistas em palco na tal “comunicação social” se pronuncou. Devem ter achado bem. Se não acharam, ou estão pagos ou acham que podem vir a estar. Ou, sejamos moderados, são só esquerdófilo-cretinos.
- Vieram os cartazes. O Chega fez a sua rábula. Desta vez, o aliado aproveitou para dar uma ajudinha. Um estardalhaço monumental em que, não sendo possível defender a palhaçada, o PS fez o que pôde para lhe dar publicidade. Ganhou o Chega. O Montenegro, desta feita, não estava à mão. Pagou o Branco de tabela.
Durante meses, a nossa mui ilustre e bem informada classe política, intelectual, jornalística, letrada, etc., passou os dias (manhãs, tardes e noites) a escrever, publicar, dizer e parangronar cobras e lagartos acerca do Trump, um labrego, um ignorante, um criminoso a fugir à justiça, um aldrabão sem peias, sem uma única ideia na cabeça, um fabricante de bojardas, insultos e aldrabices...
Tudo o que diziam era (é) verdade. Não digo o contrário. O pior é o resto. O fulano foi eleito, e sem margem para dúvidas. E agora? A mesma gente que, por definição, tem sempre razão e sabe tudo, desdobra-se em razões e justificações. O homem, desta vez, abandonou os conselhos dos filhos, rodeou-se de tipos do melhor, a mensagem passou a ser “de qualidade” quando transmitida por terceiros, os americanos não são, afinal, uns boçais, antes gente bem informada, a Kamala foi uma incapaz, nem a coitadinha tem direito, e o futuro, vão ver, não vai ser nada de anormal nem de especialmente perigoso para a Europa e o mundo, a vida continua, esperemos de alma limpa e coração ao alto.
O IRRIDADO mantem o que pensava, tanto do Trump como da Kamala. Confessa que, se votasse, seria a primeira vez que o fazia à esquerda, talvez por ter andado mergulhado na campanha dos nacional bem-pensantes.
Este post serve-lhe tão só para denunciar a a gigantesca campanha desta gente, que não via nada e, de repente, passou a ver tudo. Clarinho, não é?
O melhor é não ler, não ouvir, não acreditar em nada.
Ao longo da miséria que foi o filme, ou a série, do Orçamento, muito foi o barulho sobre a chuva de dinheiro que o Montenegro resolveu despejar sobre o “povo”. Diziam o labrego do PS e os respectivos muchachos, que se andava a gastar muito dinheiro, que não ia haver “equilíbrio das contas”, que o dinheirinho "do Medina" ia acabar, etc.
Agora que baixaram a bola com medo das eleições, decidiram que, “na especialidade” –segunda temporada da série - iam exigir mais massa para as reformas. Então, há uns dias queixavam-se que a distribuição era demais, agora querem mais demais?
O IRRITADO não faz ideia sobre se o dinheiro sobra ou falta, mas observa a lógica, a sabedoria, a inteligência, a congruência, a firmeza dos “ideais” e das “ideias” dessa desgraça em forma de gente que se cahama PS - ou PSN, que é a mesma coisa.
Aqui há dias, houve na minha rua uma rotura nos canos da EPAL. Um riacho correu pelas valetas, semi-inclinadas cá no sítio. Ao passar pelas sarjetas, a marota da água continuava a passar como se nada fosse.
Ao ver isto da janela, o IRRITADO, que não percebe nada de hidráulica mas não se considera estúpido (passe a imodéstia), pensou: então anda o Moedas a gastar milhões, honra lhe seja, na construção de uns túneis para esgotamento das águas da cidade e evitar inundações, e as sargetas estão entupidas? Vale a pena o trabalho e o dinheiro? Para que servem os túneis se não há escoamento para eles?
Fica a questão. Talvez o Moedas se lembre de mobilizar uns mihõesinhos para reabilitar as sargetas.
As afirmações de “princípio” dos mais altos dirigentes do Chega, talvez espelhando e alimentando os “valores” de uma raiva social digna de nazis que acredito possa não ser representativa da maioria dos seus eleitores, são, a todos os títulos, miseráveis, indignas de seres humanos e colocam-se para além, ou abaixo, do tolerável em qualquer sociedade civilizada.
