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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

DA OBRA SOCIAL DA REPÚBLICA

É sabido que, a fim de “proteger” o povo e fomentar a “igualdade”, a I República decidiu impedir os aumentos das rendas do imobiliário.

A II República fez o mesmo, correcto e aumentado.

O resultado está à vista: cidades miseráveis, bairros históricos em ruínas, gente mal instalada, patrimónios familiares e individuais nos braços da mais primária especulação, etc..

Durante a III República foram tomadas algumas tímidas medidas para remendar a questão. Depois, com a morte dos antigos arrendatários (a morte propicia a mais irremediável igualdade) e o novo regime de prazos contratuais, lá se foi assistindo a alguma reabilitação urbana, ainda que conseguida, não pelo Estado, que tinha sido o grande beneficiário do congelamento, mas pelos proprietários que, por mor da lei republicana, tinham, no passivo obrigatório, décadas de “obra social”. O actual governo alargou a liberdade contratual, ainda que, simultaneamente, tenha criado mais um impensável sistema burocrático-fiscal destinado a mitigar o exercício de tal liberdade, tanto por senhorios como por inquilinos. Enfim, do mal o menos.

Entretanto, por exemplo, a CML socialista lançou uma série de “medidas” ou “programas” de “reabilitação urbana” dirigidos, com algumas vantagens, não a ser aproveitados pelos senhorios que a lei arruinara, mas a benefício dos especuladores, que vêm em tais coisas, aliás legitimamente, uma boa hipótese de investimento.

Com a putativa vitória (xiça, tarrenego, desgraça!) do senhor Costa em eleições legislativas, e segundo as suas promessas, voltaremos pelo menos uns trinta anos atrás. O homem propõe-se ressuscitar a “obra social dos senhorios”, herança dos seus avós da I República e daquilo a que soe chamar-se fascismo, ou seja, da II República. As rendas passarão a depender da conservação dos imóveis, sendo as obras necessárias encargo dos proprietários, encargo não considerado despesa em termos fiscais, isto é, exponenciado em entre 20 e 45% em sede de IRS! Além disso, o Estado, não os contratantes, passa a determinar o valor das rendas! E mais alguns mimos de que não valerá a pena falar.

É assim que o socialismo primário, dito democrático e republicano, encara a justiça social, a liberdade económica, a “igualdade”, a reabilitação urbana e outras bandeiras do nacional-propagandismo.

Resta esperar que os mui dignos sucessores do jacobinismo, do maçoneirismo e, acima de tudo, do pintodessousismo, levem com os pés nas eleições. Ou que, caso as ganhem (xiça, tarrenego, desgraça!), façam a estas promessas o mesmo que farão às outras. Ainda que, no caso, seja de pensar que as cumprem, já que têm quem lhas pague, directamente - os senhorios-, e indirectamente - o resto da sociedade, inquilinos incluídos.

 

31.5.15

HISTÓRIA E HISTÓRIAS


Anda para aí uma campanha de louvaminhas aos frequentadores da velha Casa de Estudantes do Império, entre os quais se contavam pessoas de bem, assassinos, chefes tribais e, sobretudo, aderentes ao bolchevismo então ainda em voga em círculos europeus e africanos.
No fundo, bem lá no fundo, trata-se de, literalmente, branquear a descolonização, dita exemplar pelos seus principais autores. Tal exemplaridade ficou bem expressa em dezenas de anos de guerras, massacres, assassínio políticos, centenas de milhares de mortos, fome, tortura, destruição económica, miséria humana e marxismo primário, pelo menos nos pricipais territórios do Império, bem como na expulsão ultra-racista de quase um milhão de brancos que por lá mourejavam.
Pois bem, numa luzida sessão da tal campanha o senhor Jorge Sampaio adiantou a brilhante ideia de que é preciso “reescrever a História”, já que “não há apenas uma verdade” sobre o assunto. Muito bem. O problema é que a tal “reescrita”, nas palavras, na cabeça e na intenção do proponente não pode deixar de ser a aceitação e louvor do que se passou e dos seus protagonistas, como bem o prova a postura política, não histórica, de há longos anos afirmada e reiterada pelo dito.
Não tarda que historiadores encartados se encarreguem de pôr os pontos nos is: o Infante passará a ser um furioso esclavagista, Dom João II será uma besta, Vasco da Gama nunca devia ter nascido, o Cabral não passava de um marujo de segunda e por aí fora; os soldados portugueses que por lá perderam anos de vida serão transformados numa corja de bandoleiros; foi tudo uma vergonha e, bem vistas as coisas, a verdadeira história começou com a honrosíssima fuga dos “militares de Abril” em 74/75 e com os “acordos” político-militares gloriosamente celebrados, traídos, ignorados ou levados por diante . O Rosa Coutinho passará a merecer o Panteão da República e o Agostinho Neto transformar-se-á num doce paizinho.
É evidente – já o tenho dito várias vezes – que a II República não soube, ou não quis, preparar o fim do Império em condições de dignidade nacional e de respeito pelo futuro dos “descolonizados”. Mas não é menos verdade que a forma como esse futuro foi iniciado não podia ter sido menos “exemplar”, para dizer o menos.
Temo que a iniciativa (mais uma!) do senhor Sampaio redunde, como manda o politicamente correcto, em mais um tiro na alma de todos nós, se é que tal coisa ainda existe.

