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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

NA CABEÇA, O ÓDIO

 
O notável pensador comunista Miguel Portas expendeu, no SOLcrates, as suas doutas opiniões sobre o problema do Tibete. Disse o que toda a gente sabe: que a China massacra os reclamantes e que os reclamantes são a etnia que quer dominar as artes lá no sítio, contra os chineses e os muçulmanos. Até aqui, tudo bem.
No entanto, às profundezas da alma, ou seja, ao ódio rebuscado que tem a tudo o que cheire a liberdade, vai MP buscar a razão primeira dos acontecimentos. A culpa de tudo é, para ele, da “ocidentalização” da China, isto é, da “liberalização(!) das relações económicas e comerciais posta em prática pelo regime chinês”. É isto o “que se encontra na raiz do protesto social”.
Para compor o ramalhete filosófico, o pensador comunista vai buscar um relatório dos serviços secretos americanos, "datado de 4 de Abril de 1949”(!). Diz o tal relatório, se é que há relatório: “Não é o Tibete que nos interessa, mas sim a atitude que devemos adoptar em face da China”.
Resumindo: a culpa é (a) de haver alguma liberdade económica e (b) dos americanos.
Para os comunistas em geral, qualquer sintoma, por vago e mal feito que seja, de liberdade, económica ou outra, bem como a política externa americana, são os culpados de todos os males, até do visceral pó da maioria budista do Tibete aos chineses e aos muçulmanos.
Que os comunistas em geral e o Bloco de Esquerda em particular são inimigos de toda e qualquer liberdade que se não enquadre nos ditames da cartilha, toda a gente sabe. Mas é bom que, de vez em quando, o confessem.
 
António Borges de Carvalho

BEM PREGA FREI TOMÁS...

 
Um senhor, de seu nome António Cluny, procurador-geral adjunto e, simultaneamente(!), presidente do sindicato dos magistrados do ministério público, é, como toda a gente sabe, uma das mais assíduas presenças na rádio, na televisão e nos jornais.
O senhor pronuncia-se sobre tudo o que é lei, tudo o que é processo, tudo o que tem a ver com o sistema de justiça e, evidentemente, sobre tudo o que possa roçar a fímbria da beca dos doutíssimos colegas.
Até aqui, tudo bem. É como o Carvalho da Silva, ou aquele tipo dos bigodes à Sadam e olhos de charroco que aparece mais vezes cá em casa do que a mulher-a-dias e que diz defender o “ensino”. É como o senhor Picanço e outras inevitáveis estrelas da televisão.
 
Digno de nota é que o distinto magistrado, numa entrevista de quatro (quatro!) páginas a um diário, se insurge contra o “protagonismo” dos magistrados. Imagine-se. O  magistrado que mais protagonismo usa, a criticar tal prática!
 
Bem prega frei Tomás…
 
António Borges de Carvalho

A TROPA QUE SE CALE!

 
“Não há nenhuma intenção do Ministério da Defesa em limitar os direitos dos militares… excepto aqueles de que voluntariamente abdicam quando abraçam a vida militar”.
Este mimoso raciocínio foi expendido por um tipo – conheci-o há uns anos em Paris e fiquei certo de que se trata de um idiota - que é secretário do senhor Papuliano, ou Anaximandro, ou lá como é que o homem se chama.
Quer o fulano, com isto, justificar mais uma medida do governo do senhor Pinto de Sousa, a qual, na melhor das hipóteses, faz lembrar o Estado Novo, a PIDE e outras veneráveis instituições do nosso glorioso passado. Segundo tal inteligantíssima medida, os militares na reserva ou na reforma ficam impedidos de divulgar as suas opiniões. As penas para os prevaricadores, presumo, vão da privação do fim de semana ao cancelamento do ordenado ou da pensão. Esta última ideia (diz-se) vai ser recebida com grande alegria pelo senhor Santos. Num instante, a criatura já fez as continhas aos euros que vai sacar à malandragem que se atrever a pronunciar uma conferência, dar uma entrevista ou publicar um artigo num jornal.
Quer dizer, o idiota não percebe que há uma diferença entre a crítica pública da hierarquia, a desobediência ou a intervenção política tendente a pôr em causa a aceitação de ordens legitimamente dadas, e os contributos intelectuais dos militares para a formação da opinião pública, para a informação das políticas de defesa e segurança ou para outra qualquer faceta da governação, ou ainda para o mero comentário sobre política externa, crises internacionais ou episódios militares. À la limite, os militares na reserva ou na reforma não poderão, na opinião da inacreditável criatura, fazer crítica de cinema ou pronunciar-se sobre a crise do Benfica.
Toda a gente vê, e percebe, e acha bem, que militares na reserva ou na reforma contribuam, com as suas bem informadas opiniões, para o esclarecimento das gentes, para o enriquecimento e elaboração intelectual de estudantes e professores, para as universidades, os institutos políticos, os think tanks da política em geral e da política de defesa em particular. Isto passa-se, aliás, em todo o mundo civilizado. Os militares devem ser disciplinados enquanto tal, e, uma vez “na peluda”, devem contribuir com o seu saber, feito de estudo e de experiência, para a sociedade de que fazem parte.
Em Portugal, felizmente, há um número razoável de intelectuais militares, na reserva ou na reforma, que dão um importantíssimo contributo à Nação através das suas opiniões e propostas. Poderia talvez admitir-se que lhes fosse vedado instigar à indisciplina dos que estão no activo, ou aplaudir atitudes de manobrismo e de contestação às ordens da hierarquia ou do poder legítimo, como o passeio do Rossio ou outras alarvidades do género. Mas não é disso que se trata. O idiota quer fechar em casa os militares na reserva ou na reforma e proibi-los de existir enquanto cabeças pensantes.
 
