Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

EU PECADOR

 

Eu pecador me confesso, em dolorosa contrição. É que não só sou um inveterado consumidor de peixe, como, ainda por cima, sou nacional dum país que é o que mais peixe come. Daí, a minha “pegada ecológica” ser um tenebroso pecado contra o bacalhau, a sardinha, o salmonete (um pecadão, o salmonete!), contra a Terra, o Mar, as espécies e mais tudo o que as estatísticas e a ONU entenderem por bem. O meu país, por seu lado, está comigo nesta desgraçada circunstância, um rogue state ao pé do qual o Boko Haram e o Estado Islâmico não passam de doces grupinhos de meninos da escola.

Pelo menos, é o que diz a “ciência”. O bacalhau e o salmonete têm a mais sagrada das prioridades sobre os meus tenebrosos hábitos e o meu pobre país. A “ciência” evolui, neste como em muitos outros casos. Verdade é que andámos décadas e ouvir a “ciência” proclamar que devíamos comer peixe. Agora, peixe nem pensar, por causa do planeta, das reservas de camarão e de outras novas verdades "científicas” e estatísticas.

A tão graves pecados junto outros, talvez ainda piores. É que, imagine-se, nada fiz, por exemplo, contra a gripe das aves, não matei os pombos dos jardins em nome da saúde universal, não declarei guerra aos chineses, que têm triliões de perigosíssimas galinhas, não entrei em pânico por causa das vacas loucas, os açorianos continuam a viver à custa das vacas que dão traques cheios de CO2, e eu - o meu país comigo - ainda não me manifestei sobre a ingente necessidade de afundar o arquipélago, ainda não vim para rua pedir umas bombas de hidrogénio para dar cabo daquilo tudo.

E os chouriços? A “ciência” não quer que eu coma tal coisa. A ONU, pretendente ao governo universal - e muito bem porque é a dona da “ciência certa e irrefutável” - bem me avisa contra os pecados da carne, mas eu, inimigo confesso do planeta e da humanidade, ainda me regalo com pregos no prato e bifanas à maneira.

E o quecimento global, que a “ciência estabelecida” já declarou irreversível, catastrófico, mortal, tudo por minha culpa? Eu continuo a andar em carros com mais de quinze anos sem respeito por nada nem por ninguém, continuo indiferente às consequências do meu comportamento. Que universal castigo mereço?

Enquanto a espécie humana, sob o indiscutível comando da ONU e de outros detentores da “ciência estabelecida”, vive no justificado terror que os chouriços, os salmonetes, as vacas, o CO2, os papagaios infundem, e treme do mais justificado terror, eu, pecador, continuo a pecar todos os dias, sem contrição nem arrependimento. Não pode ser!

Que castigo mereço? A morte? É pouco, porque, com a morte, seremos todos castigados. Até os puros, os ecologicamente castos, os funcionários da ONU, os vegetarianos, as gentes que não comem chouriços e viajam nuns carros cheios de ecológicas martingalas, os que dizem não ao bacalhau e tantos outros cidadãos “conscientes”, estão condenados a morrer.

Então, o quê? Que castigo? Talvez o de ter que aturar esta malta, planetária dona do terror, da ameaça, da limitação de liberdades, fabricante e arauta de medos. Sim! Aturar esta malta é o pior dos castigos.

 

31.10.15

UM FUTURO BRILHANTE

 

Por essa Europa fora (e não só) começam a adensar-se as nuvens que pairam sobre nós. Desde o Royal Bank of Canada, que diz, com a clareza dos cristais, que a descida da confiança só parará se Costa se demitir, até aos mercados onde os juros da nossa dívida a dez anos são já o dobro dos da espanhola, passando pelo facto de a nossa dívida estar em contraciclo com a dos demais países periféricos, tudo nos anuncia a tempestade, seja com um governo de gestão, seja com a vitória das trafulhices eleitorais do PS.

É claro que a malta que não vê para além do próprio umbigo – há disso aos pontapés – quer é ouvir os conspiradores dizer que vão repor tudo o que é salário e pensão, aumentar uma data de subsídios, etc., numa bebedeira de despesa sem solução imaginável. Enquanto os tipos não caírem, sempre entram mais uns tostões cá em casa, e o resto é conversa.

A estupidez é sempre tão perigosa como primária. Dívida, o que é isso? O Jerónimo já disse, apoiado pela Catarina e com a silenciosa aprovação do Costa, que o défice é coisa para ir para os 4% sem problema nenhum. A Pátria é soberana e independente, não se subordina a detalhes desse tipo, nem a banqueiros ou mercados.

Dona Marine é da mesma opinião, o facho da Hungria anda mais ou menos pelo mesmo tipo de pensamento. Les bons esprits - agora com a companhia do Costa e o aval do Centeno e do Galamba - se rencontrent, não é?

 

30.10.15

MEIA HORITA BEM PASSADA

 

Anda uma pessoa chateada, ansiosa, cheia de incertezas. À noite, vai às TV’s, ao Netflix (veem como IRRITADO é modernaço?), à procura de alguma coisa que o divirta e faça esquecer as incertezas. Encontra futebol mais pancadaria, mais pancadria mais futebol, e, é claro, o atentado à inteligência das novelas, concursos e outras porcarias. Aprofundando a procura, pensa que talvez seja possível encontrar alguma coisa bem disposta, no cabo ou fora dele, que faça, rir, que alivie. Baldada procura, baldada esperança.