 30.5.15

ESCOLHA


Nesta triste história da Segurança Social há duas abordagens à consideração da populaça.
Uma, assumida pela ministra das finanças, diz que precisa de 600 milhões e que não tem, de momento, solução definitiva para o problema, apelando, como sempre sem resultado, à colaboração do PS para estudar uma solução em conjunto.
Outra, muito mais elaborada, diz que tem solução definitiva para o problema. Segundo o camarada Costa é simples,: vai buscar os tais 600 milhões - cujo montante não põe em causa – ao IRC (quanto?) e a 45.000 novos empregos que vai criar.


Agora, escolha: ou a primeira não solução, ou a segunda solução mesmo, garantidíssima por quem de direito, ou seja, pelo camarada Costa.
Na primeira, pense bem:
fica à espera para ver o que acontece, sendo que o pior que pode acontecer será uma diminuição de (mais) 3,7% nas pensões.
Na segunda, pense bem:
não sabe, ninguém sabe, quanto vai render o IRC. Mas toda a gente sabe que, se a massa sai do IRC, sai do orçamento do Estado. Compaginar isto com as promessas de contenção orçamental e de cumprimento dos compromissos é tarefa que o camarada Costa deve estar a fazer, mas cujos resultados se abstém de comunicar. Por outro lado, tem por base 45.000 novos empregos e as suas novas contribuições, bem como a correspondente descida dos subsídios de desemprego. Note que, em termos do “documento” dos “técnicos”, os novos empregos eram 10.000, os quais, na “proposta” de programa, passaram a 50.00 e, ao longo das semanas, já foram de quantidades diversas, conforme as “convicções” de quem as tem produzido.


Em resumo: no primeiro caso, você sabe qual é o maior risco, competindo-lhe ter esperança que outra solução possa ser inventada; no segundo, sabe que os 600 milhões vão sair (em que percentagem?) das receitas do IRC, ou seja, vão dar mais uma bordoada no orçamento; sabe também que o aumento das contribuições por via dos 45.000 putativos empregos é uma espécie de ovo na cloaca da galinha e, mesmo assim, terá que partir do princípio que, na cloaca da galinha, há algum ovo.


O problema é seu.

28.5.15

JOÃO MIGUEL TAVARES



Cá em casa, distingue-se as edições do jornal do PS & Cª, chamado “Público”, desta forma, mais ou menos primária: “hoje é dia do Tavares bom” ou “hoje é dia do Tavares mau”, sendo que, como devem calcular, o “bom” é o João Miguel Tavares, e o “mau” o Tavares  do “Livre”.
Pois bem, em quase histérica defesa do seu “liberalismo social”, o “Tavares bom” espraia-se hoje em considerações sobre o referendo irlandês.  Porque é a favor do casamento gay? Não, isso va sans dire. Porque acha que é uma vitória dos “direitos humanos”? Não, pela mesma razão. Porque é um “avanço”. Não.
Então porquê? Porque acha que, na nossa vida pública faltam gays, ou tipos a dizer que o são. Vistas bem as coisas, devia, como para as mulheres, haver quotas para os ditos. Cada governo, cada partido, cada parlamento, cada câmara municipal, devia ter um mínimo de gays confessos, assumidos e, de preferência, casados uns com os outros. O mesmo, é de pensar, com as fufas, personalidades a que o autor não se refere.
O homem não diz isto, ou não se expressa assim, mas é a conclusão lógica do seu esclarecido pensamento. O que o revolta, expressamente, é que possa haver, ou haja, membros do governo, parlamentares ou autarcas que, sendo gays, não venham “assumir” as suas tendências ou práticas sexuais, transparentemente, perante o respeitável público. Ou seja, em matéria de “direitos humanos” devia, na sua opinião, haver, para além das declarações de rendimentos e mais não sei de quê, declarações fidelidade gay. Por este andar, os políticos deviam ser obrigados a decalarar se são do Benfica ou do Carcavelinhos e, mais importante ainda, se gostam mais de carapaus ou de sardinhas, se lêm livros de quadradinhos, se vêm programas “ousados” ou se vão a concertos da Gulbenkian.

A reserva da vida pessoal de cada um é coisa que, segundo o mesmo comentador, é, ou devia ser, letra morta.


Em conclusão, no melhor pano cai a nódoa.

28.5.15

UMA QUESTÃO DE VALORES


Um tipo que se chama José Alberto Carvalho (há Carvalhos bons e Carvalhos maus, xiça!) anunciou ao povo que a data do assassínio do Senhor Dom Carlos e do Príncipe Real tinha sido “considerada funesta para os monárquicos”.  Dá ideia que, nas novas teorias sobre direitos humanos, tal assassínio devia ser considerado funesto para toda a gente. Mas não. No parecer do douto “comunicador” e alta figura de uma televisão qualquer, só para alguns. Das duas uma: ou os republicanos não passavam de um bando de terroristas que muito se reviam em assassínios (como a morte do Granjo e outras tropelias parecem confirmar), ou então o canalha está engandao, e havia boa gente entre eles. E não se ficou por aqui: entre elogios ao Buíça, declarou ser estranho que estes “princípios republicanos ou de 'humanidade' - o elogio de assassinos – ainda hoje sejam objecto de debate”.
Aqui temos a natureza profunda dos sentimentos “humanos” deste repugnante lider da comunicação social, para quem os valores “humanitários” são derrogados pelas preferências políticas de cada um. Em alternativa, trata-se de “interpretações” da História vomitadas por um ignorante desejoso de pôr os pontos nos is, em vez de os meter num sítio que eu cá sei.



26.5.15  

É DEMAIS!


