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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

GOLPE CONSTITUCIONAL, JÁ!

 

 
O glorioso Presidente Sampaio deu largas ao seu rancor em relação ao Primeiro Ministro Santana Lopes e ao seu profundo amor pela área política a que pertence mediante o (ab)uso dos seus poderes constitucionais.
Ao tempo, para além das diatribes do senhor P. Pereira, do senhor R. Sousa, do senhor C. Silva e das mesnadas da imprensa e da má-língua, o país vivia em Paz.
Agora, que o senhor Silva põe aos berros, na rua, uns largos milhares de pessoas, que o senhor Jerónimo e o senhor Louça lá despejam turbas multas aos molhos, que os camionistas ameaçam bloquear Lisboa, que a pangaiada é mais que muita, de que é que SEPIIIRPPDAACS está à espera para seguir o nobre exemplo do seu antecessor? Que raio, então dissolve-se o parlamento à pala da maledicência e não se dissolve quando há perturbações graves da ordem pública? O actual Presidente achou muito bem que o outro tenha dissolvido sem nenhum motivo concreto e palpável, e não dá a mesma golpada quando anda tudo aos berros? O golpe de Estado constitucional justifca-se quando se trata de pôr a direita na rua, e não se justifica quando se trata da esquerda? Que república é esta?
 
António Borges de Carvalho
 

O "PÚBLICO" ERRROU

 

 
O jornal privado que se chama “Público” informa, em primeira página, que um “dirigente máximo do partido” comunicou ao orbe que o PS não vai punir o senhor Alegre pelas suas malandrices.
Ou muito me engano, ou anda aqui uma mãozinha marota. É que, dirigente máximo do partido há só um, o senhor Pinto de Sousa e mais nenhum! Portanto, o jornal, ou escrevia o dirigente máximo (equivalente a Pinto de Sousa), ou um dirigente, jamais um dirigente máximo.
Consta que o senhor Pinto de Sousa pôs já em acção vários sátrapas, os serviços secretos, e uma quantidade enorme de “autoridades”, de “entidades” e de irmandades a investigar se houve alguém a intitular-se dirigente máximo ou se há, no “Público”, algum alegrista a escrever bocas falsas e ofensivas. Esperamos ansiosamente pelos resultados de tais diligências.
 
António Borges de Carvalho

ELEIÇÕES E COMEMORAÇÕES

 

 
Ponderosas questões se puseram na corrida à liderança do Grande Oriente Lusitano. Não, meus senhores, não se tratava de um novo modelo de avental, nem de mudar o olho de azul para castanho, ou vice-versa, ainda menos da quadratura do triângulo.
O problema foi de gestão imobiliária. Segundo os jornais, uma lista queria concentrar o património, outra manter a desconcentração, ou coisa do género.
Assim se vê como o betão também influencia as lojas, ou seja, mesmo quem pratica as mais nobres virtudes e se move pelos mais altruístas objectivos não fica imune aos mesquinhos interesses dos profanos. Ou então trata-se de histórica vocação bebida no pensamento do Grande Arquitecto, que ensinou as artes aos primitivos pedreiros.
 
Por outro lado, é exigência dos Irmãos não ficar de fora das comemorações do centenário da República. Uma vez que o mui ilustre professor e ex-estalinista (em jovem e na idade madura) Vital Moreira foi corrido da alta missão que lhe incumbia, a de comandar as programações, e que outro senhor foi nomeado (por mais que puxe pela cabeça não me lembro do nome do homem), os Irmãos, imprópria, injusta e chocarreiramente conhecidos por “filhos da viúva”, não dispensam um papel cimeiro nos cerimoniais em preparação. É normal.
 
Já agora, se ao Irritado é permitida uma humilde sugestão, conviria meter no assunto a Carbonária, caritativa instituição que ainda deve ter representantes por aí. É que, sem a prestimosa colaboração da Carbonária, teria havido menos assassinatos, menos bombas, menos motins, menos perseguições aos sindicatos, menos repressão, isto é, a República teria sido privada de muitas das maravilhosas realizações que ofereceu ao país.
 
Que diabo, ou comem todos ou não há justiça!
 
António Borges de Carvalho

GASOLINICES

 

O rato que a montanha da Autoridade da concorrência pariu dá-nos uma imagem do estado em que estamos. Se acrescentarmos a nova filosofia da declaração obrigatória, por parte da Galp, da sua estrutura de custos e de formação de preços, teremos um quadro ainda mais completo da situação.
 