Quem ainda não percebeu o que se está a passar em Portugal no que à liberdade diz respeito, tem aqui mais um evidente exemplo da mentalidade, verdadeiramente totalitarizante, do senhor Pinto de Sousa e dos seus sequazes.
 
António Borges de Carvalho

IRRITAÇÕES DE SÁBADO À TARDE

COMEMORAR A TRAMPA
 
O camarada Jerónimo vai fazer uma jantarada comemorativa das nacionalizações do 11 de Março, grande manifestação das mais amplas liberdades do camarada Cunhal.
Por mim, acho bem.
As consequências das nacionalizações e das barracadas que se lhes seguiram ainda hoje fazem uma profunda mossa na nossa vida colectiva. Foram, sem sombra de dúvida, o maior crime económico jamais cometido contra os interesses e o futuro dos portugueses. Os espanhóis, que conseguiram passar da ditadura para a democracia sem crimes deste tipo, que o digam. Ou nós que vejamos a diferença entre o que eles conseguiram a o buraco em que estamos metidos.
O camarada Jerónimo vai beber uns copos à saúde dos crimes do seu partido. Pois que os beba, que chafurde à vontade na merda que criou. Só lhe fica bem. E ficaria bem a todos nós, sobretudo aos que ainda são capazes de confundir socialismo com democracia, se tirássemos, do jantar do camarada Jerónimo, as devidas conclusões. A primeira das quais será a de perceber que não vamos a parte nenhuma enquanto gente desta tiver a influência que tem na nossa vida colectiva.
 
BUFARIAS
 
Aqui há tempos, o Irritado irritou-se contra uma fulana qualquer, que ninguém elegeu nem se sabe quem é, a qual, a fim (diz ela) de promover a moralidade e os bons costumes, se pôs a fiscalizar as navegações dos deputados na Internet.
Ao contrário do que, se houvesse democracia em vez de socialismo, seria de esperar, o governo não reagiu e o Procurador da República ficou quietinho. No fundo, tanto um como outro, gostaram da atitude da mulher. É o que significa o seu silêncio. E a mulher, em vez de ser liminarmente corrida, continua a fazer das suas no corredores do parlamento. Encorajada pelo êxito das suas moralizantes medidas, dedica-se agora a “escutar” o correio electrónico dos deputados.
Será que correio electrónico não é correio? Será que a correspondência deixou de ser inviolável? Será que a Constituição deixou de existir? Será que já não é crime abrir os envelopes dirigidos a terceiros? Será que a PIDE está de volta?
Parece que, para estas perguntas, há uma só resposta: sim.
 
