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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

DA INTELIGÊNCIA SOCIAL AUTÁRQUICA

 

Esta malta do socialismo tem uma estaleca notável. Ferozes adeptos da reforma do Estado, se lhes cheira a tal coisa caem-lhe em cima a quatro patas.

Desta feita, são uns autarcas socialistas que proclamam a sua revolta contra o fecho de tribunais. Pudera! Um tribunalzinho, mesmo que pouco tenha que fazer, é uma mais valia económica para as câmaras. Há uma data de malta, útil ou não, que vem morar, consumir, pagar taxas, multas e licenças em Milhafres de Baixo, há gente que frequenta a coisa e bebe umas bicas nas tascas lá do sítio. Uma notável fonte de receita que se vai, vítima das ferozes garras da dona Paula.

Indignados, prometem “um combate sem tréguas” à negregada reforma. É que, dizem, a dona Paula está a trabalhar para “o verdadeiro objectivo deste governo” que é “extinguir municípios”.  Até parece que não foi o PS que se comprometeu a fazê-lo! Isto de objectivos, mesmo os assumidos pelo PS, são atentados ao povo se executados por outros. Quando se procura argumentos, mesmo os mais absurdos são bem vindos.

Por outro lado, confessando-se a favor da especialização de tribunais, acham muito bem que os milhafrenses, se tiverem uma pendência de família, tenham que se deslocar a Fontanelas de Cima, porque o tribunal de Milhafres de Baixo é especializado em crime. Não se trata, evidentemente, de poupar viagens à população, trata-se de ser do contra por ser do contra, à imagem e semelhança do chefe oco e burro que os inspira.

O governo, dizem, “não tem uma estratégia para a organização político-administrativa do País”. Mesmo que seja verdade, verdade é também que, sejam quais forem as medidas do governo, na opinião dos ofendidos, nunca farão parte de qualquer estratégia. Se houvesse uma “estratégia” (a Câmara de Lisboa, bom exemplo, pariu umas 800 páginas de estratégia destinada a tapar buracos nas ruas... com os magníficos resultados que estão à vista), qual ela fosse, seria objecto dos mais violentos vilipêndios, ao ponto de se perceber porque é que o governo não publicou 3.000 páginas de “estratégia”. Xiça! Declarar intenções é a melhor maneira de gerar acusações.

Voltando à douta diatribe dos autarcas do PS que, com o partido, vão apresentar as razões da sua justa luta, o menos que dizem, com zero fundamentos, é que as populações vão ficar entregues “à lei do mais forte”. Não fazem a coisa por menos. Ou seja, se os brilhantíssimos autarcas socialistas mandassem nisto (horror dos horrores) não diminuiria o consumo de bicas e de cachorros quentes em Milhafres de Cima, os tasqueiros pagariam menos impostos, os táxis mudavam-se para Fontanelas de Baixo. A la limite, como dizem, os municípios deixariam de existir, com a consequente diminuição de inimigos públicos e de tachos autárquicos, o que é de evitar a todo o custo.

 

Conclusão: se os municípios existem só por ter um tribunal a melhor solução será acabar com eles. Se calhar, tanto os autarcas do PS como a dona Paula têm carradas de razão.

 

27.2.14

 

António Borges de Carvalho

 

ATESTADO

 

“Não percebo porque damos o nº 2 ao CDS. Nunca aconteceu noutras coligações”.

          António Capucho

 

O IRRITADO atesta por sua honra que, em várias eleições, inúmeras listas negociadas por Capucho por parte do PSD, pertenceu ao CDS o candidato nº 2.

Mais atesta que não tem qualquer interesse em saber a quem pertence o nº 2, ou 3, ou 485, antes se está nas tintas para o assunto.

Atesta ainda que, como é do conhecimento público, nem toda a gente é honesta.

 

Lisboa, 26 de fevereiro de 2014

 

IRRITADO

GENTE DO PIOR

 

Julgaria o IRRITADO que o congresso do PSD seria o forum ideal para que os múltiplos inimigos internos de Passos Coelho, tanto os mais ferozes  - (Pacheco, Manuela & Cª, por exemplo) como os menos verrinosos, aproveitassem a oportunidade para fazer as suas doutas considerações sobre a política do governo, aquecer a discussão, usar dos seus direitos num plano de frontalidade, lealdade e coragem política.

