O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
A Sony, empresa global, chegou à conclusão que andava a vender uns jogos que, por qualquer esotérico-electrónica razão, podiam vir a pôr em causa a segurança de 25 milhões de utilizadores.
Como resultado, os chefes dos departamentos que inventaram os tais jogos foram chamados à pedra.
Imediatamente, em vez de alegar razões ou dar a volta por cima, aparecem perante os seus pares e o mundo, curvados, humildes, assumindo as suas culpas e sujeitando-se às respectivas consequências.
Eis a dimensão ética dos referidos senhores.
É evidente que os joguinhos do senhor Pinto de Sousa afectam muito menos gente. Só dez milhões de desgraçados sofrem as consequências das manigâncias do homem. Tais consequências, porém, são muito mais profundas, nada têm de esotérico nem de electrónico. São de natureza estomacal.
Nem o senhor Pinto de Sousa tem qualquer sombra de dimensão ética.
Apesar disso, vale a pena pedir a atenção do senhor Pinto de Sousa para o magnífico exemplo dos técnicos da Sony, dizer-lhe que lhe ficava bem assumir as responsabilidades da ignorância, da incompetência, da demagogia, da propaganda, dos enganos, das mentiras em que vem mergulhando a Nação de há seis anos a esta parte.
Outrossim pedir-lhe que, dado o seu estrondoso falhanço, volte a fazer projectinhos para a câmara municipal de Cus de Judas de Baixo. O povo agradeceria comovido tal honrosa quão nipónica atitude.
Aqui há tempos, quando o FMI era equiparado ao Belzebu, dizia o senhor Pinto de Sousa que jamais venderia a alma a tal infernal criatura, isto é, que se recusaria a governar “com” ela.
Anteontem, o Belzebu passou a gajo porreiro.
Vão chegar, da porreiragem, 78 mil milhões. Não chega para pagar os 80 e tal que o senhor Pinto de Sousa acrescentou à dívida, mas é uma ajudinha que vai fazer com que cheguemos um pouco mais tarde à bancarrota, isto com a prestimosa ajuda do senhor Pinto de Sousa se o eleitorado continuar a insistir na crise de burrice que, mercê de triunfante intervenção do dr. Sampaio, há seis anos o assaltou.
Dadas as circunstâncias, sempre coerente e verdadeiro, o senhor Pinto de Sousa está na melhor das disposições para governar com o Belzebu, ou ex-Belzebu, tal como tinha prometido ao povo.
Na privilegiada mente de sua excelência, o povo é estúpido. Por ser estúpido, julgou que ele tinha dito que jamais governaria com o Belzebu. É facto que ele disse que jamais governaria com o Belzebu e que era isso o que queria dizer. Tal não significa, evidentemente, que ele não quisesse fazê-lo, antes pelo contrário, já que ele, Pinto de Sousa, o Grande, dizendo o que queria dizer, não estava a dizer o que estava a dizer.
Estão a perceber? Não estão. Sabem porquê? Porque vocês, cambada de bestas, não têm bestunto que chegue para perceber os altíssimos desígnios do senhor Pinto de Sousa.
Vistas o assunto de forma mais consentânea com a realidade, o que se passou foi o que segue:
Durante meses, Belzebu encheu de pesadelos o sono inocente do senhor Pinto de Sousa. Por amor à verdade, comunicou à Nação os seus sobressaltos e receios, convencendo as pessoas que, com o Demo, nunca!
A Nação ficou ciente da profundidade do pensamento do poder, da sua acendrada preocupação com o bem-estar do povo, da forma heróica como resistia às tentações demoníacas que a irresponsabilidade dos seus adversários não se cansava de propalar.
Mercê, porém, de várias missas negras rezadas pela oposição, as hostes infernais passaram as fronteiras e instalaram-se no Terreiro do Paço.