 
O LOBO E O CORDEIRO
 
Os desgraçados que põem óleo fula nos depósitos dos carros não passam, no parecer do governo, de um bando de canalhas. Não, meus senhores, não se trata de estragar os automóveis, não tem a ver com o CO2, não se trata de desperdício de bens alimentrares. Trata-se, supremo crime, de fuga aos impostos.  Os tipos que põem óleo fula nos depósitos do gasóleo estão, objectivamente, a fugir aos impostos sobre os produtos petrolíferos! Embora não usem produtos petrolíferos! Ou seja, são culpados de fugir a impostos que não existem! Não, meus senhores, não é proibido pôr os motores a funcionar com óleo fula. O que é proibido é não pagar um imposto que não incide sobre o óleo fula que se usa!
E não se diga que se trata de não estar previsto o funcionamento de motores com este simpático bio-combustível. O socialismo apoia os bio-combustíveis sem cuidar da desgraça que são para a humanidade inteira. Mas, para o “pensamento” triunfante, a existência de tais produtos só é admissível se… pagar impostos!
Se não há impostos que se lhe apliquem, aplique-se-lhes uns impostos quaisquer.
Se não foste tu, foi o teu pai, dizia o lobo ao cordeiro. Profético Lafontaine!
 
GLOBETROTTERS
 
Uma campanha publicitária de grande impacto, a custar milhões, vem informar os cidadãos sobreos crimes contra a humanidade que vêm cometendo.
Explica a tal campanha: “se você der 15.000 voltas ao mundo, produz 31.000 toneladas de CO2”; e prossegue: “127.000 árvores levam 25 anos para anular 31.000 toneladas de CO2”.
Não se sabe o que pretende a organização que faz esta publicidade, nem quem a financia, nem que estudos levaram a tão surpreendentes conclusões.
Não se sabe se é o seu automóvel quem produz as 31.000 toneladas de CO2, se você comete tal crime de avião, ou se se trata de produto do seu suor, no caso de dar as tais 15.000 voltas ao mundo a pé .
Não se sabe se se trata só de números atirados à parede, ao calhas, a ver se colam.
Não se sabe que árvores são prescisas, se macieiras se carvalhos, se outra coisa qualquer.
 
O que se sabe, ou se sente enfiado pela cabeça abaixo, é que nem o super-homem deu 15.000 voltas ao mundo.
O que se sabe é que a natureza produz muito mais CO2 que o homem, mesmo que cada homem dê 15.000 voltas ao mundo.
O que se sabe é que há quem ande a ganhar dinheiro à custa dos papalvos que se deixam aterrorizar com estas patacoadas.
 
BIODESGRAÇAS
 
O camarada Louça diz que o camarada Pinto de Sousa, por apostar nos bio-combustíveis, está a condenar à fome os povos do terceiro mundo. É capaz de ter razão. Mas, pelo menos tão importante como isso, é o futuro que o senhor Pinto de Sousa prepara para todos nós.
Não tarda, vai haver subsídios para culturas extensivas e intensivas de matéria prima biológica.
Não tarda, os agricultores vão ser empurrados pelo senhor Pinto de Sousa para criar as bases físicas da calamidade.
Não tarda, os habituais parceiros do socialismo vão perfilar-se, na bicha das prebendas, para receber os almejados “incentivos”.
Não tarda nem alfaces produzimos.
O camarada Louça espinoteia. E a direita? Está a dormir, ou anda entretida a fazer cada vez mais asneiras?
 
UMA BOA NOTÍCIA
 
O mais notável causídico/hoteleiro da nossa praça, nóvel socialista, próximo presidente da “entidade” que vai dar cabo da zona ribeirinha de Lisboa, saíu à liça para defender as opções empresarias do camarada Coelho. Em artigo no “Público”, a criatura defende e justifica tais opções. Muito bem. Aprovado por aclamação.
O camarada Coelho é livre de aceitar os tachos que lhe oferecem. Que lhe façam bom proveito. Se o homem cumprir a promessa de se retirar da política, ficamos livres de um dos mais chatos demagogos da nossa praça, não mais teremos a desgraça de ouvir as suas patacoadas, não mais perderemos tempo com as justificações do injustificável em que o homem é especialista.
O senhor Mota que o ature!
 
António Borges de Carvalho
 
 

CRIANCINHAS, ATENÇÃO AO MOSTRENGO!

 
Vós sois a melhor coisa do mundo. Sois também, desgraçadamente, uma das coisas de que se fala, pelas piores razões. Ele é os pedófilos, ele é os raptores, ele é a violência doméstica, ele é os professores a fazer greves em vez de ensinar, ele é o acordo ortográfico, ele é os tribunais que as arrancam aos que as amam, um nunca acabar de ameaças e perigos.
Venho avisá-las de que um novo mostrengo se debruça agora sobre a vossa vida, não como o que “está no fim do mar” e que, “na noite de breu” se ergue “a voar”, mas outro, invencível, mais tenebroso que todos ao Adamastores, outro, que não tem “a boca negra e os dentes amarelos” nem a “barba esquálida”, nem figura que se mostre no ar, “robusta e válida, de enorme e grandíssima estatura”.
 
