SERVIÇO PÚBLICO
Sábado. 20 horas e 22 minutos no relógio da sala. O senhor Santos (Rodrigues dos) anunciou: “O PSD reuniu o seu congresso…”.
A abrir o telejornal, futebol. Depois, umas coisas quaisquer para passar o tempo. Às 20 horas e 22 minutos, o congresso do PSD. Uns minutitos e… “voltaremos mais tarde ao assunto”. Assim foi, aos 45 minutos.
Longe vai a meia dúzia de anos em que o “serviço público” esteve independente do governo. Longe vão os tempos em que, nos congressos partidários, se afinavam as coisas para apanhar, na abertura dos telejornais do Estado, o discurso do líder.
A coisa, agora, fia mais fino. Quem quiser manchetes, tem que esperar pelo senhor Pinto de Sousa e pelo seu PS. Voltámos aos gloriosos tempos do PM Soares.
E muito bem, que com isto de “serviço público” não se brinca. Ainda menos com o governo. E, com o senhor Santos (Rodrigues dos), nem pensar. Profissionais são profissionais.
António Borges de Carvalho