O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Em tempos que já lá vão, houve nove “militares de abril” que se “revoltaram” contra a tirania comunista que estava quase a destruir qualquer hipótese de liberdade dos portugueses e de decência do país. A maior parte deles era esquerdófila, mas não ia na conversa das “amplas liberdades” do Cunhal, tirano perspectivado pelos acontecimentos.
Num ataque de optimismo – mau conselheiro – o IRRITADO alimenta a ideia de que é possível que, desta vez, haja outro grupo de nove, não do MFA mas de deputados do PS, onde ainda haja alguma réstia de dignidade e de moralidade para se abster na rejeição do programa de governo da coligação. Qualidade raríssimas na organização a que pertencem, é certo, mas há que cultivar o benefício da dúvida.
Aqui há tempos, houve um volte-face no PS. O respectivo líder foi substituído por outro, porque as vitórias eleitorais (autárquicas e europeias) que tinha conseguido não eram suficientes para a “sede” do que lhe queria sacar o cargo.
A seguir, a murídea organização resolveu fazer eleições ditas “abertas” para nomear um candidato a PM. O novo líder foi eleito “candidato a PM”.
Depois, andou por aí a fazer a sua propaganda. Arranjou uns números completamente lunáticos, mas que, de acordo com os pressupostos metidos no computador por uns mágicos, tinham alguma lógica. Números que o tal líder não percebeu, como ficou demonstrado em diversas ocasiões. Não faz mal, ele estava encarregado de parlapatar politiquices, não de saber dos seus próprios números, na boa tradição soarista.
Finalmente, o ilustre candidato a PM (na óptica do PS) perdeu as eleições. A mais elementar honestidade política levaria a que pudesse vir a querer a ser tudo, menos PM. Mas quem o considerava pouco sério, viu a sua opinião confirmada pelos factos. O homem quer mesmo ser PM, primeiro à custa da própria face, se é que a tem, segundo à custa do PS que ficará permantemente ligado à aldrabice do chefe e sofrerá com isso, terceiro à custa do regime que, apesar das tentativas de subversão levadas a cabo por vários socialistas, se tem, melhor ou pior, aguentado, quarto e mais grave ainda, à custa de todos nós.
O que a aliança do PS com a extrema esquerda quer dizer – alguém duvida? – é que o indivíduo tudo é capaz de sacrificar tudo, até os seus, para alcançar um lugar que, politica, moral e eleitoralmente, não é dele. Deve ser mais um caso de moral republicana.
Posto isto, que já está mais que dito, por estas e outras palavras, valerá a pena referir um detalhe. Um grande detalhe.
O fulano que defenestrou o seu antecessor era, à altura, presidente da CML. Abandonou-a quando tinha jurado lá ficar até ao fim do mandato. Demos isso de barato. A sua gestão na CML foi brandida meses a fio, como exemplar. Que tinha endireitado as finanças, que pagava a horas, que baixava os impostos, que até devolvia impostos aos munícipes etc. . Como toda a gente sabe, as finanças foram endireitadas sobretudo com dinheiro do negregado governo da coligação. Enfim, que passe.
O que não passa, ou não diz a bota com a perdigota, é que a CML e o fulano se gabem de ter aumentado a receita fiscal em 30%. Como é que, baixando impostos e devolvendo impostos, se aumenta a receita fiscal? Procuremos explicar.
Por um lado, é certo que há grandes impostos (IMI e IMT, por exemplo) que são cobrados pelo governo e que o governo o tem feito com alta eficácia, não havendo nisso qualquer mérito da câmara, ou do indivíduo em apreço. Em vez de se gabar devia agradecer à dona Maria Luís. Por outro, e aqui é que está o busilis, ou a desonestidade ao quadrado: o artista acabou com a taxa dos esgotos, metendo-a na conta da água, depois criou outro imposto – a taxa da protecçao civil - para a substituir. Segundo os cálculos de um consumidor da classe média, o aumento da água, no fim de 2015, deverá situar-se em cerca de 250%. Some-se a isto o que aconteceu às taxas de saneamento, resíduos urbanos e adicional, e veja-se onde está a “boa gestão” e o “abaixamento de impostos” da CML. No mesmo cálculo - do consumidor da classe média – somadas as parcelas, estima-se o aumento da taxaria, de 2014 para 2015, em 223,4%! E há mais ainda:os aumentos das taxas de direitos de passagem (nas facturas de telecomunicações), as da ocupação do subsolo (nas facturas do gás) e as de bombeiros e protecção civil, (facturas do seguro do carro).
