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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

MINHA RICA GRÉCIA

Diz-se que a Grécia vai ser “resgatada” pela União Europeia, o que quer dizer que esta vai tratar-lhe do buraco, tapando-o não se sabe bem como.

O comissário castelhano veio dizer que Portugal e a Grécia estão mais ou menos na mesma situação. Todas as autoridades portuguesas se revoltaram com as comparações do homem. É uma besta, um aldrabão, quer arruinar a Pátria de Camões. Até o Presidente da República entrou no coro. Não levo a mal. As agências de rating, essas, são monstros americanos sem competência nem credibilidade. Não levo a mal, ainda que não saiba se vão abrir uma excepção para a Moody’s, cujas opiniões se "mooderaram".
 
A pergunta que o IRRITADO faz às paredes é a seguinte: será que não era melhor arranjarmos já um “pacote” como o da Grécia? É que, sabem, com gente como a que temos a fingir que governa, se calhar adiantava-se serviço…
 
Há umas largas décadas, uma grada figura do salazarismo garantia que “Portugal não precisa, nem jamais precisará, de dinheiro estrangeiro. Viu-se.     
 
10.2.10
 
António Borges de Carvalho

A FORMA E O CONTEÚDO

 

Diria o amigo banana, cheio de razão, que não há forma sem conteúdo, nem conteúdo sem forma.
A questão está em saber, em cada momento, o que é mais importante, se o conteúdo se a forma. Grosso modo, poderá dizer-se, a título ilustrativo, que, se o clube A, que perdeu o jogo, põe as culpas ao árbitro, escolhe a forma; o clube B, que o ganhou, ao argumentar que o resultado foi justo, escolhe o conteúdo.
 
É mais ou menos o que se vem passando com a política portuguesa.
A Nação inteira anda assustada, preocupada, indignada, envergonhada com o que se passa com o PM, o PGR e o PSTJ.
É o conteúdo.
A trupe do PS, a começar pelo PM, esbraceja sobre a forma: trata-se de conversas privadas, trata-se de violação do segredo de justiça, não há crimes… Formalmente, é claro. Sobre o conteúdo, nem uma palavra. As escutas, no que diz respeito ao PM, formalmente, não valem.
É como dizer que o lixo não é lixo, porque não está num balde da Câmara.
 
O PM transformou-se numa espécie de marido adúltero. Diz o machismo nacional que o marido adúltero, mesmo que apanhado em flagrante, deve negar tudo, sempre, sem a menor hesitação, afirmando que se trata de calúnias, de conspirações, de cabalas.
É o caso, o conteúdo. Pode ser que, formalmente, o PM nada tenha feito que mereça censura. Mas, substancialmente (o conteúdo), já foi a apanhado, vezes sem conta, a mentir, a mascarar a verdade, a meter os pés pelas mãos, além de estar, culpado ou não, metido nas mais diversas trafulhices e falsificações com incidência criminal.
Isto, politicamente, é o conteúdo. É o que interessa aos portugueses. Não há forma que lhe valha.
 
Está tudo dito. Não é preciso comissões de inquérito, nem audições, nem mais trabalhos que só servirão para baralhar e protelar a solução do problema. A solução, não há quem o não saiba, é mandar o PM para casa. Se o PS ainda tivesse alguma sombra de dignidade institucional e de sentido de Estado, seria o primeiro a tomar a iniciativa. Mas não toma.
 
Quanto aos outros dois (PGR e PSTJ), meu Deus!, que vergonha para o Estado e para o país que ainda estejam no poleiro, atascados, quer queiram quer não, na mais sórdida politiquice.
 
10.2.10
 
António Borges de Carvalho

PROPAGANDA CAMARÁRIA

 1. Aqui há uns meses, apareceu no Campo Grande um gigantesco outdoor, anunciando o “renascimento” da respectiva piscina municipal.

Lá continua, para quem quiser ver.
Hoje, nos jornais, um tal Brito, ao que consta vereador da CML (do PS ou da Roseta?) anunciou ao cosmos que, se a Carta Desportiva da Cidade (???) for aprovada na Assembleia Municipal, a tal piscina é capaz de vir a estar pronta lá para 2011!
 