Algum desses especialistas em chatices televisivas que por aí andam poderia fazer as contas às horas de emissão, em todos os canais, de cabo e não só, dedicadas a ingentes questões futebolísticas.
Somos, dias inteiros, noites inteiras, sem possibilidade de fugir, presentados com a alta presença de uma ou duas dúzias de especialistas em livres de canto, foras de jogo, asneiras dos árbitros, transferências, declarações de altas e presidenciais personalidades, pastilhas elásticas, claques, desordens, clubites e outros altíssimos problemas da Nação. Estas tão importantes matérias são comentadas, escalpelizadss, esquematizadas, glosadas, apreciadas, de cima para baixo,de baixo para cima, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, em intermináveis sessões, capazes de tansformar o futebol numa coisa mais chata que a mais imaginativa imaginação poderia imaginar, ou ainda mais chata que isso.
A vitória do Benfica no campeonato tem agravado impensavelmente a situação. Festas, pancadaria, tudo à trolha, o Medina a pôr as culpas à ministra, os polícias em polvoró, teorias da conspiração, os polícias sem capacete, os polícias com capacete, o Vieira com criancinhas debaixo do braço, a taça, o Luisão, as garrafas, os palcos, o Vitorino e o Santana, a culpa é da câmara, a culpa é do comissário, a culpa é da minstra, a culpa é das claques, festas no Marquês, no Estádio, no Município, tudo bem, mas tudo, centenas, milhares de vezes, na televisão... gaita que é demais!


Sou benfiquista desde que me conheço. Fiquei todo contente por ver o clube do meu coração ganhar o campeonato. Mas, meus amigos, o meu clube transformado em agressão diária, constante, repetitiva, é de mentecaptos, não de gente normal. Acima de tudo, uma hedionda falta de respeito por todos nós, bem elucidativa sobre o estado a que chegou a nossa estrumeira informativa.

26.5.15

HOJE


Inquietante:
A trampa política passou a ter presença eleitoral em Espanha. Vai ser bonito, aqui mesmo ao lado.


Porco:
O Falhoufakis confessou ter gravado as reuniões com os parceiros europeus. Nada mais lindo para fomentar a confiança. Outra achega para se perceber com quem a Grécia (e nós todos) se meteu.


Ridículo:
O partido do Màrinho, diz ele, foi invadido por uma seita religiosa. Houve bagunça, tudo aos gritos, tiveram que cancelar a reunião não fosse acabar tudo à porrada.


Excepção:
O Màrinho, habitualmente, só diz asneiras. Desta vez, porém, acertou em duas: quer juízes só com mais de 40 anos e proibir os sindicatos de magistrados. Parabéns.


Os pés pelas mãos:
O camarada Costa não pára. Afinal as "medidas" - do “documento”, da “proposta”, das “opiniões” e de 4520 papéis mais ou mensos contraditórios - têm que “passar pelo crivo”, “o ritmo das medidas expansionistas pode ser ser reduzido”, a TSU é “para limar”, o programa não é para votar em primárias, e mais isto e menos aquilo, etc. e tal. O rapaz não sabe o que há-de fazer ao material, não há programa nenhum, sendo de pensar que, se houver, será “limado”, corrigido segundo o espírito republicano e a respectiva moral, ouvidos os economistas, os políticos, os gurus, os astrólogos e a IURD, ou seja, mesmo que venha, um dia, a haver um papel qualquer dito definitivo, durará um fósforo.

25.5.15

MISÉRIA


Consta que, na Noruega, o governo foi abordado por uns tipos da comunidade muçulmana que queriam construir uma mesquita financiada pelo governo da Arábia Saudita. Foi-lhes respondido que sim senhor, na condição de a Arábia Saudita autorizar a construção de uma igreja Cristã em Riade, financiada pelo governo norueguês.. O problema ficou resolvido.
Na Holanda, o governo publicou uma regulamentação sobre o uso de adereços muçulmanos radicais nas mulheres que cruzam o território nacional. Mostrem o focinho, suas parvas!


Em França, uma boneca, ao que consta de origem magrebina, ministra não sei de quê, decidiu, com o aval governamental e presidencial, acabar com o ensino do latim e do grego, tornar obrigatório o ensino da “civilização muçulmana” e opcional o da civilização cristã.


É sabido que o senhor Hollande é uma besta quadrada. É sabido que arranjou um espanhol para primeiro-ministro. É sabido que não faz ideia do que fazer à vida. Mas, que diabo, há limites ao abrir de pernas ao repugnante “multiculturalismo”, cujos miseráveis resultados os franceses já deviam ter percebido.
Haverá, lá nas franças, quem reaja a esta miséria moral, cultural, social, política? Duvido. A França, por muito que tenha dado à civilização, sempre esteve à frente das maiores merdas que se possa imaginar.

