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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

NOTÍCIAS DA DENTADURA

 
Um careca, com uns dentes horrorosos, sorrindo alarvemente, veio “explicar” aos cidadãos uma nova, e brilhantíssima, iniciativa do governo que temos. A coisa consubstancia-se num decreto aprovado pelo excelentíssimo conselho de ministros com objectivo de submeter a exame prévio as terríveis manobras de fuga ao fisco que, sob a capa de “planeamento fiscal”, alguns canalhas costumam utilizar para atingir os seus tenebrosos fins.
No douto parecer do governo, não se trata de trabalhar as contas de forma a que, nos limites da Lei, o contribuinte tome as providências necessárias para ser taxado o menos possível. Não. Como, em princípio, todos os contribuintes são indignos de confiança, a coisa destina-se a detectar os prevaricadores antes que prevariquem e, assim, a evitar-lhes, com notável generosidade, aborrecimentos futuros.
Para dar um só exemplo de como a coisa vai funcionar, vejamos:
Como toda a gente sabe, na intricada selva das obrigações fiscais, muitas vezes as normas em vigor são objecto de controvérsia quanto à sua aplicação prática, ou de legítimas dúvidas quanto à sua interpretação. Por vezes, os contribuintes encontram uma alínea, um parágrafo, uma vírgula, susceptíveis de lhes poupar uma pipa de massa. Quando tal alínea, tal parágrafo, tal vírgula, é aplicada ao planeamento fiscal de alguém, as finanças acabam por se ver privadas de proventos que, se se interpretasse de outra forma a alínea, se se lesse diferentemente o parágrafo, se se tirasse a vírgula, entrariam direitinhos nos cofres do socrapifiosismo. É, aliás, por isso que, as mais das vezes a posteriori, aparecem uns “despachos interpretativos” destinados a tramar o cidadão.
Com o novo decreto esta rebaldaria vai acabar. Nada de interpretações a posteriori. Se cada desgraçado for obrigado a declarar, antes de o fazer, como é que vai servir-se da lei, a tempo irá o careca de “interpretar” as normas à la manière e de impedir a negregada alínea, o celerado parágrafo, a miserável vírgula, de funcionar de outra forma que não seja a mais favorável ao estado socrélfio.
Estão a ver?
O mais notável nisto tudo talvez seja o silêncio dos jornais e quejandos sobre a matéria. Será que receberam algum telefonema?
 
António Borges de Carvalho

TIRAR OS CAVALINHOS DA CHUVA

Dizem os entendidos que, de 1999 até hoje, os dirigentes do BCP se dedicaram a hediondas operações, proibidas pela moral, o bom senso e a lei. Durante todo esse período, as entidades a quem competia fiscalizar tais actividades não deram por nada. Em fins de 2007, como por encanto, a administração do Banco de Portugal, especialista na fabricação de orçamentos putativos como é do conhecimento universal, acordou e lançou o seu anátema sobre tais dirigentes, não só os proibindo de continuar no poleiro como acusando-os das mais rebuscadas malfeitorias. A CMVM, CVM no divertido linguarejar do senhor Berardo, fez o mesmo, acusando os fulanos de coisas extraordinárias, tripudiosas e criminais.
Pergunta o Irritado, nisto sem dúvida acompanhado pela generalidade dos idiotas deste país, se o senhor Constâncio e seus colegas, e o senhor da CMVM, cujo nome o Irritado desconhece, estiveram 8 anos a dormir, ou de licença com vencimento, ou o que andaram a fazer, para além de orçamentos putativos. E raciocina o Irritado, por certo acompanhado pelos referidos idiotas, se não sabiam de tudo e mais alguma coisa e se não andaram a dar cobertura a tudo e a mais alguma coisa durante este tempo todo, e se tudo e mais alguma coisa não era da conveniência de muito mais gente para além dos acusados. Mais pensam o Irritado e os idiotas que há, numa entrelinha das declarações do senhor Constâncio, um tuyau que pode explicar a coisa: não será que, quando fala em ocultação de dados, o senhor Constâncio está a comunicar ao Irritado e aos idiotas que não sabia de nada porque os suspeitos ocultavam os factos e, por conseguinte, ele, coitadinho, não tinha informação que chegasse? Então para que serviram as contabilidades, as supervisões, os fornecimentos diários, sim, diários, de dados e contra-dados que, como o Irritado e os idiotas sabem, são exigidos pelo BdP a tudo o que mexe em dinheiro? Para que serviram os geniais técnicos, economistas, financeiros, administradores, advogados, funcionários, manda-chuvas e pataratas do BdP durante 8 anos? Para fazer orçamentos putativos com o fim de proteger o governo do senhor Pinto de Sousa (Sócrates)? Ou estiveram lá só para receber o ordenado mais as prebendas da ordem?
Acordaram por encanto, ou terá sido porque o senhor Berardo se desbroncou, e ficaram todos com o rabinho a arder?
E o governo? O governo está muito “preocupado” com o assunto, como aliás lhe compete. E deve, na opinião do Irritado e dos idiotas da ordem, estar a fazer as contas para ver quantos boys estão metidos no assunto. Para já, grande vitória do senhor Pinto de Sousa (Sócrates): dois fidelíssimos boys, mais uns cinzentos, vão tomar conta da coisa, ou seja, tratar de tirar os cavalinhos da chuva.
 