Este autêntico bandido político, que agora se quer apropriar do poder político e que é contra a austeridade do governo foi, afinal e ao seu nível, muito mais austeritário que Passos Coelho, um autêntico torcionário dos nossos já tão castigados rendimentos. Uma brutalidade de impostos, só que passados à sorrelfa em facturas diversas, com a agravante de, como ninguém pode ficar sem água, luz, gás, têm mesmo que ser pagas. A desonestidade ao quadrado.
Será que alguém, no seu perfeito juízo, pode ter alguma consideração por esta criatura?
* Os números utilizados foram calculados por Francisco Ferreira da Silva, subdirector do Jornal Económico.
Não é bonito criticar as pessoas pelo seu aspecto. Mas não é lógico que se diga que o Conde Drácula é lindo, ou não mete medo.
Tenho diante dos olhos uma fotografia dos “negociadores” do PS. Não é aterrador? Ao pé daquela gente, as carantonhas dos living dead parecem de anjinhos. Já viram a expressão sinistra do senhor César? A cara de enterro do melenas Centeno, e a gravata, meu Deus! O ar de purgatório da medonha senhora, que não sei como se chama? E a inquietante imponência do bolchevista Nuno Não Sei Quê, espécie de Marquês de Pombal do 4º esquerdo? Tudo isto, meus senhores, encimado pelo sorriso alvar e umbroso do pretendente a usurpador?
É claro que as apreciações políticas não devem ter em conta o aspecto das pessoas. Mas, ó gentes, há quem diga que uma imagem vale mais que mil palavras.
Na cabeça do Prof. Cavaco quando chama Passos a Belém para o encarregar de iniciar diligências para formar governo sem o indigitar como PM. É facto que ainda não era conhecido o resultado final das eleições. Mas também o é que, fosse qual fosse o número de deputados ganho pelos partidos nos círculos da emigração, tal não alteraria o resultado, isto é, a coligação ganharia sempre, o que justificava a presidencial decisão, em nome da urgência da formação do governo. Ouvia o blabla dos partidos, como manda a Constituição, e indigitava Passos Coelho, como a Constituição manda. A estas horas o governo estava formado e o PS que se amanhasse com a responsabilidade de o deitar abaixo;
Na cabeça do Costa, dando razão a quem tem dele a ideia de um canalha político destituído de carácter, quando toma a iniciativa de levar o PS a renegar 40 anos de respeito pelos valores políticos da democracia propriamente dita;
Na cabeça de um tal Centeno, economista dito “liberal” por muita gente, parece que de cultura harvardiana, que sai da sua obscura posição no BdP para fabricar um programa carregado de ilusões mas consentâneo com um mínimo de senso e que agora nos aparece aos beijinhos ao Jerónimo e à Catarina, cujos objectivos se diria ser absolutamente incompatíveis com os seus;
Na cabeça de Passos e de Portas para andar de bola baixa a fazer rapapés ao Costa, como se o Costa tivesse ganho as eleições, em vez de o afrontar e denunciar.
Na cabeça do PS, quer dizer, da sua ala democrática, para não exigir a imediata demissão do Costa, por ilegitimidade ideológica, por traição às ideias do partido, por evidente, flagrante e desonrosa desonestidade política.
Como já disse noutro local, tudo está nas mãos de Cavaco Silva. A única solução coincidente com os seus deveres constitucionais está na nomeação de um governo da coligação, pondo a batata quente de volta às mãos do PS. Se este votar a rejeição do programa, ou fizer aprovar a tal moção de censura “construtiva”, então, perante os olhos de todos, será por isso responsável. Em alternativa, dividir-se-á, e teremos, finalmente, um governo decente. O pior que poderá acontecer é que o governo caia e que venha a chamada maioria de esquerda, traindo o eleitorado e a Nação. Será, então, preciso mais tempo para acabar com o PS. Mas lá chegaremos. Resta saber com que sacrifícios. A obra do Costa já está a produzir os seus efeitos: a bolsa vai por aí abaixo, os juros, apesar da protecção do BCE, já começaram a subir, as agências de rating estão de olho nisto, o investimento entrou num impasse. Ou o PR os tem no sítio ou, por obra do Costa, ou o abismo está à vista: é só mais um passinho.
Tenho, muitas vezes, nestas páginas, desdenhado do semi-presidencialismo à portuguesa, sistema que não é carne nem peixe, que põe os cidadãos a votar num fulano sem lhe dar o poder que uma eleição directa pressupõe, que duplica a legitimidade popular e complica o seu exercício, sistema em que os presidentes têm que inventar um “poder moderador” que não existe na Constituição, fabricar uma “magistratura de influência” sem conteúdo oficial ou oficioso, insistir em dizer que nos representam quando só representam a República.