Enfrentando com bravura a nova situação, o luminoso génio do senhor Pinto de Sousa decidiu que, bem vistas as coisas, a Pátria não podia dispensar o contributo da sua inteligência, do seu amor à verdade, da sua paixão pelo nosso bem estar. Por isso, sacrificou as suas posições de princípio à corajosa intenção de enfrentar as forças das trevas, dando a todos a nova esperança que a sua augusta presença infunde nas almas inquietas.
A segunda mão das meias-finais da taça, na opinião do IRRITADO, correu mal. Isto, porque o Fatal perdeu, porque o árbitro era péssimo, porque estava a chover, porque o Cagarça mereceu o resultado, etc.
Para amenizar a coisa, ao intervalo do espectáculo surgiram o palhaço rico e o palhaço pobre, a aproveitar a abertura em que havia mais gente nas bancadas.
O palhaço pobre, há muito ausente do chapiteau, cara de caso, trombudo que nem um camelo, entrou mudo e saiu calado, como compete a quem está na mó de baixo.
O rico, esse disse quase nada, e sem piada nenhuma.
Concluirá quem o ouviu com ouvidos de ouvir que o 4º programa de estabilização do circo (PEC4) foi parar ao caixote. O almejado corte nas pensões mínimas do pessoal em arena foi esquecido, ficando só para os artistas milionários que recebem 1.500 euros por mês. O tão falado corte dos presentes de Natal foi também esquecido. Não se sabe quanto vão aumentar os bilhetes para o espectáculo, sendo de esperar que passem de 23 para não se sabe quanto. As cervejas e os cigarros do pessoal é de presumir que levem um pancadão, assim como os contributos para a sustentação de enfermaria, e por aí fora. O pessoal não artista, arrumadores, escriturários, técnicos de pista, etc. continuarão a ganhar o mesmo.
Amanhã ou depois talvez o pessoal fique a saber mais alguma coisa.
Os palhaços sabem que o que interessa é a primeira impressão, a impressão que chega mais longe, isto é, a que vai da primeira fila até à geral à hora em que há mais público.
Por isso, não venham dizer o contrário. Não vale a pena. Toda a gente sabe que foi o palhaço rico quem lixou a trupe mas, conquistada a primeira impressão, pode o artista encarar o futuro com mais à vontade.
De tal maneira que já tem em estudo em vários bancos a reestruturação da dívida do circo, de tal forma concebida que se venha a poder provar que a culpa foi dos tipos da bancada lateral.
A maralha comuno-socialista anda aos gritos que isso de os que mais têm mais pagarem pela saúde é uma teoria populista e inconstitucional, para além de outros epítetos igualmente carinhosos.
A primeira conclusão a tirar é que a fúria comuno-socialista contra os “ricos” tem os seus limites. Por outras palavras, para tal gente, a manutenção do pesado gigantismo do Estado é mais importante que a “lógica” das suas posições. Mesmo que tal gigantismo seja inviável e impagável (no sentido de não se poder pagar), mesmo que tenha que encolher, como já está, e não pouco, a encolher por falta de dinheiro e de competência governamental, o importante é que não haja qualquer toque na fímbria das “missões” do Estado que o socialismo criou, mesmo que para tal haja que proteger “os ricos” e sacrificar os que mais precisam.
Ao comuno-socialismo é indiferente que haja ou não haja dinheiro para sustentar o SNS tal como existe. O dinheiro, para tal e tão irrefutavelmente estúpida fatia da nossa gente, é um pormenor sem importância e tudo o que o tiver em consideração está ferido de “economicismo”, bem como de falta de “humanidade” e de respeito pelos “direitos” das pessoas.
Aqui temos o que é, verdadeiramente, populismo, e populismo na sua face mais aldrabona, até porque os adeptos do comuno-socialismo sabem tão bem como eu que, se ninguém pagar a saúde, o que sai prejudicado é a saúde de todos. Como não pode deixar de ser.
A questão é avançada pelos comunistas, do PC ou do BE, nos termos habituais. O Estado é uma entidade para a qual a trabalha, não o contrário. Não se lhe pode tocar, nem que tal sacrifique a sociedade inteira.