 

Estúpida ilusão esta. Parece que aquela malta está mais interessada em ganhar umas massas nas televisões que em dar ao partido o contributo dos seus altos pensamentos, solenes avisos e doutas opiniões.

No entanto, moita carrasco. A luta desta gente é mais feita de ódio, inveja, dor de corno e interesse financeiro pessoal (se não fossem peritos em cobras e lagartos já tinham sido corridos da pantalha) que em preocupação com o partido ou o país. Não que o PSD fosse enriquecido com  presença de tal matilha. Mas, pelo menos, a matilha daria a cara no mais próprio dos locais. Moita carrasco. Seria honesta, à sua maneira.  Mas a honestidade, a frontalidade, a coragem,  a lealdade e outros valores parecem não fazer parte da estrutura moral da matilha. Preferam ser cães raivosos a assumir-se como dignas feras. Moita carrasco.

 

Há excepções. Morais Sarmento, por exemplo. Um Homem. Marcelo, inspirado por um táxi, lá apareceu, a apanhar o das presidenciais. Não merecerá elogio, mas portou-se direitinho, assumiu-se como membro do clã. Não traiu. Não se pôs de fora.

 

Disse.

 

24.2.14

 

António Borges de Carvalho

PÉ NA POÇA?

 

Ir buscar outra vez o Relvas, ainda que para cargo mais ou menos irrelevante, é coisa pela qual Passos Coelho é super criticado. O IRRITADO é levado a alinhar em tal crítica.

No entanto, a verdade é que, quando Pinto de Sousa, comprovadíssimamente, foi apanhado em trafulhices universitárias muito mais graves que as de Relvas, ninguém, muito menos os diversos bandos do PS, veio exigir que se demitisse. Relvas, ainda que tarde, foi à vida. E foi o próprio governo do PSD quem mandou investigar o sucedido. Há grandes diferenças entre um caso e outro, as diferenças entre homens e hienas.  

Ir buscar Relvas agora? Também não era o momento ideal. A coisa ainda está fresca. Seria preciso deixar passar mais água por baixo das pontes. Talvez. Mas dê-se a Passos Coelho o benefício da coragem e de lealdade.

A poça não é mal cheirosa, ao contrário da das hienas.

 

24.2.14

 

António Borges de Carvalho

O CANDIDATO

 

Bem dizia o IRRITADO que aquela do Marcelo ter desistido de vir a ser Presidente da República ia morrer na praia. Era uma decisão tão irrevogável como a demissão do Portas.

Quem o viu, ontem, falar às massas do PSD, só não percebe se for completamente parvo. O homem estava ali com um fim bem claro: apresentar a sua candidatura.

Em resumo, informou que se estava nas tintas para o “perfil negativo” traçado pelo líder. Afirmou que, dentro do partido, era de uma “abrangência” total, ao ponto de tecer loas ao Pacheco. Proclamou que, na sociedade, tinha tanta consideração por todos que chegou a dizer maravilhas do Álvaro Cunhal!

Aqui temos, auto-descrito, o “Presidente de todos os portugueses”*!

 

Depois do discurso de Marcelo, alguém é capaz de sonhar que Passos Coelho terá margem para propor outro candidato?

 

 

23.2.14

 

António Borges de Carvalho

 

 

*Trata-se de uma inconstitucional aldrabice (na Constituição o Presidente é da República, não de português algum) tantas vezes repetida que parece ter passado a verdade. Mas dá imenso jeito, não dá?

FIDELIDADES

 

I

  1. Já lá vão muitas décadas, a URSS iniciou uma prática altamente democrática, via manipulação da “informação” que propiciava aos seus “cidadãos” e ao mundo. Béria foi corrido (por cá dir-se-ia saneado) e, como por encanto, a sua entrada na enciclopédia soviética passou a ser ocupado pelo Mar de Bering. Genial. Nas fotografias do regime a trenebrosa fuça do infiel foi substituída por Molotov, ou outro de semelhante igualha. Este tipo de transparência viria a ser adoptado pelos bolchecistas, pelo menos até Gorbachev.
  2. Interessante é verificar que a orática deu frutos neste jardim. A dona Drago (em português “correcto” deveria ser Draga) fez xixi fora do bacio e saiu pela esquerda baixa. Em justa consequência de tal e tão desonroso procedimento, o BE fez um filme sobre os seus 15 anos de actividade onde a dona Draga não consta, quer na letra quer na música quer na imagem. Bem feita! Isto do bolchevismo tem as suas regras.