No entanto, tenho que reconhecer que, neste momento, tudo está nas mãos do Presidente. É verdade que, para tal, bastaria que tivesse sido eleito no Parlamento, mas facto é que tem o poder de indigitar ou não indigitar o Primeiro-Ministro, sem precisar de cometer as monumentais asneiras e abusos dos seus predecessores, os “governos de iniciativa presidencial”, o PRD, etc., de Eanes, a perseguição sem tréguas ao governo eleito, de Soares, o ódio jacobino e ultra socialista à mais alta escala ou o golpe de Estado, de Sampaio.
Cavaco, um feroz institucionalista, que só esteve “ao serviço do governo” na boca do nacional esquerdismo, está no centro do actual problema.
Costa tem traído tudo, e trairá ainda mais se o deixarem. Traíu o antecessor, defenestrando-o sem qualquer sombra de razão (como o futuro veio a demonstrar), traíu todas as tradições democráticas do seu próprio partido, trai os resultados eleitorais e os que nele votaram colocando-se do lado de quem mais o atacou, trai o país ameaçando colocá-lo numa posição que instância alguma daquelas de que dependemos vai aceitar, trai a confiança de terceiros tão duramente conseguida por uma Nação inteira, trai a Constituição que sacralizou, a Europa a que jurou fidelidade, trai tudo o que tem à mão em nome de uma questão simples: a sua sede de poder, sem escrúpulos nem vergonha. Faz a manipulação aritmética, não politica, das eleições, metando-nos a todos num mar de trafulhice e de desgraça. Costa é abjecto.
Só o PR o pode travar. Só o PR, sendo fiel ao seu discurso eleitoral, pode, para alívio da Nação, obstar à monumental trafulhice que Costa prepara. Subitamente, os partidos comunistas passam a europeistas e eurófilos, isto sem precisar de qualquer contrição ou negação de convicções com décadas de existência e de coerência marxista. E Costa, com a sua peculiar “honestidade”, finge acreditar, a troco do poder. Sabe-se que um governo como o que o traidor prepara durará pouco. Sabe-se que os meses que tiver pela frente arruinarão tudo aquilo por que os portugueses vêm lutando há quatro anos. No dia glorioso em que cair, o governo Coata deixar-nos-á outra vez na pior das lonas. Costa já traíu quase tudo o que havia a trair. Falta-lhe trair o futuro.
Este talvez seja um post que contradiz o anterior. Sosseguem. O que diz o anterior continua válido: Costa é mesmo burro.
O que não quer dizer que, como dirão os socretinos, o Alegre, o Soares fiho, o Santos e outros mais, que o burro não seja um génio. Derrotado, humilhado, ridicularizado, facto é que tomou a iniciativa política e é o mais badalado de todos. Chàzinhos com o Jerónimo (“muito produtivos”) e com a politicamente inexistente Apolónia (“vastos pontos de convergência), as miúdas e o careca do BE com o cafèzinho à espera, uma reunião (“vazia”) com a coligação, a imprensa contentíssima com esta ópera toda, o burro a somar pontos na propaganda.
A coisa é de tal ordem que já toda a ilustre intelligentsia nacional se esqueceu da Constituição, das praxes e procedimentos que são constantes no nosso pobre sistema, para embarcar em cenários que as eleições não justificam e referir ad nauseam as coligações dos países do Norte da Europa, a dizer que tudo é possível, a entreter o pagode com hipóteses malucas em vez de ir ao fundo das questões. No Norte as coligações são possíveis porque no Norte não há partidos comunistas. Mais à esquerda ou mais à direita, há consenso sobre a democracia e as relações externas. O que não é o nosso caso. Os limites democráticos de que Portugal sofre não são comuns lá para cima.
A coisa é de tal forma que todos esquecem a própria Constituição, que postula o caminho europeu do país que os partidos comunistas negam, o respeito pelos tratados que os partidos comunistas abominam, os compromissos assumidos que os partidos comunistas não querem respeitar. A “teoria” em voga nas opiniões expressas, à esquerda e à direita, é a do cenário da possibilidade de uma coligação do PS com os comunistas, coisa “possível”, desejável ou não segundo as opiniões, mas “viável”, “normal”, “dentro dos limites democráticos”.
Uma vez criado o ambiente em que a catástrofe passa a fazer parte das “virtualidades” do sistema, e aí temos a grande vitória do burro.
Há duas esperanças de salvação.
A primeira, corporizada pelos membros do PS que não alinham com as arrancadas do burro e querem manter o partido na sua postura tradicional. A segunda, a residir no PR, que parece ter a noção dos compromissos e dos interesses nacionais – constitucionais e políticos – e que poderá dar um murro na mesa e acabar com as burrices do burro.
