O túnel I
O senhor Miguel Coelho, um dos mais successful, dos mais arrogantes e dos mais primáriosaparatchiques do PS, veio exigir a abertura do túnel do Marquês, na parte em que as obras já chegaram ao fim, isto é, das Amoreiras à Rotunda.
Até aqui, muito bem. Sem disfarçar o incómodo, estou de acordo, julgo que pela primeira vez, com o tal Coelho. Até porque a sua exigência vem provar à saciedade que, apesar da ferocíssima luta que o homem travou contra o túnel, quem tinha razão, como quase sempre, era Santana Lopes: o túnel é uma infraestrutura fundamental e preciosíssima para a cidade.
O senhor Rodrigues, antigamente conhecido por homem probo, discreto, competente e sério, hoje na mais completa das fossas morais por causa do problema do Audi (que miséria, que nojo!), opõe-se à pretensão do espantoso Coelho. Porquê? Ele lá saberá. Se calhar quer fazer uma festança numa inauguração mais completa e mais próxima das eleições, sem cuidar dos interesses dos munícipes e dos visitantes. E lá obrigou o PSD a votar contra a coelhal pretensão, na extraordinária companhia… do PC!
O munícipe, para quem a Câmara, as mais das vezes, outra coisa não é senão um inimigo público, não percebe. Tem desculpa. É burro.
António Borges de Carvalho