10 DE JUNHO
Feitas as contas ao 10 de Junho de 2014, temos, para já (são 9 horas da noite), segundo a “informação disponível”, cinco acontecimentos dignos de nota:
- O Doutor Cavaco Silva foi acometido por um badagaio, felizmente sem consequências, durante o seu solene discurso às Forças Armadas e o país;
- Tendo o mesmo senhor, mais uma vez, terçado armas pelo entendimento da coligação com o PS, aquela respondeu que sim. O Oco, que não. E, já que o Presidente e a maioria se repetem nestes apelos, resolveu responder com repetições, ou seja, com a costumeira série de tristes e irresponsáveis inanidades, com o patético non sense que caracteriza o seu estúpido discurso político. Tudo na mesma como a avantesma.
- O camarada Jerónimo, com ar compungido, veio dizer que desejava as melhoras do senhor Presidente, ainda que fosse seu inimigo político. Simultaneamente com estas cordatas palavras, a seu mando e sob a alta direcção do xarroco dos bigodes - sem dúvida em representação do Comité Central - um grupelho de alarves fazia uma barulheira dos diabos, desrespeitando o dia de Portugal, o Presidente, as Forças Armadas, todos nós. O objectivo, sempre conseguido, era o tempo de antena, coisa que os seus serviçais das televisões em particular e dos media em geral jamais negaram ou negarão a estes tipos, mesmo que não sejam mais que meia dúzia.
- A juntar a todos os azares, eis que surge, por obra e graça (não é bem por graça, porque é paga) da TVI, o conhecido e rico comunista Araújo Pereira, perorando miseráveis alarvidades sobre o ataquinho do Presidente e incentivando as massas à revolta violenta.
- De positivo, neste 10 de Junho, lá nos confins do telejornal: os combatentes, os que não esquecem, os honrados, os que não fugiram nem quiseram que alguém por eles morresse. Mesmo velha, ainda há boa gente.
10.6.14
António Borges de Carvalho