Em qualquer dos casos, será uma mini salvação. Isto porque o nóvel “partido charneira” terá já assumido demasiados compromissos com os comunistas para chumbar tudo o que um governo democrático possa querer fazer.
De uma forma ou de outra, teremos que esperar, com a calma dos desesperados, que um eventual governo democrático caia para, a seguir, dar, em eleições, a marretada final no burro.
Entretanto, acaba o investimento, a Segurança Social vai à falência, a agências enterram-nos no lixo mais malcheiroso, a banca entra em colapso, andaremos quatro anos para trás, ou ainda pior.
Uma eleição esperançosa será, por mor do burro, transformada numa derrota do país e na vitória do caos. Os comunistas (PC, BE e compagnons de route), contentíssimos, agradecerão ao burro.
Como está à exaustão demonstrado por quem tem um mínimo de juízo ou de fidelidade democrática, não há maioria de esquerda de espécie nenhuma, pela simples razão que não é possível, pelo menos até agora, somar elefantes com macacos, nem multiplicar ratos por andorinhas.
Também não a há porque os partidos que formariam tal maioria estão, ou estavam, separados por intransponíveis barreiras, como a campanha eleitoral demonstrou. Tais barreiras são, ou eram, as que separam o estalinismo da liberdade, os gulagues do ar livre, a inteligência da burrice.
Se admito aquele “ou estavam” e este "ou eram" é porque a ambição desmedida de um homem que, institucional e ideologicamente, estava comprometido com um determinado corpo de valores, se propõe negá-los, sem pudor nem vergonha.
O mais caridoso que se pode dizer de António Costa é que está a preparar uma oposição “coerente”, onde ele comandará as tropas comunistas no Parlamento. É burro. Não comandará coisíssima nenhuma, antes serão os comunistas (versão PC e versão BE) que passarão a dar-lhe ordens, reduzindo-o a parceiro de segunda.
Resta saber se é para isto que ele prepara as coisas. Ou será que a ambição o faz querer ser Primeiro-ministro à custa dos comunistas? Ainda será mais burro. Se entrar em tal coisa, porá o PS ao nível do Pasok, fá-lo-á passar a não esistir. Talvez, bem vistas as coisas, não fosse mau ficarmos livres do saco da burros em que, por mera burrice, quer transformar o partido.
De uma forma ou de outra, estamos metidos numa burricada pegada. Se Passos fizer um governo minoritário, é evidente que o burro não o deixará governar, e que a parceria bolchevista se dedicará, não só a chumbar tudo e mais alguma coisa, como a destruir o que está feito, ou seja, a arruinar-nos. Se o ambicioso Costa “chefiar” a inexistente maioria de esquerda, chegando a PM, então a queda do país será ainda mais rápida. Tudo por ambiciosa burrice.
As mais nobres Nações já foram pasto de ditaduras, de governos falhados, de exibições de palhaços políticos. Mas não consta que alguma tivesse sido dirigida por um burro.
Uma coisa há, muito estranha, nestas reuniões. Não, não é a súbita “disponibilidade” do PC e do BE. Esses sempre apostaram na ruína e no caos para, sobre tais fundamentos, construir a sua maldita ditadura, nos isolarar do mundo, fazer de nós uma Coreia do Norte “moderada”. O que me espanta é o ar alarve e satisfeito do chefe da “macroeconomia” do PS. Dizem que o homem estudou em Harvard. Pouco deve ter aprendido, ou percebido. Ou pior, andou por lá a preparar-se para destruir o que conhece por dentro, como os pilotos do 11 de Setembro, ou como o Fidel, que prometeu a democracia e fundou a tirania. O Centeno, a avaliar pela sua alegria em participar nas reuniões com o inimigo (dele) da véspera e de todos nós, sempre, se calhar prometeu a “macro” para a cavalgar ou até comandar a destruição da “micro”.
Problema é haver um burro a mandar. Maior problema ainda é se houver outros, com pouco de burros, a mandar nele.
Numa conferência que, solenemente, assinala o início dos programas de doutoramento do Centro de Estudos Sociais da vetusta Universidade de Coimbra, a oração de sapiência será pronunciada pelo grande cientista político, económico e social grego senhor Yanis Varoufakis, colunista do Diário de Notícias, conhecido neste blog pelo carinhoso nome de Falhoufakis.
Que chamar a isto? Uma vergonha? Nem vergonha é, porque convidar este motociclista espalhafatoso e presumido é sinal de que, na tal Universidade, vergonha é coisa que deixou de existir.
Os malefícios que tal académico de pacotilha causou ao seu país, à Europa e ao mundo deviam dar-lhe a credibilidade e o prestígio dos ratos dos canos. Mas, para quem, como a Universidade em causa, prefere exibicionismo e barulho nos media, qualquer coisa serve, até o Falhoufakis.
