O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Aquele senhor de olho azul que, com ar feroz, aparece todos os dias na televisão a dizer maravilhas dos juízes e cobras e lagartos das leis, foi reeleito presidente da associação sindical(!) dos juízes portugueses.
Assim, vamos continuar a ouvir e a ver como se segura o sistema nas suas actuais características, as quais consistem em não funcionar apesar dos seus mais altos agentes serem os melhores do mundo, não tendo por isso qualquer sombra de responsabilidade em nada do que corre mal, que é tudo.
Assim o diz, e vai continuar a dizer, com ar feroz, o senhor do olho azul.
Quando, aqui há tempos, o desbocado líder dos nossos pobres advogados clamava que o processo Casa Pia não passava de uma fabricação destinada a “decapitar o PS”, mal sabíamos que se tratava de um capítulo da novela das negras maquinações e dos poderes ocultos, ou seja, das bruxas que têm vindo a atacar a prestimosa organização e que motivaram a justa indignação do ilustre causídico.
Tempos passados, aí está ele outra vez ao ataque: o caso Freeport não passa, na sua esclarecida opinião, de mais uma tenebrosa maquinação dos poderes ocultos que andam apostados em pôr em causa o augusto nome do senhor primeiro-ministro e da sua parentela política.
Quer dizer: os polícias britânicos que encontraram o buraco nas contas do Freeport (fripór, no linguarejar do senhor Pinto de Sousa) são praticantes da mais negra das magias. Os polícias portugueses, esses, devem estar dominados por algum poder oculto, talvez por influência dos ingleses. Os procuradores nacionais, vítimas de bruxedo, movimentam-se na sombra, metem os pés pelas mãos e, apesar das pressões de que tanto se fala, não conseguem libertar-se das garras diabólicas de tais poderes. A imprensa, a rádio e a televisão estão mais ou menos na mesma tenebrosa situação, isto, na esclarecida opinião do senhor Pinto de Sousa e dos seus exorcistas, se não forem, elas mesmo, a face visível da diabólica organização, razão pela qual as vai, ofendido, processar.
Diga-se, em abono da verdade, que o chefe dos advogados não está só. Para além dos costumados áulicos, outros exorcistas se movimentam por aí, alguns fazendo jus ao mais repulsivo nojo. Trata-se de figuras conquistadas pela resplandecente aura do senhor Pinto de Sousa. Por exemplo: Proença de Carvalho, há tempos convertido ao socialismo, sabe-se lá por que contorções cerebrais; Freitas do Amaral, de quem falar não quero; José Miguel Júdice, repentino apoiante da dupla Costa/Zé e, por osmose, do senhor Pinto de Sousa, cumprindo longa senda, que começou no fascismo e não se sabe onde acabará.
Alarga-se o pelotão dos apoiantes da teoria da conspiração, recrutados entre gente que se julgaria ter a mais estrita obrigação de ser responsável e coerente.
O poder tem destas coisas. Às vezes não são os mais primitivos, inocentes e ignaros os que se deixam encantar por ele. Pelo menos moralmente, o poder corrompe, não é?