Resultado: para já, abriu-se o pano para o palco de uma multidão de “peticionários” cuja postura vai muito para além qualquer justa indignacão. Estamos mergulhados, completamente a despropósito, numa desbragada campanha de propaganda do chamado politicamente correcto, do nacional wokismo, do tempo de antena à la carte para a “ideologia de género” (veja-se, por exemplo, as declarações de hoje, do Sr. Prata Roque), do fartar vilanagem nas televisões, personificado, quase em exclusivo, por habituais activistas da esquerda radical. Eis o que a estupidez das convicções do Chega já conseguiu. E muito mais vai conseguir, com a habitual subserviência e colaboração dos media (mídia, em “ignorantês”), jornais, rádios, TV, redes sociais...
É evidente que as declarações dos “venturas” merecem repúdio e castigo. A Democracia e o Direito não são compatíveis com a propaganda da morte, da violência, da perseguição política, da desumanidade. Mas também não o deveriam ser com o seu indecente aproveitamento para a propaganda radical de coisas praticamente tão más como as que, com razão, condenam.
A pessegada dos dizeres sobre os selváticos acontecimentos dos últimos dias parece não ter fim.
A parceria do ódio (Chega e Bloco) já disse o que tinha a dizer, já odiou o que tinha a odiar, já entrou nos seus habituais orgasmos, e parece quere continuar. Interessa tanto o que dizem (ou cospem) uns, como o que dizem (ou arrotam) os outros.
De resto, não há quem não meta os pés pelas mãos sobre o assunto. Ao certo, ninguém sabe de nada.
Já se disse quase tudo o que se tinha a dizer e a contradizer. É o que temos.
O IRRITADO vem só acrescentar uma coisinha que está em falta. Quem se lembra do motorista que levou com um coktail molotov na cara e está a lutar pela vida no hospital? Então o homem, que não tem culpa de nada, não é suspeito de nada, nem uma palavrinha merece?
Passados uns meses de pantominas várias, vimos ontem, armado em homenzinho, o socialista-mor dizer que, contra as suas próprias “razões”, deixará passar o orçamento. Partindo do princípio que não dará ao fulano alguma birra pelo caminho, o Montenegro vai ter orçamento. O paspalho não deixará de lhe fazer a vida negra na “especialidade”, e, em definitivo, nada está garantido. Para já, temos a palhaçada interrompida por uns dias. Estamos só no intervalo.
Ficou, porém, por dizer a razão principal para a anunciada decisão. O socialismo do Rato, com o chefe à cabeça, borrou-se de medo com a hipótese de eleições. E se o Montenegro esquecesse o “não é não”? E se o Chega que, em cagaço, ombreia com o PS, uma vez devidamente encolhido, se civilizasse? Onde iria parar o barbaças e a sua tribo?
Já tudo está dito, redito e tredito sobre o horrível espectáculo da chegada de Ricardo Salgado ao tribunal. A cena já se tinha dado, pelo menos noutra ocasião, sem que tantas almas se condoessem.
Adiante.
Salgado não pode, simplesmente, ser julgado. Neste aspecto, acabou-se a “festa”. Compete imaginar o que se vai seguir, que vai ser outra “festa”, talvez ainda mais interessante para a multitudão de opinadores que já anda para aí a esbracejar.
Junto-me à alcateia, sem vénia nenhuma. O novo episódio poderia chamar-se, se isto fosse uma telenovela: “Quem, eu?”, com personagens vários.
Assim:
Dei um pontapé nas contas porque o chefe mandou. Assinei porque o chefe quis que assinasse, tive medo de ser ficar sem emprego, tenho mulher/marido, e filhos. Pois, é verdade, eu até suspeitei que havia marosca, quem era eu para duvidar do chefe? Isso era coisa do GES e eu era do BES, não sei o que estou aqui a fazer. Isso passou-se em Angola e eu estava em Cacilhas! Eu não fabriquei nada, as coisas já vinham feitas lá de cima, e em cima mandava o chefe. Etc., por aí fora.
Pois, há muita malta, coitada, que se viu envolvida, sem mandar em nada, sem saber de nada, sem decidir nada.
Se calhar todos têm razão. Como o chefe, coitado, já não pode responder, o problema está resolvido.
Vai dar um trabalhão (olhem o caso do Sr. Pinto Sousa, conhecido por "engenheiro Sócrates"), mas ou muito me engano ou a montanha não vai parir um rato, só umas ratinhas mais ou menos inofensivas.
Daqui a largos anos o IRRITADO estará a fazer tijolo. Já não se irritará. Deixa a tarefa aos trinetos.
Anda para aí um anúncio, de págima inteira, duma coisa que se chama MEO, onde um tipo qualquer abraça um giagantesco dístico onde se lê OLIVENZA - grafia castelhana. O slogan, por sua vez, reza “Portugal e arredores”.