Para o PS, nestas coisas tão “democrático” como os pêcês, o princípio geral é o mesmo. Só que, neste caso, a coisa é mais “sofisticada”: proclama-se o princípio mesmo quando se está a pô-lo em causa. Importante é o que diz a demagogia e o populismo, não o que se vai fazendo.
Filhos de cepa comum, pêcês e pêésses têm soluções parecidas, tão impossíveis umas como outras.
Que importa? Há sempre quem coma o que lhe for posto no escaparate!
Quanto à "inconstitucionalidade" a questão é simples. A norma da saúde "tendencialmente gratuita" pode ser interpretada de quarenta e cinco maneiras diferentes. O seu verdadeiro significado e a sua eficácia reduzem-se a zero com a maior das facilidades.
O Correio da Manhã de ontem referiu que os filhos do senhor Pinto de Sousa frequentam a Escola Alemã e o Colégio Moderno. Muito bem.
Não sei quanto custa o Colégio Moderno. Sei que a Escola Alemã custa mais de 6.000 euros por ano e por aluno. O que quer dizer que, só em colégios privados, sua excelência deve gastar um mínimo de dez mil euros por ano. A não ser que a dona Maria Barroso e os alemães dêem borlas ao PM, o que não é nada provável.
Imagine-se os sacrifícios que os pais fazem pelos filhos!
Coitado do senhor Pinto de Sousa, que, para além de outras despesas - roupinha de marca, livros, divertimentos, transportes, cuidada alimentação, viagens, semanada, desporto, etc. - paga 30% do que ganha só no ensino!
Não é de ter pena, ou de admirar a nobre atitude do senhor?
Mais. Ele não põe os sadios rebentos em colégios com contrato, ou subsídio. Vela pela boa educação dos rapazes, custe isso o que lhe custar. Lindo!
Esta notícia tem um conteúdo político importantíssimo. É que ficamos a saber que, como disse à sua empregada Judite de Sousa, na RTP, ele “não é desses”, isto é, não mete a família na política.
Já se sabia que a família, a avaliar pelo tio, o primo, etc., não é coisa que se apresente. Agora ficou a saber-se que, ao mesmo tempo que anda para aí aos berros a gritar contra o ensino privado e a chamar os mais terríveis nomes a todos os que querem viabilizar, ou reestruturar, ou dar alguma lógica ao ensino em Portugal, mete as criancinhas a bom recato em boas escolas privadas!
Poça! Já viram o que seria se as metesse na campanha, obrigando-as a conviver, calcule-se, com essa gentalha que anda no ensino público? Nem pensar!
Convenhamos que uma coisa é a política, outra a vida de cada um. O problema é que, nos tempos que correm, quem não tem família para apresentar ou não a quer mostrar devia ficar em casa em vez de andar com desculpas idiotas.
Então alguém leva a mal que o Joãozinho tenha andado toda a vida atrás do papá Mário? Alguém leva a mal que a dona Maria não largue as canelas do seu Anibalzinho? Alguém leva a mal que a família, mulher, filho, netos, apareça ao lado do pai Aníbal?
Mas o senhor Pinto de Sousa “não é desses”. É doutros, e que outros.
Não fora o Correio da Manhã e até a gente se convencia que o homem é coerente e verdadeiro na sua propaganda do ensino público, mesmo que fosse a primeira vez na vida em lhe tivesse dado um ataque coerência e de sinceridade.
A central de informação do PS tem sido, por uns (veja-se o magnífico artigo de Eduardo Cintra Torres no “Público” de 6ª feira), lapidarmente denunciada como diária manipulação de tudo o que poderia ser verdadeira informação, por outros é admirada pelo seu profissionalismo bandido e pela sua demoníaca eficácia.