António Borges de Carvalho

À NORA

 
Anda tudo à nora com a história do referendo.
Quem não tem problemas é o Doutor Cavaco, porque sempre foi contra, e o senhor Pinto de Sousa (Sócrates), porque foi sempre a favor. Aquele mantém a coerência. Este também, porque não cumpre uma promessa, o que, para ele, é uma forma de coerência. O Presidente Soares já veio, muito aflito, dizer que isso do referendo era dantes. Vá lá, sempre foi “pragmático”. Mete o referendo na gaveta.
O PSD, que substituiu um suicida por um parvo, é contra. Muito bem. O parvo está a fazer-se ao Bloco central, e há que dar uma ajudinha ao parceiro. O suicida, por seu lado, ao contrário do que prometeu, vem desautorizar o parvo, a fim de continuar a contribuir para o extermínio do partido.
Nos extremos, a coisa é fácil. Há que arranjar tempo de antena, o resto é conversa. Nada melhor que um referendozinho para se ver o Monteiro, o Portas, o Jerónimo, o Louçã e quejandos, todos os dias, na televisão. Aliás, tudo o que é comunista ou apaniguado, fascista, proto-fascista ou não muito longínquo, é, ferozmente, a favor da “audição” da “vontade popular”.
O resultado desta pessegada talvez não seja mau: a ausência de referendo livra-nos-á de uns meses de demagogia e aldrabice.
 
António Borges de Carvalho

GABA-TE CESTO!

 
Sua Excelência o Primeiro Ministro que temos resolveu transformar a mensagem de Natal, bem dispensável tratando-se de quem se trata, numa fantasmagórica lista de gabarolices. Dir-se-ia que, havendo de que se gabar, nada de escandaloso haveria na primo-ministerial verborreia. Para lá da imodéstia e da demagogia, claro.
O pior é que, como de costume, o homem não disse a verdade.
A ver:
- Há mais alunos no secundário. Dizem os jornais que nenhum organismo oficial foi capaz de confirmar esta “verdade”.
- Há mais 17% de alunos no superior. Como ninguém sabe quantos entraram no privado, ninguém sabe quantos alunos entraram no superior. E como, no ensino público, entraram mais 10%, mesmo que todos os finalistas tivessem chumbado em 2006/2007, não se poderia, sequer, dizer que havia mais 17%, quanto mais que entraram mais 17%!
- 360.000 portugueses inscreveram-se nas “Novas Oportunidades”. Isto nada diz quanto ao número de portugueses que fizeram tais estudos. O que se sabe, a título de exemplo, é que vão ser atribuídos diplomas do secundário a 100 destes portugueses, quando o número previsto pelo governo era de 50.000!!!
- A economia criou 106.000 novos empregos. O INE diz que, desde a entrada em funções do primeiro-ministro que temos, há mais 32.000 desempregados em Portugal.
- As grávidas passaram a ter apoio pré-natal. É verdade!!! Um pequeno mas: das 90.000 famílias anunciadas pelo governo, o apoio é dado a 33.000.
Depois… depois o primeiro-ministro que temos esqueceu-se de dizer, por exemplo, que durante o seu governo, nos indices de bem estar e poder de compra, Portugal ultrapassou pela negativa países como a Grécia, Malta, Chipre, Chéquia ou Eslovénia. Um pequeno quão brilhante pormenor. Esqueceu-se de dizer que, durante o seu governo, a perda de poder de compra se tem acentuado todos os dias, que os portugueses em geral e os reformados em particular foram causticados com mais e mais altos impostos, que fecharam n instalações de saúde, que os pensionistas do estado passaram a pagar à ADSE sobre o 13º e o 14º meses, que pagamos mais IVA que os espanhóis, que os géneros alimentícios e outros bens essencias são, absoluta ou relativamente, mais caros que em qualquer outro país europeu, que e que e que…
Esqueceu-se de dizer o que toda a gente sabe: que, por obra e graça do seu governo, se assiste à progessiva poletarização da classe média-baixa, que o fosso entre ricos e pobres conhece uma nunca vista profundidade, que a Justiça funciona cada vez pior, que a segurança conhece dias negros e que, e que e que…
Esqueceu-se o primeiro-ministro que temos de dizer que, no sector privado, os salários vão subir entre 1,7 e 2,4% (mais os do salário mínimo, que sobem 5,4%), que, no sector público, os salários vão subir entre 0,0 e 2,4%. E que, vejam bem, os transportes vão aumentar 3,9%, as portagens 2,6%, a TVCabo 2,2%, o gás de garrafa e canalizado de 4,3 a 5,2%, o gás liquefeito 4,7%, o gás natural de 1,2 a 5,6%, o pão 30%, a cerveja 9%, a electricidade 2,9%, os bens alimentares 5 a 10% e o tabaco 10%!!!
 