2. Por Lisboa fora, andam há anos montes de cartazes camarários a anunciar a aprovação de novas construções ou reabilitações de prédios.
Quando o Costa era minoritário na Assembleia, alguns dos tais cartazes referiam simpaticamente, a vermelho, que a aprovação da CML carecia de voto favorável dos deputados municipais. Tratava-se, como é evidente, de dizer que, se as coisas não se passassem como o Costa queria… a culpa era do PSD.
Agora que, desgraçadamente, o Costa é maioritário, desapareceu a tal abstrusa insinuação. O Costa tem tudo aprovado, por definição, como o Pinto de Sousa tinha nos doces da ditadura, perdão, da maioria absoluta.
Os cartazes lá continuam. Obras, nem vê-las.
Explico porquê.
Se v. quiser mudar a cozinha para a casa de banho lá do andarzinho, mete um projecto à CML. Poupá-lo-ei à descrição da papelada necessária e das entidades a que tem que se dirigir, com o chapéu na mão e a bolsa aberta. Daí a cerca de um ano e meio, depois de ter ido trinta e duas vezes à CML pedir caridade, recebe uma carta do Costa a dar-lhe os parabéns pela sua iniciativa já que, por despacho do vereador Salgado, a sua obra foi aprovada na sessão camarária que teve lugar em tantos do tal. Num último parágrafo, fica v. informado que os serviços competentes entrarão em contacto consigo a fim de o avisar da aprovação.
Passados uns três ou quatro meses, recebe uma cartinha da CML a dar a grata notícia e a notificá-lo para apresentar mais uma data de papéis. O fadário vai continuar.
V. não é construtor civil, não tem uma empresa, nem consultores, nem engenheiros, nem arquitectos por conta. Não é mais que um simples munícipe a quem passou pela cabeça a estúpida ideia de fazer uma obra by the book.
V. é um idiota! Mais não lhe direi, a não ser que, se tiver sorte, talvez passados uns três ou quatro anos consiga ter o bidé no almejado local.
Imagine agora o que aconteceria se, em vez do bidé, v. quisesse reabilitar um prédio ou construir um novo.
Está a perceber onde está a origem da corrupção?
 
3. Aí pelos passeios, anda um cartaz da CML informar as gentes que “ OBRA A OBRA LISBOA MELHORA”.
É enternecedora a humildade da coisa. A CML parafraseia o ditado “hora a hora Deus melhora”. No caso vertente, Deus é o Costa!
E obras, viste-las.
 
E ainda há quem vá por eles!
 
9.2.10
 
António Borges de Carvalho

ELE HÁ COISAS…

 

FIDELIDADES
 
Nos últimos dias, com a “intensidade” merecida, os media ocuparam-se da bronca do “Face Oculta” e das cabalas da trupe pintodesousista.
Todos? Não! O Portugal on Line do Sapo não deu importância nenhuma à história.
Como o Sapo é da PT…
 
 
NUESTRO AMIGO CHÁVEZ
 
Mais duas gloriosas notícias da Venezuela:
1.    Em 2009, no feudo do Chávez, foram mortas a tiro 44 pessoas por dia. Só em Caracas, em 2009, morreram de morte macaca 2897 cidadãos;
2.    O camarada Chávez mandou expropriar todas as lojas da Praça Bolívar, na cidade de Libertador. Quer nela “construir um centro histórico”. É a primeira vez, na história da humanidade, que se “constrói” um centro histórico.
 
 
 
 
GRAMÁTICAS
 
Uma das “conquistas de Abril” foi ter passado a dizer-se “face a” em vez de “em face de”. À revelia da gramática, da lógica e da inteligência.
O “Público” de hoje titula “FC Porto reduz a distância face ao Benfica”. Primeiro: o FêCêPê não está em face do Benfica, ainda menos face ao Benfica. Está atrás. Por conseguinte, reduz a distância em relação ao Benfica, não em face do Benfica, ainda menos face ao Benfica. Segundo: há que precisar que o FêCêPê reduz a distância em relação ao Benfica e ao Braga.
 
 
 
INVESTIMENTOS PÚBLICOS
 
Após os múltiplos e repetidíssimos anúncios das inúmeras obras públicas do pintodesousismo, tidas, no paleio oficial, por condição sine qua non para a “recuperação económica e o emprego”, o investimento público vai cair, em 2010, para o nível mais baixo dos últimos 8 anos.
Mas, atenção! Não tenham medo. As maluquices vão continuar. Só que não aparecem no orçamento. São coisas que ficam para mais tarde… Quem vier atrás que feche a porta.
 
 
RURALISMOS
 
Sob o alto patrocínio do Eng.º Agrónomo Ribeiro Telles, com o beneplácito, o aval e o aplauso do caloteiro Sá Fernandes, está em marcha a defesa de coisas “essenciais” tais como a criação de pilecas na rotunda das Olaias e a proliferação de hortas nos taludes das estradas. A “agricultura e a pastorícia” nas cidades têm que ser protegidas.
“Uma terra que tenha animais, tem pastoreio, tem casas habitadas, tem escolas e futuro”, diz o engenheiro. Tem toda a razão. É o que se passa naquelas aldeias perdidas da Beira e de Trás-os-Montes, onde vivem três pessoas, um burro, uma vaca e meia dúzia de galinhas, sinais evidentes de vibrante progresso e de alta qualidade de vida.
 
