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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

Concertações

A fim de "concertar" os contornos da missão militar portuguesa no Líbano, o PM Pinto de Sousa (Sócrates) vai reunir com o PR Cavaco Silva. O país contempla, e acha bem, já que a informação de que dispõe não opina de outra forma.

Permitam-me que, deste humilde cantinho, me revolte contra a coisa:

Primeiro, porque nada, na Constituição ou na Lei, prevê tal "concertação".

Segundo, porque a decisão de participar na força da ONU já foi tomada. Se já foi tomada sem consulta ou "autorização" do PR, então porque carga de água vai o PM "concertar" a coisa com ele? Será que o PR, além de armado em "comandante", agora também se debruça sobre questões técnico-militares? Não tem a ver com a decisão de participar, mas é ouvido para opinar se se deve mandar uma fragata, um batalhão de engenharia ou uma ambulância?

Compreender-se-ia que o governo, por uma questão de cortesia, isto é, sem a tal ser obrigado pela Constituição, ouvisse a opinião do PR sobre se devemos, ou não, integrar a força da ONU. Se tal não foi tido por útil, e se a decisão foi tomada pelo governo não tendo ao PR sido dada outra oportunidade senão a de dar, para português ver, alguns anodinos conselhos, então porque carga de água se vai "concertar" com ele os contornos da coisa? Ou o PR aceita a "desautorização" que a decisão representa, ou representaria se ele tivesse autoridade na matéria, e então "come" as sobras, sendo consultado, não para decidir mas para acertar pormenores, ou então teremos que chegar à conclusão de que o PR é uma espécie de conselheiro técnico do Governo, situação em que o espertalhuço do PM parece querer colocá-lo e que ele parece querer aceitar.

Pode argumentar-se que, se as coisas vão passar pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, então o Doutor Cavaco, como seu Presidente, terá que ser informado sobre as matérias que nele irá discutir. Porém, o CSDN não é mais que isso, um conselho que aconselha, não uma instância que decide. E o PR, nele, também não é mais do que isso, um chairman  a quem não compete qualquer decisão.

Continuamos, pois, a fomentar a confusão institucional que o dr. Sampaio inaugurou quando, com o consentimento do dr. Barroso, se armou em "Comandante". Coisa que é, não só claramente inconstitucional, como aponta para indesejáveis conflitos, num momento, não de todo imprevisível, em que as duas partes (PR e PM) tenham opiniões opostas.

A ver vamos se não é desta.

 

António Borges de Carvalho   

 

Independências

Quando uma pessoa se depara com os protestos do senhor Cintra Torres e do Doutor Correia Guedes (Pulido Valente) sobre a manipulação da RTP pelo Governo do senhor Pinto de Sousa (Sócrates), não é possível deixar de pensar que não se está assistir a nada de novo. O PS é igual a si próprio. Foi sempre assim. Agora que uma maioria absoluta o enche de vento, o que é que os senhores queriam?

Talvez valha a pena recordar que foram os governos do PSD quem, institucionalmente, politicamente, de jure & de facto, "libertou" a televisão pública das grilhetas do governo.

A coisa durou pouco, se é verdade o que dizem aqueles dois senhores, por certo bem melhor informados do que eu.

 

António Borges de Carvalho

Qualidade à portuguesa

Num jornal qualquer, vinha hoje, ou ontem, incluído um luxuoso pasquim intitulado "Qualidade".

Isto trás-me à memória um episódio sobre o qual nunca tinha pensado escrever.

 Aí vai:

Aqui há uns tempos, a distintíssima Câmara Municipal de Lisboa, para licenciar umas obrecas num T1, obrigou-me a requintes de projectos de especialidades e afins. Compreende-se, um T1 é obra! Entre aqueles, contava-se o projecto de instalações de gás, o qual, dada a inegável transcendência técnica da sua elaboração, tinha de ser aprovado por uma coisa que, salvo erro, se chama Instituto Português da Qualidade. Lá tive que contratar um engenheiro devidamente credenciado na matéria e, um mês depois do dictat camarário, fui (há testemuhas!), pletórico de entusiasmo, com o projecto debaixo do braço, ao tal instituto.

