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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

DA DIGNIDADE DOS MAGISTRADOS


Se os excelentíssimos magistrados olhassem durante um minuto que fosse a opinião que os portugueses têm deles, espressa em sondagens várias, todas apontando no mesmo sentido, talvez pudessem vasculhar nos confins da consciência, se a têm, e chegar à conclusão de que talvez não fosse mau adoptar uma atitude um pouco menos arrebitada.

No entantro, fazem o contrário, ou pior.

Fingem que não percebem que pouco há quem tenha por eles um mínimo de consideração ou de respeito.

Recusam-se a perceber que, por injusta que considerem a opinião popular a seu respeito, não pode deixar de haver nela qualquer coisa que tenha com o seu, deles, comportamento.

Entretêm-se a criticar o legislador em vez de fazer a mínima auto-crítica ou de pensar no papel que lhes cabe na qualidade da justiça.

Declarando com orgulho que não são funcionários públicos, comportam-se como as mesnadas de descontentes que pululam nas repartições do Estado e que fazem os possíveis por tornar ainda pior a situação que todos vivemos, ao mesmo tempo que clamam pela gratidão que lhes é devida pelos altos serviços que nos prestam.

Comportam-se como os estivadores dos portos ou os motoristas dos transportes publicos. Olham o próprio umbigo e pensam que estão a ver o universo.

Não percebem que o poder que têm, dado por via académica e administrativa, não por eleição, devia começar por ser respeitado, por excepcional, pelos próprios, antes de por quem quer que fosse. A paga é não ser respeitados por ninguém, o que é grave para o Estado, para os cidadãos e para a Justiça.

Consideram-se órgãos de soberania , coisa que não são. Órgãos de soberania são os Tribunais, não os juízes.

Alargam indevidamente o conceito de independência própria, quando, mais uma vez, independentes são os Tribunais e não os juízes, e mesmo os tribunais só o são no acto de julgar.

Sendo mais bem pagos que a generalidade da população, acham-se acima da crise e reclamam mais dinheiro.

Tendo-se em tão alto conceito, eximem-se a agir em conformidade, ao ponto de avançar com sindicatos, greves e outras atitudes absolutamente impróprias.

 

O IRRITADO, ciente da inutilidade do desejo, sonha com um tempo novo, em que os magistrados tomem consciência da sua posição na sociedade e a respeitem, como se deviam respeitar a si mesmos.

  

14.11.13

 

António Borges de Carvalho

UMA EXPLICAÇÃO PLAUSÍVEL


Li hoje um artigo que começou por me deixar de boca aberta mas que, bem vistas as coisas, é capaz de apontar para alguma verdade.

O articulista faz a crítica das opiniões do dr. Machete, concluindo que não se cifram senão por uma inesperada ajuda ao oco, dito Seguro, e ao Soares, dito democrata liberal. Tal ajuda é indesmentível. Mas o artigo não vai mais longe.

Ora, ao IRRITADO, que é de uma maledicência para além de todos os limites, apeteceu ir um pouco mais longe.

O dr. Machete foi sempre tido como ala esquerda do PSD, foi sempre próximo do Soares, nunca ninguém o viu “atirar-se” ao Guterres ou ao Pinto de Sousa, foi um dos mais fiéis ministros do Bloco Central, sempre detestou Cavaco Silva (pelo menos até o homem se candidatar à presidência, altura em que apanhou esse já imparável comboio), toda a gente sabe que nunca gostou de Passos Coelho, etc. e tal.

Por outro lado, o Dr. Machete não é nem nunca foi parvo nenhum, tem um importante e aceitável currículo, tem experiência política que nunca mais acaba, etc. E não consta que a idade lhe esteja a diminuir as faculdades mentais.


Se juntarmos isto tudo, outra conclusão não se pode tirar senão a de que o Dr. Machete, no governo, está a servir de toupeira ao PS.


Até quando o Dr. Passos, que terá achado que Machete trazia mais credibilidade ao seu governo, fingirá que não percebe? Em nome de quê?

 

12.11.1

 

António Borges de Carvalho

DA VIOLÊNCIA REVOLUCIONÁRIA

 

Em mais uma intervenção, quiçá inspirada pelo Prof. Alzheimer, o inacreditável Soares continua a sua interminável série de diatribes, tão do agrado da “comunicação social”.

Desta feita, com o disfarce do “risco de violência”, por certo tida por justa no destrambelhado bestunto do cavalheiro, vem ele sibilinamente apelar a essa mesma violência. Já terá percebido que isto por cá, afinal não é o Burundi nem a Guiná Bissau. Mas gostava que fosse, isso gostava. Por isso vai alvitrando a “solução” da violência a título de inevitabilidade, só faltando dizer “já!”, mas deixando entrever que muito lhe agradaria. Que lhe importa que nos afundemos ainda mais? Nada. Ou que percamos o que nos resta de credibilidade externa? Menos que nada. Que o mundo civilizado nos vire as costas ainda mais? Não interessa.