Até que, hoje, à hora do jantar, assiti à coisa mais cómica que imaginar se possa. Cá em casa, o povo riu-se durante uma boa meia hora com a apalhaçada palinódia do Jerónimo. A coisa foi de tal maneira que até a rapariga da SIC se viu à rasca para não se desmanchar. Contámos as 3.498 vezes que o cómico disse “portanto”, em versão bolchevista, isto é, "ptant".

Então, que tal vão as negociações?

As, ptant, negociações, ptant, o nosso povo é soberano, ptant, não é, ptant...

E porque não negoceiam a três?

Pois, ptant, o memorando, ptant, não devia, ptant, ser assinado...

Mas já chegaram a algum acordo?

Bem, ptant, as negociações, ptant, as negociações decorrem, ptant, se estão a decorrer, ptant, ainda não decorreram, ptant, não posso adiantar nada...

Aqui dizem que vão cumprir o tratado orçamental e, lá fora, querem acabar cpm ele.

Claro, ptant, como já disse e repito, ptant, o nosso povo, ptant, somos contra o tratado orçamental... ptant, pois, ptant, o programa do PS não presta, isto de querer, ptant, reduzir, ptant, o défice a mata cavalos, ptant, não é, ptant, o nosso partido sempre disse, e até houve, ptant, o manifesto dos 74, ptant...

E o BE?

O BE tem conversas aparte ptant com o PS ptant não é conosco ptant, nós sabemos o que queremos, o nosso povo ptant, é preciso pagar os salários ptant, e as pensões como eram ptant, acabar com a política de direita...

Então, e se o orçamento não puder entrar em vigor a 1 de Janeiro?

Bom ptant é claro, é uma questão dilemática... não sei bem ptant é preciso repor os salários e as pensões ptant o país é soberano, pois ptant tem que ter soberania, não ceder ptant a exigências estrangeiras.

Então, o acordo, o papel para apresentar ao PR?

Papel? ptant não é preciso papel nenhum, o PC ptant cumpre a sua palavra.

E o défice?

O défice? O que o país precisa ptant como do pão para a boca, é de investimento, saúde, educação, habitação ptant, independência, soberania ptant, não é de ajudar os bancos, ptant, as pressões, ptant...

 

Fiquemos por aqui. O melhor é ir ver a entrevista outra vez, agora com um saquinho de lenços de papel para, portanto, aparar as incontroláveis lágrimas que o riso, quando é muito, provoca.

 

Até que enfim, a televisão ofereceu-nos um espectáculo verdadeiramente cómico. Parabéns.

 

29.10.15

 

ET. Para nos fazer rir mais um bocadinho, a dona Maria do Dafundo, perdão, de Belém, veio imitar o impagável Marcelo, dizendo que isso de governos de gestão, problemas, etc., é favor não me darem bananas dessas para descascar lá em casa (leia-se, em Belém)...

MENTIROLAS

 

O jornal “Público”, órgão oficioso da coligação de esquerda, pediu a uma série de “constitucionalistas” – profissão na moda - a sua opinião sobre a hipótese de um governo de iniciativa presidencial. Do sinistro Reis Novais ao inexistente Manuel Monteiro, várias são as posições, mais ou coincidentes quanto a afirmar, gostanto ou não, a conformidade constitucional tal hipótese. Talvez os seus intrincados raciocínios tenham desculpa.

O que não tem desculpa nenhuma é o omnipresente Miranda, intérprete “autêntico” dos ditames da sua “filha” – diz ele e mais uns tipos – Constituição. Nessa alta qualidade, opina que, até em Itália, o Presidente nomeou o Mario Draghi (ó Jorge, não é Draghi, é Monti!) e, na Grécia, o Tsipras (!!!???).

Adiante. Extraordinário é que o “pai” não saiba, ou não se lembre (a idade é uma chatice) que a “filha” foi recauchutada em 82, e que um dos principais efeitos e declarados objectivos da recauchutagem foi, precisamente, acabar com a possibilidade de haver governos “de iniciativa presidencial”. Mais estranho ainda é que o “pai” assistiu a, colaborou com, e votou a decisão de que se esquece agora, sabe-se lá (mas desconfia-se) com que real intenção.

Fica a mentirola, o que não é pouco.

 

27.10.15

GENTE DO MELHOR, OU DA REVOLUÇÃO DE OUTUBRO

 

Estou-me cagando para o segredo de justiça.

Ferro Rodrigues, 21.5.03

O receio é que a coisa já esteja na mão do juiz... Já fiz o contacto... disse que ia falar com o procurador do processo... pá, talvez seja altura de procurar o Guerra (procurador do processo)... o (Sampaio) já falou com o procurador geral...

Pequena amostra das conversas entre Costa e Ferro, no caso dos pedófilos, acerca do Pedroso.