 
AMIGALHAÇOS
 
O inacreditável Rebelo de Sousa veio a lume defender o senhor Pinto de Sousa com unhas e dentes. Sabem porquê? Porque, diz ele, “precisamos de um primeiro-ministro forte e credível” para enfrentar as dificuldades. O PSD, nas esclarecidas palavras do comentador de serviço (serviço do PS), “tem de perceber” e “não obstaculizar os próximos orçamentos e um consenso nacional sobre o PEC”.
Estão a perceber? Na mente privilegiada do Marcelo, o Pinto de Sousa é um primeiro-ministro “forte” e “credível”. O PSD deve apoiar o Pinto de Sousa, não lhe causar qualquer dissabor, por mínimo que seja, e dar o seu total apoio às medidas que quiser tomar, ou seja, deixá-lo continuar a arruinar o país sossegadamente, não só para já, mas durante os “próximos orçamentos”.
Não é evidente que o senhor Pinto de Sousa jamais o deixará Rebelo de Sousa abandonar o trono na RTP?
 
 
DÍVIDAS
 
Quando o Primeiro-Ministro Cavaco Silva deixou o governo, os portugueses eram detentores de três quartos da dívida pública.
Em 2008, mais de três quartos de tal dívida estavam já nas mãos de estrangeiros, a quem o Estado paga por ano, só em juros, nada menos que 2,6% do PIB!
Será por isto que o Sousa (Marcelo) acha que o Sousa (José) é um primeiro-ministro “forte” e “credível”, que, como tal, não deve ser contrariado?
 
8.2.10
 
António Borges de Carvalho

O QUE DEVIA ACONTECER MAS NÃO ACONTECERÁ

 

O que toda a gente já sabia estourou na imprensa, como, mais tarde ou mais cedo, não podia deixar de ser.
O jornal “Sol”, que tanto apadrinhou o senhor Pinto de Sousa - a ponto de o IRRITADO lhe chamar “Sólcrates” -, tendo-lhe estalado a batata na boca, caiu em si e resolveu procurar, e publicar, parte da  verdade a que temos direito.
Nada de substancialmente novo. Só a confirmação, via textos autênticos (não escutas, que essas continuam escondidas), do que há tanto tempo não havia quem não pensasse.
 
O problema não está nesta, agora evidentíssima, certeza.
Que o senhor Pinto de Sousa interferia abusivamente na informação, que o senhor Pinto de Sousa se servia da PT para, mediante uns milhões, calar certa gente, que o senhor Pinto de Sousa mentia ao parlamento com quantos dentes tem na boca, que o senhor Vara e outros constituíam testas de ferro do senhor Pinto de Sousa nas suas manobras ilegítimas, tudo era do conhecimento geral.
 
Importa agora (ou importaria se o país ainda existisse ou se a democracia ainda tivesse algum élan vital) tirar as consequências do que, doravante devidamente documentado, é do domínio público.
 
Comecemos pelo princípio:
- Que devia acontecer no momento em que passa a ser público e notório que é pura mentira a ausência de qualquer indício sobre as actividades ilegais do grupo que o senhor Pinto de Sousa chefia, tal como afirmada no despacho do Presidente do Supremo, e que tal mentira foi fabricada em defesa política do senhor Pinto de Sousa? Uma só coisa podia, e devia, suceder: a demissão imediata do Dr. Noronha do Nascimento.
- Que devia acontecer quando se conclui publicamente que o despacho secreto do Procurador-Geral da República ia no mesmo sentido político que o daquele magistrado? Uma só coisa podia, e devia, acontecer: a demissão imediata do autor do despacho secreto.
- Que deveria verificar-se, imediatamente, quando a careca do primeiro-ministro é, desta forma evidente, descoberta? Uma só coisa se podia, e deveria, verificar: a demissão imediata do primeiro-ministro.
 
Tudo isto aconteceria, imediatamente, se vivêssemos num país onde o regime democrático não estivesse às portas da morte.
 