Para pagar uma multa à EMEL, você tem que ir a uma loja da dita, levando:
O original da exigência;
O Cartão de Cidadão, BI ou Passaporte;
A carta de Condução;
O NIF
Se estiver no estrangeiro, ou se tiver alguma dúvida, poderá contactar a organização através do email info@emel.pt . Pode ter a certeza de que ninguém lhe responderá, dada a alta eficácia dos serviços.
O IRRITADO, sempre atento aos benefícios do SIMPLIS (douta criação do PS), e a fim de simplificar ainda mais, permite-se sugerir que, para pagar a multa, deverá fazer-se acompanhar também dos seguintes elementos, em fotocópia autenticada ou original, e dentro do prazo de validade:
Certidão de residência passada pela Junta de Freguesia, com o aval de três comerciantes da zona;
Certidão narrativa completa de registo de nascimento;
Registo Criminal actualizado na véspera;
Certidão de não dívida às finanças;
Idem à segurança Social;
Atestado médico;
Declaração, por sua honra, de que não tem ideias subversivas, com assinatura presencialmente reconhecida;
Declaração passada pelas venerandas intâncias do Largo do Rato, atestando que não tem nada contra o socialismo, o Costa, o Medina e a burocracia.
Modesto contributo do IRRITADO para facilitar a vida às pessoas.
Uma preocupação social que muito tem afligido este conservador liberal é a de saber qual a designação dos cônjuges nos casamentos homossexuais. Quando se trata de homens, chamar-se-ão marido A e marido B, ou há um que faz de fêmea, designando-se por “esposa”. Mutatis mutandis, sendo duas as consortes, conhecer-se-ão por Mulher A e mulher B, ou há uma que faz de macho, e será o “esposo”?
Vem isto a propósito de uma “boca” do impossível Rodrigues do Santos que, ao referir-se ao cabeça de lista do PS no Porto, reconhecido pederasta, disse que o dito tinha sido “eleito ou eleita”. Coitado do Rodrigues dos Santos, a braços com a falta de nomenclatura apropriada. É que o tal respeitável senhor é casado com um americano do sexo masculino. Serão os dois “esposos”, ou “esposas”? Legítima dúvida que terá assaltado o pivô e o terá levado a dizer o que disse.
Facto é que anda para aí um charivari dos diabos, que o tipo foi ofensivo, homofóbico, de “uma indignidade chocante e absolutamente inadmissível”, que estão em causa os direitos humanos, etc.
Tanto barulho quando o que está em causa são imperdoáveis omissões lexicais e dificuldades de a língua se adaptar aos novos tempos. A indignação do IRRITADO vai toda para os nossos linguistas, que são capazes de parir o acordo ortográfico mas não conseguem expressões que evitem problemas como o do Rodrigues dos Santos e, afinal, de todos nós.
Esta história da Volkswagen faz-me uma confusão dos diabos. Antes de mais, não consigo perceber como é que o colosso alemão confessou ter feito um software viciado. Podiam ter dito que os testes à coisa não tinham detectado anomalias. Que as instâncias de fiscalização, vigilância, regulação, etc. nunca deram por nada, o que até é verdade. Que, se algum problema causaram, não é coisa com as catastróficas consequências como por aí se brandem. Que ninguém se preocupa com o monóxido de carbono, esse sim, letal, e anda tudo do avesso por causa do dióxido, coitado, que não faz mal a ninguém, bem como com de outros produtos, alegadamente cancerígenos, não havendo, que se saiba, prova provada de relação mensurável e directa entre uma e outra coisa.
Não se entende o histerismo global, mais porque as instâncias “correctas” e os media não se calam que por revolta dos “atingidos”, que continuam satisfeitíssimos com os seus carrinhos. Não se entende a universal ganância que por aí anda. Os Estados lambem-se por multas astronómicas. Os advogados já andam para aí a angariar “lesados”. Põe-se em causa centenas de milhar de postos de trabalho, actuais e futuros, investimentos gigantescos, o funcionamento, até agora perfeito, de um gigante económico e social, a estabilidade económica e laboral da Alemanha, de Portugal, da Europa, da Ásia, do globo. Tudo para consolo do politicamente correcto.
Há coisas que deviam ser tratadas com pinças, para evitar o monumental desgaste que provocam e para que os problemas de fundo pudessem ser resolvidos. Com certeza que deveria cortar-se umas cabeças, o que parece que já aconteceu. Mas lançar um pânico destas dimensões é de uma falta de sentido dos interesses da humanidade que ultrapassa o entendimento de cada um. Além disso, cheira a trafulhice e a exagero. Não é o que agrada aos media e aos correctos?