 

Estes são os canalhas que querem tomar conta disto. O monstruoso Ferro já é a segunda figura do Estado, sem que um único deputado do PS tivesse a dignidade, a honra, a decência de, pelo menos, se abster. O Costa prepara-se para trair tudo o que há para trair, a troco de ter poder para nos meter no inferno. O Sampaio – perito em golpadas - informa, pelo silêncio cúmplice, que está de acordo com a tramóia. Estas são as criaturas que arruinam o que ainda havia de digno e de “funcional” no nosso sistema político. Vergonha das vergonhas, parecem não ter oposição à altura no seu ex-democrático partido. Será que a estulta ambição, tão porcamente defendida, não tem quem se lhe oponha (activamente!) dentro da agremiação?

Será que é possível partir o país a mais de meio e dar o poder à parte minoritária, sem que soaristas, seguristas e gente do “passado” ponham ponto final ao assalto? Tudo perguntas cuja resposta já sabemos.

O eleitorado (nós), cuja esmagadora maioria se manifestou nas eleições a favor de um governo da Coligação com a construtiva oposição do PS, está a ser enganado, aldrabado, degolado, sem que, lá por dentro da mesnada, haja quem queira ou arrisque opor-se.

O Presidente chamou à consciência os deputados do PS, talvez a julgar que ainda havia por lá quem consciência tivesse. Mas parece que isso de consciência, de respeito pela vontade dos cidadãos, de honesta democraticidade do regime, é chão que já não dá uvas. O ferrugento respondeu ao PR com o discurso próprio de um díscolo político, sem escrúpulos nem sombra de honestidade ou de respeito pelo cargo para que foi eleito, à revelia de todos os princípios do regime.

E agora? Agora, que já temos amostras suficientes, vamos aceitar o produto. Vamos. Aguentamos tudo. Aguentamos. Aguentamos que uma gente que, por exemplo, diz pôr de lado a oposição à NATO – oposição inconstitucional – promova, sem sanção política, manifestações contra a dita? O tribunal Constitucional não dá - e não dará - por nada.

Aguentamos, por exemplo que o chefe do bando diga que, se os compromissos esquerdistas puserem em causa o défice, se altera as metas do défice. Nem o Siryza faria melhor. Aguentamos. E, ainda que um governo de gestão fosse muito melhor que um da frente de esquerda, aguentaremos este. Porquê? Porque a única esperança que nos resta é que tal frente venha a ser aniquilada daqui a uns meses, através do nosso voto.

Nada pior que deixar os democratas ser consumidos nos limites de um governo de gestão,  tornando-se objecto das calúnias diárias dos canalhas.

Viremos o bico ao prego. Que sejam os canalhas a consumir-se no mar de asneiras, de traições, de enganos e de miséria onde nos meterão. Que o feitiço se vire contra o feiticeiro.

Pior que o 5 de Outubro de 1910, só o 4 de Outubro de 2015 “interpretado” por gente desta.

 

27.10.15

A PRESIDENCIAL PESSEGADA

 

Quando os filhos são maus, ou defeituosos, não deixam de, pelos pais, ser amados. Mas amá-los não significa elogiar as suas imperfeições, antes procurar corrigi-las, ou minorá-las.

Não, não estou a falar de problemas familiares. O exemplo serve-me para olhar um pouco para as atitudes de alguns auto-proclamados “pais da Constituição” de 76, que se vangloriam do tristemente célebre semi-presidencialismo à portuguesa, que dizem ter inventado. À cabeça, Miranda e Marcelo.

Nas democracias civilizadas da Europa Ocidental, não há um só caso da natureza do nosso. Só a França tem um sistema com o mesmo nome, mas totalmente diferente. O semi-presidencialismo francês é-o propriamente dito, não é semi-parlamentarismo: o presidente é-o da República, não “dos franceses”, como cá foi inventado e nunca negado pelos “pais” do sistema. É um chefe político que, representando a República, tem a sua política, não anda armado em “magistrado de influência”, não se atribui um “poder moderador”, não se diz “independente”, o seu cargo é político e actuante, é o responsável pela governação. Quer dizer, se foi eleito pela maioria do povo é politicamente responsável pelo que fez ou disse ir fazer.

Por cá, ao contrário, os inúteis e/ou contraproducentes presidentes têm que inventar a série de patacoadas acima entre aspas citadas, e outras, que não estão na Constituição nem servem para nada, a não ser para confundir as pessoas e maltratar a sua vontade.

Fora de França, os chefes de Estado ocidentais são de nomeação ou eleição parlamentar, gozando da confiança maioritária do Parlamento para a representação do país, e pouco mais. Apoiam os governos que o povo elegeu, que são os governos das suas Repúblicas, ou dos seus Reinos.

Por cá, não são carne nem peixe. Para mostrar que existem metem-se onde não são chamados, apoiam ou desapoiam governos, cultivam a estulta preocupação de se tornar notados. Consoante as opiniões, são “independentes” quando fazem a vida negra aos governos, são “partidários” quando os apoiam, e vice-versa. Não é por acaso que, nas campanhas presidenciais, metade do tempo se passa a discutir quais são os seus poderes. Como ninguém sabe ao certo o que andam para ali a fazer, acabam por fazer o que deles esperam uns contra os outros. É uma ficção isso de dizer que os presidentes estão “acima dos partidos”. Como o seria dizer que estão “abaixo”. E ainda mais, dizer que, sendo políticos claramente caracterizados, se espera deles “independência”. Quem é eleito directamente por metade dos votos directamente expressos nunca será “independente”.