A única coisa a que a sua profundamente odiosa mente dá valor é a demolição do governo e, sobretudo, do Presidente da República, acusado de tudo e mais alguma coisa. E, no entanto, se algum PR foi radicalmente partidário na sua função, foi o próprio Soares, pelo menos para quem não tem a memória curta. Pior ainda foi o golpista Sampaio, o que dá ideia que se trata de pecha do socialismo. É, com certeza, por isso que deve achar que o actual PR devia ser tão socialista como ele, e atribuir ao seu cargo a missão de dar cabo de governos, desde que os ditos não sejam socialistas.


Soares grangeou algum crédito com as suas atitudes durante o PREC. Achou-se, e há ainda quem ache, que se tratava de um lutador pela democracia pluralista. Hoje percebemos que, tal como hoje, o que o movia era, simplesmente, o poder, e o poder socialista com exclusão de qualquer outro. Naquele tempo, se não se pusesse a pau, o Cunhal comia-lhe as papas na cabeça. Tivemos sorte com isso. Mas, hoje em dia, legítimo é pensar que a sua acrisolada defesa da democracia liberal e parlamentar, que o Cunhal declaradamente odiava, não passou, afinal, de uma jogada oportunista como outra qualquer.

 

12.11.13

 

António Borges de Carvalho

UMA FALSA QUESTÃO

 

Que se saiba, não há, na administração pública, trabalhadores a ganhar o salário mínimo. Na privada, haverá muitos. Há também muita gente a ganhar ainda menos, com legalíssimas desculpas, tais que os horários reduzidos e outras martingalas que o tenebroso mercado não deixa de descobrir. Na economia negra que, em tempos como este, conhece sempre um especial vigor, nem vale a pena falar.

Ninguém, para além da troica, que pouco deve à inteligência, será contra a subida do salário mínimo. Mas a desvalorização fiscal está a dar-se, quer se queira quer não. Como disse aqui há dias o ministro da economia (que diabo, havia de dizer alguma coisa certa), ninguém impede ninguém de aumentar o salário mínimo!

Há um sem número de profissões, tidas por“baixas” ou socialmente menos nobres , onde toda a gente ganha mais . Os trabalhadores  da agricultura, por exemplo, a cumprir tarefas que os portugueses não aceitam. Os/as funcionários do serviço doméstico, por exemplo.

Estas profissões já não são para portugueses, que os portugueses são finos demais para elas. Rios de dinheiro são levados para fora do país no bolso de trabalhadores estrangeiros encarregados de tarefas em que não há portugueses a sujar as mãos.

As meninas da lojas, portuguesas quase todas, ganham menos que as estrangeiras do serviço doméstico. Mas pintam a unha e vão ao cabeleireiro!

O dinheiro voa para outras paragens, outros continentes. As obrigações ficam por cá, porque os trabalhadores descontaram para a nossa segurança social e as respectivas “reservas matemáticas” serão exportadas quando se forem embora. E não se pode dizer que

Isto para dizer que a questão do desejável aumento do salário não tem, nem de longe, nem de longe a importância que lhe é atribuída. No Estado, o efeito seria nulo, ou quase. Na privada... na privada as coisas são como são, umas vezes boas outras más. Quem trabalha em empresas produtivas e bem dirigidas, ganhará com certeza mais, noutras, mais pobres ou com menos preocupações de valorização da mão-de-obra, ganhará menos, seja qual for a imposição do governo, ou, no caso, da troica.

É evidente que o problema pouco passa de arma política de muita gente, da gente do costume. Mas pouco tem a ver com os verdadeiros problemas das pessoas, porque nada tem a ver com a realidade e a realidade não é o que as cabeças dessa gente fabrica. Talvez seja ainda pior, mas não é o que julgam. A falsidade da questão não preocupa nem os sindicatos nem os “patrões”, entendidos como patrões os que se deixam representar por figuras tão tristes como o tipo da CIP ou o do Comércio.

É o que temos, não é?


12.11.13

 

António Borges de Carvalho

UM HOMEM

 

O comunismo do PREC, como todos os comunismos, teve horríveis consequências. Mais do que expropriar empresas sem indemnização, expropriou pessoas. Como o regime anterior, para melhor controlar as coisas, preferia concentrar a iniciativa em vez de fomentar a economia, bastou aos díscolos do MFA nacionalizar pessoas, não empresas, para ficar com tudo na mão.

Só que as pessoas “nacionalizadas” eram as que mais tinham contribuído para o magro desenvolvimento conseguido pelo regime. Se não fôssemos “condicionados” é de crer que, sem que tais pessoas tivessem deixado de conseguir o que conseguiram, outras houvesse em caminhos similares.