Não, não tenham medo, como o Dias teve do Mostrengo. Tenham mais!
 
O novo mostrengo é o fulano em que os vossos pais votaram (violência doméstica!), o mostrengo que mora na Rua da Imprensa à Estrela e tem a mania de ir buscar credibilidade ao nome do filósofo grego na mira de disfarçar a sua rebuscada e violenta iliteracia. Ele é como o abutre da Sophia, “alisa as penas” e “faz tornar as almas mais pequenas”.
A rebuscada crueldade do novo mostrengo lembrou-se de vos atacar na vossa alegria de viver, nos vossos mais simples e inocentes prazeres.
Atenção! Se lhes der uma moeda para tirar de uma máquina uma bola de plástico com uns brindes, ou um chocolate, um caramelo, um bombom, o vosso papá será considerado pelo mostrengo como estando a praticar um crime, um “jogo de fortuna e azar” punível com prisão e multa! Cuidado!
Eu sei, eu sei que não percebeis, que não vos é dado perceber. Eu sei que vós tínheis uma alegria enorme ao ver sair o Nodi e um carrinho da bola de plástico, que desejáveis um chocolate maior do que o da vossa prima mas não ficaveis tristes se não o tivésseis, eu sei, eu sei. O mostrengo também sabe, mas está-se nas tintas. O que anima o mostrengo é poder sacar dos bolsos do vosso papá, em multas, as moedinhas que ele, cheio de carinho, gastava nas bolas de plástico e nos furinhos.
Tende paciência. Procurai esquecer. Como sois jovens, talvez consigueis um olvido rápido e quase indolor.
Mas não vos habitueis a esquecer, senão pode acontecer-vos como aos vossos pais: ficar, inertes, às ordens do mostrengo.
 
António Borges de Carvalho
 
 

PINOTAOS

Líderes como Pinochet e Jintao têm pontos comuns. Ambos fazem crescer a economia dos seus países. Ambos escolhem uns parceiros económicos que, dando ao seu regime uma falsíssima faceta liberal, lhes permitem falar de progresso e de justiça. E ambos conseguem o tal progresso alicerçando-o em milhares de mortos, em prisioneiros políticos, em ausência de liberdade e de legitimidade, em forças armadas e policiais corruptas e servis, em jornalismo condicionado ou amordaçado.
Isto passou-se no Chile, passa-se na China.
 
Na Europa, fia mais fino. Os candidatos a ditadores têm que conter as garras, com medo de ser incompreendidos pelos estrangeiros. Mas escolhem na mesma os seus parceiros, deixam, ou provocam, que lhes chamem liberais quando são a mais cínica versão do socialismo, “libertam”, da sociedade civil, quem lhes for útil, tomam conta de bancos, põem sequazes em altos postos da economia privada, perseguem os contribuintes, apertam tarrachas com “autoridades” e “entidades reguladoras” de tudo e mais alguma coisa, invadem a privacidade de cada um, escutam telefonemas, lêem os SMS’s dos cidadãos, promovem e premeiam a delação e o bufismo, deitam o sigilo bancário para o lixo, proíbem as pessoas de fumar e de comer bolas de Berlim, cruzam dados como lhes apetece, processam os contribuintes com razão ou sem ela…
 
Protegidos pela máscara que a Europa fornece, escondem-se os que, se não fosse a Europa, Pinochets e Jintaos gostosamente seriam.
Deixo aos leitores a tarefa de descobrir de quem falo.
 
António Borges de Carvalho

UMA BENGALINHA

 
Anos atrás, uns senhores, probos e sérios, convidaram-me para um movimento político que estavam a lançar. Tratava-se de um grupo com origem no CDS, democratas cristãos, católicos praticantes, tidos por “freitistas”. Considerei o convite uma honra.
Fui a várias reuniões, aprendi algumas coisas, cooperei na redacção de alguns textos programáticos, etc.
Até que. Até que percebi que o movimento tinha como objectivo número um integrar as listas do PS (Guterres) para as legislativas. Nessa altura, como é óbvio, escrevi uma carta desligando-me do movimento. Socialismo não, ainda menos com o aval da “Igreja”.
E lá entrou para o parlamento a senhora Carneiro e um rapaz cujo nome esqueci. Não sei o que aconteceu ao rapaz. A senhora ainda por lá anda, a espernear inútil e ingloriamente contra o aborto e outros progressismos sociais da clique do senhor Martins.
Serviram os meus amigos, como é evidente, de bengala “religiosa” e “centrista” para o socialismo guterrista.
 
