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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

TRISTEZA OU NOJO?

 

As duas coisas.


Tristeza é ver um homem prisioneiro da sua idade. Não se ser capaz de envelhecer com dignidade é coisa que a ninguém se deseja, para si ou para os outros.

Nojo é ver a imprensa a abusar do desvario dum velho, tratando-o como se ele ainda soubesse dizer duas seguidas com um mínimo de bom senso.

É verdade que de Mário Soares nunca se esperou grande coisa.

O homem foi comunista, socialista, meteu o socialismo na gaveta, tirou-o da gaveta, voltou a pô-lo, as suas tropelias chegaram ao ponto de lançar impostos retroactivos, apoiou o MPLA, apoiou a UNITA, achou que Macau era território chinês, deixou de achar, voltou a achar, sei lá.

A única explicação é que, para ele, o que está certo é o que lhe convém.

Na velhice, parece ter feito um caldo com isto tudo e ir buscar só os piores sentimentos que o animaram, pondo-os ao serviço de conveniência nenhuma, para além de se manter à tona com a ajuda de jornalistas de critérios abaixo do duvidoso.

O discurso é simples. Palavroso mas primário. Um discurso feito de ignorância e de ódio, o que é o que para aí há mais, mas, no caso dele e descontada a arterosclerose, é demagogia, e da mais grave.

Sabe-se que, nas palavras dos seus discípulos ( Pinto de Sousa e Seguro, por exemplo) e do BE, tudo tem evidentes soluções. É simples: acabar com a austeridade, aumentar os salários e as pensões, acabar com os bancos, etc. Há uma diferença, que, no caso, abona em favor do BE. É que Seguro, o oco, acha que faz isso tudo, e paga a dívida, o que é, evidentemente, uma contradição nos termos e uma aldrabice colossal. O BE não paga a dívida. Pelo menos, é mais sincero. Soares, esse, vai aos píncaros: a dívida não é para pagar. Nem sequer para “gerir”, como diria o “Engenheiro”. A Argentina não pagou e, na opinião do descalabro mental de Soares, nada se passou! Ai não que não passou!

Tudo para a cadeia! Grita o geronte. O “país inteiro odeia o governo”, vociferam os neurónios do homem em estertores de fim de era, a ver ao espelho o país inteiro. O país inteiro é ele!


Muitos mais dislates disse o idoso. Não valerá a pena tentar encontrar lá alguma coisa de jeito. Não vale a pena continuar.


É triste ver um tipo que, para além de tanta característica negativa, até revoltante, tinha o dom da inteligência, deixar-se arrastar, talvez para se sentir vivo, por caminhos que a tal inteligência nada devem.

É nojento ver a “informação” aproveitar-se das fraquesas de cada um para vender jornais.

 

13.10.13

 

António Borges de Carvalho

DA PESPORRÊNCIA DO SÔ CARLOS

 

O IRRITADO sempre se irritou, e irrita, quando vê infraestruturas destinadas à utilização das pessoas ocupadas por maratonas, corridas de bicicletas, manifestações, etc. Concede que há casos em a coisa talvez se justifique. Mas não há dúvida que se trata sempre de incomodar e prejudicar a maioria, isto é, os que não entram em corridinhas, não andam aos gritos no meio da rua, etc..

Às vezes, custa ver a PSP, a GNR, a protecção civil, a ajudar quem perturba, a perturbar a vida do cidadão comum.

É evidente que corrida nenhuma devia ocupar a ponte velha, ou a nova, ou outra ponte qualquer.

E, no entanto, o sô Carlos, que quer fazer uma das suas (leia-se, do PC) habituais farras na ponte velha, perante as mais que justas dúvidas quanto à autorização para tal, responde “era o que faltava”. Ou seja, o sô Carlos - quer dizer, o PC - manda em nós, qual poderoso PIDE que não dá satisfações ao povo. Ele quer, e acabou-se. E, se quisesse fazer a farra no palácio da Ajuda ou em Fátima, porque não? Era o que faltava, o sô Carlos manda, e acabou-se.

Mais espantoso ainda é que as chamadas autoridades, em vez de, simplesmente, indeferir a pretensão, andem para aí a elencar “riscos” e, até a propor-se “dialogar” com o sô Carlos, pessoa com quem, por definição, o diálogo é impossível. Ou seja, que se deixem apanhar na armadilha do bolchevista, dando-lhe uma oportunidade de ouro para espraiar a sua “indignação” perante “mais um atentado contra a liberdade de manifestação, a democracia, a República, os direitos humanos, etc., tudo coisas que a ideologia do sô Carlos jamais admitiria se montasse o cavalo do poder. Mas isso é pormenor, não é?

