O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Ontem, foi a malta surpreendida com uma ”proposta de lei” subscrita por tudo quanto é manda-chuva nos chamados meios de comunicação social. Sabem acerca de quê? Da cobertura das campanhas eleitorais.
Pontos de partida: a) Uns deputados sem cabeça andaram a inventar uma lei de “visto prévio” sobre o assunto. Felizmente, a coisa foi para o lixo. Nem reciclagem merecia; b) Uma lei em vigor estabelecia coisas tão estúpidas que, na última campanha eleitoral, teve o condão de pôr os notáveis encarregados dos media em greve informativa. Ponto de chegada: c) Os DDT’s da coisa, conhecidos por directores de informação, em vez de pedir a revogação pura e simples da lei referida em b), arranjaram outra, ao que consta para “defender o direito de informar e ser informado”.
Conclusão: Parece que o pagode, no parecer de tão alta gente, precisa de mais leis. Não precisa. Os DDT’s que informem ou desinformem como lhes apetecer. Obriguem-nos a levar com a Catarina Martins a toda a hora. Ponham a horrenda mulherzinha dos “verdes” – verdes uma ova – a entrar-nos em casa em doses industriais. Espetem-nos com o Nóvoa na cara dia sim dia sim. Enxameiem os jornais de propaganda dos seus amigos, sejam eles quais forem.
A malta não é tão estúpida como eles pensam. Cá estamos para julgar. Mas não nos venham com mais leis, que há leis que cheguem para dar e vender. Estes apóstolos da liberdade de expressão querem uma lei que a regule? Vêm com cantiga oposta à dos deputados sem cabeça, armados em legisladores? Valha-nos Santa Pulquéria!
ET. O IRRITADO (incoerência!) também propõe uma lei. Uma lei que estipule que a propaganda política nos media passe a ser paga. Era remédio santo? Não. Mas, ao menos, livrava-nos da estucha dos tempos de antena.
A democracia tem os seus clichés, as suas frases feitas, as suas asserções básicas. Todas razoáveis, mesmo se pouco passarem disso. Uma delas: “os direitos de cada um acabam quando começam os dos outros”. Outra: “a greve é um direito”. Muito bem. Sejam, tanto uma como outra.
Mas (o IRRITADO é um chato), vamos tentar compaginá-las. Como se compagina o direito à greve da canzoada dos pilotos da TAP com os direitos dos passageiros, da empresa, da economia, do país, dos outros trabalhadores da TAP, da principal indústria exportadora (o turismo), dos partidos políticos e, a la limite, dos próprios pilotos? Ninguém jamais percebeu ou perceberá como. Talvez em menor escala, é o caso das greves dos maquinistas da CP, dos tipos da Carris, dos marujos da Transtejo, dos trabalhadores do Metro e de outras gentes, greves que nada têm a ver como os clássicos patrões e só pululam em empresas públicas, já que os patrões privados parecem, ao contrário do que rezam os teóricos, não ter problemas nenhuns com greves. Greves como as da canzoada e quejandos, se são, como diz a teoria geral do socialismo, das “massas laborais contra o patronato”, e se acontecem em empresas públicas que, como diz a mesma teoria, são “nossas”, “de todos”, “do povo”, então são contra todos nós, que somos, continuando na tal teoria, os “accionistas” os “detentores do capital”, os “que recebem dividendos”. Por outras palavras, são, maxime a da canzoada voadora, a pura expressão de direitos exercidos por uns em prejuízo dos dos outros.
O que quer dizer que o apport do socialismo, nos países em que, como no nosso, o Estado está metido em tudo e mais alguma coisa, é um atentado à primeira e basilar asserção, e um abuso de poder, para não dizer um crime, em relação ao que a segunda estipula.
O socialismo que compagine. Para a minha camioneta é areia demais.
As inúmeras e geniais ideias da “comissão Costa” não param de nos elevar a esperança num futuro risonho. A última foi esta: só à pala da sobretaxa do IRS vão os rapazes “criar” 15.000 novos empregos. Porque não 30.000? ou 300.000? Não se sabe. Trata-se da habitual futurologia do socialismo militante e ansioso, indiscutivelmente merecedora de todo o crédito. É de saudar a modéstia da formidável previsão. Sem se preocupar com números nem “justificar” a ideia, o senhor Pinto de Sousa, tido por engenheiro Sócrates e hoje carinhosamente cognominado de 44, tinha arranjado 150.000, o que foi dez vezes mais que o costismo nos proporciona.
Destas, há e haverá muitas mais. Por exemplo, retirados que sejam uns milhares de milhões à segurança social, ficará a dita em muito melhores condições. Evidente, não é? Verdade seja dita, desta feita os rapazes dizem porquê: os novos filiados, quando chegarem à reforma, pagarão o que os actuais ficarem a dever. Teremos que nos curvar, respeitosos, perante tanta inteligência.
A economia também conhecerá um exponencial crescimento. Mais dinheiro pago às pessoas, as pessoas gastarão mais dinheiro. Portanto, haverá mais produção, da boa, da não transaccionável, não é? Só faltou contabilizar os empregos que a coisa vai criar mas, se formos tão modestos como os rapazes, poderemos cifrar a coisa mais uns 422.324 . As importações aumentarão também, o que nos abrirá novos mercados. Uma delícia.
É esta uma pequena e bem merecida homenagem aos técnicos da comissão Costa e, por extensão ao próprio Costa.