Fica o dito ali para Oeiras, num destes sítios recentemente urbanizados que não fazem parte do mapa de um velho lisboeta. Trata-se de uma construção de gosto duvidoso, pelas minhas contas para aí com uns 25 anos, sem manutenção exterior de nenhuma espécie. À entrada, um portão aberto e uma baiuca com um guarda.

- Alto aí, onde é que pensa que vai? - gritou o fulano.

- Vou ao Instituto Português de Qualidade! - gritei eu.

Os gritos justificam-se pelo facto de as pessoas, como é de norma, entrarem com os carros pelo lado direito, e a baiuca estar, muito inteligentemente, do lado esquerdo, a uns bons sete metros. Chovia que Deus a dava, e não me apetecia nada apanhar uma carga de água para ir à baiuca explicar a minha, humilde quão honesta, pretensão. Mas, que remédio, lá tive que ir explicar as coisas ao senhor guarda, o qual, como é óbvio, jamais sacrificaria a sua qualidade de vida deslocando-se até mim, inda por cima à chuva.

Conseguida a benesse da autorização para entrar, dei comigo, depois de arrumar a viatura no local indicado pelo guarda - não, esses são para o pessoal, as pessoas vão para ali!, tinha o homem decretado, indicando-me o melhor sítio para quem quisesse apanhar mais um bom duche, dei comigo, dizia, diante de uma porta de vidro, meia desengonçada, onde, sob o respectivo alpendre, se amontoavam caixotes e caixas de cartão em quantidades consideráveis.

Entrei num hall onde a floresta de caixotes continuava a dar-me as boas vindas. Sacudi as águas pluviais que escorriam pelo fatinho e dirigi-me ao elevador. Carreguei no botão. A porta abriu-se e, lá de dentro, saíu uma senhora que, com ar aterrorizado - parecia que tinha visto um bicho - me disse:

- Ai, o senhor não se meta nesta coisa! É um perigo!

E fugiu a sete pés pela escada acima.

Dando mostras de pouco comum bravura, entrei no elevador. Carregeui no botão. Gemendo nas corrediças, a porta fechou-se atrás de mim. O elevador, após uns sobressaltos mecânicos, arrancou. Vai daí, em vez de parar no terceiro andar, só o fez no quarto. Lá me enganei no botão, pensei, com a humildade que me caracteriza. Carreguei no botão que tinha um 3 escrito. Desta vez, o elevador protestou. Deu três pinotes, e aí vai ele por aí abaixo, até ao rés do chão. Diga-se em abono da qualidade da coisa que, para aí à quinta tentativa, acabou por me obececer, não sem mais protestos de serralharia.

Orgulhoso por ter, assim, dominado a rebelde máquina, entrei no terceiro andar com o precioso projecto debaixo do braço. Já não sei quem indicou-me a menina a que me devia dirigir. A pobre pequena não devia ser daquelas que têm lugares dos bons para o carro. Estava numa espécie de saguão, onde mal cabia uma secretária. Não tinha porta, nem um sítio para o respeitável público se sentar. Como não havia outros cidadãos para ser atendidos, concluí que a coisa ia ser rápida. No entanto, a menina estava ao telefone. Olhou-me com um desprezo de gelo, e continuou a conversa de serviço em que estava empenhada. Fiquei a saber a que boite tinha ido na véspera, bem como as tentativas de aproximação de diversos cavalheiros interessados - que levaram com os pés, claro, tás a ver, filha, não é, não queriam mais nada!

Facto é, há que confessá-lo, que a menina acabou por me atender. Lá deu entrada ao complicadídssimo projecto do gás. Vitória!

- Dentro de umas semanas recebe a resposta.

Agradeci penhorado e, felicíssimo por mais este triunfo a somar-se aos muitos da minha vida, retirei-me com toda a dignidade, desta vez pelas escadas.

Para cúmulo da felicidade, quando passei pelo guarda e lhe acenei com um sorriso, o tipo respondeu com o seu melhor esgar.

 

E assim, a revista "Qualidade", entregue com o jornal, foi direitinha para o caixote.