No estado a que chegou a nossa democracia, porém, o que acontece?
- Um ou outro partido pede esclarecimentos (ainda não estão esclarecidos?).
- Parece há uns tipos que querem fazer um inquérito parlamentar. Para inquirir o que toda a gente já sabe?
- Uns comentadores entretêm-se a fazer intelectualíssimos juízos sobre o que pode vir a acontecer na hipótese A, B ou C, no cenário X, Y ou Z, mais preocupados com o que pode acontecer ao orçamento do que com o que vai acontecendo no país e ao país.
- O Partido Socialista, cada vez mais estúpido, não é capaz de mandar o senhor Pinto de Sousa para casa e propor ao Presidente da República outra gente, com algum carácter, alguma seriedade, algum amor à verdade, algum respeito pelos cidadãos, alguma noção, mesmo que básica, do que é um Estado de Direito, que se proponha, inclusivamente, proceder à rápida elaboração de um orçamente rectificativo que mereça alguma credibilidade.
- Não. O Partido Socialista, possuído da mais primária partidarite, desdobra-se em calores ofendidos pela publicação do que há muito devia ter sido publicado. Até aquele rapazito, o Seguro, que era tido por pessoa séria, veio à televisão desdobrar-se nas mais esfarrapadas desculpas, em vez de arriscar tratar do assunto. Até o senhor Alegre, o tal que ninguém cala, se calou. O seu apoiante Louça mandou uns tipos meter os pés pelas mãos.
 
O Presidente da República tem uma óptima oportunidade para exercer, a sério, a chamada magistratura de influência e para cumprir a sua obrigação de defender as instituções. Como? Por exemplo chamando as “referências” da República e do PS, v.g. Mário Soares, Almeida Santos e Jorge Sampaio, e pedir-lhes que, em nome da Nação e do regime, contribuam para que o PS faça o que tem a fazer. Além disso, ciente da insofismável verdade que o país não pode viver democraticamente quando os mais altos representantes da Justiça se comportam de forma tão incrível, chamá-los e incentivá-los a que se vão embora o mais depressa possível.
 
Mas, ou muito me engano ou, para além da pessegada dos inquéritos, nada se passa nem se vai passar.
O senhor Pinto de Sousa continuará a dizer que são maus para ele, que há cabalas contra ele, que as forças negras não param de querer demoli-lo. Espera um mês ou dois, estas águas arrefecem como arrefeceram as do canudo, as do Freeport, as da Cova da Beira e tantas outras, e continuará, triunfal, a vender a sua repugnante banha da cobra por tudo quanto é sítio, enquanto o país definha e a democracia entra em coma.
 
7.2.10
 
António Borges de Carvalho

O QUE É QUE QUERIAM?

 

Como era evidentíssimo para todos os que tomaram, aterrorizados, conhecimento dos grandes números do Orçamento do Estado, o mercado reagiu violentamente a mais este monumental desmando do socialismo nacional. Aumento da despesa, zero sobre a reforma do Estado, a despesa corrente primária abandonada à sua sorte, a dívida externa a aumentar, querem mais?
 
Mas o primeiro-ministro e o ministro das finanças garantiram o contrário: ninguém tinha razão para ter receio, só eles a tinham, e toda. Onde vivem estas almas? No país das maravilhas, onde se resolve os problemas com uns baralhos de cartas e umas cabeças cortadas? Só se for isso, ou equivalente. De outra forma, não se percebe.
 
Metia-se pelos olhos dentro o que ia acontecer. Não havia quem não o soubesse. À excepção do governo, claro, que parece agir em conformidade com a sua implícita máxima de sempre: o povo é estúpido, podemos fazer o que quisermos que, se houver eleições, ganhamos outra vez. Depois, logo se vê.
 
Com a mais horrenda lata, o ministro das finanças, dada a reacção imediata dos mercados, veio tecer aleivosias contra as agências de rating, autênticos bandos apostados em denegrir o governo da República e prejudicar a Nação.
Um bom e analfabeto saloio não faria melhor. Queira-se ou não se queira, goste-se ou não se goste, tais bandos informam negativamente quem nos empresta dinheiro, como o vento e a chuva que dão cabo das colheitas, sem que nada se possa fazer.
Com a diferença que qualquer estúpido podia prever os resultados de um orçamento como o desta gente, e ninguém pode fazer o mesmo com os efeitos dos acts of God.      
Os agricultores bem podem pôr as culpas ao São Pedro. O seu representante (o Papa) não lhes vai pagar os prejuízos. Tal e qual como os mercados. Bem podem atirar-lhes as culpas para as costas. O que eles fazem é castigar os “agricultores” que fazem contas que nem de merceeiro são.
 