O camarada Costa, impante da importância que não tem, anda para aí aos abraços ao PC e o BE, a explorar a monumental falácia – que interiorizou – fabricada pela extrema esquerda com o fim de criar a respectiva “maioria”, isto é, para levar o PR a aceitar um governo totalmente inconstitucional.
Explicando:
Nenhum dos partidos de esquerda foi o mais votado. Não convidar para formar governo a formação mais votada é inconstitucional;
Os partidos comunistas são, ou estalinistas (PC), ou enverhochistas/maoistas (BE/UDP), ou trotskistas (BE/PSR), ou não-se-sabe-bem-o-quê, mas comunistas na nesma (BE/Política XXI). No ideário de todos estão, por exemplo, o regime de partido único (inconstitucional), a negação dos tratados em vigor (inconstitucional), o fim dos compromissos do Estado em relação às questões de defesa (inconstitucional) o fim da propriedade privada (inconstitucional). Nenhum destes partidos abjurou do seu ideário de base, pelo que, se têm direito a representação política, não têm o de se constituir em “vanguardas esclarecidas”.
Os grandes defensores dessa coisa híbrida e confusa que se chama Constituição, afinal só querem dela o que lhes convém, mormente com as doutas e politiquíssimas interpretações do Tribunal Constitucional. A parte democrática, europeia e atlântica da Constituição não lhes interessa. Trogloditas políticos mais preocupados com a cartiha que com o país.
Se o camarada Costa põe a hipótese de se unir a eles para governar, para além de fazer o PS negar a parte democrática da sua postura, representa uma traição evidente a tudo o que tem defendido até hoje, de compromissos de décadas em relação à posição de Portugal no mundo. Basta que converse com gente dessa. Basta que a visite. Basta que procure “convergências” com adeptos da ditadura. Não precisa coligar-se para mostrar a sua sede de poder, aliás já sobejamente demonstrada com a defenestração de Seguro, o oco. Quererá o Costa fundar outro PS na secretaria? Basta que ponha a hipótese para não passar de um díscolo político, de uma besta em figura humana, tal o Soares filho e o Alegre.
Consta que – notícias de Bruxelas – os homens da troica já reservaram, para daqui a seis meses, passagens para Lisboa e quartos em vários hotéis. Esperemos e, se calhar, veremos.
“ManuelB” foi um dos mais assíduos visitantes e comentadores deste blog. Muito o enriqueceu com a sua pena requintada e culta, muito o honrou com a sua presença. A doença ceifou-lhe a vida aos 61 anos, idade em que, dizem as estatísticas, devia ser proibido morrer.
O IRRITADO, com imensa dor, diz adeus a este aristocrata do pensamento e da escrita, já há muito ausente destas páginas, mas só agora sem regresso possível. Homem singular, honrou o seu nascimento e alegrou muita gente com o seu delicado humor e brilhante inteligência.
No tempo da II República, o 5 de Outubro era comemorado por um grupo de fiés que se juntavam à volta da estátua do António José de Almeida, punham lá umas flores e diziam umas coisas, as mesmas todos os anos, benevolentamente vigiados por uns tipos da PIDE que por ali estavam, encostados às esquinas. Depois, iam até ao cemitério homenagear os seus mortos. Desse grupo já poucos restam, é a lei da vida, ou da morte.
Para muita gente, mesmo daquela que não gostava da II República, gente que sonhava com paz e liberdade, parecia estranho que ainda houvesse admiradores da desgraça implantada em 5 de Outubro de 1910, fundando um regime que em que paz e liberdade, sendo objecto de propaganda, não passaram de lixo.
Cento e cinco anos depois, transformada a romagem maçónica ao santinho em comemoração “nacional”, sem idas ao cemitério mas com fanfarra e charamelas, os sucessores dos romeiros continuam a comemorar o incomemorável. A resposta nacional a tão “nacional” comemoração é mais ou menos a mesma do antigamente, tirando a PIDE, claro, e ainda bem: umas dúzias de basbaques juntam-se na Praça do Município e assistem a umas exibições, sempre as mesmas, da GNR* e das “altas autoridades” da III República. Patética, para não dizer ridícula, demonstração de republicanismo primário.
Inveterata sunt mores. E os mores desta gente não têm emenda.
6.10.15
* Guarda “republicana” é coisa inexistente nas democracias normais, mas presente noutras, como a do Irão.
Fiquei comovido, imagine-se, com a dona Ana Gomes. Jamais me passaria pela cabeça que a temível metralhadora fosse capaz de chorar! Mas foi. Atónito, assisti à inesperada humanização da fera. O desgosto, a frustração, o espanto, foram mais fortes que ela. Voz embargada, olhos a brilhar por detrás das cangalhas, mostrou ao mundo que mesmo a mais impiedosa das criaturas pode ter assomos de sentimento.