Tal é a “obra social” do socialismo! Tais são os feitos de que o primeiro-ministro que temos se devia gabar, pintando a cara de preto e emigrando para Caracas, onde o camarada Chávez o receberia com todas as honras!
 
António Borges de Carvalho

PRIVILÉGIOS BÒIESCOS

 
Por 13 milhões de Euros, comprou o governo do senhor Pinto de Sousa (Sócrates) à câmara dos camaradas Costa e Fernandes, um terreno onde diz que vai fazer um mega hospital.
Até aqui, tudo bem. Só que é a primeira vez que uma câmara municipal vende ao Estado um terreno para a implantação de um equipamento público. Até aqui, se as câmaras queriam tais coisas nos seus territórios (hospitais, escolas, tribunais, etc.) tinham que oferecer, pelo menos, o terreno. Muitas vezes, viam-se constrangidas a pagar a construção, ou as infraestruturas, ou o que fosse. E ainda tinham que ficar gratas.
Tratando-se do que é o primeiro de todos os boys, o Costa, acompanhado do actual futuro boy, o Fernandes, a coisa fia muito mais fino. O senhor Pinto de Sousa (Sócrates) está-se nas tintas para os terrenos que o Isaltino lhe oferecia para o mesmo efeito. É preciso ajudar os rapazes. Trata-se de malta fina, do melhor, a quem o Estado (os tax payers, nós) tudo deve proporcionar, seja sob a forma de empréstimos à la manière, seja de compras de terrenos, seja lá do que for.
 
Não há moralidade, e eles comem sempre.
 
António Borges de Carvalho

BANCÁRIAS BOAS-FESTAS

Para quem não é cliente nem accionista do BCP, a novela que vem envolvendo o banco de há uns meses para cá não passa de guerra de clãs e de tricas de ricaços, coisa que até tem o seu lado divertido.
Da penumbra do cofre, qual tio Patinhas, um personagem apareceu à luz dos holofotes, a dar à coisa o ar lúdico e divertido que lhe faltava. A camisola preta, o fato Armani, na lapela o coração encarnado circundado de pedrarias, a fala grunha, os atropelos ao português, o carão de melão, tudo contribui para fazer do senhor Berardo um ser que, se não houvesse, devia ser inventado para divertir o povo e dar a coisas graves a leveza  sexy que a cardinalícia pompa dos seus inimigos está longe de conseguir.
As primeiras acusações do senhor Berardo foram algo suavizadas quando o engenheiro decidiu, de forma canhestra, pagar as dívidas do filho. Compreende-se as razões da atitude: o homem quis salvar a honra e a face da família. O problema é que não reparou que, ao fazê-lo, enterrava a honra e a face da instituição que, tanto como o seu filho, trazia os seus próprios genes.
O senhor Berardo continuou a cruzada. Não se ficou. Se, como tudo indica, tiver razão, então os motivos de preocupação deixam de ser exclusivo dos clientes e dos accionistas para passar a sê-lo de todos nós. Se as operações denunciadas se fundamentam no que parece fundamentá-las, então deixa de ser o BCP e os seus chefões quem está na berlinda. A coisa alastra com um tsunami e vai varrer todo o sistema, arrasando governos, ministros, o Banco de Portugal, a CMVM e os seus dirigentes, não se sabendo onde, como ou em quem vai parar.
Num país liberal, ou seja, num país onde o capitalismo é obrigado a funcionar nos limites da Lei, o caso teria sido mais bombástico, as autoridades teriam reagido com velocidade e eficácia. Veja-se o que aconteceu aos senhores Mário Conde e Ruiz Mateus em Espanha, ou o que se passou nos EUA com a Enron. Entre nós, onde o socialismo estatista continua a imperar, as coisas passam-se, e vão passar-se de ora em diante, de maneira diversa. Os dirigentes do Banco de Portugal, que deviam ter sido corridos quando, ao serviço da mistificação política que ainda serve de base à governação socrélfia, fabricaram o défice putativo de 6,83%, andaram de olhos fechados durante belos e doces anos. Acordando de repente, ciosos da sua ameaçada boa fama, arranjaram a safa de “recomendar” o despedimento dos chefões do BCP. A CMVM, essa, parece assobiar para o ar, não vá a bronca cair-lhe em cima. O governo fica-se pelas declarações de “preocupação”. O Procurador, coitado, tem nas mãos uma bomba atómica, a ninguém sendo dado imaginar o que fará com ela.
 