Se, nos países em que os impostos são comparáveis com os nossos, ou até mais altos, a gasolina é mais barata, então:
 
a)      As gasolineiras locais estão arruinadas, ou
b)      O Estado local subsidia os preços por outras vias, ou
c)      As gasolineiras portuguesas estão feitas umas com as outras para subir os preços, e
d)      A Autoridade da Concorrência está feita com as gasolineiras para achar muito bem, e
e)      O Estado está feito com as gasolineiras e com a Autoridade da Concorrência, para poder receber mais impostos sem subir os impostos.
 
Nesta perspectiva, a imposição da “transparência” nos números da Galp (coisa extraordinária e, em si, indicadora de uma deriva totalitária, deriva aliás presente em muitas outras atitudes do governo) é uma forma de atirar areia para os nossos olhos, mais uma vez nos tratando como burros de carga.
 
T.d.
 
António Borges de Carvalho

SALVADORES DA PÁTRIA

 

 
 
O maior defeito do capitalismo é distribuir desigualmente a riqueza.
A maior virtude do socialismo é distribuir equitativamente a miséria.
Sir Winston Churchill (tradução livre)
 
 
Vem isto a propósito da pomposa festa que reuniu uma série de salvadores da Pátria no Teatro da Trindade. À cabeça, imponente, o senhor Alegre. Perdido de riso, o senhor Louça. Na primeira fila a pavorosa dama Benavente.
Unidos estavam na vontade de invectivar o senhor Pinto de Sousa, patrão do governo mais à esquerda que a III República já conheceu (à excepção dos do camarada Vasco).
 
Nestes miseráveis tempos em que o Estado toma, como nunca, conta das nossas vidas pessoais e sociais, em que os seus socialistíssimos tentáculos se apertam, cada vez com mais força, à nossa volta, decidem estas almas acusar o senhor Pinto de Sousa de… governar à direita!
O sistema socretino á o mais acabado exemplo do que é o neo-socialismo. À semelhança dos ditadores socialistas de extrema direita (Salazar, por exemplo) e de tantos governos democráticos de esquerda (Sapateiro, por exemplo), o socretinismo escolhe uns parceiros “privados”, dá-lhes de comer à mão, entrega-lhes um enriquecimento que, por ser estúpidos, não entendem ter pés de barro, ao mesmo tempo que espalha, equitativamente, a miséria, a fome e o desânimo sobre os demais. Ou seja, o capitalismo no seu pior, o socialismo ao natural.
 
Mas a burguesia bem pensante (a que ainda tem a barriga cheia) enche o teatro para dizer às gentes que devia haver ainda mais socialismo, isto é, que a tarracha devia apertar ainda mais, tudo com o pretexto da “solidariedade” e da “justiça social”.
O problema, minhas senhoras e meus senhores, é que estas patacoadas passam para a opinião pública, quantas vezes com a prestimosa colaboração de intelectuais e políticos que se dizem não socialistas, como se de verdades se tratasse. Enquanto as pessoas não perceberem que a origem dos seus males está nas políticas socialistas, metidas na Constituição e sobre nós derramadas ao longo de muitas décadas (nas três repúblicas), este país continuará a atrasar-se em relação aos demais, incluindo os que saíram da miséria comunista e não querem, nem à bala, ouvir falar de socialismo.
 
Quando aparecerá um líder que seja capaz de dizer a verdade às pessoas, de forma que elas a entendam e possam passar a votar a favor dos seus interesses e do futuro dos seus filhos, é coisa que ninguém saberá dizer. Será preciso, primeiro, bater no fundo? Então, que venha o BE e o Alegre, para batermos no fundo mais depressa.
 
Entretanto, o senhor Alegre que ribombe invectivas à vontade, o senhor Louça que ria como um tarado com os votos que vai amealhando, a dona Benavente que deite a cabecinha de fora a ver se lhe calha qualquer coisita. Bom proveito lhes faça.
 