Com o seu inseparável ar de enjoo, dona Helena Roseta, patética, defendeu a união das esquerdas, a totalitária, a folclórica, a moderada, a caviar, tudo no mesmo saco de aranhas. Não serei contra. Passávamos um mau bocado, mas era o fim das aranhas por muitos anos e bons.
Coquetíssima, dona Canavilhas (raio de nome) também defendeu a rosetal solução. Mas, com tremidinhos sorrisos, foi mais fundo: fazer cair o governo que aí vem, matá-lo à nascença sem apelo nem agravo. Também não vou contra: se o PS desse cabo do governo, acontecia-lhe o mesmo que ao PRD quando fez o mesmo a Cavaco: desaparecia.
Enfim, uma chora, as outras fogem. Confessam que o PS, sob a fatal direcção do Costa, só se safa com bengalas.
DESGOSTO
O verdadeiro desgosto do ilhéu César, bem patente na carantonha, foi Costa não se ter demitido, ali, na hora, irrevogável. A derrota eleitoral assim o pedia, isto é, caído Costa, aberto estava o caminho da sucessão. E a sucessão, como já tinha deixado escorrer para os jornais, era ele! Um azar dos diabos, não é?
O poeta Alegre vai mais longe, mais “democrático”: quer um congresso. Acabadinho de dar abraços ao camarada derrotado, vai-lhe às canelas: acabar com ele, mas com molho. Nada melhor que um congresso. A lealdade do escorpião.
APOIO
Apoio o PC e o BE. São os únicos que repõem e sobem as reformas e os salários dos funcionários públicos, aumentam o salário mínimo, baixam brutalmente os impostos, dão apartamentos a toda a gente, acabam com as dívidas das pessoas aos bancos e com as do país à judiaria internacional, baixam a TSU dos empregados, etc., um verdadeiro maná. Têm o apoio total do IRRITADO, que é um pensionista prejudicado pela troica e pelo PaF.
Falta explicar de onde vem o dinheiro para isto tudo. No tempo da União Soviética, havia a solução das transferências maradas em que o PC era um ás. Mas esta solução deu em droga. Cuba também não serve, está tesa e feita com o Obama. O mesmo se pode dizer do Tripas, que cedeu à pressão do capital monopolista. O tipo da Coreia do Norte, ilustre democrata amigo do Bernardino, também não tem condições para resolver o problema. Mas não será por isso que deixa de haver soluções. Há quem diga que, no quintal do Jerónimo, em Pirescoxe, há uma árvore das patacas. Se tal não for verdade, não se assustem. Por exemplo - é só um dos muitos exemplos possíveis - vai a Catarina com o careca e a outra aos armazéns onde o Américo Amorim tem tetraliões guardados, e pronto, fácil, como se compreende. Também se pode ir ao banco de Portugal buscar a solução em barras de ouro.
Como vêm, é só querer. Para os que se opuserem a estas inteligentíssimas ideias, ainda que não se perceba como é que alguém se poderá opor, haverá sempre a solução de pedir ao Putin uns talhões na Sibéria onde poderão ser alojados.
A SOLUÇÃO COSTA
Segundo declaração do vencido, os nossos problemas resolvem-se com o 5 de Outubro, berço do progresso e da liberdade da Nação. Liberdade, Igualdade, Fraternidade, disse ele. Francofilia aos molhos, maçonaria em quantidades industriais, jacobinismo militante, moral republicana, enfim, milagrosas receitas para tudo, como a História prova. Quem disser o contrário é uma besta quadrada, pelo menos no alto pensamento do senhor.
Fiz uma coligação com o Presidente desta República: a RE, Reflexão Específica. Estamos os dois a reflectir. Eu, no que farei esta tarde. Ele, no que fará no dia 5.
Duas reflexões bem simples. Da minha parte, ainda mal acordado, o mais provável é não fazer nada. Da parte dele, também é simples. Resolvido o ingente problema do mijarete republicano da Praça do Município através da douta decisão de não pôr lá os pés, que fica para reflectir? Talvez o espelho, mas, pelo menos de um ponto de vista estético, o espelho é uma chatice. De resto, restar-lhe-á indigitar Passos Coelho e aceitar o governo, maioritário ou minoritário, determinado pelas eleições. A alternativa será ir buscar o Costa e a Catarina, coisa demasiado estúpida para merecer reflexão.
A não ser que as sondagens sejam do tipo anglo-saxónico e as eleições não deixem lugar a dúvidas, isto é, reconduzam a coligação com a nesessária maioria. É a hipótese dourada, a esperança que resta às pessoas de bom senso: um governo maioritário com bom senso.