II

  1. Nos tempos em que o IRRITADO era um rapazola, meteram-no no Exército, e por lá andou uns quatro anos. Era assim. No Exército, aprendia-se coisa boas e coisas menos boas, até más. Das boas, constava o conceito de honra militar, a fidelidade ao que a Pátria era, uma ideia de disciplina, de respeito hierárquico, de espírito de serviço, etc. Estas coisas eram metidas na cabeça das pessoas por um corpo de oficiais profissionais que juraram, para além da fidelidade aos princípios que ensinavam, dar a vida, se necessário fosse, pela honra de servir.
  2. Hoje, quando uma Nação inteira (à excepção dos mais pobres) se sacrifica, sofre cortes em tudo e mais alguma coisa, paga mais impostos do que jamais pensou ser possível, tudo em nome da Pátria pela qual oficias prometeram dar a vida, tais oficiais nem um chavo querem dar, quanto mais a vida. Depois de teram jurado fidelidade ao poder civil, multiplicam-se em escapatórias, em gritos pelos seus direitos, privilégios e tratamentos de excepção, tanto ou mais que os mandantes da CGTP ou os maquinistas da CP. Qual disciplina, qual honra, qual espírito de serviço, qual quê! Somos mais que os outros e acabou-se. Não queriam mais nada? Respeitinho pela condição militar, ou seja, pelo tratamento de privilégio.

 

23.2.14

 

António Borges de Carvalho

UMA PERGUNTINHA

 

O Tribunal Constitucional chumbou a proposta de referendo sobre diversas formas de adopção de crianças pelos deficientes sexuais.

Pergunta o IRRITADO: e se o tal referendo, ou outro qualquer, tivesse sido proposto pela esquerda? Ó TC, quid juris?

À consideração do respeitável público.

 

19.2.14

 

IRRITADO      

UMA PERDA IRREPARÁVEL

 

Não sei se o governo deveria, ou não, decretar uns três dias de luto nacional, com bandeiras a meia haste e cortejos de carpideiras, em sinal de pesar pelo choque nacional que representa a ida para o Brasil desse grande luminar da nossa cultura, desse brilhante farol que vinha fustigando com seu brilho os olhos da nossa ignorância e da nossa insensibilidade: Fernando Tordo.

A simples dúvida do IRRITADO a este respeito é bem o espelho de tal ignorância e de tal insensibilidade.

 

Qual ave do mesmo nome, assustada pela adveniente época da caça, esvoaçou, sereno e “sem mágoa”, para longes terras. Verdeiro assecla dessoutro português de gema, Dom João, acossado por Junot.

Deu-nos o nosso herói a subida honra de nos avisar com tempo, a fim de nos aliviar do tremendo choque que a sua partida não deixaria de causar, tal a perda de valor pátrio que representa. Afinal, o que é, por exemplo, a morte de Eusébio, se comparada com a perda “irrevogável” deste poderoso génio? Um fait divers, por certo. Pelo menos, deve ser assim que pensa o nóvel  imigrante, dada a publicidade com que rodeou a partida da sua tão insigne personalidade.

 

Porquê, perguntará, aflita, a grei?

Porque, esclarece o heróico senhor, ninguém lhe dá trabalho! Já viram isto? Um país que regurgita música, ou “música”, de todos os tamanhos e feitios, não tem um lugarzinho para o sábio compositor que, com toda a justiça, diz ser? Ó ingratidão! Ó vil tristeza! É “insultuoso”, diz ele. A culpa, segundo o próprio é, evidentemente, do governo.

Di-lo com toda a razão. Um país que escolhe um governo como este, não merece os altíssimos contributos de Fernando Tordo para a sua cultura.

 

Nem luto nacional nem nada!  Antes a dona Gilma que, pelo menos, é socialista.

 

19.2.14

 

António Borges de Carvalho

DA FELICIDADE

 

O inigualável Júlio Isidro, frequentador de almoços da Associação 25 de Abril, pôs inúmeros generais e coronéis a chorar baba e ranho ao ouvi-lo ler um texto, pelos vistos genial, texto que, diz-se, é hoje “viral” nas chamadas redes sociais.

É comovente ver os duros homens, em perigos e guerras esforçado, se calhar heróis, a lacrimejar impotentes perante a isidral verve.

