"JUSTIÇA" POR CONTA PRÓPRIA
O bando de perigosos inúteis que dá pelo nome de Greenpeace atacou mais uma vez em Portugal. Uns navios-fábrica viram os hélices acorrentados e foram cercados por botes cheios de bandidos proclamando de acusações vária ordem.
Parece que a polícia “identificou” os canalhas e terá apreendido um ou dois botes.
Os indivíduos desta organização terrorista dedicam-se a uma actividade por demais universalista: investigam (são polícias), acusam (são juízes de instrução) julgam e condenam (são magistrados judiciais), e aplicam as penas (são carrascos).
Assim, é muito mais simples que de costume: quando se não gosta ou se desconfia de qualquer coisa, para quê recorrer às autoridades? Para quê provar o que se diz e justificar o que se faz? Para quê estar à espera de processos, que são morosos e caros, e de juízes, que são uns chatos? Para quê pagar a advogados, que são uns chupistas?
A justiça por conta própria é muito mais prática e, além disso, parece que paga bem, dado o número crescente de idiotas que há no orbe.
Em boa verdade, a não ser pela verificação da existência de tais idiotas, não se percebe onde vai o bando arranjar meios para aplicar a sua "justiça". Os tipos têm navios, aviões, equipamentos diversos, o diabo a quatro pelo mundo fora, coisas que custam fortunas e, às vezes, não são fáceis de arranjar.
À hora do fecho dos jornais de ontem, apesar de a Polícia já ter adoptado “medidas” (identificar os biltres e mandá-los em paz), os navios ainda não tinham sido desacorrentados.
Sem, sequer, admitir melhor opinião, o Irritado propõe que este tipo de acções passe a ser objecto de intervenção das Forças Armadas, a fim de impedir, de forma exemplar e radical, as actividades dos “gangues verdes”. Se levarem com umas granadas nos chanfalhos talvez não voltem a utilizar meios violentos de sabotagem e ameaça nem a pôr cá os pés.
É evidente que este último parágrafo não passa de wishfull thinking do Irritado.
Os tipos são uma organização “legal” que tem por missão “salvar o planeta”, “chamar a atenção” das pessoas para os problemas que as (não) afligem, participar, nobremente, na formação do terror universal sobre o nosso futuro, coisa tão do agrado dos senhores Soares e Gore. Merecem, por isso, a admiração das gentes, a doçura dos polícias, a “compreensão” dos intelectuais. Até porque isso do Estado de Direito não passa de uma diabólica invenção do capitalismo para enganar a humanidade e a conduzir às maiores desgraças.
Mas, caros amigos, não tenham ilusões. Se deverem uns tostões às finanças ou derem um par de pontapés ao drogado que roubou, de esticão, a carteira da vossa estimável patroa, os mesmos adeptos do Greenpiece ressuscitam o Estado de Direito de um momento para o outro e caem-lhes em cima que nem uns danados.
Aos polícias, aqui deixo uma mensagem de apoio. Fizeram muito bem. Se tratassem mal os camaradas do Greenpeace metiam-se em trabalhos, processos, inquéritos, trapalhadas imensas e intermináveis.
Olhem bem este exemplo: há quem processe os polícias que abateram os bandidos de Campolide por “homicídio voluntário e premeditado”. Portugal prepara-se, assim, para demonstrar que, por cá, a vida dos reféns é menos importante que a dos sequestradores.
Senhores guardas, juizinho! Quando o Greenpeace voltar, batam-lhe a pala!
29.10.08
António Borges de Carvalho