O que irrita o IRRITADO é que os “pais” desta pessegada se orgulhem dela.

 

26.10.15

DEIXE-SE DE FITAS!

 

Foi chocante ouvir ontem o senhor Marco António dizer que a Coligação continua disposta a fazer acordos com o Costa.

Chegaram as propostas anteriormente dadas a lume para perceber que, ao adoptar as medidas aconselhadas pelos trutas do PS, tudo podia ir por água abaixo, isto é, que os riscos de um acordo com o PS punham em causa quase tudo o que se tem dolorosamente conseguido ao longo dos últimos quatro anos. À partida, o PS já tinha posto tudo de pernas para o ar. Inaceitável era ser a Coligação, que ganhou, a ceder quase tudo ao PS, que perdeu. Dada a posição desde o dia 4 assumida pelo adversário, inútil seria, como foi, tentar fosse o que fosse de consensual.

O único e exclusivo objectivo do gangue é a fazer do Costa primeiro-ministro. Como a única forma de lá chegar é juntar-se aos comunistas, o PS fará o que estes quiserem, é tudo. Não vale a pena tentar acertar políticas se o ponto de partida for a negação do objectivo único.

Agora, é esperar pelos brilhantes resultados que a “governação” dos gangsters não deixará de trazer e, daqui a uns meses, em eleições antecipadas, acabar com a vil brincadeira em que nos querem envolver. Perder-se-ão milhares de milhões, é certo (os buracos, ainda que por defeito, já estão a ser calculados), os salários, pensões, etc., levarão o inevitável porradão, isto para dizer o menos. Mas mais vale isso que submeter-se quem tem razão – que ganhou as eleições – à vontade de quem a não tem.

Portanto, senhor Marco António, não se baixe mais. Perceba com quem e com o que está a lidar. Deixe-se de fitas!

 

26.10.15

DO OPORTUNISMO GALOPANTE

 

Nenhum dos habituais constitucionalistas de serviço (v.g. Miranda, Marcelo e outros inventores e adeptos do semi-presidencialismo à portuguesa) reparou, ou quis reparar, ou lhe conveio reparar, em que a opção europeia e a opção NATO de Portugal estão, como normas de direito positivo, ínsitas na Constituição. A uns, os da esquerda, convém; os outros são dominados pelo medo, não havendo outra explicação.

O Tribunal Constitucional, feroz e poderoso reduto da esquerda, também não deu, nem dá, por isso. À farta, usou e abusou de “princípios”, uns constitucionais outros não, sem recurso a qualquer norma concreta, sobretudo nos casos em que o puro e simples objectivo de fazer a vida negra ao governo e atrasar a recuperação económica e financeira do país ultrapassou qualquer outra consideração: pura e dura política. O resto, conversa pseudo constitucional.

A Constituição proíbe a manifestação de ideologias fascistas e afins, mas não proíbe as do outro extremo do cardápio, que são da mesma natureza, como o presente nacionalismo esquerdista e muitos outros pontos de contacto provam à saciedade. O totalitarismo é constitucionalmente mau se for de direita e constitucionalmente bom se for de esquerda, ainda que, no fundo, sejam “farinha do mesmo saco”, como diria, se soubesse o que diz, o grande intelectual Jerónimo e como há dias disse António Barreto, sabendo o que diz.

Mas estas coisas, a avaliar pelas opiniões de personalidades com grande influência nos media, como os já citados Miranda e Marcelo, a que se junta, felicíssimo, o senhor Reis Novais, recém ressuscitado dos bas-fonds do sampaismo, acham que não: a Constituição é uma maravilha, se despojada expurgada de normas inconvenientes, como as que falam da Europa e da NATO. E passam, em doce manifestação de confiança na democraticidade do PC e do BE, por cima, por exemplo, da manifestação de ontem a favor da “Paz”, coisa que, devem pensar, é pormenor que não põe em causa a sinceridade dos “compromissos” assumidos ou a assumir por tais partidos com o PS.

Com a máscara da democraticidade e da vitória eleitoral da esquerda (uma criminosa palhaçada), não hesitam, por oportunismo ou conveniência, em apoiar a “solução” a que Cavaco se opõe, este sim, no intransigente respeito pela Constituição, pela democracia e pelo futuro do país.

 

Pela primeira vez desde os tempos recuadíssimos da CEUD, vou pôr uma enorma cruz a toda a altura do boletim de voto nas presidenciais, esperando que, mais cedo que tarde, as interesseiras e politicamente ilegítimas manobras do Costa estalem na boca desta gente.

 

25.10.15

CARTA ABERTA AO DOUTOR CAVACO SILVA

SENHOR DOUTOR

 

V. Exª terá metido, ou meteu, o pé na poça uma série de vezes. É verdade. Mas, como ficou hoje demonstrado, é um homem honrado. Piroso, mas honrado.