25.5.15

FOSQUINHAS


Saudemos com o devido entusiasmo o novo critério, inventado por um contratado da rapariga que, via jornal que, sendo privado, se chama “Publico” (ó Belmiro, andas a dormir ou quê?), atribuiu a si própria a nobre missão de fazer a propaganda intelectual da esquerda em geral e do PS em particular: o critério das fosquinhas.
Passo a pormenorizar. O senhor Costa – o do BdP, não o outro – conforme descrito pela tal rapariga, exibe, por “linguagem corporal“, uma “forte incongruência”, que faz com que não exista “clareza nenhuma na informação que proferiu”. Que informação, não se sabe, sabe-se é que a directora do órgão oficioso da nacional-esquerdofilia adopta a opinião do linguocorporaltologista cuja contratação deve fazer parte da luta contra o desemprego a desencadear pelo outro Costa (o do Rato). A partir de tal e tão certeira opinião, conclui que o senhor Costa (Carlos) faz “trejeitos e caretas” que o tornam responsável por inenarráveis malefícios e o condenam a desmerecimento da renovação do mandato.
A criatura garante que “93% do que comunicamos não é por palavras, mas por gestos e pequenas expressões do rosto”. Consequência, um tipo que faz “trejeitos e caretas” jamais deveria ser reconduzido no BdP.
Hemos de convir que, por determinação do “Público”, daqui em diante o critério de escolha se vai simplificar. Quando o Costa António arreganhar a beiçola, aí teremos o PM ideal; quando o Lelo rir alarvemente, aí estará um fantástico ministro do vinho e da vinha; quando o Santos Silva arregalar as lentes, não, não será repugnante e intragável, mas angelical, o mais apto para ministro da propaganda; quando o Silveira ajeitar as onduladas melenas, aí estará o futuro chefe da condição feminina. E assim por diante. Se o Passos aparecer em calções na Mantarrota, que horror, como é que um tipo destes tem pretensões políticas; se o Cavaco coçar a ponta do nariz provará a sua visceral incompetência; se o Portas aparecer de boné, eis o último dos inadequados.

 
Estão a ver? Quem tem dúvidas em quem votar tem a vida simplificada: o melhor arreganhamento da taxa será o escolhido. A menor fosquinha será condenada. Pelo menos na opinião da fulana do “Público”, opinião a respeitar e a seguir, como não pode deixar de ser, com 93% de certeza.    
Voltando às doutas palavras da tal rapariga, fiquem os meus amigos avisados: o alvo não é, evidentemente, o Costa Carlos. É o PM, que o renomeou. Não interessa que tenha sido, primeiro, nomeado pelo governo dos senhores Pinto de Sousa e Costa António. Esses tinham toda a razão. Passos é que não. Não interessa que um banquinho, o BPN, tenha custado, via PS e via Constâncio (um luminar!), pelo menos oito mil milhões - fora o resto -, nem pensar! Foi só peanuts. Se um bancão, o BES, custar um décimo, aí sim, teremos uma demonstração evidente do desprezo do Costa Carlos e do PM pelo dinheiro dos contribuintes!


Estas tão cristalinas opiniões são, com certeza, fruto de jeitos e trejeitos, fosquinhas que não concitam o agrado da chefe do “Público”. Faça o PM o que fizer, ai dele se a “linguagem corporal” não for do agrado da megera!    

 

25.5.15

 

 

SISTEMAS

Declaração de interesses, ou da falta deles:

Não sei, no nosso caso, qual será o melhor sistema eleitoral, se o actual, proporcional por lista, se o britânico, uninominal maioritário numa volta, se o francês, a mesma coisa em duas voltas, se o misto, uninominal com lista nacional à mistura, se outro qualquer.

O debate anda por aí. É fácil dizer que isso dos deputados de lista não passa de uma artimanha para meter no parlamento ilustres desconhecidos escolhidos pelos directórios dos partidos, que as pessoas não sabem quem elegem, que os deputados não são responsáveis perante o seu eleitorado, etc..

Facílimo, mas fora da realidade. Salvo excepções de nomeados para “encaixar” nomes que “importam”, por ser do conhecimento geral, as listas contêm sempre nomes que “ninguém” sabe de quem são, mas que são conhecidos lá na terra, coisa de que os eleitores das grandes urbes se não apercebem. Se excluirmos as “figuras nacionais” normalmente postas à cabeça das listas, os demais nomes são, melhor ou pior, conhecidos por quem os elege. Os “nacionais” também. Concluindo, dá ideia que os críticos do sistema, ou estão mal informados, ou “surfam” a onda.

Não sei se ainda existe na AR uma coisa que se chamava PAOD (período antes da ordem do dia). Pelo menos não consta dos jornais nacionais nem das reportagens da televisão. Nunca constou. Exista ou não, facto é que o tal PAOD serve, ou servia, para os deputados “locais” produzirem as suas declarações, também locais, destinadas à imprensa regional, à homilia do domingo seguinte, à discussão no café lá da terra…

O sistema não me parece mau. Mas admito que se altere para qualquer coisa para satisfazer o criticismo da moda. Talvez com vantagens, quem sabe?

Todos os sistemas, em democracia propriamente dita, são criticáveis, mas correspondem à séria tentativa de obter um máximo de representatividade. Por outro lado, é verdade que tais sistemas se vão sedimentando e criando raízes nas sociedades.

Fim da declaração de interesse ou de desinteresse. Deixemos o assunto para os teóricos, que é coisa que há por aí com fartura.

Importante, neste momento, para ficarmos bem-dispostos, é rir a bandeiras despregadas com o que aí vai na nossa “informação”. No jornal ultra socialista chamado “Público”, um dos diversos bolchevistas de serviço, um tal Loff(???), dedica-se a zurzir o sistema eleitoral britânico, o qual, na sua esclarecida opinião, terá gerado um governo de nula legitimidade porque o número de deputados não corresponde ao número de votos obtidos pelos conservadores. Isto, ao ponto de lamentar que o UKIP tenha ficado só com um deputado!

No jornal “democrático” chamado “Expresso”, em grande destaque, surge o ultra soviético Agostinho Lopes a dizer o mesmo, mais coisa menos coisa.