A bagunça está aí, com a multidão “informativa” a dar-lhe as devidas honras.

É o que o sô Carlos quer. É o que o PC manda. É o que as “autoridades” temem.

Pobre país! Pobre democracia!

 

12.10.13

 

António Borges de Carvalho

CRITÉRIOS “INFORMATIVOS”

 

Aqui há dias, o IRRITADO insurgiu-se, com carradas de razão, contra o enorme destaque dado pelos media a duas dúzias de pataratas, única assistência que as cerimónias do 5 de Outubro mereceram ao povo de Lisboa. Por um lado, o “merecimento” da data ficou demonstrado: aquilo foi condigna forma de glorificar o 5 de Outubro e o alto significado que a coisa tem para os portugueses em geral e os lisboetas em particular. Acresce, para gozo do IRRITADO, que os pataratas não estavam ali para honrar a efeméride, mas para soltar gritos de revolta contra os agentes da estranha comemoração.

E, no entanto, aquela protestante “multidão” mereceu honras de primeira página em praticamente todos os meios.

Porquê vir outra vez falar no assunto?

Dias depois, uma não grande multidão, ainda assim largas centenas de vezes mais multidão que a dos pataratas do 5 de Outubro, desfilou na Avenida com o propósito de condenar o aborto oficial, pago e subsidiado pelo povo.

Tal manifestação mereceu a total ignorância dos media. Em resumo, não existiu.

Não se trata, nesta sede, de apoiar ou não os objectivos dos manifestantes, simplesmente de sublinhar que, aos nossos “jornalistas”, comentadores e demais cáfila, os acontecimentos merecem destaque em função dos fins a que se destinam, e não do que, na verdade, aconteceu. O politicamente correcto e a conformidade com a “moral republicana” ou com a “ética” esquerdista, são o mais alto critério dessa gente.

 

12.10. 13

 

António Borges de Carvalho

O PARTIDO X

 

Um ilustre “inimigo” do IRRITADO, que muito o honra com as suas diatribes, teva a bondade de anunciar, neste blog, a criação de um novo partido em Espanha, partido em que põe muita esperança.

Com a devida vénia, a seguir se trancreve o texto:


"Movimento PARTIDO X é o novo partido espanhol

Transparência na gestão pública, poder legislativo do cidadão, direito a VOTO REAL E PERMANENTE, e REFERENDOS OBRIGATÓRIOS para validar todas as legislações estruturais são os lemas do novo partido espanhol.

Agora que a tecnologia o permite, chegou o momento de permitir à sociedade a melhoria directa das suas instituições e leis.

Mais do que apresentar-se como a solução, o partido quer ser "catalisador das soluções", mantendo a vigilância sobre os legisladores, as instituições e os governos, e garantindo a todos poder participativo e acesso à informação necessária.

Os documentos não terão validade legal se não estiverem acessíveis ao cidadão tanto por via telemática como por via analógica, tal como agora as leis não têm validade até à sua publicação nos Boletins Oficiais.

O Partido X defende o poder legislativo da cidadania, através de um "WikiGoverno", o resultado de uma democracia que inclui a participação da cidadania para elaborar e gerir os assuntos comuns.

OS CIDADÃOS RECLAMAM O DIREITO A VOTO DE FORMA PERMANENTE, E NÃO APENAS NAS ELEIÇÕES QUE SÃO USADAS COMO CHEQUE EM BRANCO PELOS GOVERNANTES.

o Partido X defende poder votar todas as leis através da Internet, utilizando o BI eletrónico, ou o voto tradicional em papel, nas autarquias e postos de correios.

De forma mais ampla, reivindica a implementação do REFERENDO OBRIGATÓRIO E VINCULANTE para validar todas as legislações estruturais, e permitindo, através da consulta, propor leis, modificá-las, ratificá-las ou eliminá-las."


 

A ideia é interessante, pelo menos na medida em que é original, já que não se enquadra nos cânones ideológicos que costumam informar o debate político.

Do ponto de vista do funcionamento de uma sociedade política como a que o PX propõe, já as coisas se não põem da mesma forma.

Uma colossal quantidade de informação já está hoje à disposição de toda a gente. O problema é que a maior parte das pessoas, o IRRITADO incluído, não têm capacidade, nem tempo, nem paciência, para procurar, dominar e opinar sobre tudo e mais alguma coisa, muito menos para ter uma tão vasta preparação que permita, caso a caso, julgar da utilidade ou das possíveis consequências do que é proposto.