Exactamente porquê? O IRRITADO não sabe, nem vai perder tempo à procura de tal oração. Mas, ao que o Júlio diz nos jornais, deve ter-ser tratado de coisa celestial.

 

Segundo ele, a felicidade é a liberdade, não se é livre sem se ser feliz, nem feliz sem se ser livre. Mais ou menos assim:

O que é ser livre, ou feliz? É ter “bem estar, as necessidades básicas garantidas, a ideia de um futuro risonho, de um Estado que vela por cada um de nós... isso... são valores da liberdade.” Hoje em dia, as pessoas vivem angustiadas, não dispõem de “uma sociedade que as protege  e as respeita”, as pessoas vivem “a incerteza, a desesperança, a tremendíssima angústia do dia de amanhã... As pessoas não são livres”.

 

Andam, há milénios, filósofos, psicólogos, ascetas, psiquiatras, sacerdotes, sociólogos, profetas, a tentar definir o que seja a felicidade.

O Isidro resolve a questão em duas penadas: quem não tem um Estado a tratar de tudo (quem paga é outra coisa), não é feliz e, não sendo feliz, não é livre. E vice versa, etcetera, paralelamente. O Estaline e o Hitler diriam a mesma coisa, não é? Todos iguais, o Estado a resolver o que é preciso, saúde, alimentação, educação, transportes, empregos, cultura, fraldas para os meninos... e todos seremos felizes e livres, ou livres e felizes.

 

O IRRITADO imagina a raiva que estas palavras devem provocar em inúmeras almas bem intencionadas, eventualmente infelizes e escravizadas. Imagina também onde pode levar o estilo de “raciocínio” dos nossos inumeráveis isidros. Imagina mais, o mal que a postura de ideal comodidade deles pode fazer à sociedade. Demitamo-nos da nossa vida, da nossa luta por ela, das nossas responsabilidades! Há, ou tem que haver, um deus chamado Estado que nos trata do essencial, mais não nos competrindo que ir tratando do acessório. Se não tratarmos, que se lixe: lá estará o deus dos isidros para nos dar o que é preciso. Seremos felizes e livres, os generais chorarão de comovida alegria, o paraíso afinal está ao nosso alcance.

 

Gaudeamus.

 

18.2.14

 

António Borges de Carvalho

O PERFIL

 

Nunca será demais repetir que o senhor Capucho, ao contrário do que rezam os media , não foi expulso do PSD. Foi excluído de forma automática, por virtude de normas que o próprio Capucho aprovara, se é que não redigira.

Muito “à portuguesa”, ele - como inúmeros sábios da nossa praça -  acha que as normas aprovadas, aceites e apoiadas pelo próprio, se destinam a punir terceiros. Os “pergaminhos históricos” de alguns têm a salvífica virtude de os pôr  a salvo das agruras da lei. É como se um tipo que tivesse ganho dez maratonas, pudesse, impunemente, pôr-se a matar velhinhas. Que diabo, a lei aplica-se ao cidadão comum, não a um herói das maratonas!

Nas suas próprias palavras, Capucho, nunca trabalhou em nada que não fosse a política. O que, na sua opinião, lhe confere um estatuto digno da Presidência da República, lugarzinho para o qual afirma dispor do indispensável “perfil”. Mas não procura “desesperadamente” fazer-se à coisa. Fantástico! Capucho está interessado, mas com calma, sem desespero. Ainda bem. Ficamos a saber que, se não for candidato, não dará um tiro na cabeça, o que muito nos anima. Democraticamente, opina ainda que a candidatura será uma questão de dinheiro. A este tipo de pretendentes recomenda-se a sugestão da Presidente da AR – os mecenas - ou, alternativa mais segura, o Euromilhões.

Enfim, fiquemo-nos pelo honesto e modesto perfil. O homem perfila-se, na bicha para Belém. De perfil deve ser mais bonito.

E ainda há quem não veja razões para se ser monárquico!

 

15.2.14

 

António Borges de Carvalho

DESPEDIMENTOS

 

Muito se fala das alterações à lei do trabalho, bem como ao alargamento do conceito de justa causa, a fim de abranger a “extinção do posto de trabalho”. O IRRITADO, na sua crassa ignorância, julgava que, extinto o posto de trabalho, estava extinto o correspondente emprego, não havendo propriamente lugar a despedimento, mas a simples verificação de uma situação de facto.