Já tínhamos visto (anda para aí na net por todos os lados) a reacção dos nossos media à vitória dos conservadores no Reino Unido, reacção que consistiu em ignorá-la o mais possível. É o costume. Nada a comentar.

O pânico do nacional bolchevismo é o máximo. Esta malta, para quem uma eleição justa é a cem por cento para o mesmo lado, como em Cuba ou na Coreia do Norte, fica histérica com a hipótese de haver, em Portugal uma reforma qualquer que possa diminuir o número de parlapatões e de parlapatonas na assembleia dita da República. Para tal, nada melhor que atirar-se às canelas dos britânicos, “demonstrando” assim que a democracia representativa é uma balela. Nem sequer percebem que a democracia britânica é de pessoas, não de “colectivos”. Nem que é aí que reside o consensual entendimento dos cidadãos e que o consensual entendimento dos cidadãos é mais importante que qualquer teoria destinada a dar ao PC e quejandos uma data de deputados. Ai Jesus, minto, ai São Marx, que andam para aí com invenções para nos prejudicar! Têm razão: se tivéssemos um sistema uninominal em duas voltas, o PC, o BE e quejandos nem um deputado elegiam.

Vai daí, nada melhor que seguir as pisadas da “informação” e tratar de desvalorizar a retumbante vitória dos conservadores britânicos. É de estalo.

E os outros, os que se queixam de que os deputados portugueses são desconhecidos de quem os elege, que o povo não se revê neles, etc., e que vêm, agora, criticar o Reino Unido porque… os deputados são conhecidos de quem os elege e o povo se revê neles? O que pode a raiva que causa ver triunfar, against all odds, a direita, nem que seja lá nas ilhas de Sua Majestade!

É só comparar estas reacções – do PS e dos outros, mais da “informação” e dos comentadores - com as vistas e lidas depois da vitória do Syrisa na Grécia, para termos uma noção clara da forma como as nossas cabeças são diariamente empurradas para comer noções torcidas, desonestas, falsas e manipuladoras.

Posto isto, se quiserem mudar o nosso sistema, força rapaziada! Se prejudicarem com isso o PC e os minhocas da esquerda, paciência. Mas lembrem-se: dar cabo do que, melhor ou pior, vem funcionando, é fácil. Difícil é criar algo melhor que se imponha e se reconheça.

 

24.5.15

ESCLARECIMENTOS

Afinal, ó Costa, em que ficamos? Começaste por não ter ideias nenhumas, como é teu hábito.

Meses depois, contrataste uns tipos para te suprir os hiatos do bestunto. Apresentaste o relatório deles com pompa e circunstância. Houve uns tipos da tua organização que desataram a ganir. Até o Drácula da argola na orelha ganiu… vejam lá!

Tu, meu rapaz, a correr, vieste informar a Nação sobre a natureza do papel apresentado na luzida cerimónia: não, não são os Upanichades, perdão, o Corão, desculpem, a Bíblia, só um papel, um relatório, uma coisa para pensar, para os comentadores, a televisão, enfim, uma coisinha sem importância, feita para agitar as águas. A seguir é que vai ser bom.

E lá veio o bom. Não um “documento”, não senhor, é um “projecto”. Sem demora, o rapaz do penteado à majorete, por exemplo, declarou que pois, isso dos impostos, se é para daqui a dois anos ou sem data, como no projecto, não é, pois, enfim, é para um ano, perdão, dois anos, enfim, ou coisa que o valha.

Vens tu, grande mágico, pôr os pontos nos is: isto não é nenhum programa, só um projecto, não nos compromete, andamos a discutir, a conversar, a acertar agulhas… somos democráticos, pluralistas…, enfim, pois, no dia 6 é que vai ser bom, virá o programa.

Passando à futurologia, no dia 7 virás dizer: pois… enfim, é um programa, mas um programa é uma coisa dinâmica, não é uma paragem no tempo, evoluirá… tudo ficará claro, transparente, definitivo. Virá o barbas, da esquerda do Rato, dizer que o programa enferma de direitismo, virá o outro barbas, o reformador, ou enterrador, dizer que a TSU não é assim, é assado. A correr, surgirás tu, esclarecedor, transparente, claríssimo, a declarar que pois, “os portugueses já perceberam”. Já a prima Hermengarda gostava muito de dizer coisas...

O IRRITADO deseja-te o futuro que mereces.

 

23.5.15

EANOVOOFILIA


Há homens para tudo.
Quando vejo o famoso General Eanes a dar o seu apoio ao vascolourencista Nóvoa, vêm-me à cabeça outras gentes e outros tempos.
Gentes de que é paradigma o sábio Professor João Lobo Antunes, que tão depressa é chefe de fila do presidencial sampaismo, como se põe às ordens de Cavaco, numa demonstração de evidente coerência científica.
Tempos, que tempos!, os do eanismo. É certo que, em boa parte, se deve a Eanes o 25 de Novembro. Depois... depois foi uma desgraça. O homem queria mandar, presenteava-nos com primeiros-ministros tão depressa vindos do conservadorismo moderado (Mota Pinto), como do mais ridículo terceiro-mundismo esquerdófilo (Pintassilgo), passando pelo nado morto tecnocrata Nobre da Costa. Esperneou como uma lagosta ao ar livre quando a Constituição foi mudada, retirando-lhe os voos presidencialistas e castrenses. Aborrecido, resolveu criar, a partir de Belém(!!!), um partido novo, o “partido da ética”, dos “homens bons”... o PRD, de triste memória. Cedo os “homens bons”, cheios de “ética” desataram à castanhada entre si e, à segunda tentativa, desapareceram do mapa como era de prever e desejar.   
Agora, certamente do alto da sua impecável ética, resolve atrelar-se ao Nóvoa. Verdade seja dita que, como nunca foi coerente com coisa alguma, eata não é tanto de estranhar como o saltapocinhismo do Antunes. Resta concluir, para nosso descanso e esperança, que o apoio daquele senhor ao Nóvoa não vale um caracol.

