SURSUM CORDA!
Dona Manuela, finalmente, saiu da casca! E de que maneira!
Ontem, desgraçadamente às onze da noite e num canal de cabo (deveria ser em prime time e em sinal aberto – para não dizer no “serviço” público de televisão, a senhora disse de sua justiça de forma clara, incisiva, afirmativa e séria. Delineou o que a diferencia, em filosofia de base e em propostas, da fanfarronada socialista que nos vem arruinando.
Esteja-se ou não de acordo com o que propõe, facto é que a senhora mostrou uma raça, um vigor, uma distância em relação à demagogia e ao propagandismo do senhor Pinto de Sousa, que demonstram à saciedade que estamos perante uma alternativa sólida, credível e possível.
O Irritado não subscreve muito do que ela disse. Mas saúda com entusiasmo o estilo, a força, a clareza, a recusa da facilidade e da demagogia, coisas que podem, e devem, abrir novos horizontes à política em Portugal.
Julgo que ficaram criadas as condições para que a trupe dos pachecos, marcelos, meneses & Cª perceba que algo de importante se está a passar e se deixem de parvoíces. Se esta gente for chatear outro, Dona Manuela tem todas as condições para unificar o partido e para encetar um caminho que nos livre do senhor Pinto de Sousa e seus amigos por muitos anos e bons.
Mal ficaria se não dissesse uma palavra sobre os entrevistadores: que miséria! Pensar que um deles é director de um órgão de informação económica e outro chefe da economia de uma estação de televisão é tão confrangedor que quase apetece emigrar.
A ver vamos agora as diatribes dos camaradas SS (Santos Silva), VC (Vitalino Canas), SP (Silva Pereira) e quejandos. Se forem do tom habitual só servirão para os enterrar e à sua verborreia parlapatona.
Sursum Corda!
30.10.03
António Borges de Carvalho
PS. (não confundir com Partido Socialista) Tenho à minha frente dois matutinos “de referência”). O jornal privado chamado “Público" mancheta que o governo vai continuar a exigir o IVA adiantado. “O Diário de Notícias” parangona as zangas do Louça e do Fernandes.
Assim vai a “informação” em Portugal.