Manifestamente não é assim. Parece que o governo resolveu pensar no assunto, tratando de elencar e hierarquizar uma série de conceitos e de razões para justificar a coisa. É evidente que toda a polémica se deve à troica, pois claro, ao governo, evidentemente, mas sobretudo aos favores com que o Tribunal Constitucional tem brindado a Pátria. Quanto à oposição não haverá nada a dizer, uma vez que a oposição está contra tudo, não revelando este episódio mais do que a habitual banha da cobra com que costuma querer acabar com os nossos males.

 

Ao IRRITADO ocorre perguntar por que carga de água é que o governo se meteu em mais esta. Para quê? O que provoca os despedimentos, com mais lei ou menos lei, com mais polémica ou menos polémica, está aí quer se queira quer não. Se a economia progredir, os despedimentos regridem. Se a economia regredir, progridem os despedimentos. Vistas as coisas por outro prisma, se a economia se inovar, haverá mais despedimentos, se não se inovar, pior será.  Quer a teimosia da troica queira quer não. Quer esse mar de estupidez e bolchevismo barato que é a política sindical ache que sim ou ache que não.

Não podia o governo preocupar-se com outras coisas?

 

15.2.14

 

António Borges de Carvalho

UMA DESGRAÇA

 

Diz a respectiva ministro que, sobre a Justiça, as ideias do Oco “não existem”.

Pois não, acrescenta o IRRITADO. Nem sobre a Justiça, nem sobre seja o que for.

E, quando resolve fingir que tem alguma, sai asneira.

Coitado do Oco!

 

  15.2.14

 

IRRITADO

UM FORMIDÁVEL SALTO

 

A melhor notícia dos últimos anos foi ontem publicada nos jornais:

 

“Uma reacção de fusão nuclear obteve mais energia que aquela que gastou”

 

(O IRRITADO jamais acreditou que as reservas de hidrocarbonetos estivessem perto do fim. O IRRIATADO sempre defendeu a opção nuclear para a produção de energia. O IRRITADO sempre criticou sempre as miríficas análises de custos/benefícios das energias renováveis, tal como propagandeadas por tudo o que é politicamente correcto. Por outras palavras, o IRRITADO, aos olhos da filosofia triunfante, é uma besta.)

 

O mais ignorante saberá que a matéria é, passe a expressão, energia concentrada. O maior desafio que se coloca à humanidade será fazer a “criação” de pernas para o ar, isto é, conseguir retirar do átomo a energia que contém, e usar a sua infinitude em seu benefício. Nem petróleo, nem renováveis, nem ciência de trazer por casa, nem cuidados paliativos.

 

É certo que as tecnologias nucleares causam o maior frisson às almas correctas. Fucoxima é culpa do nuclear, não do tsunami. Chernobyl é culpa do nuclear, não do abandalhamento soviético. Quando um tipo distraído se espeta contra uma árvore, a culpa é do carro. Quando um dilúvio se abate sobre a Madeira, é evidente que a culpa é do Alberto João. Quando um menino arranca um olho ao companheiro de carteira, a culpa é do “sistema”.

 

O feito sintetizado no título acima aponta o caminho do futuro. Em matéria de energia, é o único caminho lógico. O IRRITADO  já terá morrido há muito quando se chegar a tal futuro. Mas fica contente por saber que foi dado um enorme passo nessa direcção.

 

Continuaremos, por muitos anos e maus, a contemplar moinhos de vento e centrais térmicas. Mas há uma luz forte lá à frente. Não é nada mau.

Entretanto, por cá, umas centrais nucleares não nos faziam mal nenhum. Ao dizer isto, o IRRITADO sabe que lhe vão chamar os piores dos nomes. Que se lixe.

 

14.2.14

 

António Borges de Carvalho

INCONSEGUIMENTO

 

A nossa speaker, especialista em neologismos bacocos e frases sem sentido, deve estar tristíssima por ter conseguido mais um dos seus “inconseguimentos”.

Lembrou-se de propor que umas comemorações dos 40 anos do 25 fossem pagas por mecenas. A ideia é interessante e, não vivêssemos em Portugal, até podia ter pernas para andar.  

Não contava a ilustre senhora com as reacções que a ideia suscitaria. De imediato, ouviu-se, categórico, o pífaro roufenho da intolerável Maria de Belém, a entoar a cantiga da dignidade das instituições. A proposta “não é conforme com a dignidade da data”, diz ela, tremebunda e esganiçada. O resto da malta afinou pelo mesmo diapasão. Outra coisa não seria de esperar.