20.5.15

CLARAS INTENÇÕES


Bem juntinha ao PS, vem a dona Catarina oferecer mais umas benesses ao povo. Desta vez, a vasta vassoira não é de modas: o IVA passa a 6% e o ordenado mínimo sobe para 545 euros. Se eu fosse a ela, seria mais generoso: acabava com o IVA e punha o salário em 2.500 euros. Que diabo, é preciso coragem, ó Martins! Não sejas tão modesta. Então achas que se vive bem com 545 euros por mês? Ou foi uma conversinha com o Costa que te fez ser tão comedida, tão realista, tão “socialista democrática”?
O que dirá o insuportável careca que queria o teu lugar? Deve estar piurso, coitado. E o camarada Louça? Esse, arquiepiscopalmente, deve tremer de indignação por não ligares nenhuma ao socialismo revolucionário.
A ocasião faz o ladrão, não é? Com mais umas conversinhas com o Costa, se o tipo ganhasse (xiça!), lá vinha uma secretaria de Estado para ti, outra para a Mariana e, com sorte, quem sabe, talvez o ministério da propaganda. Seja como for, é preciso insistir. O Costa faz promessas, tu aumentas um bocadinho (pouco, para não espantar a caça), juntam tudo e, como não têm dinheiro para mandar cantar um cego, paciência, explicam ao povo que ainda não é desta mas, como se trata da construção do socialismo, vale a pena.


Força miúda!

20.5.15

PERGUNTINHAS

Esta história da greve da TAP leva a colocar algumas questões eventualmente impertinentes.

Como é possível que haja pessoas, tidas por inteligentes, como o opinioso Sousa Tavares e o “cineasta” Vasconcelos, que achem importante ter, pública e “nossa”(?) uma “companhia de bandeira”?

Então a Ibéria, a British, a Lufthansa, por exemplo, deixaram de ser espanhola, inglesa ou alemã por terem deixado de ser do Estado? Então a Swissair e a Sabena, que o Estado levou à ruína e mudaram de nome e de patrão, deixaram de ser suíça e belga por causa disso?

Como é possível que tal gente, ainda que adepta de um socialismo mais ou menos nefelibata, alinhe com as opiniões subitamente ultra nacionalistas e habitualmente ultra estatistas da extrema-esquerda, opiniões que, felizmente, não interessam seja a quem for com dois dedos de testa?

Como é possível que haja um líder partidário com pretensões a primeiro- ministro que, no paroxismo da estupidez, queira vender a TAP na bolsa? Então uma empresa com capitais próprios negativos é aceite nalguma bolsa? Só se for na bolsa dos perdidos e achados da feira de Carcavelos. Como é possível tal criatura levar tão longe a procura de “temas” para compensar o extremo vazio da sua ridícula inutilidade?

Mudando de tema, como é possível que o país inteiro não esteja a discutir os limites do direito à greve? Como é possível que os pilotos canalhas que causam os danos que causaram e continuam a causar não sejam despedidos com justa causa e sem indemnização? Como é possível que, em alternativa, não sejam submetidos à lei marcial e postos a ferros se a violarem?

Como é possível que ignorantes do calibre do xarroco do PC que manda nos professores faça o que quer e muito bem entende sem que lei nenhuma lhe limite o “profissionalismo”?

Quantas Tatchers, quantos Reagans são precisos para, num país que protege abertamente os criminosos sindicais (chusmas de tachistas), meter alguma lógica, algum bom senso, nas leis totalitárias que permitem e protegem um sindicalismo bandido, ultrapassado, condenado?

É preciso coragem, eu sei, mas enquanto estes “representantes” dos trabalhadores (as mais das vezes representam meia dúzia mas têm, por lei(!), “jurisdição” sobre todos) continuarem impunes e forradinhos de “direitos”, e não forem travados, dificilmente sairemos da cepa torta, dificilmente algum investidor acreditará em Portugal, dificilmente os nossos esforços e sacrifícios verão algum resultado.

Há mais perguntas mas, para já, estou farto de perguntar.

 

14.5.15

MERECIDA EMIGRAÇÃO

Uma boa notícia: o conhecido Penedo, perdão, Peneda, foi fixar-se em Bruxelas. Vai ser conselheiro, assistente, adjunto, factótum ou outra coisa qualquer do senhor Junker, ilustre sucessor dessoutro grande português há tempos ictiologicamente qualificado como cherne pela sua amantíssima esposa.

Para além desta notável contribuição para o aumento das nossas ridentes exportações, teremos em Bruxelas uma das mais altas figuras da nossa selecção de saltaricos.

Depois de ter sido membro de governos da AD e auto-destacado militante do PSD, descobriu a sua verdadeira vocação no seio dessa nobre instituição que se chama CES, tendo-se destacado como neo-esquerdista e feroz inimigo da austeridade, da troica e do governo, adepto do Krugman, admirador do Tripas e desestabilizador institucional.