O senhor Marques, célebre pela incursão marítima em Timor na companhia do General Doutor Eanes, aparece agora com uma nova iniciativa, sequência lógica da dos meus amigos e em evidente ligação com eles. O movimento não tem ideologia que se entenda, usa chavões tipo “esperança”, “justiça social”, “coesão”, etc., situa-se fora da esquerda e fora da direita (onde?), propugna uma “política de pontes” (!), e vai passar a partido político. Já anda, aliás, a reunir as assinaturas necessárias. A imprensa, a rádio e a televisão dão-lhe alto destaque, o senhor Marques vai aparecendo aqui e acolá fazendo as suas lenga-lengas com a “devida” cobertura informativa.
 
É evidente que se trata de um reforço da bengalinha do senhor Guterres, desta vez oferecida em bandeja humanista ao senhor Pinto de Sousa. Para além disto, ou seja, para além do cavalete que levará mais um ou dois deputados para São Bento em 2009, não se sabe o que quer o senhor Marques. Se calhar não quer mais do que isso.
Lá vai o senhor Pinto de Sousa compensar, com as sacristias marquistas, as abébias que anda a dar à sofreguidão da esquerda.
 
António Borges de Carvalho

VENDA DA CRIANÇAS

 
Na sôfrega ânsia de extorquir dinheiro às pessoas, o governo socialista acaba de lançar um imposto sobre… a adopção!
Os candidatos a pais adoptivos deixaram de ser pessoas que ajudam o Estado e as crianças à sua guarda a resolver o problema dos bebés sem família. Para o socialismo, as crianças à guarda do Estado são uma mercadoria que se vende aos interessados. Ainda não se chegou ao ponto de as entregar a quem der mais, mas lá chegaremos. Deus queira que o senhor Santos não leia este post, senão entramos na era dos leilões não tarda nada.
 
António Borges de Carvalho
 
E.T. Parece que, afinal, o governo recuou nesta matéria, como em muitas outras. A bronca era grande. A ver vamos como o senhor Santos vai compensar o recuo.

INFORMAÇÃO?

1. O interessantíssimo jornal SOLcrates é tão socrista que, quando lhe foge a boca para a verdade, acaba por meter os pés pelas mãos. Este Sábado, o senhor Ramires, num assomo de argúcia, ou de inteligência, escreve sobre o apetite do PS pela comunicação social e sobre a forma, carregada de êxito, como a domina. O leitor fica, encantado, na ilusão de que o periódico possa ter mudado de política. Baldada esperança! Duas páginas depois, o relatório da ERC é classificado de “rematado disparate”, chegando o SOLcrates ao ponto de dizer que, se o senhor Meneses aparece pouco na RTP, ainda bem, porque devia aparecer ainda menos!
O Irritado não acha que o senhor Meneses apareça pouco, acha é que o senhor Pinto de Sousa aparece muito. Portanto, o senhor Meneses devia aparecer muito mais. Não é? Não é não senhor. Pelo menos no parecer do SOLcrates
 
2. O camarada Costa foi contratado pela SIC para substituir o camarada Coelho, o qual, impoluto e sério, vai dedicar-se a tempo inteiro ao mais alto pato-bravismo.
Se houvesse alguma independência na SIC convidar-se-ia o senhor Alegre, a fim de compensar a fúria histérico-cómica do senhor Pereira contra o PSD. Mas o raciocínio é outro, e tem a sua lógica: se se vai embora um aparatchick, há que substituí-lo por outro, que garanta o mesmo. Agora, na doce presença do barbas da SIC, continuarão a alinhar dois ferozes inimigos do PSD – leia-se amigos do PS – e um anodino barbaças do PP/FCP. O ramalhete fica completo.
E ainda há quem diga que é só a RTP a ser dominada pelo senhor Pinto de Sousa!
 