Anda para aí tudo espantado, e indignado, com os “ataques” perpetrados contra a sagrada “honradez” do governo de Portugal. O castelhano Almunia já tratou de comparar isto à Grécia e de dizer que nos vai aplicar mais ou menos a mesma receita. As “agências” já reafirmaram as suas tendências bandidas. A bolsa começou a cair. O governo, borrado de medo pela primeira vez, já reduziu a emissão de bilhetes do tesouro.
 
Santa inteligência. O que é que queriam?
 
4.2.10
 
António Borges de Carvalho

BURCAS

 

Apareceu hoje, nas páginas de um jornal, uma senhora a dizer coisas que já ouvimos, pelo menos da boca do MPE Portas (Miguel) e de mais uma série de cabeças anti-“sionistas”: que o islamismo é uma religião de paz e de concórdia e que, se há fundamentalismo terrorista, tal se deve, em exclusivo, aos desmandos e injustiças do Ocidente.
Daqui, conclui a senhora, a par de tantos outros defensores dos “direitos humanos”, que é inaceitável a proibição da “burca” e similares que se prepara em França.
Esta gente ainda não percebeu que o uso de tais adereços, evidentemente provenientes da mesma filosofia e da mesma “lei” que dá cobertura à escravatura da mulher, aos assassínios de “honra”, às chicotadas, ao corte das mãos ou da língua de quem o “merece” e ao terrorismo, para não dizer mais, não é compatível com nenhum país que não se reja por tal “lei”.
Nos países de acolhimento dos milhões de desgraçados e de malandros provenientes dos países islâmicos, os cidadãos, todos os cidadãos, homens e mulheres, têm a mais estrita obrigação de andar na rua de cara destapada. Para não citar o respeito pelos demais, tal se justifica pela identificação de cada um perante os outros, coisa tida por digna neste mundo, tal se justifica por razões de segurança (nestes países quem tapa a cara são os bandidos, machos e fêmeas) e por mais uma série de razões que não vale a pena elencar. Nestas se integra, obviamente, que a obrigatoriedade do uso de tais adereços contraria frontalmente todos os valores em que a civilização de tais países se baseia.
Se muitas ocidentais, ao chegar a países muçulmanos, têm que pôr um lencinho na pinha a tapar as melenas, por que carga de água não hão-de, por cá, as muçulmanas (ou as mulheres dos muçulmanos…) ser obrigadas a mostrar a fuça?
 
Não se percebe a polémica. Muito menos com argumentos tais que o “respeito pelos hábitos dos outros”, “a compreensão das diferenças”, ou outras patacoadas, das quais a pior é, sem dúvida, a do recurso aos “direitos humanos”.
 
Fim à burca e similares, já!
Ou estão à espera que algum terrorista ou alguma terrorista use a burca para tapar os explosivos que leva amarrados ao bucho?
 
4.2.10
 
António Borges de Carvalho

CATANADAS

 

O senhor Dr. De Machete (grande faca de mato para abrir passagens na floresta, catana), presidente do congresso do PSD resolveu pedir “parecer” ao Dr. Sarmento sobre a história da reunião pedida por 2.500 militantes.
Antes de mais, note-se com estranheza com pode um ilustre jurista ir pedir parecer a outro jurista, não tão ilustre, sobre um assunto que, em termos estatutários, não oferece qualquer sombra de dúvida. Se pedido por 2.500 militantes, o Congresso Extraordinário tem que ter lugar. É o que pode interessar ao Presidente do Congresso. Mais nada. Se a data de tal congresso é antes ou depois da eleição do novo chefe, isso compete ao Conselho Nacional, que marca as datas.
Portanto, nada pode explicar, juridicamente, o pedido de parecer do Dr. Machete.
Terá que se procurar uma explicação política.
 
Arriscamos a seguinte:
1.É sabido que a convocação do congresso extraordinário se deve a uma iniciativa do Dr. Santana Lopes. É sabido que o Dr. Machete não vai à bola com o Dr. Santana Lopes. É sabido que o Dr. Sarmento também não.     
2. É sabido que a Dr.ª Manuela está de acordo com a realização do congresso antes da eleição do novo líder. É sabido que é isso mesmo o que vai propor ao Conselho Nacional. É sabido que esta proposta tem condições para ser aprovada em tal conselho. Ou seja, é sabido que a iniciativa do Dr. Santana Lopes tem todas as condições jurídicas, políticas e regulamentares para sair vitoriosa.
3. Perante esta “terrível” situação, o senhor Presidente do Congresso resolve preparar-se para dar umas catanadas naquele que, sabe-se lá porquê, elegeu como inimigo. Nada melhor que, sabendo antecipadamente a posição do Dr. Sarmento, resolve arranjar respaldo nas opiniões “jurídicas” do Presidente do Conselho de Jurisdição do partido.
 