Também, honra lhe seja, fez piruetas várias no sentido de apanhar o lugarzinho que acabou nas mãos do Moedas, um rapazola de Beja. Helas!, sem sucesso.

Por mor de algumas bocas que mandou insinuar nos jornais, fez constar que seria o candidato ideal para Presidente da III República. Também neste caso, viu, que tristeza, goradas as suas mui legítimas e justas aspirações.

Felizmente, não há mal que sempre dure. Acabado o mandato no CES (o que é isso? para que serve?), goradas a aspirações comissárias e presidenciais, que fazer? Onde poder dar o seu alto contributo para o progresso da humanidade? Imagine-se a ansiedade, o desespero, a frustração do grande homem.

Até que, ó milagre!, vem o convite do amigo Junker, e eis o nosso herói, imperial e digno, em terras não muito longínquas (pode vir-se passar o fim de semana ao Porto), donde raia a verdadeira autoridade continental.

Neste histórico momento, o IRRITADO pede licença para apresentar os seus parabéns ao senhor Peneda, feliz por vê-lo longe destas pobres paragens. Outrossim se permite desejar ao senhor Junker que tenha a sabedoria de não ir no paleio do homem.

 

13.5.15

MARAVILHAS DA NOSSA REPÚBLICA


O dito que se segue é atribuído a Albert Einstein. Verdade ou mentira quanto à autoria, é bene trovato:

Se você correr, todo nu, à volta de uma árvore, à velocidade de 298 kilómetros por segundo, há a possibilidade de se sodomizar a si mesmo.
Mas, se não for desportista, pode votar socialista para obter exactamente o mesmo efeito!"

O nosso abominável Costa vai contribuindo com a sua triste cabeçorra para confirmar o bene trovato da frase do sábio. Desta vez, decidiu dizer que o PR, marcando eleições para Outubro, está a “prolongar a legislatura”, para favorecer o governo. Ou seja, na desmesurada ânsia de atacar tudo o que não seja ele próprio e a parte do PS que o apoia, resolveu acusar Cavaco, pela milésima vez, de estar “ao serviço da maioria”. Está-se nas tintas para a mentira do argumento: marcar eleições para Outubro tem sido prática corrente de toos os presidentes, incluindo os que sempre estiveram de serviço permanente aos interesses do PS: os seus ilustres militantes Soares e Sampaio.
É muito grave que um tipo que se intitula, “candidato a PM” – coisa que não existe no nosso sistema – cometa bojardas deste calibre ou debite mentiras em plena consciência. Mas, como outra coisa não seria esperar.

Adiante, já que…
Ocorre pensar dois minutos na floresta de enganos em que todos estamos perdidos há 40 anos, enganos que, de tão repetidos, se tornaram automaticamente aceites pelas pessoas.
Como é que um cidadão, eleito por 50% dos votantes, passa a presidente de todos? Por artes mágicas? Como é que um cidadão eleito por um lado politicamente bem definido da sociedade pode estar ao serviço do outro lado? Como é que um cidadão que passou a vida a defender umas coisas, passa a ter obrigação de defender o seu oposto? Como é que cabem duas verdades no mesmo saco? Como é que um cidadão que não tem poder político se compraz a inventá-lo, para gáudio de uma imprensa acéfala e sedenta de sangue? Onde foram tais cidadãos buscar o “poder moderador”? À Carta Constitucional da Monarquia? Ou à imaginação criadora de cada um?
A presidência da III República é um perigoso embuste. Como é possível a um político de carreira ou a um adepto do Vasco Lourenço passar a “independente”, ainda por cima com uma legitimidade proveniente do sufrágio universal? Então um tipo eleito por uma maioria de votos de esquerda vai apoiar as políticas da direita? E outro, eleito por uma maioria de direita, vai ser um fiel defensor do socialismo?
Querem coisa mais absurda, mais ausente de sentido? Como é que o poder político pode estar entregue a duas legitimidades igualmente eleitas, mas de sinal contrário? O poder político que, por definição, é só um, pode ser entregue a duas entidades opostas? Então a oposição é oposição ou pode ser também poder? Onde foi parar a separação de poderes?


Voltando ao tema supra, se admitirmos que Cavaco Silva “protege” a maioria, haverá que perguntar que mal há nisso (eu não admito; mal, muito mal, houve quando protegeu o Pinto de Sousa!). Que mal há em que se mantenha ao lado de quem o elegeu, se é que se mantém? O garantido antes das eleições é para deitar fora?
A nossa III República, pelo menos no que à Presidência diz respeito, é um manicómio onde os psiquiatras decretaram greve permanente.
Quando e como descerá sobre nós um mínimo de bom senso para acabar com as nossas constitucionais idiotices?

11.5.15

FALHOUFAKIS

 

O histriónico exibicionista careca que, cá no farwest europeu, se tem distinguido como inspirador de algumas senhoras sensíveis, tais Catarina Martins, a incalável, (critério político – um libertador!) e Isabel Moreira, a tatuada, (critério sexo-aspiracional - ai que “o tipo é sexy, porra!”), parece ter entrado em quebra de poder e começado a espernear.

Assim: após meses de tergiversações, bocas inconsequentes, exibições de cachecóis, fraldas de fora, provocações em série, papéis e mais papéis do falhado palhaço, o camarada Tripas decidiu mandar a Bruxelas uns tipos cujas réstias de juízo talvez pudessem convencer o pessoal a entrar com o cacau outra vez. Vai daí, o Fakis, zás!, apresenta um papel a desdizer o que os enviados do Tripas já tinham dito, feito ou conseguido. Lá por Bruxelas, o pessoal, que não gosta deste tipo de brincadeiras, começa, finalmente, a pôr a hipótese de correr a ciganagem.