António Borges de Carvalho

HISTERISMOS

A dona Ana Gomes anda completamente desvairada – desvairada anda sempre, completamente é que não – com as bocas do senhor Gama na pérola do Atlântico. Diz que se trata de humor negro. Diz que o homem perdeu a cabeça.
Afinal, o que o senhor Gama disse foi que o senhor Jardim era um político combativo e que tinha origem democrática, duas verdades verdadinhas, absolutamente incontroversas.
A dona Ana Gomes, na distinta companhia da dona Edite, entrou em histérico parafuso, como é aliás seu nobre hábito. Que interessa a verdade se a verdade não interessa?
O pobre senhor Gama chegou à Madeira e viu o que toda a gente vê, até a dona Ana Gomes. Não resistiu e reflectiu a verdade em palavras. A dona Ana Gomes não é, porém, de verdades propriamente ditas. Verdade é o que interessa, o que não interessa não pode sê-lo, nem se deve falar nisso.
A coisa propagou-se. Inúmeros membros do partido socialista que temos entraram no baile da dona Ana. O histerismo tem sido devastador. As hostes tremem, escandalizadas, ofendidas, com os mais íntimos pelinhos a eriçar-se. Então o senhor Gama não sabe que é proibido ver o que é verdade, e que muito mais proibido é dizer o que se vê, caso tal não seja conveniente para as hostes? Não sabe que a filosofia socrélfia impõe que só se veja o que, independentemente de ser verdade ou mentira, interessa ao social-cretinismo em vigor?
O senhor Gama ou é um idiota, ou ainda não percebeu que as águas em que navega estão eutrofizadas.
 
António Borges de Carvalho

SOCORRO! O SOCIALISMO ESTÁ EM CAUSA!

 
O camarada Raul Castro, diz-se, está a tomar medidas “liberalizantes” em Cuba. Liberalizantes? Que ideia! O ilustre tirano perdeu a cabeça. As novas regras são libertárias, se não libertinas.
Um escândalo, disse o senhor Jerónimo, para já off the record.
Então não é que aquele louco autorizou os cubanos a ter um telemóvel? Então, céus!, não é que os autorizou a comprar um microondas? Então, ó desgraça!, não é que permitiu que frequentassem hotéis? Valha-nos São Carlos(Marx)!
Como pode o socialismo viver, ou sobreviver, se às massas for dado o uso de tais e tão corruptos instrumentos de perversão capitalista? Como pode o glorioso caminho para o comunismo ser compatível com fins de semana em hotéis? Como pode a revolução triunfar se for dado ao proletariado o uso de instrumentos tão contra-revolucinários como uma chaleira eléctrica ou uma gillette com quatro lâminas e uma pilha AA?
 
Consta que o Comité Central do PC já foi convocado pelo Jerónimo para discutir os desvios do regime cubano e para estudar as medidas a tomar, com carácter de urgência, para ajudar o povo cubano a voltar à pureza dos princípios e a libertar-se da arrancada fascizante de que as medidas do Raul são sinal tão claro como inquietante.
 
O Irritado aguarda com a maior ansiedade os resultados da elaboração teórica e das medidas práticas que saírem da magna reunião.
 
António Borges de Carvalho
 
   

POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE

 
O Irritado tem-se irritado recorrentemente contra os malefícios da polícia. Às vezes, quando, no que diz respeito à vigilância das ruas, a acusa de integrar um bando de inúteis, sente o Irritado que talvez esteja a ser um bocadinho injusto.
Quantas vezes, porém, a realidade ultrapassa as nossas mais negras opiniões?
 
Passo a contar uma história absolutamente extraordinária:
 
Às quartas-feiras, costumo ir buscar três das minhas netas ali para a Lapa. Anteontem, as pequenas insistiram em ir dar uma volta pelo jardim da Estrela. E lá fomos. A passeata não teria história não fora dar-se o insólito caso da presença da PSP. Insólito porque, entre criancinhas aos pulos, velhotes a jogar à sueca, mamãs a empurrar carrinhos de bébé, estudantes a ler compêndios, namorados em tórridas poses, surgiu, de sopetão, um Smart profusamente decorado com frases do tipo eco-idiota. Lá dentro, imperiais, dois guardas “vigiavam” a turba, tipo Dom João V no seu coche, a olhar o povo ignaro. Majestoso, o Smart percorreu as umbrosas áleas até se perder lá para os lados do Cabral.
 