Os brandos costumes, em princípio, acabarão por prevalecer. Daqui a vinte anos, depois de uma batalha judicial do género das muitas que por aí vai havendo, uns senhores serão absolvidos, outros verão prescrever as acusações. Os absolvidos processarão o Estado, exigindo indemnizações monstruosas pela honra ofendida. O doutor Constâncio estará a banhos nas Caraíbas, reformado, rico e cheio de saúde. Os governantes, os homens do socialismo, os que, patrioticamente, souberam evitar que o Pinto & Sottomayor passasse para mãos castelhanas, serão louvados e incensados. Metade dos portugueses estará finamente proletarizada. A outra metade, ou quase, irá vivendo. Os que ficarem fora do quase estarão bem, recomendando-se como é de timbre. A Moldávia passará a figurar acima de Portugal em todos os indicadores. O senhor Gore terá deixado aos filhos a fortuna que ganhou a aterrorizar as pessoas. A Terra continuará a aquecer, ou a arrefecer, consoante lhe der na cósmica gana.
 
O Irritado, finalmente, estará a fazer tijolo como é sua não menos cósmica obrigação.
 
António Borges de Carvalho

BOAS FESTAS

A todos os que vêm, generosamente, aturando o Irritado ao longo destes já longos 20 meses, aqui vai um abraço de Boas-Festas, com os desejos de um 2008 mais livre, menos socialista, com menos apertos de cinto (coisa improvável) boa saúde, família feliz, amigos dos bons (coisa rara e preciosa), e… irritações q.b.
Gingle bell!
António Borges de Carvalho
  

ESTÉTICA SOCIALISTA

Em admirável manifestação de bom gosto e de extremoso amor natalício, a câmara Costa/Fernandes colocou, ao longo da Avenida da Liberdade, uns matacões de ferro, os mais deles completamente ferrugentos, outros pintados a furta cores. No Marquês, ergue-se um volume de sucata com as letras da palavra AMOR! Lindo! Pela avenida abaixo, os ignaros munícipes podem regalar-se com a visão admirável de mais uns mamarrachos de sucata, figurando os números 1,2,3,4,5,6,7,8 e 9, coisas de significado inextricável, mas com certeza inventadas por algum “artista plástico” de grande nomeada no Largo do Rato. De estarrecer! Ao chegar ao Rossio, a coisa entra em paroxismo, num frenesi de inenarrável beleza. Junto ao lago do lado Norte, que não funciona há que anos, os mamarrachos multiplicam-se, uns em cima dos outros, com as letras da palavra LOVE. Que ternura!
A somar a esta extraordinária manifestação de qualidade artística, a colunata do Dona Maria e a fachada do Palácio Foz, como se de obras de demolição se tratasse, foram tapadas com cartazes brancos, disfarçando aqueles horrores com cartazes com a cara daquela carapinhosa pintada de louro que se esganiça a assassinar o Fado, mais a do Ronaldo, do Mourinho e de mais uns tipos tidos por “grandes portugueses”.
Não se sabe quanto custou a coisa, mas o Irritado arrisca a opinião de que foi, com certeza, muito mais caro do que pôr os repuxos da fonte a funcionar. Será para isto que a câmara Costa/Fernandes pediu um empréstimo, que todos vamos pagar com juros?
Relevadas estas dúvidas, resta aplaudir, sem reservas, mais este contributo do socialismo para a cultura do povo.
 