A solução X provocaria que uma minoria activista viesse a “dominar” a sociedade,  e que esta se tornasse pasto de todas as espécies de demagogia, populismo e oportunismo. Para cada Lei, para cada decisão, se formariam “lóbis” populares ou corporativos destinados  a levar as pessoas a legitimar ou negar provimento a isto e àquilo, movidas por meras influências de ocasião, interesses particularistas ou “impressões” ocasionais.

Por outro lado, pôr as pessoas a votar todas as semanas seria fonte de inesgotável manancial abstencionista e uma enorme fábrica de decisões tomadas por minorias activas, em desfavor, pelo menos democrático, da maioria da população.

Há ainda que considerar o funcionamento do sistema, talvez muito “prático” para aqules urbanos que mexem com facilidade em meios informáticos, e que têm tempo, pachorra e interesse para tal.  

Mas, evidentemente, criaria uma nova divisão de classes, desta vez entre os que têm tais skills, tal tempo e tal interesse, e os que os não têm.

A proposta do PX, acredito, será bem intencionada e terá o mérito de trazer alguma novidade. Mas não tenho dúvidas que redundaria, mais cedo ou mais tarde, numa coisa já muito conhecida: a ditadura. Sob formas novas, mas com efeitos semelhantes.

A este respeito, é de repetir – por palavras minhas - a célebre frase de Winston Churchill: a democracia (como a nossa) é o pior regime que há, à excepção de todos os outros.

 

Obrigado ao frequentador do blog, por motivar (mais) uma discussão interessante, que espero não fique por aqui.

 

9.10.13

 

António Borges de Carvalho

O SONO DA RAZÃO

 

Anda por aí uma polémica dos diabos por causa de uns tenebrosos senhorios que se acham no direito de receber rendas dos inquilinos e que, quando não as recebem, se dedicam a condenáveis actos de desespero, tentando fazer justiça pelas suas próprias mãos. Vão presos, está claro, como não pode deixar de ser.

Para além da chamada justiça punitiva, estas coisas deviam fazer o governo pensar um bocadinho sobre o novo e famoso RAU. É que, possuído de fervor democrata cristão, o tal RAU envolve os despejos em tantas e tais teias, que ficou tudo mais ou menos na mesma. E era tão fácil remediar o problema! O inquilino que não provasse ter pago renda duas ou três vezes era despejado, e pronto. Sem “balcões”, sem tribunais, sem tipos a fazer “justiça” privada, nada. Rua, e pronto. Tarefa para a polícia municipal, sem mais requerimentos, acções, advogados, tribunais, etc..

Se o Estado resolvesse ter preocupações sociais, então que criasse um fundo qualquer para proteger os despejados que, de facto, não pudessem aceder a meios de pagamento. Em tempos, um governo fez isso, e o tal fundo foi utilizado em... 5%!

Os esquemas laboriosamente inventados pela senhora ministra só servem para gastar dinheiro, para pôr terceiros a exercer funções e a e a sustentar a “obra social”  que ao Estado devia caber e, é claro, para glória da nacional-burocracia.


O sono da razão engendra monstros, não é?

 

7.10.13

 

António Borges de Carvalho

AINDA O 5 DE OUTUBRO

 

Era costume, mais ou menos “tradicional”, aparecer na Praça do Município um magote de umas cem pessoas  para glorificar a pífia cerimónia de comemoração do “5 de Outubro”.

Os jornais dedicavam ao pagode ali reunido meia dúzia de linhas, dando ao tal magote o relevo que merecia.

Este ano, a coisa foi diferente. Em vez daqules fervorosos republicanos, houve um bando de maluquinhos que se dedicou a vaiar o governo e o Presidente, da República e da triste cerimónia. Seriam, segundo um jornal, umas vinte pessoas. Segundo outro, mais generoso, chegavam ao formidável número de trinta. Em média aritmética, umas vinte e cinco.

O bando dedicou-se a grandolar, abafando o hino da República com extremosa falta de respeito. Uma ou outra menina disse as patacoadas da costumeira disquete, e pronto. A polícia “identificou” um artista que parecia querer atacar um carro da republicana fidalguia.. e pronto.

Desta vez, porém, a coisa mereceu as devidas parangonas. Jornais, televisões & Cª dedicaram a esta “manifestação popular” quilos de papel e montes de megahertzes de espectro sideral. Assim se comemora, não o tal 5 de Outubro, mas a gritaria de... 25 pessoas!