É de esperar que as catanadas destes catanetes tenham o destino que merecem.
Quando parecia que, via congresso extraordinário, o PSD podia voltar aos “carris”, eis que surgem machetes a procurar aniquilarqualquer hipótese de sobrevivência àquilo que dizem defender, mas que tratam à catanada.
 
4.2.10
 
António Borges de Carvalho

BOA CAMARADAGEM

 

O camarada Chávez, mano ideológico e parceiro comercial do senhor Pinto de Sousa, perante o entusiasmo histérico dos seus apoiantes, comunicou urbi et orbe que está no poder há apenas 11 anos, e que vai ficar pelo menos outros tantos. Em alternativa, se a Divina Providência lhe der vida e saúde, promete ainda outros onze.
Para sossegar os espíritos e dar uma ajuda à Divina Providência, garantiu à rapaziada que vai “tomar mais cuidado” com a sua augusta pessoa.
 
Não se ficou por aqui. Acrescentou que a “revolução bolivariana”, de sua exclusiva invenção, continuará por mais 900 anos.
Sublinhe-se a modéstia do homem. O camarada Hitler, tão socialista quanto ele, anunciava 1.000 anos para o III Reich. Ele, quem sabe se por uma questão de respeito pelo velho Adolf, fica-se pelos 900. Notável.
 
A “revolução”, segundo ele, “é ainda uma menina”. Há quem garanta que, apesar de ser menor de idade (11 anos) já não é virgem e tem péssimos hábitos, entre os quais ser uma ladra compulsiva e ter comércio com o Amadinejá, com o Putin e com o Pinto de Sousa.
 
Entretanto, com o aplauso de certas “massas” e o silêncio cúmplice do senhor Pinto de Sousa e outros mais, as liberdades cívicas na Venezuela vão minguando, energia para o povo é coisa que vai fenecendo, água viste-la, segurança é coisa quase desconhecida. Etc..
 
Com pequenas diferenças, é o que se passa com o Portugal do senhor Pinto de Sousa.
A vitoriosa luta contra os maldizentes continua (Manuela Moura Guedes, José Manuel Fernandes, Mário Crespo, José António Saraiva, Alberto João Jardim e tantos mais).
A energia não falta mas é garantido que vai ser incomportavelmente mais cara dada a estupidez de boa parte dos investimentos feitos.
A água continuará pública e fora das manigâncias da concorrência, o que garante a sua progressiva carestia.
A segurança, essa, é o que se sabe.
 
Mutatis mutandis, não estamos longe de um bolivarianismo que nem rosto humano vai tendo.
 
4.2.10
 
António Borges de Carvalho

A NOVA PIDE

 

Várias vezes tem o IRRITADO falado sobre o chamado combate à corrupção. Para quem o lê, bem vincado está já o que pensa ser necessário para um combate sério: a reforma do estado, o fim da burocracia asfixiante, a simplificação dos processos, a celeridade e a fiabilidade da Justiça. A verdade é que só formalmente, poucos e não os mais importantes processos públicos foram simplificados. A Justiça é o que se sabe, nem célere nem fiável.
 
O Estado continua igualzinho, a burocracia está pior, os processos, estatais e autárquicos, não foram objecto de modificação que se visse. A Justiça…
 
E, no entanto… no entanto, a esquerda em peso, fazendo jus às suas ideias e às suas origens e simpatias, com o pretexto da corrupção, trata de transformar o tal combate num ferocíssimo ataque às mais básicas liberdades dos cidadãos.
O PC fez passar a lei que “despede” os juízes das suas competências no que respeita ao levantamento do sigilo bancário, passando o dito a ser autorizado por mera suspeita levantada por um funcionário qualquer e, na prática, a qualquer propósito.    
O BE quis ir - ainda não conseguiu, mas lá chegará - muito mais longe. Defendeu, e defende, que os bancos passem a ser ainda mais fiscais da nossa vida do que já são hoje, mediante a declaração semestral obrigatória, ao fisco, dos saldos bancários de cada um.
Agora, como podre cereja em cima de repugnante bolo, quer o PS impor que os rendimentos brutos (o que receberam líquido não interessa…) de cada contribuinte, conforme declarados em sede de IRS, passem a estar na net, à disposição de todos os outros.
Na prática, toda a gente poderá ficar a par das declarações dos demais, o que será a melhor forma de incentivar a mais repelente bufaria de que há memória desde a fundação da nacionalidade, Inquisição incluída.
 