Tais pessoas foram presas, insultadas de tudo e mais alguma coisa, ameaçadas de morte e, revelando a “generosidade” do novo regime, acabaram por conseguir viajar para novas paragens. Nelas vieram a “reconstruir-se”, dado que o talento pouco tem a ver com o dinheiro que se tem, no caso com o que se deixou de ter.

Uma delas deixou ontem esta vida. O seu “império” tinha dado emprego a dezenas de milhar de portugueses, tinha transformado vilórias miseráveis em cidades felizes, tinha sido uma escola de engenheiros, de gestores, de profissionais da mais variada ordem e origem. O comunismo do PREC destruiu tudo, as empresas, a obra social, o know how, tudo.

O Homem acabou por voltar à sua terra. Com o pouco que terá conseguido recuperar e com muito talento conseguiu criar coisas novas, úteis e triunfadoras.

Morreu. Na hora da morte de Jorge de Mello haverá que recordar tudo isto, e tirar o chapéu à sua memória, mas também à sua coragem e à sua inteligência, estas, felizmente, com continuadores à altura. Jorge de Mello era um Senhor, um homem simpático, bem humorado, ainda que duro sempre que preciso. Mostrou ser capaz, mesmo sem a protecção condicionadora da II República e com a antipatia visceral da III, de recriar riqueza.

Presisamos de Homens deste calibre, na indústria, no comércio, na vida social, em tudo... até na política, onde, simplesmente, não os há.

 O IRRITADO lamenta o seu desaparecimento e espera que o seu exemplo, a bem de todos, frutifique.

 

11.11.13

 

António Borges de Carvalho

FILÓSOFOS E SÁBIOS

 

O camarada Teixeira dos Santos, lembram-se?, zangou-se com o camarada Pinto de Sousa, actual especialista em moral kantiana, quando afirmou que, quando os juros passassem dos sete por cento, ficaríamos na lona. Mais tarde, meteu-lhe no bestunto que outra solução não restava que não fosse cair nos acolhedores braços da troica. Com isto, levou ao rubro a fúria do kantiano.

Comeram os dois a receita da troica, e foram à vida. O filósofo tinha razão. Se não se metessem com a troica, não havia juros. Também não havia salários, nem Estado “social” nem coisa nenhuma, mas, que interessava, segundo o Sócrates de Vilar de Maçada (não confundir com o grego), se as dívidas não são para pagar, os juros ainda menos. A vilardemaçadosofia no seu melhor.


Agora, nas sábias palavras de Rui Machete, a coisa vai ser pior. Diz ele que, se os juros passarem os quatro e meio por cento, estamos outra feitos. Se calhar porque não temos à disposição a extraordinária sabedoria do T.Santos e do P.Sousa. Será isto o que está no espírito do fantástico MNE, que sempre teve um fraquinho pelo PS?  Não se conhece a resposta à pergunta. O que se sabe é que o dr. Machete perdeu mais uma radiosa oportunidade de estar calado. Como é que o PM come disto?

 

11.11.13

 

António Borges de Carvalho

FALTA DE GRAÇA E DESPOTISMO IDEOLÓGICO

Desde um bom par de anos a esta parte que há uma crise evidente do humor em Portugal. Praticamente desde a morte, propriamente dita, de Solnado e do passamento “performativo” de Herman José, se excluirmos alguns notáveis momentos do “Gato Fedorento”, praticamente nada se viu com o mais ínfimo toque de génio ou de humor digno de tal nome.

Pelo contrário, tem proliferado uma radical ausência de piada, a estupidez assumida como humor, um nunca acabar de brejeirices ordinárias, ou muito ordinárias, nada que se possa ver sem nojo, nada que nos faça sequer sorrir. Poderá haver excepções a confirmar a regra, mas o IRRITADO nunca as viu.

Uma das figuras cimeiras desta desgraça humorística é um fulano magrizela, de grande penca, que tinha, ou tem, o hábito de se apresentar nu em cima de carroças ou em bancos de jardim a dizer vernáculas parvoíces e que - que este espectador tenha visto - ou não divertia ninguém, ou se limitava a excitar a imaginação de histéricas e analfabrutos. Um “artista”, Nogueira de seu nome, como já devem ter suspeitado.

Segundo o “Expresso”, o fulano terá chamado a “depor” na RTP (where else?) uma senhora que escreve livros. O IRRITADO leu um deles, e chegou. Acontece que a dita senhora ter-se-á atrevido, ó heresia!, a dizer que a malta, em vez de andar para aí aos berros, coisa que lhe faz “alguma repulsa e pena”, e que denota “falta de civismo”, falta de inteligência” e “falta de memória”, devia deixar o governo trabalhar e “ver o que acontece”.

