DAS DELÍCIAS DO PS, OU DOS DESMANDOS DO PACHECO
Ontem, a chamada “Quadratura do Círculo”, com vasta propaganda prévia nos telejornais da SIC, foi palco de mais uma violenta diatribe do Pacheco contra Santana Lopes.
Qual orçamento, qual carapuça! O que importava era, perante o sorriso melífluo e deliciado do Costa, aproveitar o tempo e a antena para “demolir” o homem.
O Pacheco é o manjar preferido do PS. Sempre que o PSD ameaça deitar a cabecinha de fora, lá vem o Pacheco tratar do assunto. Alto e pára o baile! Não queriam mais nada?
Note-se que o Pacheco informa que “nada tem de pessoal contra Santana Lopes”. Só está contra a candidatura dele à CML porque o homem perdeu as eleições… legislativas (depois de exemplarmente perseguido pelos diversos pachecos da nossa praça), e perdeu, em Lisboa, as eleições… para liderança do PSD. Portanto, conclui o Pacheco, é “um candidato perdedor”. Os tipos da concelhia de Lisboa, por outro lado, são uma gente detestável, que até gosta do Alberto João e, por conseguinte, a sua opinião não interessa e os seus votos a favor de Santana Lopes põem-se de lado.
Na boa escola do PS, o Pacheco não hesita em mentir, baralhar e tripudiar.
O PSD, sob a liderança de Santana Lopes, perdeu as legislativas. Qual seria o mais pintado que, em circunstâncias semelhantes, as ganharia? O Pacheco não explica. Mas não hesita em, abusiva a trafulhamente, as utilizar.
Não explica, tão pouco, que do que se trata é das eleições em Lisboa. Ainda menos que o PSD isolado, as ganhou pela primeira vez com Santana Lopes à cabeça.
Muito democraticamente, o Pacheco acha que o voto esmagador da concelhia de Lisboa não interessa, mas acha que, se a mesma concelhia votar a favor de outro qualquer, já interessa. Isto, se o outro qualquer for um dos nomeados do Pacheco: o senhor Borges, que, por muito mérito que o IRRITADO lhe reconheça, ninguém sabe quem é, o senhor Sarmento, que a mesma coisa, ou o senhor Coelho que, tal como Santana Lopes, foi batido em Lisboa pela dona Manuela.
A sondagem efectuada, que dá Santana Lopes como único PSD com possibilidades de ganhar a Câmara de Lisboa, também não interessa ao Pacheco.
Para o Pacheco, tudo serve, a torto ou a direito, por absurdo ou por pura perversão dos argumentos, para ser contra Santana Lopes.
O Pacheco diz que os seus argumentos não têm nada de “pessoal”. Como acima demonstrado à saciedade, nada têm que não seja pessoal. Trata-se de puro ódio, melhor dizendo, da mais profunda e rebuscada inveja.
O Pacheco é, assim, um verdadeiro manjar para o PS em geral e para o Costa em particular.
Esperemos que o manjar se não transforme em maná, isto é, que a dona Manuela perceba que o que está em jogo é defender os interesses da cidade e do PSD, e não consolar as raivas do Pacheco.
Se ela perceber isto, então veremos como o povo de Lisboa é capaz de saber escolher entre a paciência, a eficácia e a vontade de servir de Santana Lopes, a quem muito deve, e o dolce far niente do Costa ao serviço da sofreguidão do PS.
17.10.08
António Borges de Carvalho