E é assim que se faz o chamado “policiamento de proximidade”, expressão tão cara à propaganda do senhor Pereira. Os senhores guardas, certamente para de poder reservar energias para perseguições a terríveis bandidos, não podem cansar-se. Por isso, andam de automóvel, até nos locais onde jamais deveria entrar um automóvel.
De certa forma, compreende-se. Segundo a filosofia do governo, é preciso “prestigiar a polícia”, impondo-a à admiração das pessoas. Ora não se prestigia um polícia fazendo-o andar a pé no meio da multidão e podendo, assim, descer ao seu estatuto de ralé. Não é? Aliás, se os senhores guardas atropelarem uma criancinha no Jardim da Estrela, a culpa será, ou do Smart, cujos travões falharam, ou da própria criancinha, que não tem nada que andar a brincar no Jardim da Estrela, impedindo ou atrapalhando o “policiamento de proximidade”.
 
Eu, que me atrevia a escandalizar-me ao ver os polícias a passear de segway no Chiado, não estava, ainda, psicologicamente preparado para a presença de Smarts no Jardim da Estrela. O defeito deve ser meu, que não percebo que a rua do Carmo é a subir, que o Jardim da Estrela tem dois mil metros de perímetro (colossal distância!), e que seria de uma violência inaudita fazer os aristocratas da PSP andar a pé em tão cansativos teatros de operações.
 
António Borges de Carvalho

PROPAGANDAS

Não haverá, julgo, ninguém que negue que, com o ministro Morais Sarmento, se assistiu, pela primeira vez durante a III República, a uma efectiva situação de independência e responsabilidade informativa na RTP. Anos e anos de influência do poder na informação do Estado conheceram o seu fim naquela altura, honra seja ao dito ministro.
Não haverá, também, seja quem for que não tenha dado pelo facto, claríssimo, de tal independência ter acabado, graças ao senhor Pinto de Sousa e ao abominável senhor Silva. A administração da RTP foi posta na rua. O seu presidente levou um pontapé pela escada acima. O senhor Rodrigues foi “reabilitado”. O povo assistiu, impotente, à re-governamentalização da RTP.
Agora, uma daquelas coisas a que se chama “entidade” veio produzir e publicar um relatório que confirma as mais negras impressões do respeitável público, e que demonstra, com números, a desvergonha do senhor Pinto de Sousa e dos seus sequazes, para além da subserviência rasteira dos profissionais envolvidos na marosca.
 
O gosto pela propaganda faz as delícias dos governos injustos, ineficazes e autoritários. É o truque ideal para disfarçar a incompetência pesporrente que os caracteriza.
Auxiliado por várias instâncias do socialismo, a começar pelo Banco de Portugal, o governo socretino começou o consulado por aldrabar os números com a célebre história do inexistente défice. Três anos depois, e depois de extorquir ao povo vários milhares de milhões de euros sem reduzir despesas nem cumprir promessas, o governo continua a repetir a aldrabice, de tal forma que, para a maior parte das pessoas, ela já se transfigurou em verdade. Propaganda bem sucedida. Nesta matéria a SIC colabora activamente com a RTP e a socialista/espanhola TVI deve, et pour cause, fazer o mesmo, embora não o possa afirmar de ciência certa porque só ligo para lá quando há futebol.
Um pormenor, digno de grande destaque: o que o relatório da "entidade" diz acerca das regiões autónomas. Ao contrário do que todos, todos os dias, ouvimos e lemos - que, na Madeira é uma desgraça, que o Dr. Jardim domina tudo e todos, sobretudo a informação - é no socialismo açoreano que a RTP é parcial, e não no jardinismo madeirense!!!
 
Não se sabe o que nos espera no futuro. Certo é que, quando os governos alicerçam o seu poder na propaganda, não há forma de parar o processo. Quanto pior estiverem as coisas, quanto mais propaganda se fará.
 
Para já, os senhores da “entidade” não tarda levem um pontapé no cu, ou seja, vão demitir-se por “razões pessoais” e deixar que os arrumem num sítio simpático, bem pago e discreto. “Quem se mete com o PS, leva”, dizia o tenebroso Coelho, em magistral síntese da filosofia triunfante.
Depois, a propaganda continuará como se não tivesse havido nenhum relatório.
 
António Borges de Carvalho
 

PS. A propósito, o Coelho foi promovido a presidente da Mota Engil! Ah! Ganda socialismo!