Ao que o dito Nogueira respondeu à sua inconfundível maneira. Escreveu ele que “quem confia em quem lá está [o governo] fica na merda”. Mais fino ainda: “quem confia em quem lá está come merda”. Acusação óbvia de improvável coprofagia por parte da senhora! Lindo.

Tem o Nogueira toda a razão! Em Portugal não é legítimo, não é correcto, não é aceitável dizer seja o que for que possa ser entendido como apoio ao governo.

O verdadeiro espírito da esquerda é assim lapidarmente definido pelo “humorista”, dando uma nota fidalga do seu tipo de “humor”. O “estilo” corresponde exactamente aos ditames da moral republicana, desta feita revelada com crua exactidão. No fundo, é o espírito pidesco da esquerda que, como a PIDE e os seus patrões, se acha dona da última das verdades e chama “merda” ao que alguém diga que não esteja de acordo com a pacotilha em vigor nos media e tão querida do dr. Mário Soares e do “serviço público” de televisão.

Ao ponto de, sendo-se convidado para uma entrevista na RTP (where else?), se ter de partir do princípio que é para dizer o que agrada ao entrevistador, não o que o entrevistado tiver por bem.

Sob pena de passar à categoria de merda.

   

9.11.13

 

António Borges de Carvalho

PRESSÕES


Muito se fala das “pressões” sobre o Tribunal Constitucional. Pressões que, substancialmente, se limitam a dizer quais as previsíveis consequências dos chumbos em que tal organização é especialista.

E as outras? As pressões, muito mais abundantes, tonitruantes  e corrosivas, dos que querem à força que o Tribunal chumbe tudo e mais alguma coisa. Não são pressões?

Como em tudo nesta vida, a esquerda, dona e senhora da razão e da verdade, acha que as “pressões” da direita são ilegítimas, as da esquerda nem sequer são pressões. É o costume. A “democracia” de esquerda é o que é, e não há volta a dar.

Dizem que é a Constituição que manda, que é preciso respeitar a Constituição, desde que ela diga o que lhes convém. E o que lhes convém é a defesa dos “direitos” sociais (que não são direitos propriamente ditos), mesmo que não haja dinheiro para os pagar. De facto, a Constituição reza uma enorme quantidade de barbaridades a este respeito, e há que respeitá-las. Mas também diz:   Artigo 18º, 2. A lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição, devendo as restrições limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos.

Expiquem-me porque há-de o TC utilizar as barbaridades e não esta, ou outras, tão simples disposições. Expliquem-me como é que, sendo unânime a opinião que postula o estado de emergência – sem precisar de ir à procura dele à Constituição - não há-de o TC reconhecê-lo. Expliquem-me com que fundamendo ético se pode interpretar a Constituição ojectivamente contra o interesse do país, fazendo-o como se estivéssemos num período abslotamente normal da nossa vida colectiva, como se não devêssemos nada a ninguém, como se não tivéssemos a troica à perna, como se houvesse alternativas com pés para andar, como se o governo não fosse legítimo, como se a política fosse do Tribunal e não do Parlamento. Expliquem-me o que é mais importante: o “respeito” em relação a uma data de princípios, alguns de que nem a Constituição se lembrou, inventados à pressão, ou o princípio do superior interesse do país, neste momento consubstanciado pela necessidade de chegar ao “fim da troica” com alguma hipótese de poder começar alguma coisa que se veja?

Não expliquem. Está explicado. Toda a gente percebe. Só que, apesar de perceber, há os que apostam na terra queimada e os que tudo jogam para chegar ao poder, nem que para isso seja preciso dar cabo do que resta.

 

8.11.13

 

António Borges de Carvalho

A GREVE DOS PENDURAS

 

Uma das habituais “sondagens” do “Sapo” pergunta hoje se a greve nos afecta ou não. O IRRITADO respondeu “sim”. E, no entanto, nem dá pela greve. Está tão sossegado como em qualquer dia normal.

Mentiu? Não. Disse o que pensa. A greve afecta-o sim senhor. Afecta-nos a todos, até aos grevistas. Primeiro, porque é injusta. Num país com os desempregados que Portugal tem, a greve dos que têm salário garantido, ainda que mais baixo, é uma afronta, uma imoralidade e uma ofensa. Não importa se tem muitos ou poucos aderentes. Importa que os seus promotores, objectivamente, empurram as pessoas para tratar do bandulho próprio em detrimento do dos que sofrem, dos que sofrem a sério. Que são muitos, ainda que não tantos como diz a propaganda. Importa que, não tendo a ver com estes, a greve tem a ver com luta política, luta em desfavor do país, dos cidadãos que trabalham mesmo e dos que trabalho não têm.

É de esperar que o governo ligue tanto a esta greve e às que se lhe vão seguir como ao que se passa atrás do sol posto.