Talvez a respeito das burrices do ministro da defesa nesta matéria, havia que explorar o assunto com lata, acrescida de ignorância. A referência a “arredores” outra coisa não significa que não seja que Olivença é um “arredor” de Portugal, que não Portugal.
Vejamos. Olivença foi roubada (“tomada” manu militari) pela Espanha, nas confusões da guerra peninsular, julgo que quando Castela, ou Espanha, ainda esatava “feita” com os franceses. Mais tarde, o referido país, assinou um tratado que impunha a restituição do concelho ao seu legítimo proprietário, ou seja, à soberania portuguesa. Espanha, useira e vezeira nestas matérias, jamais cumpriu o que assinou.
Hoje, a situação é esta: Olivença está apinhada de espanhóis e de património histórico português. Absurdo, mas verdadeiro. Quem lá vai, percebe que está em Espanha. Não há nada a fazer, nem a Portugal convém pôr-se aos pulos sobre o assunto. Para chatices e roubalheiras a água do Alqueva já chega. Idiota seria levantar a questão depois de tantos anos. Mas, convenhamos, a fronteira, à luz do direito internacional - vem nos mapas (das estradas e da ONU) - não é reconhecida por Portugal, e muito bem. Uma coisa é tolerar uma situação de facto, outra é reconhecê-la de jure. Digamos, para simplificar, que Olivença será “território português sob administração espanhola”, ou coisa do género. Ponto.
Mas não é um “arredor”! Nenhuma empresa, maxime a monstruosa e antipática MEO, tem o direito de o afirmar.
Vão lá estender o sinal para onde lhes apetecer, mas sem dar (mais) pontapés na História, no Diteito, ou na gramática.
Não se assustem. Não vou dizer mal. Pelo contrário, este texto é uma humilde homenagm a essa maravilha fatal da nossa idade que se chama PAN.
Andam por aí uns giantescos outdoors dessa prestimosa organização, nos quais, ilustrado com uma cama de casal, o PAN reza, em elegantes parangonas que “touradas só na cama”, mas “com consentimento”, ainda que não esclarecendo quem consente, se o touro se o toureiro.
Repare-se na educação, na delicadeza, no bom gosto, no requinte desta tão singela mensagem. Admire-se a imaginação, a inteligência, a sabedoria - por certo de experiência feita – da putativa autora desta maravilha.
Além disto, o magnífico cartaz implica conhecimenos filosóficos de grande altura, se, por exemplo, pensarmos nas várias modalidades do que a senhora fará na cama, pegas de caras, de cernelha, rabejamentos, bandarilhas... para já não falar de assassinatos como os que os espanhóis praticam aniquilando o adversário à espadeirada.
Tudo isto demonstra a estatura intelectual e o elevado QI da agremiação e da sua chefe. Ficará certamente a dúvida de saber quem, na cama do PAN, será o touro e quem será o toureiro, coisa que, mui justamente, ficará ao critério de cada um. Interessante desafio!
Aqui ficam estas sinceras declarações, a fim de que ninguém possa duvidar da admiração e do respeito que o IRRITADO, mui justamente, nutre pelo PAN e pela sua líder.
O IRRITADO, encarecidamente, pede aos seus leitores (amigos ou nem por isso) que o ajudem na resposta a esta angustiante pergunta: o que fez o Sr. Costa “pela paz”, de tão notável e universal importância que o fez merecedor de um prémio dado pela OCDE, UNESCO, ou lá o que é, que o distingue com global fama e com um chequinho de 140.000 euros?
Confesso que o IRRITADO sofre de evidente iliteracia nestas especiosas matérias e não vê senão falta de paz por todos os lados. Mas, para quem vai lendo alguns jornais, difícil seria não dar pelos com certeza gigantescos feitos de tão importante personagem em matéria de paz, (ou de falta dela?).
Dizem as sondagens, e admitamos que merecem algum crédito, que o famoso almirante do covide é o tipo ideal para se tornar Chefe do Estado.
Vejamos. O almirante era, antes do covide, um desconhecido, tão desconhecido que nem ilustre se lhe podia chamar.