SOARADAS

 
O senhor Sakozy tem os seus defeitos. Casou-se com uma fulana um tanto duvidosa, o que vem causando as maiores reticências, sobretudo, sabe-se lá porquê, aos que acham a pederastia uma coisa normalíssima, louvável até, e que têm do casamento uma noção de material de consumo, tipo esfregão.
Na opinião do presidente Mário Soares, e para seu confesso horror, Sarkozy ainda é pior do que diz a esquerda “fracturante”. Sarkozy anda a pôr em causa a tradicional política gaulista, que consistia na grandeur da le France contra tudo e contra todos. O senhor Soares não tolera a ideia de ver os franceses fazer as pazes com os americanos, que ameaça!, e, ainda pior, com Sua Majestade Britânica.
Mas o que é isto?, perora o extraordinário socialista. Que é isto de a França querer reentrar nas estruturas militares da Aliança? Que é isto de a França abandonar o nariz arrebitado e começar a lidar com os outros de forma abertamente cooperante? O que nos vai suceder se o maravilhoso eixo franco-alemão deixar de ser o (único) “motor da Europa”, ou se meter mais uns cavalos na maquinaria? Que horrível futuro teremos nós se os dois lados da Mancha e os dois lados do Atlântico se re-aproximarem? Que malvada coisa esta de o senhor Sarkozy andar a preparar a Europa para a era pós-Bush? Que inspiração demoníaca levará o senhor Sarkozy a tentar alargar a sua cooperação com a Grã-Bretanha, designadamente no plano militar?
Colossais ameaças se acastelam no horizonte do senhor Soares. Os franceses, pensa ele, estão aflitos. Com questões internas, direi eu, não tanto com o regresso da França ao “Ocidente”. Os medos do senhor Soares não teriam importância nenhuma se se tratasse de um comentador qualquer. Sendo ele, são de uma tristeza a toda a prova. A verdade é que um bom socialista, como o senhor Soares, não aguenta ver um tipo da direita a fazer coisas certas.
 
António Borges de Carvalho
 

NOS MEANDROS DA (IN)SEGURANÇA

 
Várias são as notícias com que o ilustre ministro do interior nos tem brindado.
 
1. Como o Irritado já referiu e toda a gente sabe, o homem cedeu aos sindicatos e vai meter mais dois mil polícias.
São precisos? É evidente que não. Se se fizer as contas aos efectivos que estão sentados nos escritórios em vez de andar no giro, fácil será perceber porquê. Se se puser os polícias a policiar, em vez de andar de cu tremido a passear de automóvel, fácil será perceber porquê. Se se pensar que, para já, e só este ano, vamos gastar mais 65 milhões de euros, é fácil perceber porquê. Se se pensar que, hoje em dia, o número de polícias por habitante é cerca de 44%(!) mais alto o average europeu – 0,0044 polícias por cabeça em Portugal, 0,0028 na Europa -, então, meus amigos, percebe-se, e bem, a monumentalidade da asneira e o que ela significa como fuga para a frente, como recusa de enfrentar os verdadeiros problemas e como irresponsabilidade orçamental.
 
2. O espantoso ministro, ex-chefe dos serviços de informações, de braço dado com o estranho ministro da (in)justiça, anda a propor uma revisão constitucional que torne legítimas as escutas telefónicas feitas pelas “secretas”, quando quiserem e muito bem lhes der na gana. O homem serve-se da sua experiência na espionagem para fundamentar a não necessidade de decisão judicial a tal respeito.
Num país onde as escutas telefónicas, provadamente, já vão muito para além do que podia ser considerado legítimo ou aceitável num estado de direito, onde já se chegou, impunemente, ao ponto de escutar as conversas do procurador geral e do presidente da República, esta gente não pensa noutra coisa senão em “legitimar” mais e mais escutas, em vez de fazer o contrário. Querem substituir o estado de direito pelo estado policial? Tudo indica que sim.
 
3. O senhor Costa extinguiu a DGV e criou a ANSR. O senhor Pereira criou os CCSR, em vez das CSR, que tinham sido extintas pelo senhor Costa. Utilidade? Cobrar mais multas. Estão a perceber? O Irritado propõe aos insignes governantes que substituam tudo pela SEDPECCCRPEP – Secretaria de Estado Destinada a Perseguir, Encerrando-os num Campo de Concentração, os Cidadãos que se Recusem a Perceber esta Porcaria.
 
António Borges de Carvalho

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