 

8.11.13

 

António Borges de Carvalho

DA PACOLTILHA MILITAR

 

Sob a alta direcção de um tal Cracel (?), muito conhecido lá em casa, uma tal AOFA, que diz agrupar “os oficiais das Forças Armadas” (quais, quantos?), foi recebida pelo PR, mais uma vez (a lembrar o seu repugnante antecessor) armado em “comandante”.

Diz o Cracel, entre outros mimos, que os militares “não obedecem ao governo” mas “à Nação”.

Aqui temos um Pinochet de trazer por casa, um tipo que sabe, com exclusão dos demais, o que é a “Nação”, um dos muitos que, ao longo da História, se têm proposto fazer política na ponta da baioneta. Este nem sequer tem a desculpa de viver em ditadura, é uma ameaça clara e confessa à nossa segurança e um insubordinado que devia estar “aquartelado” num presídio militar de alta segurança.

É evidente que o PR não devia receber “associações civis” de tipo sindical formadas por militares. Também é evidente que não lhe seria dado prever que o tal Cracel viesse cá fora dizer bojardas deste calibre. Mas um bocadinho de respeito pelo poder civil não lhe devia ficar mal...

 

7.11.13

 

António Borges de Carvalho

O OCO E OS COMBUSTÍVEIS


Não há quem não pense que os preços dos combustíveis estão ilegitimamente inflacionados, que a gasolineiras estão feitas umas com as outras para aumentar os preços, que há um cartel, um cambão, uma tramóia cronicamente aprovada pelos “reguladores” -  inutilidades burocráticas que, de longa data e a propósito de tudo e de nada, vêm vivendo à conta sem dar nada em troca ao consumidor.

O governo, mal ou bem – o futuro o dirá – resolveu fazer alterações ao regime de vigilância desta gente e até diz que quer criar uma rede de combustíveis low cost. Não haverá quem não deseje que as intenções do governo dêm bom resultado. Não haverá quem não apoie que se faça qualquer coisa.

Falso. Há. O PS, sob a alta direcção do Oco, já veio dizer que está contra. Porquê? Não houve explicação que explicação fosse.

Não se assustem, o IRRITADO explica. O PS está contra, não porque possa confessar que quer os combustíveis caros – isso não poderá dizer... – mas porque estar contra tudo e mais alguma coisa é o seu único e exclusivo objectivo. Viesse, por exemplo, o governo dizer que ia acabar com a austeridade, o PS seria contra, e passaria a campeão da austeridade.

A pergunta que resta é: o PS é oco porque é chefiado pelo Oco, ou o Oco é oco porque é o chefe do PS?

 

7.11.13

 

António Borges de Carvalho

PRESENTE ENVENENADO


Diz-se que o senhor Martin Schultz, alemão que preside ao Parlamento Europeu, se vai candidatar a substituir Barroso na Comissão Europeia.

O homem é simpático, parece não ser parvo, tem merecido por isso o benefício da dúvida por parte de muita gente, IRRITADO incluído.

O pior... o pior é que o camarada Oco, vulgo Seguro, veio embandeirar em arco com a candidatura tudesca. A avaliar pela paixão assolapada que o homem confessou quando da eleição do camarada Hollande, e com os brilhantes resultados de tal eleição, é de temer que o Schultz, afinal, seja tão bom como o francês...

 

7.11.13

 

IRRITADO

UMA VERGONHA NACIONAL

 

Anda por aí uma onda de homenagens a Álvaro Cunhal.

Que o PC as faça, as organize, é de aceitar. Que os meios lhe dêm parangonas, que vá: sabe-se do que a casa gasta.

Mas que a Democracia, o regime, o Parlamento, dobrem o cerviz perante um seu tão tenebroso e virulento inimigo, já não pode ser aceite por quem tiver algum resquício de amor à Liberdade.

Um dia destes, no salão nobre da AR, sob a diáfana presidência de dona Assumpção, os ”pais da Pátria” vão assistir a um filme qualquer sobre a vida da sinistra criatura. É normal? Com certeza que não. É vergonhoso. É como se o cordeiro homenageasse o lobo!

Cunhal lutou contra a ditadura? Com certeza. Com que propósito, com que meios, com que efeitos?

O propósito, como veio a confirmar-se, nada tinha a ver com Liberdade e com Democracia. Tinha a ver com a instauração de uma ditadura estrangeira, a mais totalitária de todas as “disponíveis”.

Os meios, internamente (segundo confissão de muitos dos seus, dissidentes ou não), eram tão desumanos quanto o propósito. Externamente, foram uma espécie de alimento e de desculpa para a “meritória” obra da PIDE.