Se esta atitude informativa não fosse o que é habitual, dir-se-ia estranha e estúpida. Mas como é “do que a casa gasta”, assinale-se como demonstração da “ética” republicana aplicada à “informação”.

 

7.10.13

 

António Borges de Carvalho     

FIGURÕES

A República foi feita por figurões e vive de figurões.

Veja-se o que foi dito pelo respectivo Presidente e pelo da CML.


Cavaco fez um discurso que caberia no palavreado do grão-mestre do GOL, do semi-chefe do BE ou até do camarada Jerónimo, se fosse PR, para não falar de qualquer jacobino mais ou menos primitivo. Valeu de tudo: palavreado socialista/republicano/maçon em catadupas. Recurso à tão propalada "moral republicana", coisa que tal gente, e mais ninguém, saberá o que é. O 5 de Outubro e o 25 de Abril "são lugares de memória", presume-se que de boa memória, enquanto símbolos da "aspiração por um Portugal mais livre e democrático, mais justo e desenvolvido". Como se o 5 de Outubro tivesse libertado libertado outra coisa que não o poder das alfurjas, como se a data fundadora da democracia da III República, até ali mergulhada na luta pró e contra a sovietização do país, não fosse o 25 de Novembro. Desfiar de lugares comuns da cartilha, déjá vu de miríficas intenções. Acima de tudo, uma data de marteladas no cravo, já que o acusam de só as dar na ferradura.

Depois das abébias para o Tribunal Constitucional e depois deste discurso, ainda haverá quem diga que o PR "está por conta" do governo? Há. Sabem porquê? Porque quem o diz di-lo-á sempre, seja em que circunstância for. Cavaco bem pode fazer discuros bacocamente republicanos, bem pode fazer olhinhos às esquerda, ao PS, ao PC, bem pode proclamar bem alto os princípios da "moral" republicana, que jamais tal gente lhe perdoará ter sido eleito. Não lucra nada com isso.


O discurso do Costa foi uma agradável surpresa. Pelos vistos, na boa tradição republicana, bater nos seus é porreiro. Anda para aí o oco a dizer que, com este governo, nem bom dia nem boa tarde, e vem o Costa falar de "construção de uma estratégia nacional", coisa que "só será verdadeira... se recolher amplo apoio parlamentar e social". Ele diz "não a secundarizar a democracia" e tendo-a "como referência", quer que trabalhemos para nos "unirmos e mobilizarmos" com o objectivo de "vencer este impasse".

Querem melhor maneira de dizer que o Seguro é uma besta?


O que é acusado de ser de direita fez olhinhos à esquerda. O que quer ser chefe da esquerda defendeu acordos "estratégicos" com a direita. Maneira lógica e coerente de comemorar o 5 de Outubro. Deve tratar-se de ditames da moral republicana...


6.10.13


António Borges de Carvalho

CARTA A MACHETE

 

Caro Rui Machete

 

A nossa geração viveu toda a juventude sob a mordaça e a “modéstia” de um regime ditatorial. De uma forma ou de outra, muitos de nós não acreditavam naquilo, ou já não acreditavam naquilo, ou faziam os possíveis por acabar com aquilo. A nossa geração foi causticada pelas guerras do ultramar, uns com muita convicção, outros com pouca, outros com nenhuma. Alguns, simplesmente, deram à sola, conquistando assim um cobarde prestígio.

Vinda a esperança de Liberdade no 25 de Abril, e o seu triunfo no 25 de Novembro, a nossa geração foi atirada para a frente. Você foi um dos que, de repente, apareceram deputados, ministros, de tudo um pouco. Ainda bem. Como político, nunca teve esataleca de maior, mas a sorte das coisas, alguma capacidade de flutuação, e uma grande convicção de si próprio, levaram-no a toda a parte. Não o invejo nem o critico por isso. Há coisas piores.

Os anos passam e, com eles, os altos e baixos da vida - no seu caso, até agora, só altos. Fazemos coisas boas, coisas discutíveis, coisas de bom senso, coisas mal pensadas. Somos velhos demais para não ter nada a esconder.

Surpreendentemente, a última crise levou-o às Necessidades. Ninguém contava com tal coisa. Com tanta gente mais nova, mais à la page, com mais fôlego, bons diplomatas, um ou outro membro do partido, o PM resolveu ir buscá-lo à arca dos “disponíveis” de antanho. Não se sabe o que lhe terá passado pela cabeça. Mais grave, V. aceitou! Em vez de se remeter a passar calmamente o que lhe sobra dos setenta anos e do resto da vida, que desejo longa e boa, decidiu meter-se onde já não era ou não devia ser chamado.   