António Borges de Carvalho
 

ÉTICA SOCIALISTA

Por falar em empréstimos, assinale-se a aprovação dos quatrocentos milhões, bem como do orçamento da câmara Costa/Fernandes pela assembleia municipal, com consentimento do maioritário PSD. O Irritado lembra-se dos tempos em que a câmara Santana/Carmona via o orçamento chumbado pelo PS e pelos partidos comunistas, na época maioritários na assembleia. Santana/Carmona governavam por duodécimos, e viam a sua acção de pernas cortadas pelo boicote sistemático, odiento e partidocrático daquela gente.
Apesar de alguma fricção com o respectivo líder, os deputados do PSD deram duas grandes lições de civismo. Não aproveitam a ninguém, porque quem é ordinário, ordinário continuará a ser. Quando as posições se inverterem tudo voltará à mesma, que isto de civismo é bom para o preto.
A moral do socialismo é outra.
 
António Borges de Carvalho

TÚNEL SOCIALISTA

Andaram para aí uns tipos a dizer que o túnel do Terreiro do Paço não está devidamente testado, oferecendo, por isso, riscos vários para os utilizadores.
O tempo e as demoras na construção do túnel demonstram, ad nausea, a incompetência visceral e inultrapassável do Partido Socialista, nestas matérias como nas demais. Gastou-se rios de dinheiro, o que quer dizer que se ganhou rios de dinheiro. Foram anos e anos de obras e obrinhas, de contra obras e contra obrinhas. O dr. Santana Lopes teria feito, mesmo com uma matilha de empatas às canelas, três ou quatro túneis do Marquês no mesmo período.
Agora, que mais esta obra de Santa Engrácia está pronta, vêm uns fulanos reclamar da insegurança, da falta de ensaios, etc. Acredito que não tenham razão. Acredito que o objectivo seja vender mais uns estudos e mais umas inspecções. Admito até que a coisa esteja bem feita.
A reacção dos “responsáveis”, porém, não descansa seja quem for. Ora vejam. O Exmº Presidente do Metro diz que “foram feitas as vistorias exigidas por lei”. Sua Excelência o Ministro das Obras Públicas, o impagável Lino, diz que a coisa “respeita todas as condições exigidas”. A “informação que eu tenho”, fornecida pela administração do Metro, “é que o troço está perfeitamente com segurança”.
Ou seja, um diz que foram feitas as vistorias (mais valia que não fossem!), o outro diz que o primeiro lhe disse que as vistorias tinham sido feitas. Ninguém fica a saber que vistorias, como, para quê, etc. O que se fica a saber é que, se houver chatices, ninguém será responsável.
Olha se as vistorias foram feitas como as dos acessos ao parque de estacionamento do Corte Inglês! Xiça!!!
 
António Borges de Carvalho

RESPEITAI A VELHICE!

“Respeitai a velhice!”, diziam os soldados das negregadas guerras de África aos recém chegados, apelidados de “maçaricos”. Na tropa, como se sabe “a antiguidade é um posto”. Nas universidades, vetustas tradições consagravam o “poder” dos decanos e dos “dux”. Em sociedades pouco desenvolvidas, ainda hoje o chefe político é chamado “o mais velho”, mesmo não o sendo.
Atribui-se, ou atribuía-se, à idade, à experiência, a vivências várias que só ela proporciona, uma dose de sabedoria que é, ou era, um capital precioso para as sociedades e que merece, ou merecia, o respeito das gentes. A idade não é, ou não era, tida por travão do progresso, mas serve, ou servia, para dar a tal progresso o bom senso e o  capital de experiência que as novidades, muitas vezes, não trazem consigo.
 
Os tempos, porém, apontam noutro sentido. A “juventude” passou a valorar-se como um bem em si, despido de adjectivos ou limites, e a considerar os mais velhos como membros de um “parque jurássico” que só existe por favor dos “novos”, já que, na verdade, foi consumido, abolido, derrogado, pelo inexorável passar das eras. É assim que os partidos políticos, por exemplo, dão às suas juventudes um poder que estão longe de merecer, é assim que, nas empresas, os mais novos se sentem no direito de empurrar os mais velhos pela porta fora, muitas vezes com consequências devastadoras, é assim que a sociedade em geral tende a considerar os mais velhos como um fardo que, caridosamente - ou “solidariamante”, como se diz agora - se carrega até que faça o favor de morrer, e quanto mais depressa melhor. É assim que, nas escolas, a “juventude” passou a ser tida e achada para as mais ínfimas decisões e para a mais alta “gestão”.
Os desiquilíbrios sociais disto resultantes, e as suas consequências, assumem muitas vezes formas chocantes, impedindo que a condução das tarefas e dos negócios se desenvolva com harmonia, eficácia, e respeito pelos valores e objectivos das sociedades humanas que disto são vítimas.
 