Os efeitos foram, via medo do comunismo soviético, desculpar, perante muita gente, as malfeitorias da ditadura. E prolongá-la por anos e anos. Não é verdade qu o PC se opôs a todas as tentativas de democratização da República? Não é verdade que sempre as apodou de “manobras da burguesia”, de “enganos para o povo”, de “inspiração imperialista”, etc.? Tudo isto está escrito no “Avante!” da época. Cunhal só aceitou o 25, ou porque não teve forma de o evitar ou porque a célula do PC no Exército lhe garantiu tenaz apoio e brilhantes resultados.   

Álvaro Cunhal era um agente soviético puro e simples. Prometendo a liberdade, queria instituir os goulags, os assassínios em massa, tudo em nome de amanhãs que cantam e que jamais cantaram, bem pelo contrário, fosse onde fosse, causando sofrimento e miséria para milhões de seres humanos e dezenas de nações.

Era inteligente? Com certeza. Mas o importante da inteligência é a forma como quem a tem a usa. Sobretudo quando tal uso tem a ver com os outros.

Álvaro Cunhal pode ser, para investigadores e oportunistas (olhem aquela fulana da televisão que vem “humanizá-lo” em livro!), um tema interessante. Mas ser objecto de veneração pelo nossos representantes é uma inominável ofensa à democracia e aos democratas, aos portugueses em geral e ao país.

O PC, sim, que homenageie o seu santinho predilecto. Mas mais nada, mais ninguém decente e digno o deveria fazer.


Sabe-se que o PC continua, como sempre, a falar de democracia. Só que a democracia do PC não tem nada a ver com a Democracia, mesmo com a democracia da Constutição. Quando o PC defende a Constituição, não é a Democracia que está a defender, mas a demagogia comunista nela ínsita.

É por isso que, às vezes, lhe foge a boca para a verdade. Por exemplo quando um alto dirigente diz que a Coreia do Norte é capaz de ser uma democracia, por exemplo quando lemos o “Avante!” dos nossos dias,  por exemplo quando ouvimos o discurso do Jerónimo nas comemorações do padroeiro.


Não haja ilusões. O PC de hoje, vista o disfarce que vestir, é igualzinho ao que sempre foi.

Diferente é a dignidade dos que, fora dele, homenageiam Cunhal: ou nunca existiu ou já morreu.

 

5.11.13

 

António Borges de Carvalho   

DA REPUBLICANA TRISTEZA

 

O anúncio da eventual candidatura do entertainer Marcelo à Presidência da República veio desencadear um chorrilho de inspirações, comentários, propostas, etc.

O notável Costa resolveu que o candidato da direita ia ser Santana Lopes. Repisou, aliás, que não pode ser outro. A ideia deve ser a de lixar, tanto Marcelo como Santana.

Ainda há outro, dito futuro candidato da direita: Barroso.

À esquerda, uma vez fora de combate a brigada do reumático – Soares e Alegre - dois nomes se “elevam”: o do próprio Costa e o do ordinaríssimo Pinto de Sousa, dito Sócrates. Há ainda um tal Névoa, que tem confessas pretensões ao cargo

Seja qual for o destino de qualquer das personalidades em causa, o que isto quer dizer é que, a quase dois anos da eleição, já há quem não pense noutra coisa. Se não fosse também ridículo, seria só patético.

Um país em que a governação nada tem a ver com o PR, quem ocupa o lugar, por um lado ou por outro, será sempre acusado de estar a mais ou a menos, de ser contra ou a favor do governo. A sua alegada independência passa a vida a ser posta em causa, muitas vezes com razão. Facto é que ninguém acredita que, seja quem for o PR, ponha as suas ideias na gaveta, ou não ceda à tentação de se meter onde não é chamado. Isto para além de jamais ser “presidente de todos os portugueses”, coisa que até pode querer ser, mas que não tem, do outro lado, correspondência, pelo menos por parte daqueles que dele não gostam. Acresce que a sacrossanta Constituição, no caso, estipula claramente que o PR é “da República”, não dos portugueses. Mas o que a Constituição diz, quando não agrada à “moral” republicana, é coisa que ou não existe ou é para esquecer.

Por isso que a eleição presidencial, pior que uma inutilidade, seja sempre, a todos os títulos, prejudicial. Um sistema que não é carne nem peixe nem antes pelo contrário, tem destas coisas, por muito que custe ao doutor Miranda e seus seguidores.

Aliás, não se compreende que um PR eleito directamente, não seja o líder político do país. Então para que andaram as pessoas a votar, para que se gastou tanto dinheiro, e gastará ainda mais até os senhores baterem a bota (já cá cantam três!)?

Um presidente com o perfil que a Constituição dá ao nosso só pode ser de origem parlamentar, o que acontece, sem excepção, em toda a Europa que nos é próxima. O único Presidente eleito directamente é o francês, mas é ele o chefe do governo e o “dono” da política.