Deste pequeníssimo púlpito o saúdo. Exª disse o que tinha a dizer sobre a responsabilidade que lhe cabe de defender o país da horda que um boçal está a ponto de fabricar, para destruir, não só o prestígio, não só a honra, não só a coerência deste regime e desta democracia, mas também o seu futuro, a sua sobrevivência e a dos seus cidadãos e, além de tudo isso, os valores democráticos que têm norteado a República a que preside.

Por isso lhe lanço um apelo, a fim de, se disso for caso, poder sair com a cabeça levantada do seu republicano assento.

Suponhamos que os boçais dão cabo do governo que nomeou. Que lhe resta fazer, para ser coerente até ao fim? Nomear primeiro-ministro o burgesso Costa, aturar que o boçal Ferro tome assento da presidência do parlamento, assistir a um ilhéu de terceira a dominar as bancadas, tudo isto sem reagir, ver os comunistas a rir a bandeiras despregadas com o nosso naufrágio? Não!!!

Daqui lhe digo, senhor Doutor, senhor Presidente: apele à Constituição, coisa que não presta mas que, na contingência, pode servir. Use o artº 131º. Renuncie. Em vez de, na ausência de outro remédio, dar posse aos bárbaros, vá-se embora. Envie, como é constitucional nos termos daquele artigo, uma carta de renúncia à AR, mande pôr o seu carro privado à porta do palácio e vá para casa com a senhora sua esposa que, não se entende por que carga de água, nunca o larga. O Ferro, seu interino substituto, indigitará o burgesso. Não se preocupe. Daqui a uns meses, a malta dá cabo deles.

Entretanto, o senhor terá saído com honra, e como homem honrado será lembrado. Com saudade também.

 

Saudações democráticas

 

ABC

22.10.15

ACTUALIDADE

 

Muito se tem dito, incluindo neste blog, sobre as previsíveis consequências da projectada coligação social/comunista. Poderá o dito resumir-se assim: os dinheiritos que a dona Maria Luís tem andado a amealhar servirão para financiar as maluquices “sociais” do Costa, da Catarina e do Jerónimo; depois, como é sabido e é próprio do socialismo em geral, quando o dinheiro acabar, acaba o socialismo e recomeça a austeridade, ainda mais à bruta. Não haverá outro remédio.

Mas há consequências que já aí estão, mesmo antes da bronca. Por exemplo: os candidatos a investir os dinheiros do Portugal 2020 já foram avisados que, por causa das moscas e para já, está tudo parado; não há nada para ninguém. Por exemplo: já duas agências de rating fizeram saber que as actuais classificações estão em risco, não havendo perspectivas de continuidade da melhoria. Por exemplo: já há bancos a aconselhar a suspensão de investimentos na nossa dívida soberana, e a congelar os já acordados com investidores para aplicações em Portugal.

Já não é preciso fazer futurologia. Costa é como a pescada, mesmo sem ter chegado ao poder com os seus associados já está a dar cabo da nossa vidinha.

Mas há notícias boas, de onde menos se esperaria. O Mário Soares protestou contra esta “confusão” sem dizer uma palavra de apoio às trafulhices da esquerda em geral e do Costa em particular. O mais encarniçado de todos os soaristas, um tal Ramalho (Victor), propôs que os filiados do PS fossem consultados sobre o assunto, numa espécie de referendo interno. A ir para a frente uma coisa destas, é evidente que a coligação do Costa iria pelo cano abaixo, o Costa iria pelo cano abaixo e, quem sabe, alguma esperança poderia renascer. A ajudar, parece que há, como é do domínio do público, uma data de deputados do PS que não estão lá muito dispostos a colaborar na tramoia.

A ver vamos. Nada de optimismos, ou de pessimismos exagerados. Esperança q.b. é o meu conselho.

 

21.10.15

 

E.T. Surgiu agora esta notícia: O PC anda a "pedir apoios em Bruxelas para países que queiram sair do euro". Aqui temos o que valem as promessas do PC de não se meter nestes assuntos. Mas o Costa não sabe, não vê, se o ajudarem a ser PM até lhes dará uma coisa e oito tostões. 

PORREIRO PÁ

 

A não ser que haja uns oito ou nove deputados do PS que conservem algum sentido de dignidade e não se importem com o anátema das ratazanas e o programa de governo da coligação passe, o que teremos pela frente, a “governar”, será o saco de gatos do socialismo radical.

E então? Então, imaginemos o futuro próximo, partindo do princípio que esse “governo” cumprirá as promessas feitas:

Menos a pagar à Segurança Social, porreiro pá;

Mais dinheiro para o povo, porreiro pá;

Melhores salários, porreiro pá;

Restituição dos cacaus que foram suspensos, porreiro pá;

Menos impostos, porreiro pá;

Restituição da sobretaxa, porreiro pá;

As reformas reinstaladas, porreiro pá;

Sbsídio de desmprego universal e perene, porreiro pá;

Mais investimento público, porreiro pá.

Empregos aos pontapés, dos bons, dos que são para a vida, cheios de diuturnidades e de prestações extra, porreiro pá.