Se é verdade que quem tiver alguma atenção ao que se passa percebe o que há de falso e de fabricado por tal central, também o é que a esmagadora maioria dos eleitores, a que acresce a mesnada socialista, se contenta com a espuma da aldrabice do poder, que é o que aparece e é servido por um exército de profissionais, crédulos, comprados, ingénuos ou simplesmente maus.
Veja-se o que se tem feito de uma proposta que alguns seres pensantes fizeram ao PSD sobre o “corte nas reformas dos desempregados”. Primeiro, , vista a proposta exclusivamente à superfície, é considerada como um acto de banditismo. Segundo, é atribuída ao PSD como se fizesse parte de um programa que ainda não pode ser tornado público, e muito bem, uma vez que só espíritos malévolos, aldrabões ou ignorantes, como o do senhor Pinto de Sousa, podem apresentar programas antes de saber os termos do acordo como o FMI & Cª.
Vale a pena analisar com um bocadinho de atenção a “criminosa” proposta, mais que não seja para contribuir para a denúncia dos métodos e “princípios” da central de informações do senhor Pinto de Sousa.
Primeiro, propôs-se a afectação dos descontos para a segurança social aos diversos fins a que se destinam, isto é, as pessoas passariam a saber quanto descontam para a reforma, quanto para a saúde, quanto para o desemprego, etc., deixando de haver um “bolo” geral que vai sendo utilizado para isto e para aquilo, consoante a vontade “soberana” de quem o gere.
Depois, propôs-se que, a partir de um mínimo de sobrevivência garantido, a reforma de cada um passasse a reflectir o que cada um para ela de facto descontou, e não o que o Estado ou os governos decidissem, pondo os descontos de uns ao serviço das reformas de outros, como vem acontecendo com resultados catastróficos, pelo menos em matéria de justiça.
Assim, a partir de tal mínimo, cada um passaria a ser responsável pelo seu futuro, de cuja gestão poderia participar. A responsabilidade é uma coisa de que os cidadãos têm sido minuciosamente afastados, e que mal nenhum faria recuperar.
Finalmente, propôs-se uma política de subsídio de desemprego menos ruinosa para o Estado, mais sustentável, e socialmente eficaz. Consiste ela na voluntária soma a tal subsídio de uma parte do rendimento da importância capitalizada para a reforma, como uma espécie de empréstimo que cada um faria a si próprio, precisando e querendo, e que poderia ser reposta quando a vida de cada um melhorasse. Ao mesmo tempo, desincentivaria a prática do desemprego “profissional”, coisa que toda a gente sabe que, largamente, existe, e que parece não interessar a ninguém.
Diga-se que estas ideias não são novas, havendo vários países que as adoptam, no todo ou em parte. Países tão democráticos ou mais que Portugal, tão social-democratas ou mais que Portugal, entre outros a França, os países nórdicos, até a Espanha!
Onde está o crime?
Eu digo.
O crime está na central de informação do PS, que pega no que é dito e o vira do avesso, ou o torce de tal maneira que aparece com cariz inverso do que, de facto, tinha.
O crime está nos órgãos de “informação”, que pegam na nata das coisas, tal como propagandeadas por tal central de informação, e as atiram à cara do povo como se fossem a última das verdades.
É evidente que as ideias acima são discutíveis, criticáveis, têm qualidades e defeitos, como tudo nesta vida. Não deixam por isso de ser sérias e de merecer uma discussão séria.
Uma discussão séria é a última das prioridades do senhor Pinto de Sousa e daquilo em que transformou o PS, coisa só comparável, nos nossos dias, ao partido comunista da Coreia do Norte: a “verdade” é o que sai da cabeça privilegiada do demagogo-mor, o que rezam as NEP’s da mentira, decoradas e papagueadas ad infinitum pelos seus sequazes, e aceites acriticamente por uma imprensa acéfala e sensacionalista.
E ainda há quem vote nisto. Ainda há quem diga que, mesmo perdendo, isto tem que ir para o governo.
Quem gostar de palhaços, que vá ao circo. Ao menos, não é levado a acreditar no que os palhaços dizem.