É mais que evidente que nenhum dos atentados à liberdade individual e à mais elementar privacidade dos “cidadãos” acima referidas tem seja o que for a ver com a corrupção.
Terá, sim, a ver com o estender das garras do Estado sobre as pessoas, terá a ver com o inchar de uma administração pública já de si colossal e insustentável, e com o incalculável engrossar do poder discricionário, injusto, inaceitável, condenável e extra-judicial do funcionalismo público sobre os servos da gleba que todos já somos, pobres e ricos, pelo menos do ponto de vista do Direito, da Justiça e da Equidade.
Pior, na sua versão PS, a ditadura, dita fiscal mas muito mais profunda, instalar-se-á, com a prestimosa colaboração de tudo o que há de mais rasca na sociedade portuguesa.
Uma espécie de embrião de uma verdadeira PIDE do século XXI.
 
Não se esqueçam, meus senhores e minhas senhoras, que os pides eram todos portugueses. Eram, além disso, socialistas de direita.
Agora, pelos vistos, querem voltar à tona, todos também portugueses mas, desta vez, socialistas de esquerda.
Aliás, se, do “sistema” do Estado Novo, excluirmos o intolerável garrote político em todas as suas manifestações, o socialismo de direita era muito mais doce que o actual.
 
3.2.10
 
António Borges de Carvalho
 
ET. Ouvi agora dizer que, afinal, a pidesca iniciativa era só de três vice-presidentes do GP do PS, os quais não deram satisfações ao camarada Assis. Este, ofendido por ter ficado a ver navios, veio garantir que a coisa era para esquecer. Deixaram-no de fora!
Bom, a ver vamos o que o futuro nos dirá a este respeito.    

UM PATRIOTA

 

O senhor Alegre (por parte da mãe), qual condestável, anda na conquista e na afirmação da sua independência.
Ele é independente! Representa-nos a todos! Não tem nada a ver com partidos políticos! Sacode-os! Detesta-os!
 
Será “candidato por Portugal”!
 
Só quer o povo. Aquilo de andar nos partidos foi só para ir buscar uma reforminha digna, o que é mais que legítimo! Agora é só ele. Ele e… Portugal, pois então!
 
O Louça é um aldrabão. O senhor Alegre (por parte da mãe) não tem nada a ver com o Bloco de Esquerda. Aquilo de andar há quase cinco anos nos comícios do Bloco de Esquerda, nas reuniões de independentes organizadas pelo Bloco de Esquerda, nas sessões culturais unitárias com o patrocínio do Bloco de Esquerda, nem namoro é, trata-se de um pequeno béguin sem importância alguma! Já passou. O Louça é que anda a querer pendurar-se.  
 
O senhor Alegre (por parte da mãe) é independente, arrenega os partidos, se o PS… ai, se o PS me apoiar, que maravilha - pensa ele - mas continuo independente, conquistei a minha independência nas alfurjas de Argel, até contra o Soares conquistei a minha independência. Não percam isto de vista, ó meus queridos eleitores, se andei às turras com o camarada Soares e com o Pinto de Sousa foi por causa da minha independência, não era nada de especial, o PS apoia-me (figas, figas) mas eu não me apoio no PS, estão a ver a diferença?
 
O senhor Alegre (por parte da mãe) é um homem sem outras peias que não sejam as da moral republicana.
 
O que é isso de partidos? Pois, ele é filiado no PS, mas já demonstrou por várias vezes que é capaz de trair o partido, não demonstrou? Então, qual é a dúvida?
 
Andam para aí uns tipos a dizer, por exemplo, que o endividamento do país é um problema financeiro. Burros! Então não vêm que é “sobretudo uma questão cultural e cívica”?
Com esta ninguém pode deixar de estar de acordo. O homem é um génio. Se podemos pagar as dívidas com cultura e com civismo, que raio, é o ovo de Colombo: manda-se dois volumes do Eça de Queirós e uma quadra do Alegre (por parte da mãe) a cada credor, tudo embrulhado em papel de seda, com uma cartinha muito simpática a acompanhar, e pronto, fica tudo pago, não é?
 
Com base nestes profundos pensamentos, e com toda a Justiça, o senhor Alegre (por parte da mãe) acha que “será candidato por Portugal e pela necessidade de dar uma nova esperança à democracia portuguesa”.   
Por isso, "não tem como objectivo … criar as condições para demitir o actual governo”. Ouviste, ó Pinto de Sousa? Embarcas com o Alegre (por parte da mãe) e ficas com a poltrona garantida, hem! Vá lá, um apoiosinho não custa nada e paga bem, estás a ver?
Ele vai ter “uma ligação única e íntima com o povo”.
Que raio, nem o rei dos ciganos!
 