O IVA das tascas por aí abaixo, porreiro pá (os preços continuarão na mesma, mas isso é detalhe);

O abono de família universal, correcto e aumentado, porreiro pá;

Abono dos idosos à fartazana, porreiro pá;

Rendimento social de inserção alargado, porreiro pá;

Médicos a nascer das pedras, porreiro pá;

Etc., porreiro pá.

 

O IRRITADO está contentíssimo. Vai ter mais massa para gastar, vai comprar uns esticadores de ouro para os colarinhos e passar um fim de semana no estrageiro, quer dizer, em Badajoz, entre outras maravilhas da vida moderna generosamente proporcinadas pelo “governo”.

Há, no entanto, um pequeno pormenor que - não fora a fé que estas promessas fazem nascer no seu coração e no seu porta-moedas - daria cabo de tudo. É que tem o dedo mindinho cheio de adivinhações: adivinha, porque ninguém lhe explicou de onde vinha o dinheiro para pagar estas benesses, que não vai haver que chegue. E, se não vai haver que chegue, então temos o caldo entornado. É claro que o tal “governo”, programaticamente, já decretou que a restituição do dinheiro ao povo vai aumentar o consumo, que o aumento do consumo vai criar milhões de empregos,e tudo ficará certinho, o défice, a dívida, o tratado orçamental, tudo! A Europa aplaudirá e, seguindo o brilhante exemplo deste jardim, renascerão partidos comunistas como cogumelos por essa Europa fora, venenosos, é certo, mas cheios de amanhãs que cantam.

O pior é que o mindinho, um chato, acha que a receita do consumo jamais deu resultado fosse onde fosse.

Nada porreiro pá.

 

20.10.15

TRÊS FRASES

 

  1. O que nos separa não são lugares no governo... mas ... a soberana vontade dos portugueses, afirmou Costa, auto proposto usurpador. Aqui está mais uma demonstração da maravilha que é o carácter do homem, ou como se põe a verdade de pernas para o ar. Não só a única coisa que está em causa é o lugar de PM (para ele!) como jamais os portugueses exprimiram a soberana vontade de pôr o PC e o BE - boleia formal do burgesso - no poleiro.

 

  1. Quem garante a estabilidade dos governos ... são as maiorias parlamentares e essas maiorias são de geometria variável, disse a dona Maria (de Belém). Sibilina forma de alinhar com o Costa. Ainda bem que o saco de laca começa a revelar-se...

 

  1. Finalmente, uma frase decente: A nódoa do Sampaio escolheu o Sampaio da nódoa, escreveu um desconhecido numa parede aqui do bairro.

 

20.10.15

DIPLOBARDIA

 

Toda a gente sabe que o dr. Machete foi uma triste escolha de Passos Coelho. “Toda a gente” não é uma forma de expressão, é mesmo toda a gente.

A história do tipo da greve da fome em Luanda é sintomática, ainda por cima sendo o homem também cidadão português. Ora o ilustre governante tem a lata de dizer que não tem nada com o assunto, porque o grevista está em Angola, sujeito à respectiva lei, não à nossa.

Para além da questão de política interna – fornecer parangonas ao folclore da esquerda – há a, mais importante, responsabilidade pela eventual morte do fulano, que não deixará de ser alegada e assacada, com fanfarra e charamelas, a quem não terá mexido palha que se visse a este respeito. Não colhe o facto de haver muitos portugueses a trabalhar na ditadura do MPLA, até porque, em contrapartida, os angolanos têm, via Santos (Isabel e Eduardo dos ditos) enormes interesses cá no sítio. É a desculpa do costume, que contribuiu, por exemplo, para a entrega de centenas de milhar de portugueses e de uma data de empresas às mãos do Chávez/Maduro, levada a cabo pelo 44/33. O tal Machete já devia, pelo menos, ter chamado o embaixador de Angola às Necessidades, pedido ao PR que fizesse uma chamada ao colega Eduardo, ou outra coisa qualquer que mostrasse interesse pelo facto.

Diplomacia é diplomacia, mas não se deve confundir com cobardia.

 

20.10.15

DO SONO DA RAZÃO

 

Já era sabido que o menos que se pode dizer dos bruxos que fizeram o programa do PS é que se trata de lunáticos que aplicam medidas às quais atribuem virtualidades que, além de miríficas, têm, comprovadamente, resultados perversos, isto é, que dão no contrário do imaginado.

Cortar nas contribuições para a Segurança Social e dizer que se quer manter, tal como é, a sua cobertura das necessiades, pior do que mirífico carece da mais elementar lógica.

Pôr (a prazo devolutivo!), por tal via, mais dinheiro no bolso das pessoas, só pode aumentar o consumo, o que parece ser o objectivo. O consumo já estava, com a a generalizada evolução positiva do país, a aumentar, é certo que saudavelmente (aumento da confiança), mas com evidentes perigos (endividamento das pessoas, crescimento das importações, diminuição da poupança...).

Como é que os trutas do socialismo dito democrático, altos especialistas nestas matérias, são capazes de imaginar tais coisas?