António Borges de Carvalho

ROUBALHEIRAS

 

Esta história dos combustíveis está para lavar e durar. Tanto o governo como a dona Manuela dizem que mexer nos impostos nem pensar. O estado acima de tudo. A sociedade que se lixe. As gasolineiras fazem especulação, investigue-se a coisa a fundo, o estado socialista é que não pode ficar prejudicado. A culpa é do capitalismo, do neo-liberalismo, do raio que os parta, de todos menos de estado socialista, coitado, que tem que viver, tem despesas para pagar, tem os seus compromissos. As pessoas, se não percebem, o problema é delas.
E se o governo e a dona Manuela tiverem razão? Uma pergunta que quem tiver algum escrúpulo intelectual ou der algum benefício da dúvida a essa gente, não pode deixar de fazer.
 
Alguns elementos para que, quem queira, encontre resposta:
 
a)      Dos 25 países de UE que contam, há 5 que praticam um imposto sobre os combustíveis mais alto que Portugal;
b)      São eles a Alemanha, a Bélgica, a França, a Holanda e o Reino Unido (economias fraquíssimas, se as compararmos com a portuguesa!);
c)      Nesses 5 países, há um (a Holanda) onde a gasolina é mais cara;
d)      Dos mesmos 25 países, há dois onde o IVA é mais alto que em Portugal;
e)      São eles a Dinamarca (25%) e a Polónia (22%);
f)        Na Dinamarca, o preço da gasolina é 94% do preço em Portugal;
g)      Na Polónia, o preço da gasolina é 76% do preço em Portugal.
 
O primeiro critério põe-nos em 5º lugar, o segundo em 2º lugar, o terceiro em 3º. Grande país! Com um pequeno esforço, e ficaríamos à frente de todos!
 
O Irritado conclui que o Estado, a dona Manuela e as gasolineiras são uma cambada de gatunos. Quem quiser tirar outras conclusões que o faça. Parabéns.
 
António Borges de Carvalho

UM FUTURO SOMBRIO

 

 
Dona Manuela lá ganhou o lugar. Que tenha saúde e sorte. No entanto… no entanto, o que ficou provado à saciedade foi que, por esmagadora maioria, os filiados do PSD queriam uma mudança e o que a senhora diz oferecer ao país é uma continuidade.
 
O que se pode concluir daqui é que o PSD, e com ele todos nós, perdeu a oportunidade de se modernizar, de perceber que o rumo social-democrata está esgotado, que não é com receitas cavaquistas (tiveram o seu tempo noutro tempo) que se sai do atoleiro de mistificação, aldrabice, esquerdismo encapotado, estatismo persecutório, estagnação económica e ditadura fiscal em que o senhor Pinto de Sousa nos meteu.
Dona Manuela representa um passado que, sendo respeitável, já deu o que tinha a dar.
O senhor Coelho representa um futuro eventual, sem pernas de pensamento nem de informação teórica. Pode dizer-se que o senhor Pinto de Sousa, que é mais ou menos a mesma coisa em ignorância, iliteracia e bem-falantismo balofo, chegou onde chegou. É verdade. Mas também é verdade que o resultado está à vista.
O senhor Santana Lopes, bem pelo contrário, tinha muito a oferecer, com provas dadas, cabeça no sítio e convicções firmes, como à saciedade demonstrou. Diz-se, com a ribombância dos tarados, que o seu governo foi uma desgraça. Gostava de saber se algum dos arautos desta “verdade” é capaz de referir uma medida, uma, do governo de Santana Lopes que tivesse sido gravosa para o país. Por mais que procurem, só encontram o défice de 6,82%, e esse foi inventado pelo senhor Constâncio para alimentar a demagogia criminosa do senhor Pinto de Sousa. De resto, para além da intrigalhada permanente, nada se pode descortinar que justifique seja que desconfiança for.
Com dona Manuela voltam ao poder inúmeros órfãos, unidos por uma espécie de “consciência de classe” alimentada pelas parangonas o senhor Pereira, da SIC, da RTP, do SOLcrates e da bem-pensância idiota dos “cosmopolitas” do costume. O PSD desceu, com o líder cessante, ao mais radical provincianismo. Agora cai no extremo oposto, no bife requentado da social-democracia mais retrógrada, mais elitista e mais tecnocrática.
Espera-se que dona Manuela tenha uma derrota honrosa em 2009. E que, depois de uma horrorosa experiência com a coligação PS/BE no poder, as pessoas, finalmente, descubram quem e o que, verdadeiramente, defende  o seu futuro.
 
Em 2013 logo se vê. Até lá é apertar o cinto, pagar e não bufar.
 
António Borges de Carvalho
 

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