Não se percebe lá muito bem porque é que a troica (“as instituições”, na boca do cachecol) não decide já: ou dar-lhes umas coroas ou mandá-los bugiar. Isto ou aquilo e acabou-se, em vez de andar para aí à procura de um “documento de reformas”, as quais, sejam quais forem, jamais serão realizadas, como está sobejamente demonstrado. Ainda não perceberam que têm pela frente um bando de aldrabões, ou nefelibatas, ou demagogos, chantagistas que não merecem uma ponta de credibilidade? Já podiam ter acabado com o espectáculo há muito tempo. Eu sei que dar-lhes dinheiro - a troco da russofilia que constitui a grande arma do chantagismo do Syrisa - é ficar sem ele. Não lhes dar nem mais um chavo levaria a novas eleições, para que fosse o povo a acabar com a palhaçada.

É difícil fazer prognósticos acerca do fim ou do não fim da comédia em curso. Mas – tudo tem as suas vantagens – talvez o fim do Falhoufakis pudesse contribuir para a felicidade da tugalândia. Como? Calando as catarinas, os tavares, os jerónimos, os costas, os soares e tantos mais que andam para aí a vender cabritos sem jamais ter tido cabras.

 

8.5.15

BOM SENSO, RECOMENDA-SE

 

Aqui há dias, o IRRITADO lamentou duas ou três patadas na poça que o governo não soube ou não quis evitar. É uma pena que contribua para um descrédito que não merece, mas conviria não insistir no disparate. Não se percebe porque há-de trazer à baila assuntos que não vêm a propósito, não interessam a ninguém, não são simpáticos nem valem um caracol. A tendência para a asneira em tais histórias põe aos gritos as alcateias de serviço, que jamais se cansarão de ribombar o que lhes vier à cabeça.

Nesta senda, a despropósito, Passos Coelho resolveu tecer loas a Dias Loureiro. Talvez lhe fique bem, não sei. O atingido, para além de guardar uns papéis no balde do autoclismo ou equivalente, de nada foi acusado, nem é arguido em processo nenhum, que eu saiba. Mas o julgamento popular, parece que mais com razão que sem ela, está feito. Dias Loureiro passou a personna non grata no anedotário nacional. Por isso, se não vinha a propósito criticá-lo, ainda menos vinha tecer-lhe loas.  Vá lá saber-se porquê.

Bom senso é coisa que não costumava faltar a Passos Coelho. Mas, pelos vistos, tende a deixar de fazer parte da partitura…

 

6.5.15

O PRIVILEGIADO

 

O actual regente da banda do Largo do Rato, por estar em desacordo com um artigo qualquer em que um jornalista se manifestava em desacordo com as teses do salvífico “documento” dado à estampa por um escol de técnicos ao serviço do PS, deu à casca de forma original: via sms! Agarrou no android, e vai disto: insultou o homem da forma mais carroceira e estúpida que se possa imaginar.

O 44 fez escola, como toda a gente já percebeu. Os seus alunos, morto o Seguro, voltaram, gloriosos, ao poder. É vê-los por aí, a ver quem mais se desboca. Mas o chefe…, o “candidato a PM”, o inigualável Costa, andar a insultar jornalistas via sms… é preciso ser burro. Não é?

Não é, não senhor! O sms saltou cá para fora, mas a distinta classe jornalística tratou de o esconder. Ninguém se indignou, ninguém comentou, ninguém veio defender a liberdade de imprensa e condenar o ataque. Que diabo, o Costa tem privilégios que aos demais não são dados. Sabem porquê? Ora essa, por que é que havia de ser, porque o Costa é de esquerda. O resto é conversa.

O esquerdismo doentio da classe jornalística é de tal maneira visceral que nem para defender os seus vem à liça quando um deles é atacado por um carroceiro de esquerda.

Haverá excepções. Vou à procura.

 

6.5.15

DAS VOLTAS QUE A CABEÇA DÁ

Hossana! O maravilhoso Centeno (ou mileno ou dezeno, para ele os números são detalhe), dois dias depois de ter dito que a TSU do PS iria criar 15.000 postos de trabalho, aparece no Jornal de Negócios a dizer que, afinal, não são 15.000, são 45.000. Como o IRRITADO tinha atempadamente profetizado, será fácil chegar aos 485.324 empregos, a brotar, novinhos e bem pagos, da primaveril cabeça do simpático Centeno.

O rapaz tem currículo, passado e presente. Mas, se soubesse um bocadinho de política e de sociedade, ter-se-ia deixado estar muito sossegado no buraquinho de que dispunha no BdP - onde ninguém dava por ele - em vez de se meter com gente tão pouco recomendável como o camarada Costa. E é pena. É pena que, tão depressa, o rapaz tenha entrado em histórias como, entre outras, estas dos 15.000 empregos, logo multiplicados por três, histórias próprias do 44 ou do Costa, mas que ficam mal a um tipo que, consta, até tinha boa fama entre os pouquíssimos que o conheciam ou já tinham ouvido falar dele.

É assim a vida. Dizia-se nos mentideiros que o rapaz até era um liberal, tinha aprendido umas coisas nos EUA, etc.. Mas, vá lá perceber-se o que vai no bestunto de cada um!

 

5.5.15

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