Não põem am causa que faltem os célebres 600 milhões no sistema público de pensões em 2016. A coligação já disse 3469 vezes que não os irá buscar às pensões a pagamento. Mas os azes do PS insistem no contrário, no que não foi dito nem escrito. Mas não põem em causa que o dinheiro é preciso, possivelmente para não confessar que a reforma (para 30 anos!), do tipo da barbicha foi um flop dos diabos. A coligação propõe o anatemizado “plafonamento”, coisa comum em bastos países europeus, inclusivamente por iniciativa de partidos da família do PS. O coro primitivo e cegueta do nosso (deles) PS levanta-se aos gritos, que se está a dar cabo da SS do Estado, a proteger "o capital" e por aí fora. Tanta asneira, senhores, tanta ignorância.

Enfim, muitas e pesadas são razões para desconfiar das maroscas dos intelectuais económicos do socialismo. Parecem coisa de mentecaptos. Não o sendo, é a cegueira ideológica do estatismo total a perturbar-lhes os neurónios.

Hoje, o que julgo ser o nº 2 do “escol”, ou da burricada, o respeitável prof. Trigo, escreve no “Público” uma diatribe verdadeiramente tresloucada. Valendo-se da teoria do “votante mediano”, que postula ser tal votante quem deve deter o poder, chega à conclusão que o votante mediano é o que votou no PS e nos partidos comunistas. Os votantes do CDS, por definição, são extremistas e devem ficar fora de qualquer solução de poder: não contam. Se se quiser dar o devido valor à opinião do votante mediano outra solução não há senão um governo PS sustentado pelos comunistas, governo que falará alto na “Europa”, que reformará a dívida, etc.. Isto apesar de os camaradas do PSE já terem feito sentir ao Costa que, pelo caminho que leva, não vai longe.

Recomendo vivamente a leitura da inacreditável tese deste furibundo camarada - “Público”de hoje, pág. 49 - para poder ajuizar, num caso concreto, como o sono da razão gera monstros.

 

19.10.15

DA DIRECTORA DO “Público”

 

Há quatro anos que dona Manuela, pelo menos uma vez por semana, desanca a Coligação com uma ferocidade inadmissível, tendo em conta que é membro do PSD e que, se foi alguma coisa na vida, ao PSD o deve.

Nunca, que se saiba, a inacreditável directora do “Público” teceu qualquer consideração sobre as fúrias da senhora. Mas, no dia seguinte à sua indignada manifestação de repúdio pelas manobras do Costa, lá vem a mulher zurzir dona Manuela, a quem acusa de “alarmismo irresponsável”.

Disse dona Manuela que o que se está a passar é “um golpe de Estado”. Também acho. Meter no governo, sem razão eleitoral que se veja, bem pelo contrário, dois partidos revolucionários que, sem rebuço ou vergonha, põem em causa todas as instituições, nacionais e internacionais que regulam anossa vida política, é, evidentemente, um golpe de Estado, não um excesso de linguagem.

E estar alarmado é um direito, pelo menos enquanto os amigos da directora do “Público” não estiverem no poder.

Ó Belmiro, Belmirinho, vê se a pões com dono a tua directora!

 

17.10.15

UMA NOJEIRA

 

À lista das exigências que o PS faz à coligação poder-se-ia dar o nome de “bíblia da má fé”. O tal Centeno, encarregado da redacção dos “mandamentos”, tido por alguns como “liberal”, não passa de um pau mandado do Costa, ao serviço da sua febre esquerdista. O que se lê na proposta poderia resumir-se em meia dúzia de palavras: não queremos acordo nenhum, estamos feitos com o PC e o BE, e acabou-se.

O tal Centeno, à cabeça de um plantel de idiotas, “quantificou” há tempos, a partir de dúzias de ovos no rabo da galinha, uns números miríficos, onde os resultados estarão certos, mas as parcelas erradas. O Costa não percebeu nada, como está, à saciedade, demonstrado. Mas é coisa que não o perturba: o que ele quer é ser PM, com as eleições ou contra as eleições, à custa seja do que for, até do próprio partido. As “negociações” com a Coligação são o raminho de salsa na salada vermelha que magicou.

Desta feita, mais uma vez sob a batuta do Centeno, pariram um documento onde negam tudo o que afirmaram no “documento macro-económico”, isto é, nem uma palavra, mesmo aldrabona, sobre as receitas que pagarão as astronómicas despesas que ora fingem propor, com o evidentíssimo e solitário objectivo de acabar com a Coligação e com o resultado das eleições. Não será bem assim: na “proposta”, capeada por uma missiva digna dos carroceiros que são, quem tiver mais que dois tostões vai pagar muito mais: não chega, é certo, mas é a receita do leninismo aplicada aos nossos dias: dar cabo de quem ainda tem algum, a favor, não dos que não têm, mas da destruição da sociedade em geral. Tanta conversa sobre a “Europa”, e propõem a completa subversão dos compromissos que dizem aceitar!

Com a sua proverbial calma e boa educação, Passos Coelho só tem uma resposta a dar: vão pentear macacos.

Haja o que houver, o PS está acaminho da implosão. Uma questão de médio prazo, é certo, mas um médio prazo que vai causar problemas a perder de vista.