O resultado foi pior do que tudo o que se poderia imaginar. V. tornou-se um especialista em meter os pés pelas mãos, em dar informações inexactas acerca de si próprio, expôs-se a ser apodado de mentiroso, até de corrupto. Que tremenda insensatez!

A sua inacreditável postura em Angola é de ficar de boca aberta. A pergunta era de fácil resposta. Não tenho nada com isso! O governo não tem nada com isso. Espero que tudo se venha a resolver sem problemas, mas não me compete mais que esperar.

Que fez você? Afirmou que as investigações em curso, em que estão envolvidos certos angolanos de alto gabarito, não passam de mera burocracia, que tinha boas informações sobre o assunto, e que pedia desculpa pelo incómodo.

Baixou-se, mostrou o rabo. O seu e o nosso.

Se mo perguntassem antes, juraria que nada disto era possível. Mas foi.


Agora, meu caro, há que olhar para o espelho e ver o que já conseguiu fazer para se desacreditar e àquele que teve a infeliz ideia de o meter num cargo para o qual, manifestamente, não não tem, ou já não tem, aptidões.

Há que ter a ombridade, a serenidade, o respeito próprio, para aliviar o governo da sua presença. Pela sua saúdinha, não queira fazer como Relvas, ou levar o PM a repetir o romance do Relvas, que tão caro custou.

Como diz o dito “não voltes onde foste feliz”, não é?

Saia com dignidade enquanto pode fazê-lo.   


Um abraço do IRRITADO.

 

5.10.13

 

Antóinio Borges de Carvalho

A COLINA DE SANTANA

 

Ninguém poderá dizer que o IRRITADO alguma vez simpatizou com o Costa, ou com a sua “coligação” com a dona Helena e com o tenebroso Fernandes, assim como com o Soares (João) a sua coligação social/comunista.

No entanto, o seu a seu dono. No tempo do Soares, o IRRITADO apoiou a ideia do elevador do Martim Moniz para o Castelo e, hoje, tira o chapéu à corajosa posição que tem tomado em relação ao diferendo entre os irmãos Fernandes, pidescos e antipáticos (com o precioso apoio do Costa e apaniguados) de um lado, e a Bragaparques do outro.

Da mesma forma, o IRRITADO não tem qualquer rebuço em apoiar a ideia de um grande projecto para a colina de Santana.

Uma série de equipanentos públicos a sofrer de obsolescência seriam objecto de intervenção, viabilizada esta por imobiliário de qualidade. O IRRITADO não conhece o projecto. Apoia a ideia. O projecto seria coisa a discutir, alargando-o, encolhendo-o, melhorando-o, o que fosse.

No entanto, ao ler uma moção de rejeição pura e simples aprovada na Assembleia Municipal, sente uma revolta dos diabos, pela rejeição em si, com certeza, mas sobretudo pela argumentação que uniu toda a oposição contra o projecto. O recurso primário à defesa à outrance do “património”, ao recurso à “necessidade" de “equipamentos culturais”, à propriedade pública de tudo e mais alguma coisa, não é mais que o brandir de argumentos bacocos e demagógicos. Na opinião maioritária da assembleia que é suposto representar os alfacinhas, a colina de Santana deve ser, a bem do património e da propriedade pública, um cancro para a cidade e uma insustentável e vergonhosa selva urbana.

A verdade é que, num projecto bem pensado, caberia tudo. A verdade é que toda a gente acha que Lisboa se devia repovoar. A verdade é que se poderia oferecer aos cidadaõs a possibilidade de viver com qualidade no coração de Lisboa, isto sem prejuízo dos equipamentos culturais e vivenciais que uma intervenção de grande envergadura não poderia deixar de ter.

Não é estranho que a esquerda radical - folclórica, caviar ou estalinista - seja contra todo e qualquer projecto que implique o recurso à odiada iniciativa privada, que ponha terrenos camarários, ou públicos, nas mãos da especulação (para esta gente tudo é especulação), que possa vir a proporcionar ganhos seja a quem for. Preferível é ter uma montanha de elefantes brancos, sorvedores de dinheiro dos impostos, desde que se mantenha a sacrossanta “propriedade de todos”(?!)  e se não permita a inicitiva particular, coisa entre todas execrável e execranda.

Mas é muito estranho que os outros tenham alinhado nesta primaríssima demagogia. Chumba-se, e pronto! Nada de discussões, de estudos, de consideração pela cidade. Estranhíssimo.