Veio a chamada pandemia e, logo a seguir, ou durante, apareceu uma senhora, tão desconhecida como ele e sem nada de ilustre, mas tristemente célebre de um dia para o outro por cantar a “internacional” no duche. E ainda mais tristemente quando, eventualmente por causa da filosofia da dita cantiga, acabou com pelo menos três hospitais que funcionavam bem e até davam dinheiro e pôs de pantanas o seu bem-amado SNS. Tais feitos, aliados à mais radical incompetência no caso do covide, renderam-lhe formidáveis aplausos do PS (a estupidez não tem asas mas voa...) e levaram-na escada acima até à AR e ao Parlamento Europeu - local onde já se tornou conhecida por várias asneiras e votos de pernas para o ar.
O estatal desespero do governo e do povo levou a que a tropa fosse chamada para tratar do covide. E assim, com todo mérito, o almirante deixou de ser desconhecido e tornou-se uma nacional celebridade. Para além da gestão das chamadas vacinas, passou a herói dos submarinos, entre outros feitos de que já não me lembro.
Não lhe nego tais qualidades. Mas não me ocorreria, até hoje, guindá-lo à chefia do Estado. Aqui bate o ponto. Porquê a preferência das gentes?
Arrisco uma tese. As pessoas vêem os partidos políticos a procurar um dos seus para o cargo. Ou seja, segundo os profissionais da política, o futuro Presidente tem, obrigatoriamente, que ser do PC, do BE, do PS, do PSD, ou até algum cão, desde que filiado no PAN.
Daí que prefiram um cidadão sem ideias ou fidelidades políticas conhecidas, mas publicamente conhecido e apreciado. Alguém que não ameace meter-se no dia-a-dia da política e que represente o Estado com a devida dignidade e a indispensável gravitas.
À mão, só o almirante.
Veja-se o que aconteceu na desgraçada I República. No meio do nacional esterco surgiu o Sidónio Pais, amado pelo povo e odiado pelo esterco que o matou. Chamavam-lhe Presidente-Rei, porque viam nele, bem ou mal, a redignificação do Estado. Na II República, o Presidente passou a ser um militar, mero representante do poder radical de outrem. Na III República, passada a tentada militarização comunista, voltámos aos Presidentes partidários. De notar que um dos mais radicais republicanos do país (Raul Rego), ao procurar o maior elogio possível para Mário Soares, lhe chamou Presidente-Rei.
É isso. Os portugueses, mesmo que inconscientemente, quereriam um Rei. Alguém que “reinasse” fora do dia-adia e das suas guerrilhas. Exemplos não faltam por essa Europa fora, nas melhores democracias do mundo. Aguém que pudesse representar e dignificar o essencial do País.
Há já uma data de anos, um ministro do PS, tendo caído uma ponte, demitiu-se. Foi (e é-o ainda, quando dá jeito) elogiado pelo seu “sentido de Estado”, coragem, desapego do poder, honestidade, superior sentido da responsabilidade, etc. Muito bem. A ponte caiu, era gerida pelo seu ministério, o ministro caiu com ela. Como é evidente, o homem não tinha nada a ver com o assunto, a não considerar-se institucionalmente responsável.
Faça-se agora a comparação com a espernéfica senhora que chefia o PS/europeias. Ao fim de umas semanas de presença nas notícias não há quem não esteja farto das saltitantes gargalhadas da senhora, das gabarolices do Covide (quem tratou do assunto foi o almirante) e do seu total desconhecimento do caso das miúdas brasileiras. Que ideia! Era ministra da saúde mas não fazia nem faz ideia. Nem de longe nem de perto. Pois. A senhora não sabe, nem aprendeu com camarada da ponte, o que é a responsabilidade institucional. Nem tem que pedir desculpa. Nem de se demitir, que horror!, do cargo de deputada nem de cabeça de lista do PS, nem do seu garantido lugarzinho de deputada europeia. Que ideia!
Aprendam, rapazes, esta lição de coerência política e pessoal.
A Dona Carmo Afonso, plumitiva hiper/super/ultra esquerdoida, veio à cena condenar os avanços do hiper/super/ultra esquerdoido Boaventura Sousa Santos, zarolho como ela, dizendo que os avanços do dito sobre as suas (dele) subordinadas são manifestação de “hipocrisia”.
Muito bem!
A parte interessante da coisa é que dona Carmo acha que os pecados do homem nada têm a ver com o facto de ele ser da esquerda ultra comunista. Não! No brilhante cérebro da senhora entre os esquerdistas não cabem tais pecadores. Diz ela que é impróprio da esquerda (subentendendo-se que é coisa de direita) andar atrás de saias. Os machos de esquerda são puros! As aventuras do Boaventura são dele, não da esquerda! E esta, hem?