 

António Borges de Carvalho

Dona Constança

Dona Constança Cunha e Sá insurge-se, salvo erro no "Público", contra o apagamento político de Sua Excelência o Presidente da República. Na opinião da distinta senhora, o PR mais não faz que pescar popularidade em acções inconsequentes e sem nenhuma importância, em vez de tomar as necessárias medidas para, em consonância com a sua campamha eleitoral, fazer sair o país da miséria em que se encontra, transformar o Estado numa coisa mais credível, mais fiável, mais útil e menos pesada, etc. etc, blá blá blá.

Tem a dona Constança toda a razão. Só que o que está errado é fazer campanhas eleitorais com base no prometido exercício de poderes que se não tem, não é não os exercer, pelo simples facto de os não ter.

Expliquemo-nos: o PR não tem qualquer tipo, ou sombra, de poder executivo. Cabe-lhe nomear uns altos funcionários, por proposta do Governo - podendo, por isso, exercer esse poder pela negativa -, cabe-lhe presidir a umas coisas, como o Conselho de Estado ou o de Defesa Nacional - onde nem sequer tem voto de qualidade, e pouco mais. Cabe-lhe vetar umas coisas, quando entenda, mas nem sequer pode levar a sua até ao fim, caso o Parlamento lhe dê com os pés. Tem, é certo, o poder de dissolução, coisa que não se faz no dia a dia e que é legítimo pensar não dever ser usada sem grave crise parlamentar - neste aspecto o golpe de Estado constitucional do dr. Sampaio não deve, ou não devia, servir de precedente. Até do ponto de vista militar é preciso torcer por completo a Constituição para dar ao Comando Supremo das Forças Armadas outro conteudo que não o que, lapidar e claríssimamente, nela se encontra definido, quer dizer, limitado.

Se, em Portugal, houvesse um republicanismo mais inteligente, menos culturalmente obtuso, e menos "francês", o Presidente seria eleito no Parlamento, como acontece nas repúblicas modernas e civilizadas, sendo-lhe conferidas funções "reais", e não avatares de "poder" e mezinhas idiotas destinadas a "justificar" a eleição por sufrágio universal, a duplicação das legitimidades populares, a desresponsabilização dos governos, e por aí fora.

É certo que surgiram, em plena campannha eleitoral, alguns neo-presidencialistas, eventualmente inspirados em regimes sul-americanos ou no esgotadíssmo modelo da V República francesa. Possuídos de nóvel sanha cavaquista, estes senhores queriam que o seu (quantas vezes desde a véspera) grande líder, tivesse os poderes que, na sua errónea suspeição eleitoral, julgariam úteis. Facto, porém, é que não os tem.

 

Um "bom" Presidente, no respeito pela Constituição e para nosso bem, não pode deixar de ser um digno representante da República - nos termos constitucionais, não o é, nem da Nação, nem do Povo, nem dos Portiugueses, muito menos de todos eles - e pouco mais, ou mais nada. Se presidir com dignidade a uns desfiles, se der uns beijinhos às crianças, se for a umas inaugurações, se fizer uns discursos patriótico-culturais, se souber comer à mesa, se se ajeitar a fazer o nó da gravata, se falar inglês e francês, chega, e é preciso. Se se começar a meter o bedelho onde não é constitucionalmente chamado, então, pior que um peso morto, torna-se um trambolho do regime.

 

Dona Constança Cunha e Sá põe as coisas de pernas para o ar. O actual Presidente, se tem pecado, é por excesso, não por defeito.

 

António Borges de Carvalho

Coelho, o obscuro

Nas mais recônditas profundezas da política portuguesa havia um senhor, de nome Coelho, que ninguém conhecia, mas que era perito em puxar cordéis por dentro do PSD. Um aparatchik, um profissional acabado. A certa altura, porém, alguém achou que o partido estava farto do fulano e deu-lhe um pontapé pela escada acima. O homem homem passou a frequentar aviões a jacto, e a mostrar-se nos corredores de Bruxelas e Estrasburgo. MPE, pois então! RH! Honorevole!