É evidente que uma intervenção da dimensão da projectada iria conhecer muitos escolhos e iria ser vítima de inúmeros abusos, fosse qual fosse a sua natureza. Mas a recusa pura e simples, ainda por cima prenhe de argumentos idiotas, é coisa que não cabe na cabeça de ninguém.  

 

 4.10.13

 

António Borges de Carvalho

INDECÊNCIA

 

Se quiserem ser inteligentes assobiam para o ar, frase altamente filosófica pronunciada , como sentença final, por esse luminar da política portuguesa que se chama António Capucho. Aquele do mamarracho do Estoril Sol, lembram-se?

Conclua-se, a contrario sensu, que quem não assobiar para o ar é estúpido, pelo menos na subida opinião de tão alta figura.

O que quer ele dizer com isso? Que os tipos lá do partido, se quiserem correr com ele, são estúpidos. Ora, citando dos jornais, o estatuto do PSD reza que “cessa a inscrição no partido dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral, nacional, regional ou local na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de candidatura adversária da candidatura apresentada pelo PPD/PSD”.

Ou seja, para correr com o Capucho não é preciso coisa nenhuma. Concorreu contra, “cessa a inscrição”. Não é preciso processo, nem testemunhas, nem expulsões, nada. Só factos. Flagrante delito.

O mesmo intelectual dos mamarrachos afirma que “devem ser cumpridos os estatutos”. Não se sabe se quem cumprir os estatutos é estúpido, ou que os estatutos, aprovados pelo Capucho, são estúpidos, mas outra conclusão não é possível tirar dos bem expressos pressupostos filosóficos do senhor.

O candidato a Sintra não foi bem escolhido? É verdade. Mas, para fazer um juízo propriamente dito, seria preciso saber o que aconteceria se o eleitorado do partido não tivesse sido dividido por um invejoso, com o extremoso apoio e a companhia do... Capucho. Isto é, perante aquilo que diz ser um erro, uma má escolha, Capucho, em vez de engolir e ajudar o partido ou manter-se em “suspensão de militância”, resolveu dar cabo dele em favor dessoutra alta figura do viracasaquismo nacional, que se chama Basílio da Franca.

A escolha terá sido um erro. A divisão foi uma indecência.


O nosso homem desculpa-se dizendo que “suspendeu a militância há dois anos” – quando foi corrido do Conselho de Estado, lembram-se? Mas não acrescenta, como mandaria a verdade e a decência, que suspender a militância é uma coisa, contribuir activamente para a derrota dos seus é outra.


“Eles” que se calem ou “assobiem para o ar”, sob pena de estupidez.

Admirável!

 

3.10.13

 

António Borges de Carvalho

COISA CURIOSA


Ontem, o mundo inteiro foi inquietado com a notícia do fecho do governo dos Estados Unidos da América. Toda a gente sabe que isto pode desencadear uma hecatombe mundial.

Parece que o Partido Republicano de lá é como o PS cá do sítio: não concorda com nada, não tem noção do interesse geral, não se importa de contribuir para a desgraça colectiva, não tem noção das responsabilidades, sofre de partidarite aguda. Terá umas ideias, reconheça-se, coisa de que o PS é carente.


Mas não é esta verificação o que nos trás.

Fechado o governo federal, há 800.000 funcionários que ficam no desemprego, sem indemnizações, sem salário, sem prestar serviços.

Imaginem que a coisa acontecia por cá. Ficavam para aí uns 650.000 sem trabalho.

Se fizermos as contas, na proporção dos EUA, devíamos ter... 32.000 funcionários públicos. E ainda há quem ande para aí a dizer, como ominoso Tribunal Constitucional, os comunistas e os socialistas, que não se pode despedir funcionários!

É claro que a comparação pode ser considerada abusiva. Segundo o Obama, ficam a funcionar as Forças Armadas, os serviços de emergência e mais não sei quê. Mas os militares, por cá, não são funcionários públicos, portanto não entram nesta contabilidade. Imaginemos pois, que, em vez de 32.000 precisávamos de uns 100.000, e era um pau.


Coisa curiosa esta, que, mais exacta menos exacta, deveria servir para pôr muita gente a pensar. Mas não põe.

Parece que, maioritariamente, antes socialistas e tesos que liberais e ricos.

 

2.10.13

 

António Borges de Carvalho

INGLESADAS


O IRRITADO  pede desculpa por voltar à peregrina história do inglês.