A nacional-esquerda dita socialista apregoa aos sete ventos, com foros de intocável moral, todas as variedades sexuais do seu vasto cardápio, mas o chamado assédio é coisa de direita.
O zarolho Boaventura, de braço dada com as carmos zarolhas cá da terra, fez da vida propaganda da mais esquerdista das esquerdas, nisso arrastando para o seu harém a própria Universidade de Coimbra, que merecia melhor sorte.
A título de informação (para que saibam o estado das coisas) diga-se que a senhora em causa tem assento fixo numa estação de TV e no diário “Público”.
O IRRITADO não é feminista nem machista. É o que é: um tipo que não atura nem uma coisa nem outra.
Deixo aqui um apontamento para a reflexão dos leitores. É que testemunha que as meninas das TVs – não sei qual delas ou todas – são (ou serão?) ou machistas ou anti-feministas. Vejamos, por exemplo os programas sobre guerras. De um lado, o “senhor general”, do outro, “a Raquel”, de um lado, o “senhor embaixador”, do outro, “a Diana”.
Estão a ver? Será que as meninas das TVs conhecem a Raquel e a Diana da costura? Será que a Raquel e a Diana não são professoras, doutoras, ou coisa que o valha, ou nem a senhoras, ou senhoras donas, ou só donas, têm direito? Em alternativa o IRRITADO propõe que o senhor general passe a Manel e o senhor embaixador passe a Joaquim. Ou então a camaradas, em comemoração do 25.
Em suma, as fulanas das TVs, forradas de toilettes e de cabeleiras várias, não têm educação, nem própria nem dada pelo do patrão.
Não sei o que é pior, se as declarações de Marcelo, se as duma brasileira com a assento no respectivo governo.
Um pouco de História. Quem ouve as bojardas esquerdistas (e, agora, marcelistas) sobre a escravatura, é levado a pensar que os portugueses, manu militari, invadiam territórios nas colónias, matavam gente, cercavam povoações, etc., para angariar mão de obra escrava.
Sem negar a escravatura, nem a justificar o injustificável, devia haver alguém, mais responsável, ou credível que o IRRITADO, a pôr pontos nos is. Não há memória histórica de tais razias. Os escravos eram mobilizados por negociações dos negreiros com as autoridades locais, sobas, reis do povo, “mais velhos”, e outros com poder sobre as populações. Tão responsáveis como os negreiros são os que com eles faziam negócios em boa paz e harmonia “económica”.
Quem deve a quem? Evidentemente, ninguém. Quem é, hoje, responsável? Evidentemente, ninguém. Quem deve receber “reparações”? Evidentemente, ninguém.
O nosso Presidente está maluco? Evidentemente, pelo menos às vezes.
A ministra brasileira? Essa, deve ser doida de nascença. Então o Brasil, atafulhado de património português, criado pelos portugueses, tornado independente por um Rei português há dois séculos, quer mais? A mulher é doida, ignorante, burra, ou só desonesta e oportunista? É tudo isso e muito mais.
O IRRITADO tem estado em silêncio. As circunstâncias da vida, a falta de inspiração, a multidão de comentadeiros, a abundância de gente a clamar nos jornais e nas chamadas redes sociais (um mar de lixo), tudo leva a que se torne redundante qualquer opinião. O preto, o branco e o nem uma coisa nem outra, tudo se diz e escreve, a atropelar o raciocínio de cada um.
Porquê voltar? Porque esta históris da dona Temido ser cabeça de lista do PS ultrapassou o imaginável. Quais as razões para que esta senhora, conhecida por cantar a internacional no chuveiro, por ter desgaraçado o SNS, por ter acabado com a melhor gestão de hospitais do país, por ter tido que chamar a tropa para as vacinas, por não ter dito, feito, defendido nada de importante, por positivo, se transformou numa star do PS, deputada, candidata à Câmara de Lisboa e, agora, cabeça de lista do partido às europeias? Porquê? Por nada, a não ser por causa da prestigiosa “inteligênca” do P(N)S.
O IRRITADO, da sua humilde tribuna deseja à ilustre cidadã e ao PS o destino que merecem.
Já agora, sublinhe-se a indignação do fantástico Moreira. Então ele, imperador do Porto, indiscutível condotieri de todos os invejosos, ficar atrás de um “puto”, um “mouro”, um irritante palrador? Número dois? Não queriam mais nada?
Hi hi. Apesar dos tempos, ainda há coisas que nos fazem rir.