 É mais que evidente que, se se quer um chefe de Estado verdadeiramente representativo, autenticamente independente, sem interesses ideológicos outros que não sejam os da dignidade, independência e prestígio do Estado, então a solução é só uma, que muitos países, impecavelmente democráticos, adoptam, orgulhando-se dela e respeitando-a: a sucessão dinástica.

Dizia o republicano fundamentalista Raul Rego, quando queria elogiar o seu camarada Soares que ele era “como um Rei”. Está tudo dito, não está?

 

3.11.13  

 

António Borges de Carvalho

COISAS QUE ACONTECEM

Um tipo qualquer do PC veio trazer a público a sua douta previsão quanto ao orçamento. É que, disse, foi votado no dia de Finados, razão pela qual devia ter sido chumbado.

Não é de esperar que um bolchevista tenha noções, mesmo que vagas, sobre assuntos de liturgia ou de calendário cristão. Talvez por isso o tipo confundiu o dia de Finados com o de Todos os Santos.

Mesmo com este fatal engano, o homem produziu um argumento anti orçamento muito mais válido que os normalmente usados pelos seus camaradas.

Coisas que acontecem.

Mais marcante que o engano do “finado”, é um do Dr. Silva Lopes, por ser quem é. Diz ele, no meio de uma diatribe contra a descida do IRC: “Só vai beneficiar grandes empresas – que normalmente têm sede fiscal no estrangeiro”.

Então, se têm sede fiscal no estrangeiro, como é que a descida do IRC pode beneficiá-las?

Coisas que acontecem.

 

3.11.13

                                                    

António Borges de Carvalho

CADA CAVADELA…

 

Quando Sua Excelência a Procuradora Geral da República foi nomeada, o povo, mesmo sem fazer ideia de quem a senhora fosse, ficou contente. O povo estava farto dos seus antecessores, tão pródigos em asneiras como tonitruantes fornecimentos de matéria para entreter os jornalistas. Tratando-se de uma senhora com bom aspecto, apresentada como sensata e competente, infundiu nos corações das gentes, mais que a esperança, a quase certeza de que o infrene propagandismo imperante na casa tinha os dias contados.

Pura ilusão. Pouco tempo passado, foi tudo por água abaixo.

O ministro Machete mete a pata na poça, a senhora vem “denunciá-lo” publicamente. E, como se o que se sabe a respeito das investigações onde entram angolanos não tivesse origem lá na casa, acha que o homem é uma besta porque disse que era tudo uma questão de papelada. Ora o que pode justificar o epíteto não é isso, mas a bronca do pedido de desculpas. Facto é, sabe-se agora, que o processo que envolve o PGR de Luanda foi arquivado em Julho. Mais do que uma questão de papelada, era uma questão de incompetência da casa, tão lesta a divulgar o que não deve ser divulgado, como, pelos vistos, a esconder o que notícia mereceria. Não ficou a senhora por aqui: veio tornar público que tinha proibido, intramuros, a divulgação fosse do que fosse, assim confessando que, até à data, a bagunça era total. Malhas que o ex-império tece, ou puro amadorismo e ânsia de publicidade?

Neste fim de semana, o pobre povo é martelado com mais uma. A senhora vem, com a mais desabrida jactância, declarar que está de candeias às avessas com a ministra da justiça, a qual, na sua opinião, lhe roubou uns funcionários de que precisava. Não, isso de ir conversar com a ministra, ou com o PM, ou com o PR (tudo gente que a receberia com a maior das facilidades) seria pouco. Resolveu pegar no trombone e dizer que estavam a pôr em causa o funcionamento das investigações. Para quê? a única razão plausível para a barulheira não pode ser senão a de se sangrar em saúde quanto a futuros falhanços da organização: o que correr mal será, está mesmo a ver-se, culpa da ministra!

 

É triste que um “anjo” caia tão depressa do etéreo assento onde subiu.

A ver vamos quanto virá a próxima minhoca. O melhor é não nos pormos a cavar.   

 

3.11.13

 

António Borges de Carvalho

CABO DAS TORMENTAS

 

Um dos mais interessantes fenómenos dos tempos que correm é este das manifestações de rua. É que, para além das hostes profissionais, e da chamada comunicação social, já pouco há quem ligue. O Carlos farta-se de bramar, mas, para além do disco riscado, a única coisa de “novo” é anunciar a manifestação que se segue. Por mais que se esganice, parece que só os membros do regimento o ouvem.

A manifestação da ponte foi o que se viu: um flop em relação ao prometido. Queriam um exército e não tiveram mais que um batalhão. Nem o regimento estava completo!

A tecnologia localizada, isto é, os mini grupos que esperam o governo por portas e travessas, parece estar a esmorecer. Ajuntamentos de umas dezenas de protestantes são muitos, e muito pífios. Só os media os safam.