 

Carradas de razão. Que diabo, não somos anglo-saxónicos, somos latinos, gaita! O que tem a sociedade que se meter em assuntos de Estado? O Estado é o Estado, comemora-se a si próprio sem interferências “indignas”! Isso do mecenato tem a ver com dinheiros que não têm a “dignidade” dos dinheiros do Estado, cuja origem social é coisa para esquecer. Tem a ver com tipos que andam à procura de benefícios fiscais, uma malandragem sem nome.

Poder-se-ia recorrer à subscrição pública. Mas é coisa de idos tempos, em que se construia aquedutos com esmolas, coisas da monarquia, ainda por cima absoluta! Nem pensar!

 

Vamos um pouco atrás. O IRRITADO nasceu quando o 5 de Outubro já tinha 40 anos, que é o que acontece hoje ao 25 de Abril. Quando o IRRITADO começou a ter cabeça para pensar, para além de uma dúzia de cómicos que se juntavam, nesse dia, à volta da estátua do António José de Almeida e no Alto da São João, já pouco havia quem ligasse ao 5 de Outubro. Não havia proximidade para sentir a data, nem distância para a julgar. O 5 de Outubro só viria a ser apreciado, e desmascarado, cem anos depois da dita data.

Com o 25 de Abril é mais ou menos a mesma coisa. Nem memória, nem distância crítica. Tal tempo virá, mas falta ainda muito tempo. Como, felizmente – graças ao 25 de Novembro -, vivemos em liberdade, a dúzia de cómicos é substituída por uns milhares de manifestantes que acham que tal dia era a madrugada do socialismo, não da democracia. Os outros ficam em casa, ou gozam o feriado como lhes apetecer. Nada mau.

Por tudo isto, justificava-se a ideia de tentar meter a sociedadde no financiamento das comemorações, pô-la a participar nelas, alargá-las para lá dos adeptos do socialismo e das fronteiras o Estado formal. Mas, por medo de um flop ou por estupidez ideológica, nem pensar! O Estado é sacrossanto, não pode confundir-se com a canalha.   

Lamentemos o inconseguimento da dona Assunção e, se houver sol, até podemos ir à praia comemorar com uma bejecas bem geladinhas.

 

14.2.14

 

António Borges de Carvalho

LAMENTÁVEL

 

Não sei se haverá algum estatuto, de alguma associação, clube, confraria, etc., que não preveja, como dever dos sócios, o de não ofender a instituição a que pertence, não a desonrar publicamente, não praticar actos que lesem os seus interesses, e assim por diante.

Normalmente, quem prefere ser contra a instituição em que se filiou, se for honrado, sai dela. Até há os casos dos sócios do Carcavelinhos que rasgam o respectivo cartão quando a equipa leva mais de quatro a zero...

 

O senhor António Capucho, ao que se diz fundador do PSD, seu ex-secretário geral, seu ex-ministro – não terá, enquanto tal, feito nada que se visse, mas isso é o menos -, seu ex-autarca – que se demitiu por causa de uma doença que não tinha -, um homem – o mais possível - do aparelho, – um militante que fez uma vida inteira ao serviço do PSD – ou servindo-se dele -, decidiu, numa altura em que – com razão ou sem ela – deixou de estar de acordo com a direcção do partido, desatar a desancar publicamente a organização, numa fúria opositora dificilmente ultrapassável. Dir-se-á que outros membros do pelotão dos invejosos – a dona Manuela e o Pacheco, por exemplo – terão feito, e fazem, o mesmo, gozando de altos púlpitos, de sonoros e servis trombones, e de gozosas loas da oposição em geral e do Oco em particular.

Estarão no seu direito? Talvez. Não estão é no direito de o fazer ao mesmo tempo que continuam a dizer que são fieis à organização, ou no de o fazer de forma reitrada, continuada, pública, tonitruante e, quantas vezes, paga. Aliás, nisto da política, há muitas maneiras de matar moscas. Por exemplo, o Oco – o IRRITADO será o último a elogiá-lo -,  que toda a gente sabia não afinar pelo diapasão do Pinto de Sousa, usou os seus melífluos talentos para a ele se opor, mas sem entrar na sanha oposicionosta, primária, odiosa e fácil, que é praticada pelos invejosos.