É que, por um lado, os chamados professores fizeram saber que, para ensinar inglês no primeiro ciclo, é preciso contratar pelo menos mais dois mil profissionais devidamente formados. Dizem que, para o efeito, é indispensável ter “habilitações”, bem como “experiência profissional com crianças de 10 anos”.

Várias conclusões é permitido tirar desta exigência. A primeira é que há professores a precisar de emprego. Legítimo. A segunda é que há professores “diplomados” para tal que não sabem inglês que chegue para ensinar umas coisas às crianças, ou seja, que as “licenciaturas” e os liceus desta gente não compreenderam uma cadeira de inglês, coisa que até no velho curso de Magistério Primário se aprendia. Em alternativa, acontecerá que os “professores” não têm pachorra para perder tempo a rememorar o que terão aprendido, ainda menos para ensinar estas terríveis e dificílimas matérias. A terceira é que os “professores” do primeiro ciclo não têm “experiência profissional” para lidar com crianças (!?).


O ministério, ainda que de forma diferente, vai pelo mesmo caminho. Diz ele que os necessários requisitos “são para os técnicos das AEC”, seja lá isso o que for. Donde se conclui que os tais “técnicos” também não sabem patavina da matéria. Por isso, os “professores” e, se calhar, os “técnicos”, precisam de “formação”. E acrescenta que “não há qualquer impedimento a que os professores de inglês dos ciclos mais avançados leccionem no 1º ciclo”, seja o inglês curricular ou de AEC (não querias mais nada!, vociferarão os sindicatos). Não metendo prego nem estopa na difícil questão de saber as, por certo profundas, diferenças entre o inglês curricular e o inglês AEC, o IRRITADO conclui que, ou os “professores” são, na generalidade, iletrados na língua de Sua Magestade, ou que, simplemente, trabalhar faz calos.


Espera-se que, com mais “formações” ou menos “formações”, com mais protestos menos protestos, mais greves menos greves, mais bigodes xarroco do PC menos bigodes xarroco do PC, daqui uns anos haja, em qualidade e quantidade, quem saiba, sobretudo quem queira, dar umas lambuzadelas de inglês às criancinhas.

 

1.10.13

 

António Borges de Carvalho

ELEIÇÕESINHAS

 

Ontem, vista a manchete do jornal privado chamado “Público” (PS 36%, PSD 31%), e olhados os “casos” das eleições autárquicas, o IRRITADO produziu um post a que deu o nome de “eleiçõesecas”.

À noite, o inigualável storyteller Rodrigues dos Santos anunciava a hecatombe: PS 36%, PSD 16%.

Resultado: o IRRITADO foi a correr ao Sapo e apagou o post.


Hoje, postas as coisas no sítio e contabilizadas as coligações, verifica-se que o “Público” tinha razão. O Rodrigues dos Santos, para quem ainda não saiba, é um aldrabão. Pior, um aldrabão do PS. O IRRITADO, se calhar, não devia ter apagado o post.

Há que perguntar onde está o “vendaval”, a hecatombe, a vitória esmagadora, a derrota histórica, o land sliding eleitoral. O PS ganhou, larga vitória, mas não mais do que seria de esperar. O PSD perdeu, o que é mais que natural, dados os apertos em que está metido no governo e as asneiras que cometeu no chamado casting.

No fundo, grande parte da “análise” do IRRITADO estava certa. Aí vai o que foi recuperado, menos umas coisas, mais umas coisas:


A grande surpresa das eleições autárquicas foi não haver surpresa nenhuma: desceu quem se previa que descesse, subiu quem era óbvio que subiria.

Os media, sublinham a “monumental” derrota do PSD, ao nível nacional. Não se percebe como é que uma difereça de cem mil votos, ou 5%, é monumental!

Não se poderá dizer o mesmo em relação às eleições propriamente ditas, por muito que os pensadores de serviço insistam no “significado nacional”. Nas eleições propriamente ditas, o PSD levou muita pancada, boa parte dela porque escolheu mal os candidatos. Os Meseses, os Pintos, os tipos como aquele de Gaia que só diz alarvidades e cujo nome não se decora, e tantos outros.

Por outras palavras, o PSD foi penalizado localmente, mas o governo, nacionalmente, nem por isso, ainda que os media de serviço garantam o contrário.