Vem isto a propósito do nóvel “deputado” do Bloco de Esquerda, fulano que ninguém elegeu, mas que o abuso da lei das substituições que a organização pratica acabou por sentar nos bancos do Parlamento.
Aí está o rapaz, barbicha rala, camisoleca às riscas, capuz, jeans, despenteado artístico, a perorar contra as “fatiotas”, a dizer que o Parlamento não tem nada a ver com o povo, que não serve para nada, que é preciso dar cabo daquela inútil excrescência onde um bando de velhos bem vestidos se repoltreia, etc. Propõe-se o rapazola dar cabo daquilo tudo, e substituir a coisa por um novo bando, esse sem gravata, sem frases respeitosas, sem regras, sem peias, sem moral, só preocupado com as questões que verdadeiramente interessam, sejam elas quais forem.
Compreende-se que o Bloco de Esquerda lá ponha o fulano, como o PC lá pôs aquele tipo que expressamente declara admirar esse grande democrata que dá pelo nome de Kim Sung Il. É que, como se devia saber, o que tais organizações mais odeiam e sonham abolir, ainda que o não declarem, é a chamada democracia representativa, formal, ou burguesa, como lhe chamam, ou seja, a Democracia tout court.
Ainda há quem pense assim. E, para dar sinal disso, nada melhor que a “irreverência da juventude”, a “frontalidade da juventude”, a fim de, resguardando os insinceros líderes, vir dizer as “verdades” deles, assim fazendo passar o ódio à liberdade como se de nobre objectivo juvenil se tratasse, contra a “ditadura” dos velhos, dos tipos das “fatiotas” e, obviamante, do sistema.  
 
António Borges de Carvalho

TABACAL SOCRATISMO

Em mais uma brilhantíssima iniciativa, anuncia o governo que o preço do tabaco vai aumentar uns dez por cento.
Não, meus amigos, não foram os custos da matéria prima que subiram, não é a mão de obra que está mais cara, as tabaqueiras não vão ganhar mais dinheiro! São impostos, caraças! São os impostos o que faz aumentar o preço! E como os impostos já são mais de metade do preço, se este aumenta dez por cento é porque os impostos aumentaram mais de vinte. Bem visto, não é?
O governo, como diria o soba do Quicalaquiaco, tem esperto no cabeça!
Como anda a fazer campanhas contra o tabaco, trata de se prevenir. Se as campanhas tiverem êxito, o consumo diminui, mas, com a subida dos impostos, a receita mantém-se. Se as campanhas falharem, melhor, aumenta a receita!
A genialidade do socratismo é indesmentível. O cinismo também.
 
António Borges de Carvalho

BIO-DIESEL

Parece que o bio-diesel em Portugal se está a transformar em coisa séria. A breve prazo, rezam as notícias, produzir-se-á 1.300.000 toneladas do dito.
O Irritado nada sabe destas matérias. No entanto, no fundo da sua ignorância surge uma dúvida que as triunfantes notícias não esclarecem. É que não se sabe o que é preciso para produzir tanto combustível. Quantas toneladas de matéria orgânica (árvores, girassóis, beterrabas, o que for) são precisas para chegar àquela produção? Quantos milhares de hectares vão para tal ser ocupados?
Não é, porém, difícil imaginar que tudo se cifrará por quantidades industriais de culturas extensivas e intensivas, esgotantes dos solos e das águas. Não é? Então onde estão os ecologistas e quejandos que toda a vida se revoltaram contra os eucaliptos, o trigo, a beterraba, o tomate, culturas intensivas e extensivas, esgotantes dos solos e da água, como eles, importantes e indignados, não se cansavam de proclamar? Por que cifra multiplicará o bio-diesel tais culturas?
Deixo a questão aos impolutos ecologistas. Ou será que, por a coisa estar a dar, deixou de haver problema?
 