2.2.10
 
António Borges de Carvalho

 

O JUÍZO FINAL OU A FALTA DELE

Mais um imperdível artigo de Alberto Gonçalves, que "tenho" que transcrever:

 

Quando, em Março ou Abril últimos, a gripe A chegou aos noticiários, previ aqui que os milhões de mortos anunciados resultariam em coisa nenhuma ou quase nenhuma. Não foi uma previsão arriscada. Se acertasse, cá estaria para lembrar “Eu não avisei?” Se falhasse, a carnificina teria sido tão vasta que os restos da humanidade andariam mais ocupados a enterrar cadáveres do que a confrontar as opiniões de humildes colunistas, entretanto também provavelmente falecidos por acção do H1N1.
Numa altura em que a gripe A praticamente sumiu, em que o número das respectivas baixas anuais ronda os 3% das da gripe comum e em que distintas personalidades vêm aos bandos acusar a OMS de inventar uma falsa pandemia em prol das farmacêuticas, apraz-me cumprir um ritual e proclamar (ligeiro rufar de tambores, por favor): “Eu não avisei?”
E evidente que os meus dotes premonitórios aproveitaram uma característica de todas as catástrofes anunciadas: não passam dos anúncios. Sempre que os responsáveis globais e caseiros pela saúde pública antecipam uma qualquer mortandade a pretexto dos porcos, das galinhas, das vacas e dos bichos que calha, é garantido tratar-se de histeria infundada. Com, vá lá, uma virtude, se não posso jurar que visem beneficiar a indústria farmacêutica, pelo menos as sucessivas histerias médicas revelaram a sua falsidade em questão de meses. Muito piores, excepto para as indústrias que deles beneficiam, são os apocalipses a médio ou longo prazo, isto é, os que em vez de prometer a desgraça para o Inverno que vem, imitam as Testemunhas de Jeová e marcam o Julgamento para 2025 ou 2050, datas que adiam, ou no mínimo complicam, a confirmação da fraude.
O exemplo clássico é o do “aquecimento global”, que há anos influencia políticas e enriquece os pioneiros das “energias alternativas’ Apenas recentemente se abriram brechas “mediáticas” no consenso de que a acção do homem arruinaria o clima em poucas décadas. Hoje, as sugestões de manipulação ou pura trafulhice nos dados “oficiais” tornam-se uma trivialidade entre os especialistas do ramo (há dias, foi o principal conselheiro cientifico do governo britânico a pedir “honestidade”; uns dias antes, fora o próprio organismo da ONU para o clima, o alarmista-mor IPCC, a reconhecer “erros grosseiros”).
Tudo isto aconselha a desconfiar das instituições? Em parte. Mas a parte maior da desconfiança deve recair sobre a humanidade, que engole cada patranha com recorrência curiosa, para não dizer assustadora. “Uma mentira exige duas pessoas: uma para mentir, outra para escutar.” O autor da frase é, claro, Homero, o dos “Simpsons” e não o da”llíada”. O futuro está inteirinho nos clássicos.

 

OS AUTÊNTICOS "VALORES" DA I REPÚBLICA

 

Com a devida vénia, atrevo-me a transcrever uma opinião publicada por Alberto Gonçalves.

O título é meu, ainda que retirado da transcrição.

 

Não vou aos touros, não gosto (genericamente) de fado e nunca experimentei o mais vago sentimento monárquico. Mas comemorar a I República é igual a comemorar o dia em que o nosso tio-avô contraiu sífilis. A abolição da monarquia constitucional resultou da acção de um pequeno bando de rústicos, de carácter, conduta e aspecto duvidosos. O regime imposto pelo bando foi um exercício de limitação sucessiva de direitos concedidos, é verdade que moderadamente, até 1910. Fora a famosa liberdade religiosa, um pretexto para perseguir o clero, no resto, contas por alto, condicionou-se a liberdade de expressão mediante censura activa, e a liberdade de voto, entretanto restrita aos alfabetizados - cujo número, durante a vigência “progressista” de Afonso Costa e comparsas, misteriosamente quase não sofreu alterações (durante Salazar, curiosamente, sim).
As consequências imediatas de semelhante delírio traduziram-se na emergência do Estado Novo, que adaptou a trela nos costumes
e contrapôs ao caos governativo e económico um modelo de ordem, para alívio inicial das massas. As consequências a longo prazo ainda se sentem hoje, quando um país teoricamente civilizado festeja com pompa oficial a delinquência e o atraso de vida, afinal os autênticos “valores” da I República, de que afinal, para nosso embaraço, pelos vistos não abdica.

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