*

Há anos, quando o Guterres, finalmente consciente do confesso “pântano” em que nos meteu, resolveu dar à sola em situação semelhante, ai credo que foi uma derrota “nacional”. Mentira. O que o homem sentiu foi que não aguentava mais as depesas em que se tinha metido. Lá veio, então, a dona Manuela, que fez os possíveis por começar a endireitar a desgraça que a grande “obra social” do seu antecessor tinha causado. Durou pouco. Veio o Santana, cujo governo era suficientemente bom para excitar inquietações do Sampaio, que via sua querida esquerda em maus lençóis. Zumba, vai disto, golpe de Estado, ora essa! Santana nem para arrumar os papéis teve tempo. E lá fomos cair nas mãos do Pinto de Sousa, que, magistralmente, exponenciou os desmandos financeiros do Guterres e nos meteu no maior buraco de que há memória.

*

Voltando ao que nos trás, uma palavrinha sobre a vitória do Costa. Aí sim, há um significado “nacional”. Os eleitores, cheios de medo de vir a ser governados por Seguro, o oco, trataram de projectar o Costa para mais altos voos. Deram-lhe o trampolim de que precisa para vir, mais cedo ou mais tarde, a comer as papas na cabeça do camarada. Que importa o estado miserável dos passeios da cidade, o lixo por todos os cantos, os jardins porquíssimos? Nada. Que imposta a pessegadada Rotunda, as obras, anunciadas como “imediatas” há oito anos, do jardim do Campo Grande e da respectiva piscina? Nada. Que importa as miseráveis obras da Rua do Ouro, com os passeios aos altos e baixos, escorregadios, sujos, tortos, polidos pelo uso? Nada. Que importa o pidesco processo do Parque Mayer/Feira Popular, dois horríveis pardieiros a envergonhar a cidade, há anos e anos, por acção da câmara? Nada. Que importa que a câmara esteja cada vez pior em matéria de burocracia e de parasitismo? Nada. Que importa que o Bairro Alto seja um mar da bêbados, de pancadaria, um local invivível para quem lá mora?

Sua Excelência lá está, imperial, no palácio da Viúva Lamego, no Intendente, rodeado de pêgas e pedrados, a dar largas à sua demagogia populista.

E aqui está a segunda “razão” para votar Costa. A promoção da “cultura”, do entretenimento, da bagunça, que assim é que  a populaça é feliz, assim é que a populaça vota! Quarenta mil lugares disponíveis em discotecas, discotascas e similares. Festas por todo o lado, a propósito e a despropósito. Tudo pago pelos IMIs, IMTs & Cª, pois então. Ludis et circencis, como dizia o camarada Nero. Movida! Qual crise qual carapuça, qual cidade qual carapuça. Arte urbana, prédios votados ao abandono pela burocracia, como os da Fontes Pereira de Melo, cheios de repugnantes pinturas, uma sujeira, uma glória camarária. Dá votos, diz-se.

  

Sublinhe-se agora a mais engraçada vitória: a do Isaltino. Das agruras da prisão, o homem conseguiu, por interposto avatar, ganhar a câmara de Oeiras. Faz lembrar o velho Ademar, cuja divisa era “rouba mas faz”. O que Isaltino fez não tem paralelo, e povo está-se marimbando para que tivesse uns cobres na Suiça, para que se esquecesse dos impostos, para que tivesse um sobrinho taxista na Patagónia. O povo até gosta. Só lamenta não ter um sobrinho daqueles. Se o sucessor promete ser igual ao Isaltino, vamos a isso!


No outro extremo, sem fugir aos impostos, sem contas na Suiça, sem sobrinhos, há outro que também ganhou as eleições via avatar de serviço: Rui Rio, no Porto. Parabéns: a boa gestão compensou. Merece referência.


Na Madeira, o Jardim começou a levar na cabeça. Uma inacreditável coligação, que não tardará a converter-se num saco de gatos, sacou-lhe o Funchal. Não saber sair a tempo é o que dá.


Assinale-se com tristeza os resultados do PC que, tendo os votos do costume mais uns pós, ganhou umas câmaras. Gostosamente, refira-se a memorável tunda que o BE levou.


O chefe do CDS arranjou maneira de sublinhar uma retumbante vitória, mas o IRRITADO não percebeu onde ela estava ou onde o ilustre perturbador queria chegar.


Finalmente, a abstenção – uma forma de votar como outra qualquer – foi até aos 47%, diz-se. Não é analisável, dado o estado comatoso em que estão os cadernos eleitorais. Se há mais eleitores que habitantes, como é possível contá-la? Não é um escândalo, uma desinformação, um crime mediático, andar a proclamar que a abstenção foi xis, quando ninguém pode saber se foi xis, ipslon ou zê?

 

1.10.13

 

António Borges de Carvalho

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