António Borges de Carvalho

SILOGISMO SOCRÁFIO

 
Premissas:
a) Não se pode fumar nos edifícios públicos.
b) As prisões são edifícios públicos.
Conclusão:
Não se pode fumar nas prisões.
 
Anunciam as autoridades socrapélvicas que é sua intenção proibir, a partir de 1 de Janeiro, que se fume nas prisões. O assunto ainda está em consideração, mas parece que, aplicando a filosofia triunfante aos estabelecimentos prisionais, fumar é tão pecaminoso nas prisões como cá fora.
Isto é, para vícios menores, como o consumo de heroína, o estado socrífio aplica a norma do incentivo, isto é, distribui seringas gratuitas e proporciona a entrada dos produtos de consumo no sistema prisional. Para hábitos ainda mais inocentes, como a sodomia, voluntária ou compulsória, as autoridades socrafânticas propiciam os necessários acessórios, tipo preservativos e pomadas.
Assim o impõem os mandamentos e a moral socratélica. Assim vai esta coisa.
 
António Borges de Carvalho

MALEFÍCIOS DO BLOCO CENTRAL

Magicamente ressuscitado, o bloco central, de péssima memória, volta a fazer as suas tradicionais devastações.
Desta vez, confessa quem sabe, as polícias estão impedidas, via novo Código do Processo Penal, de meter dentro os suspeitos dos assassínios do Porto. A avaliar por certa imprensa, há quem saiba a identidade dos envolvidos, quem conheça as organizações de que fazem parte, quem seja, até, testemunha ocular de alguns acontecimentos. Mas, segundo as novas normas, faltará produzir prova, isto é, parece que se passa dos exageros das prisões preventivas para o zero absoluto. Ou oito ou oitenta.
E agora? Como é que o bloco central vai descalçar a bota? Ninguém sabe. O mais provável é que, daqui a cinco anos, as coisas tenham caído no esquecimento. A não ser que algum impoluto cidadão seja apanhado a matar alguém, podendo, então, caso a polícia esteja presente (está-se mesmo a ver os tipos das metralhadoras a actuar em frente da polícia), ser detido em flagrante. Se não for em flagrante, nada feito. Bonito.
 
António Borges de Carvalho

JUSTIÇA APOSENTADA

Afinal, o apurado sentido de justiça do governo veio desmentir a diatribe do Irritado sobre as taxas para a ADSE cobradas sobre o 13º e o 14º meses, retroactivamente ainda por cima.
O Irritado pede as maiores desculpas pela injustiça que cometeu, vítima que foi de errónea informação.
O Exmº Secretário de Estado do Orçamento, muito conhecido lá em casa, veio esclarecer o povo em geral, e o Irritado em particular, sobre a matéria.
Os alvos da sofreguidão governamental, informa Sua Excelência, não são os funcionários públicos. Não senhor. Só os pensionistas.
Veja-se, e admire-se, a clarividência social do governo. Trata-se de pura “descriminação positiva”, como agora se diz, a favor dos que trabalham. Como os pensionistas são uma cambada de malandros, há que os causticar. A lei é igual para todos, mas não para aqueles que, sem fazer nenhum, recebem umas massas do Estado. Ainda por cima queriam ser iguais aos outros! Não queriam mais nada?
Ah! Já me esquecia! Há ainda mais uma grande manifestação de justiça social no meio disto tudo. É que os madeirenses, por intervenção do Tribunal Constitucional, também não pagam. Como o dr. Jardim não foi devidamente consultado, há um vício de forma que implica tal inaplicabilidade.
Ou seja, nem há moral, nem comem todos.
 
 
Esclarecimento de última hora de Sua Excelência o Ministro das Finanças.
 
Segundo a bem fundada opinião deste governante, os subsídios de férias e de Natal dos funcionários tem uma natureza jurídica diferente da dos subsídios de férias e de Natal dos aposentados, razão pela qual, como é de compreender, uns não pagam, outros sim. A CGA, talvez por desconhecer a distinta opinião de Sua Excelência, atesta no recibo que se trata de “subsídio de Natal” e de “14º mês”.
Mas, como os leitores do Irritado facilmente concluirão, o senhor ministro tem toda a razão. Aliás, as importâncias das pensões e dos vencimentos, são pagas a ambos em euros e os descontos são feitos a uns em euros, não a outros euros. Donde, a profunda diferença conceptual entre uma coisa e outra. E quem não perceber isto, não está devidamente integrado na inteligência socrapífia.
 