O dito Capucho foi ainda mais longe: candidatou-se a um cargo público contra o partido. Não colhe dizer que o partido meteu a pata na poça em Sintra: toda a gente sabe disso. Uma coisa é não concordar com a decisão , outra é pôr-se ao serviço do “inimigo”. Ou, pelo menos, pôr-se ao serviço do inimigo sem, prévia e honradamente, se desligar da origem.

 

Quando o assunto se pôs, o IRRITADO foi-se aos estatutos do PSD. Neles leu que a capuchética atitude tinha a exclusão do partido como consequência automática. Capucho sabia-o melhor que ninguém, mas deixou-se ficar, no óbvio objectivo de causar à organização o maior dano possível.

Estranho é que a dita tenha dado o flanco como deu. O PSD, se tivesse um bocadinho mais de savoir faire, teria simplesmente declarado a exclusão automática do homem. Não o fez. As eleições autárquicas já lá vão há uma data de meses, o PSD andou para aí a tergiversar, a deixar que uma alcateia de comentadores se pronunciasse sobre o “escândalo”, a “falta de pluralismo de opinião”, o “atentado à liberdade individual” e outros mimos. Deu o flanco, o que, por não inteligente, é imperdoável.

É certo que o chefe destas coisas lá no partido veio agora dizer, e muito bem, que não se tratava de uma “expulsão” nem havia lugar a um processo disciplinar, uma vez que se tratava da simples verificação de circunstâncias para as quais não há saida que não seja a exclusão. Não se percebe porque levou tanto tempo. Não se percebe porque pôs o partido a jeito para prolongar a polémica que os seus habituais detractores não deixarão de alimentar.

 

Uma história que poderia estar esquecida há meses – Capucho, a estas horas, estaria politicamente morto e enterrado – acaba, por inépcia, por continuar a morder as canelas daquela gente.

 

Lamentável, tanto a atitude do Capucho como a reacção - ou a tardia reacção - do PSD.

 

12.2.14

 

António Borges de Carvalho    

DAS IDEIAS DO OCO

 

Debrucemo-nos um pouco sobre o brilhantismo do Oco, quando resolve ter uma ideia.

A fim de propiciar um “ambiente amigo” ao investimento estrangeiro, o homem teve uma espantosa ideia: criar tribunais especiais para o efeito. Tribunais rápidos, eficazes, baratos.

E nós que julgávamos que isso de tribunais especiais (não confundir com especializados) era coisa de ditaduras!

No especial cérebro do Oco, a coisa deve ser assim: se um investidor português tiver um problema legal ou um conflito para dirimir, continuará nas malhas da confusão e da pessegada, esperará vinte anos para ver as coisas resolvidas, perderá tempo e dinheiro, verá a vida enforcada nas malhas da burocracia judicial, etc. Mas, se for estrangeiro, a coisa resolver-se-á em duas penadas.

O Oco acha que reformar o sistema, pôr os agentes da Justiça a carburar, disciplinar os juízes, é coisa que não colhe, vício de “liberais”. O melhor é continuarmos a ter mais gente na Justiça que a generalidade dos europeus, desde funcionem mal. Para estrangeiros, fia mais fino.

O Oco é contra tudo o que se está a fazer na Justiça, e até promete acabar com o mapa judiciário da dona Paula: velho hábito nacional de começar por desfazer o que os outros fizeram, com o argumeno que foram os outros a fazê-lo.

O Oco, no vazio mental em que vegeta, por uma questão de caridade até pode ser tolerável. Agora, porém, parece começar a ser mais perigoso do que se julgaria.

 

10.2.14

 

António Borges de Carvalho     

DA DEFESA DA CULTURA

 

É verdade que a história dos mirós já pouco interessa. Mas a da aldrabice, do aproveitamento político, do tripudiar com a verdade, essa cheira mal, muito mal.

A dona Canavilhas, que foi ministra da cultura, não mandou classificar os quadros. A dona Canavilhas, quando soube que iam ser leiloados, não requereu a sua classificação. A dona Canavilhas sabia de ciência certa que bastava um requerimentozinho de qualquer cidadão para abrir um processo de classificação que impediria a venda, suspendendo todas as respectivas diligências. A dona Canavilhas sabia, desde os tempos em que se sentava na cadeira do poder, que a empresa que o mesmo governo criou para “rentabilizar” o património do BPN tinha intenção de vender os quadros e mais o que fosse vendável.