Pôr lá o Costa, aterradora hipótese. O homem é um nabo. Pior, um nabo convencido, intelectualmente patético, um incapaz que acha que faz “consensos”, como se os outros fossem a Roseta ou o Fernandes, um “conciliador” que, lá em casa (no partido), traiu e apeou o patrão, numa espécie de ocupação, reforma agrária da quinta socialista. Não é por acaso que tem o apoio do que resta do MFA. Um analfabeto que nem os números da sua propaganda percebe, um salta pocinhas que diz tudo e o seu contrário, talvez por nem a si mesmo se perceber.
O PR, do alto (ou do baixo) da sua catedrática natureza, deve tremer ao pensar no risco que corre, o de ficar para todo o sempre conhecido como o homem que indigitou o nabo.
Confiemos na clarividência das reflexões do meu parceiro de coligação. As minhas já acabaram: vou almoçar uns salmonetes na grelha, com batatinhas e sumo de limão. Da minha parte, acabou a Reflexão Específica.
Por causa das moscas, ou seja, do PR e do Costa, o melhor, amanhã, é ir votar. Mas, se pensam votar no Costa, deixem-se estar que estão bem.
Aqui há tempos, a procuradora Morgado dizia, na televisão, que a prisão domiciliária outra coisa não é senão prisão, só que em local diverso do habitual. De uma forma geral, não sou seguidor do pensamento da dita senhora. Desta feita, porém, estou de acordo. Prisão, preventiva ou não, em casa ou no presídio, é prisão e acabou-se.
Cheguei ao ponto de escrever umas coisas sobre o inacreditável problema do voto do senhor Pinto de Sousa. O senhor Pinto de Sousa é um preso como outro qualquer, isto na minha sincera opinião e da não sincera opinião do senhor Costa. Deveria por isso, se tem direito de voto, o que se lhe não nega, seguir os procedimentos dos demais detidos, isto é, votar onde eles votam: na prisão. Se era complicado montar uma mesa de voto lá em casa, então que votasse num presídio qualquer.
O problema é que, contra a minha opinião e a do camarada Costa, parece que o senhor Pinto de Sousa está acima do comum dos mortais. Vai votar, como eu ou você, na mesa de voto da freguesia, que não sei onde é nem me interessa saber. Mas sei, a) que o senhor Pinto de Sousa, que está preso, vai votar como se não estivesse e b) que vai votar em total liberdade, sem vigilância policial.
Conclusão: o senhor Pinto de Sousa é mais que os outros, e com aval da Justiça. Perceba quem quiser. Eu não.
Então o Presidente não vai às comemorações da sua querida III República? Um escândalo. Não se iludam, estou a falar a sério. Parece que um fulano que é o representante da dita (sim, por mais que façam constar em contrário, não representa nada nem ninguém, representa a República, só a República e nada mais que a República) teria a mais elementar obrigação de ir às comemorações do aniversário da sua reperesentada.
Não que a implantação da República mereça comemoração alguma, como vieram, por merecido absurdo, demonstrar as comemorações do respectivo centenário. Mas porque quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. Se a vestiu, sujeite-se, cumpra as suas obrigações.
Comemorar o centenário de uma coisa que pôs o país a pão e laranjas, que deu cabo de toda e qualquer liberdade civil, que meteu na cadeia mais gente que a sua sucessora, que deu cabo dos sindicatos, da paz civil, da segurança nacional, que se sustentou de bombas, atentados e assassínios, que foi palco da maior demagogia e da mais radical incompetência política de que há memória, que meteu a Nação numa guerra que não lhe dizia respeito, que fez da democracia uma palhaçada sem nome, que redundou, como era óbvio que redundasse, numa ditadura de 40 anos (a II República), é tarefa de cretinos e de gente que não tem respeito pela História, só pelas próprias e descabeladas ilusões e aldrabices.
Mas é o que exigem o regime, a nossa sacrossanta e tristíssima Constituição e a III República - secular asneira a que preside o Prof. Cavaco Silva. Por isso que o Prof. Cavaco Silva tenha a mais elementar obrigação de, perante umas dezenas de assistentes que por ali passem, ir içar a bandeira da coisa à varanda da CML no dia 5 de Outubro.
Acresce que não colhe a desculpa que nos deu de “precisar de reflectir” sobre o resultado das eleições, já que, há dias, declarou que já “tinha tudo pensado” e sabia muito bem o que ia fazer.
Razão têm o PS, o Jerónimo, a Catarina e a maçonaria em nos dar parte da sua indignação. Falta de castigo, é o que merece o mais que tudo da República.