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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

PESADA HERANÇA

 

Ele há coisas que deixam o mais avisado de boca aberta.

 

Um tal Pina que ao, que consta nos anais do pintodesousismo, foi secretário de estado das finanças em tais e tão horríveis tempos, veio à estampa, por virtude de uma conferência de cérebros económico/financeiros, com declarações que merecem o maior dos destaques.

Mercê de inteligentíssimos cálculos, chegou o fulano à conclusão que vamos precisar, ou já precisamos, de mais uns 25 mil milhões, uma vez que o acordo com os tipos da massa foi mal feito, por não contar com a recusa dos mercados em financiar as empresas públicas.

É capaz de ter razão, tanto no que diz respeito aos milhões como no que se refere à qualidade do acordo que negociou e subscreveu.

 

Ficam por responder algumas pertinentes questões:

 

- Então quando ele era secretário de estado de um governo que andou dois anos a dizer que não precisávamos de dinheiro nenhum, de repente passa a achar que precisávamos sim senhor e de mais do que nos prometeram?

- Então um tipo que propôs quatro “PEC’s” que não contavam com a ajuda externa e eram todos suficientes e salvadores da Pátria, vem agora dizer que não só os “PEC’s” não eram suficientes nem salvadores da Pátria e que era, como é, preciso dinheiro, milhares de milhões, e que os milhares de milhões que ele próprio subscreveu como suficientes e salvadores, afinal eram só uma ajudinha, nem suficientes nem salvadores?

- Então um membro destacado do partido anda para aí aos gritos, que há folgas, que há almofadas, que há edredons, pufes, poltronas, etc., anda, pela porta do cavalo, a dizer que não há nada disso, que o que há, ou vai haver, não chega, e que são precisos mais 25 mil milhões?

- Então a criatura é capaz de dizer estas coisas sem pedir desculpa por se ter enganado ou pelos enganos com que andou a entreter a Nação durante anos e anos? Sem pedir perdão por ter negociado e subscrito um acordo que não chega, sem pintar a cara de preto antes de mandar as suas bocas?

- Então, então, então…

 

Aqui temos um exemplo vivo do que foi o pintodesousismo: seis anos e meio a enganar as pessoas, sabendo perfeitamente que as estava a enganar, consciente que nada lhe permitia fazer as promessas que fazia, que jamais teria dinheiro para pagar o que comprava, que cada coisa realizada era mais uma contribuição para a ruína do país e dos cidadãos.

Dir-se-á que o IRRITADO está a bater em mortos.

Não está.

Primeiro, porque essa gente não está morta. Está viva e continua a sua “obra”, agora por outros meios mas tão iresponsavel e aldrabonamente como dantes.

Segundo, porque é preciso lembrar o que fizeram e o que nos deixaram como herança.

 

Nunca a expressão “pesada herança” fez tanto sentido como hoje.

 

25.11.11

 

António Borges de Carvalho

A GREVE DOS INSTALADOS II

 

Ontem, aqui no meu bairro, tudo minha gente trabalhava como é normal e habitual, táxis, restaurantes, talhos, lojas de bebidas, capelistas, tabacarias, bancos, escritórios, etc., até os correios!

Talvez houvesse menos gente na rua, talvez houvesse menos gente a trabalhar, não porque fizessem greve mas porque tinham sido presenteados pelos fabricantes de miséria com falta de transportes.

 

Logo de manhã, a tropa fandanga do Silva, do Jerónimo e do tipo da UGT causava as maiores chatices a quem quisesse trabalhar. Havia “delegados sindicais”, se calhar daqueles que - como o bigodes dos professores e a dona Aviola, ou lá o que é - há muitas décadas não põem os pés no trabalho, havia reformados com quarenta anos, como um que se veio como tal declarar às tipas da televisão, havia puros díscolos, sedentos de desordem, havia de tudo, com coletes vermelhos, ou seja, devidamente “identificados” e cheios de imponente autoridade, a invectivar os cidadãos ditos livres que queriam trabalhar ou a pôr-se, como toda a gente viu, à frente das camionetas e dos comboios para não os deixar andar e a queixar-se da polícia que defendia a liberdade de trabalhar como defende a dos grevistas, a intimidação sindical/política estava espalhada por toda a parte, sem peias, sem vergonha na cara, a vender ideias absurdas, a convencer as pessoas de coisas impossíveis, idiotas e mentirosas, na mais desbragada e indecente exploração da inocência, da crendice ou da impreparação das gentes, tudo isto como se a greve, dita geral mas parcialíssima, ajudasse a resolver fosse quer problema fosse.

 

Como o IRRITADO atempadamente informou, foi a greve dos instalados, ainda que com algumas honrosas excepções. Greve dos que estão de poleiro, dos que menos precisam, perante um povo que sofre e trabalha quando tem trabalho, contra um povo que não goza dos privilégios dos instalados, funcionários públicos, professores, polícias, malta das empresas do estado, um povo que quer ajudar a resolver os problemas - como todas as sondagens provam à saciedade e por larga margem - não agravá-los, tudo organizado para segurar os privilégios que o socialismo lhes pôs nas mãos mascarados de direitos, e que querem guardar doa a quem doer e custe a quem custar.

 

É evidente que o uso do direito à greve como é entendido pelos silvas, jerónimos e tipos da UGT * - servos do escondido Seguro - nada tem a ver com o direito à greve que os compêndios consagram.

É outra coisa, uma arma política, imoral, ilegítima e criminosa, apostada em tirar as últimas fatias de pão da boca das pessoas de bem, apostando em, sobre a sua fome, construir o “mundo novo”, seja o dos “amanhãs que cantam”, seja o do socialismo “democrático”.

Chegados à política, há que reconhecer que a mais cínica de todas as posições é a do PS. Oficialmente, vai dizendo que não participa na greve. Oficiosamente, manda o seu miserável exército apresentar-se, lado a lado com os inimigos da liberdade, a tentar destruir o que resta dela neste mundo desatinado, sem rumo, sem eira nem beira.

No fundo, é o desespero mais completo - o do PS - por se saber culpado, o mais culpado de todos os culpados, e querer transformar a culpa em vantagem! Que tristeza, que miséria moral, que vergonha seria se vergonha tivessem.

 

Uma jornada afinal pífia. Os portugueses não instalados deram à canalha uma lição brutal. Trabalharam. Todos ou quase. Isso de greves “gerais” é para os aldrabões a soldo do Silva, do tipo da UGT, do desavergonhado Seguro e do falecido Louça. As pessoas propriamente ditas, o país, continuaram a trabalhar. O Estado é que não - e não todo - sejam quais forem os “números” que por aí andam, todos aldrabados, como de costume.

 

25.11.11

 

António Borges de Carvalho

 

Já me esquecia do Louça que, a fim de não ficar totalmente fora de combate, foi a Palmela mostrar o seu triunfante quão feio sorriso de vitória. Olhinhos brilhantes atrás das cangalhas, a criatura comunicou ao povo, com incontida alegria, que “hoje não se produziu nesta fábrica um único automóvel!”. Em nove singelas palavras o indivíduo sintetizou todo o significado moral e económico da jornada. Que inteligência!

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