As doutoras do “que se lixe a troica”, pura burguesia bem vestida e ansiosa de notoriedade, são recebidas pela loirinha oxigenada do Parlamento, impantes e histéricas como é de ver, mas não conseguem mais que umas dúzias de manifestantes, e fora das escadas, que a loirinha parece mandar menos que a polícia.

Quer isto dizer que o pessoal está satisfeito? Claro que não. Quer dizer que a malta se conforma? Nem pensar.

Quer dizer que não acredita nos velhos condotieri, como o Carlos, nem nos novos, que querem apanhar o combóio da “liderança de massas”. A verdade é que, se não forem os profissionais do Carlos e do bigodes – malta do PC e idiotas úteis - que se manifestam porque é essa a sua natureza mais profunda, deixou de haver o chamado “povo em fúria”. As “massas” passaram à peluda.

Não há fúria? Há. Mas há também a consciência das coisas, a provocar, não indiferença, mas a noção evidente que o que tem que ser tem muita força, isto é, que se não se pagar assim pagar-se-á assado.


Grassa pela Europa fora a mesma doença, com manifestações de diversa índole e de diversas cores. O que lhes subjaz, porém, é o mesmo, a noção de que não vale a pena travar o que aí vem, que há uma onda de desgraça. Passará como todas as ondas, não se sabe ainda é a extensão dos estragos que vai deixar.

O pós-guerra chegou ao fim. As filosofias do pós-guerra também, por muito que nos custe. O Estado social ou passa a ser outra coisa ou cairá de velho. O capitalismo, ou seja, a natureza humana, adoeceu, sendo incerto como se poderá cuidar da doença.

As pessoas – nós todos - não sabem, coitadas, o que as espera. Mas sabem que não é o Carlos, nem as meninas do que se lixe a troica, nem as manifestações de “massas”, nem a arruaça, o que as pode ajudar a dobrar o cabo das tormentas.

 

2.11.13

 

António Borges de Carvalho

O GUIÃO


É de cristalina evidência que o “guião” apresentado por Portas não diz nada por aí além. O homem andou não sei quantos meses a “pensar”, falhou todas a promessas de prazos, e lá acabou, tarde e más horas, por cumprir.

Quando chegou o almejado dia da apresentação pública do ingente trabalho a que se vinha dedicando há que eras, o que nos apareceu foi uma série de coisas que toda a gente sabe, sem novidade, sem rasgo, sem génio.                                          

De Portas, apesar de tudo, isto é, apesar de não ser de confiança, esperar-se-ia mais.

Por outro lado, sendo aceitáveis as críticas que se vem produzindo ao documento, algumas que o IRRITADO até subscreve, imaginemos que seria de outra maneira. Imaginemos que Portas tinha apresentado uma montanha de medidas concretas, com justificações, com prazos, com um road map qualquer. As mesmas almas cair-lhe-iam em cima, porque era demasiado limitador da discussão, porque era uma avançada ideológica para além de todos os limites, porque era “neoliberal”, porque era o diabo a quatro.

Isto para dizer que, fosse qual que fosse o “guião” apresentado, seria sempre péssimo, ruinoso, injusto, megalómano, inconstitucional, o caneco.


O problema do governo, a somar à enorme colecção de problemas que Portas lhe tem causado e vai continuar a causar, era que não havia margem para recuo. O guião tinha sido repetidas vezes prometido, tinha que se apresentar qualquer coisa. Teria que ser algo que permitisse a discussão, que lançasse desafios sem concretizar, a fim de atrair os políticos da oposição à discussão e ao compromisso. Neste sentido, até haverá justificação para a vacuidade do proposto.

A ilusão em que o PSD parece não parar de insistir é a de pensar que, por óbvias razões de interesse geral, ou nacional, mais tarde ou mais cedo o PS virá sentar-se à mesa. O PS, pelo menos enquanto for liderado por este traste que se chama Seguro, o oco para o IRRITADO, é isso mesmo: oco. Não se sabe se não percebe nada ou se não quer perceber nada para além das convenienciasinhas internas da organização.

Deem-lhe medidas concretas, o oco é contra. Deem-lhe princípos gerais, é contra. Deem-lhe ideias para discussão e eventual compromisso, é contra. Nada o distingue do BE ou do PC. Só que o BE e o PC têm uma cartilha que é, por natureza, contra qualquer ideia democrática, por mais que se afirmem democratas.

O PS faz outra profissão de fé. Mas, liderado por um fulano do infeliz calibre do oco, para quem é mais importante contentar a gregos e a troianos no Largo do Rato e explorar as hipóteses que talvez tenha de chegar ao galarim do que fazer o mínimo que seja para defender os interesses do país, o PS é um peso morto, afogado num argumentário sem sentido, ou pior, um peso que muito virá a dobrar as nossas costas muito para além do necessário, por óbvia incompetência e mesquinho interesse.    

 

1.11.13

 

António Borges de Carvalho

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