António Borges de Carvalho
 
 

PRESERVATIVOS E REGIONALIZAÇÃO

A Juventude Socialista, aqui há anos, tornou-se conhecida por andar a distribuir preservativos na Costa da Caparica. Como os banhistas são suspeitos da mais desbragada incontinência sexual, havia que os proteger contra os seus impúdicos vícios.
Depois dessa meritória acção, a Juventude Socialista não fez mais nada que se visse, ou que se saiba, para além de umas guerras intestinas em que duas jovens senhoras se bateram pelo poder como umas tontas.
Passados uns anos, eis que a nobre organização volta à carga, desta vez não com preservativos, mas com a estafada ideia da “regionalização”, coisa ao nível do Mendes Bota e do Macário Correia. Estraçalhar o país, criar mais uns milhares de tachos políticos, arranjar mais uns empregos para os boys, eis, em resumo, o que preocupa a nova geração socialista, certamente com o enternecido apoio do senhor Pinto de Sousa (Sócrates).
É pena que não haja preservativos contra a regionalização, senão era altura, não de os distribuir na Costa da Caparica, mas de os lançar de avião sobre o país inteiro.
António Borges de Carvalho

SOLIDARIEDADE SOCIALISTA

Coitado, o camarada do dr. Mário Soares, do senhor Pinto de Sousa (Sócrates), do inacreditável Braga e do tipo da EDP, ficou justamente aborrecido com a tunda que levou no referendo.
Apesar disso, com a distinção intelectual, a delicadeza de sentimentos e a vastíssima cultura que o caracterizam, teve a amabilidade de dizer que a vitória dos seus opositores tinha sido “uma merda” e que iria pedir ao “povo” que tomasse medidas urgentes para a anular.
Tal “merda”, conclui-se, foi feita não se sabe por quem, uma vez que a estupidez da comunidade internacional e da comunicação social julgava tê-lo sido pelo povo. Ora se quem fez merda não foi o povo, uma vez que o senhor Chávez recorre ao “povo” para a limpar, é de calcular que tenham sido os bois, os porcos, os cães e os americanos a votar “não” no referendo. Não o povo.
Pelo menos, é o que os supracitados camaradas e amigos devem pensar, uma vez que ainda ninguém os ouviu dizer o contrário. Não é?
 
António Borges de Carvalho

ATÉ QUE ENFIM!

 
Notícias frescas dão por certo que a dona Teixeira da Cruz se vai demitir. Parece que o partido não está disposto a trazê-la ao colo, ou a fazer-lhe as vontadinhas. O Irritado, que já tinha aconselhado a notável senhora a ir ao Largo do Rato assinar uma fichinha a fim de ir dar largas aos seus caprichos noutra freguesia, fica pletórico de felicidade e de entusiasmo.
Aqui ficam os nossos desejos de que a “reflexão” que a senhora se propõe fazer produza os melhores frutos, isto é, que a leve a dar o fora e a ir chatear outro.  
Com os melhores cumprimentos
 
Irritado

A MONTANHA PARIU UM RATO

Em manifestação da mais profunda inteligência, o bloco central, com o objectivo de propiciar governos estáveis nas autarquias, prepara-se para… pôr a oposição no governo!
O objectivo apregoado é claro, justo e parece de inegável utilidade. Isto de as câmaras, havendo uma assembleia municipal, serem um saco de gatos, é, obviamente, um absurdo e uma negação do sistema representativo. A lógica do sistema é a de dar o exercício do poder a partidos e coligações maioritários, mantendo os demais na oposição. Quando os que se lhe opõem não são capazes de se unir para oferecer alternativa maioritária, os governos podem ser minoritários. O que confirma a lógica do sistema. A oposição, ou oposições, têm assento parlamentar, nunca executivo, o que seria uma contradição nos termos.
Tudo bem quanto ao objectivo. O pior é o resto.
É evidente que, para fiscalizar um sistema de executivos coerentes, as assembleias devem ter mais alguns poderes, de forma a dar às autarquias maior unidade de governação e maior controlo da mesma por parte da representação geral dos cidadãos.
No entanto, para atingir os nobres objectivos a que se propôs, o bloco central arranjou uma confusão dos diabos. De tal ordem, que continuará a haver, no governo das autarquias, representantes das minorias que se lhe opõem. Brilhante!
Uma reforma motivada pela insanável incoerência do actual sistema, acaba por o re-consagrar, quedando-se por alterações adjectivas, que não interessam a ninguém.
 
A montanha pariu um rato.
 
António Borges de Carvalho

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