Donde se conclui que, sabendo tudo o que sobre o assunto se podia saber, a dona Canavilhas não mexeu uma palha para impedir a venda, agora proclamando que jamais a autorizaria. Se a minha avó tivesse rodas... Donde se conclui que, desde a primeira hora, a dona Canavilhas tem vindo a preparar cascas de banana para o governo, a fim de se “projectar” nos mal informados ou mal intencionados media como grande senhora, muito preocupada com os mirós. Coisa que jamais a preocupou. Se fosse no tempo dela, o governo já teria tomado a decisão, cheia de bom senso e de savoir faire, de empandeirar os quadros.

Gente fina, honesta, defensora da cultura...     

 

10.2.14

 

António Borges de Carvalho     

MAU AMBIENTE

 

Parece que está em discussão uma Lei de Bases do Ambiente. Destina-se a substituir a Lei Quadro do Ambiente aprovada em 1987. Tal lei era uma amálgama de disposições ou declarações de princípio, que pouco ou nada de jeito enquadravam, mal sistematizada, confusa, sem nenhuma preocupação científica. Fora imposta, contra toda a lógica, pelo bloco central, sob a égide do PS e a batuta do inacreditável Pimenta, hoje empresário de moinhos de vento - ao que consta com sede na Austrália. Foi acarinhada pelo PC.

Águas passadas.

 

Parece que os actuais proponentes não sabem a diferença entre uma lei quadro e uma lei de bases, nem que uma não substitui a outra. Este tipo de confusão é costumeiro. Dê-mo-lo de barato.

Interessante é sublinhar a grande oposição que o actual projecto suscita. É que os suspeitos do costume queriam que a tal lei proibisse as concessões privadas das águas. Ou seja, queriam que estabelecesse a política a seguir pelos governos eleitos, impedindo-os de programar para um lado. Nada  a ver com ambiente, gestão dos recursos hídricos, etc. Tudo a ver com ideologia. A única questão de base que os distintos deputados que temos levantam é a de defender o monstro estatal e os monstrinhos autárquicos: pôr o monstro e os monstrinhos a fiscalizar-se a si mesmos. A “base” não é decretar os limites e as formas de gestão da água, mas saber quem a faz. Como se vê, os vícios constitucionais têm tentáculos.

Pode ser-se contra ou a favor das concessões a privados dos serviços de abastecimento de água às populações. O que não se pode, ou não devia poder, é proibir uma ou outra das soluções.

E eis como um assunto muito sério é discutido. Se apostarmos que os deputados se estão nas tintas para o essencial, e nem sabem o que isso é, ganhamos. Não é aprimeira vez, nem será a última.

 

10.2.14

 

António Borges de Carvalho     

ANEDOTA DE MAU GOSTO

 

História velha: um tipo cai de um segundo andar. Fica esparramado no passeio, todo partido. Uma pequena multidão junta-se à sua volta. Alguém pergunta: “dói-lhe muito?”. O homem responde: “dói, dói, principalmente quando me rio”.

 

Os serviços de saúde, sobre a assistência a idosos, dizem: “temos muitas quedas de idosos, em especial nos tempos da cereja e da azeitona, quando sobem às árvores”.

 

10.2.14

 

António Borges de Carvalho

JANUARADAS

 

Em mais uma das suas habituais quão primitivas palinódias, o demagogo canónico Januário pôs, finalmente, o rabo de fora. Começando por dizer “não sou político”, prova a seguir que outra coisa não é. Político, politicão que, a coberto da sotaina, se dedica exclusivamente à diatribe. Com que fim? Diz ele:  "isto (Portugal!) não é uma quinta do arco governativo”. Por isso, as eleições europeias só correrão bem se o “arco governativo não for representado nas eleições”.

De uma assentada, o gato pôs o rabo de fora. O objectivo “democrático” do tonsurado é substituir os partidos do “arco da governação” pelo PC/BE e outros minhocas adjacentes.

 

O chamado coronel Vasco Lourenço ficou de tal maneira emocionado com esta ridente hipótese, que até lhe deu um fanico.

O IRRITADO deseja-lhe rápidas melhoras.

A ele, como ao desbocado bispo, deseja também um bocado de juízo e, já agora, um cházinho.

 

7.2.14

 

IRRITADO

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