 

Até aqui, tudo bem. Um percurso impecável, comum a outras gentes. O pior é que o nosso Coelho tanto se mostrou, tanto trabalhou nos corredores - a sua especialidade - que acabou, calcule-se, em Presidente da Comissão Encarregada de Investigar os Voos da CIA que Transportavam Terroristas, Suspeitos e Similares para Locais Desconhecidos (não sei se é assim que se chama, mas tanto faz). Olaré. O nosso homem passou a ser importante. Ao fim de vinte anos, ou mais, de vida política, ei-lo que salta para as páginas dos jornais. Ele é declarações bombásticas. ele é lições de moral a estes e àqueles, ele é investigações, relatórios, comunicados, ele é a dona Ana - aplicada, e requentada discípula do camarada Arnaldo Matos - em histéricas declarações e aplausos, irmanada com o colega do PSD, em repenicada demonstração das virtualidades do Bloco Central(!!!???), ele é uma presença diária nos media, enfim, um fartote. Coelho aparece na CNN, na BBC, é citado no Financial Times, no Le Monde, no Herald Tribune! Um az!

A CEIVCTTSSLD produz o seu relatório, para gáudio dos novos Chamberlaines, dos comunas, dos BEs, da internacional bem-pensância, dos adeptos do senhor Castro, do senhor Il, do Amadinejá, do Hassad, do Laden e quejandos. Pois então! Parece que havia aviões de um aliado a ser abastecidos nos aeroportos dos aliados do aliado, sem que se soubesse exactamante, mas se pudesse calcular, quem eram os passageiros que transportavam. E, se fossem suspeitos de terrorismo, como os membros da CEIVCTTSSLD, e muito bem, achavam, então que se investigasse e punisse o hediondo crime de deixar passar, ou aterrar as aeronaves dos aliados do aliado nos respectivos aeródromos. Nem mais.

É que Coelho, o obscuro, tem que deixar de ser obscuro. Seja à custa do que for!

Por cá, o DN vem dizer que o senhor Pinto de Sousa (Sócrates) se está nas tintas para os ditames do senhor Coelho e da dona Ana. O DN enganou-se. No mesmo dia, o senhor Costa diz que não, que está à espera da formalização das coelhais exigências para, então, considerar. Mas que, acrescentou, o ilustre governo que temos tem dado todas as informações que lhe têm sido pedidas, pensa-se que pelo senhor Coelho.

 

A ver vamos os próximos capítulos desta desgraçada novela. Na certeza, porém, de que o principal objectivo da presidência da coisa (a CEIVCTTSSLD), ou seja , a saída de Coelho, o obscuro, das mais recônditas profundezas da política portuguesa - e internacional! - já foi brilhantemente conseguido .

António Borges de Carvalho

Férias

O blog tem estado parado. O verão tem sido óptimo, a paciência pouca. Para ocupar o bestunto, com o calor que esteve, pus-me a ler. Dos livrinhos que fui consumindo, uns bons outros péssimos, há um que recomendo: !"Shalimar o Palhaço" de Salman Rushdie.

Antes de mais, uma palavrinha para a tradutora: parabens! Não sei quem a senhora é, mas, para um desgraçado como eu que se irrita com as traduções que por aí andam, as mais das vezes feitas por quem nem português sabe, nem a língua que traduz, nem o sentido do que está a traduzir, esta tradução é um raríssimo achado. Pena que a senhora pratique um certo tipo de erros (infinitos no plural e coisas no género) mas, de um modo geral, a tradução é magnífica.

O livro é uma saga indo-paquistaneso-ocidental escrito por quem domina as mais apuradas técnicas do discurso romanesco. Mas, para além da qualidade literária e da história, ou das múltiplas histórias que conta, o autor escalpeliza as verdadeiras raízes e a natureza autêntica do fundamentalismo islâmico. Num mundo que parece querer recusar-se a compreender quem é o inimigo, e porque actua como actua, a leitura de Shalimar o Palhaço é qualquer coisa de extremamente importante.

A não perder. Ajuda imenso a tirar a cabeça da areia.

 

António Borges de Carvalho

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