Dará um certo gozo ver o PS desaparecer, ou escavacar-se. O pior é o resto.

 

17.10.15

O EXPRESSO DO COSTA

 

Ontem à noite, o “Expresso” mimou-nos com uma sessão altamente reveladora. À mesa, dois tipos do PS (a dona Mendes e Carlos Gaspar), um apoiante feroz do Costa, antigo guru da extrema direita (um tal Júdice) e um rapaz do CDS cujo nome ainda não decorei.

Três a um. Uma boa demonstração do pluralimo e da independência habitual nos nossos media.

Do Júdice e da Mendes ouviu-se o que se esperava ouvir. Não merecem comentários, a falta de vergonha não os merece. Já o Gaspar, meu Deus! Sabe-se que o homem foi serventuário de Eanes, de Soares e de Sampaio. Sabe-se que se trata de um jacobino do mais acabado. Sabe-se que é do PS. Mas, pelo menos na minha opinião, é um tipo inteligente e um analista político de alguma valia, dentro das limitações que lhe são ideologicamente próprias. Desta vez perdeu a cabeça, só disse asneiras. Por exemplo, disse que a dona Ângela tinha levado 80 dias a negociar o governo com os rivais, mas esqueceu-se de um pequeno pormenor: a dona Ângela tinha ganho as eleições! Como se aplica tal exemplo à pessegada em que estamos metidos é coisa que Gaspar não esclareceu. Depois, disse esta enormidade: que o PS deixou de poder aliar-se ao PSD porque o PSD se coligou com o CDS! Então o PS (Soares) não fez um governo com o CDS? E com o PSD? Que raio de “analista” em que Gaspar de transformou. E disse mais: que o PSD nunca tinha feito coligações com o CDS. Então, e a AD, que ganhou duas eleições seguidas, nunca existiu?

Gaspar está velho ou foi contaminado pela peste do Costa?

Gaspar não será o melhor pano, mas tanta nódoa, credo, cruzes canhoto!

 

17.10.15

DESMINUÇAR

É o que Costa nunca fará. Esta noite, instado a dizer quanto custavam as maluquices “sociais” do “documento” do Centeno, mesmo sem contar com as facturas a apresentar pelos seus mais que tudo PC+BE, declarou: não me vou pôr aqui a “desminuçar” essas coisas. Ficamos a dever-lhe este tão culto acréscimo ao dicionário.

Já na campanha eleitoral, sempre a dizer que estava tudo calculado, que os números apresentados eram uma maravilha, quando lhe pediam que os “desminuçasse”, metia os pés pelas mãos como um nabo da horta. Não apertassem com ele com minudências. Estava ali para segurar o lugarzinho, para fazer a vida negra à direita, para “correr com a coligação”, não para falar de números.

Facto é que, se os números - que o Costa não sabe, nem quer saber, só quer o poder e mais nada - nos caírem em cima, vai ser o bom e o bonito. A malta arruinada, mas a CGTP na rua a manifestar-se entusiásticamente com a inexorável marcha do socialismo triunfante. Já não era a primeira vez. Só que, em 75, a “pesada herança do fascismo” ainda ia pagando umas maluquices. Agora, como desde há cinco anos, quem as vai pagar somos nós.

 

16.10.15

BAIRRISMOS

 

... lançar uma candidatura vencedora e nacionalmente reconhecida a partir de uma cidade que não a capital do país é uma tarefa muito próxima do impossível, disse Rui Rio ao “desapresentar” a sua candidatura à Presidência.

Trocado por miúdos, o que ele deveria dizer era que jamais se aguentaria com a candidatura do Marcelo, que ia meter-se, financeiramente, numa camisa de varas, que não avançava (aí tinha razão) para perder, ficando até atrás de um patacão como o Nóvoa e de uma montanha de laca como a Mª de Belém.

Não é grave. Mas o argumento é uma tristeza. Pergunto a mim próprio quando é que os meus amigos do Porto se livrarão do bairrismo primário que tão profundamente os caracteriza. Primário, não porque o bairrismo, em si, seja um mal, mas porque o seu fundamento não é o das qualidades próprias mas o da inveja do Sul, dos “mouros”, dos outros. É um fenómeno quase exclusivamente portuense. Coimbra, Braga ou Setúbal, por exemplo, não se definem por oposição a terceiros, definem-se pelo que são, com legítimo orgulho.

À falta de melhor, Rio vem pôr as culpas à “capital”. É um costume que, se pode ficar a matar numa peixeira do Bolhão, fica pessimamente a um tipo como o Rio cuja valia, vai, ou devia ir, muito para além de ser do Porto ou de outro sítio qualquer.

 

16.10.15

GAIOLA ABERTA

 

Muito bem! O famoso 44 já cá está fora. Cuidado.

Variadíssimos juízes e tribunais deram com os pés ao pobre rapaz e às invectivas dos seus advogados. Até que... até que um juiz conotadíssimo com o PS o pôs cá fora! Não sou de intrigas, mas ele há coincidências dos diabos. Se calhar é como as bruxas... que las hay, las hay.

 

16.10.15

Pág. 1/2

O autor

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2006
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub