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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

CRENDICES

Acabo de ler um esclarecedor artigo de uma notável colunista, Teresa de Sousa de seu nome, conhecida por, muitas vezes, escrever umas coisas com pés e cabeça.

Desta vez, porém, a sua conhecida militância ultrapassou o bom senso e a capacidade de análise.

Basicamente, a senhora vem dizer que o chamado governo está no seu pleníssimo direito de fazer as contas que lhe apetecer, desde que de acordo com as promessas eleitorais do chamado primeiro-ministro e com os compromissos do pacto do front populaire. É claro, reconhece, tais promessas e tais compromissos vão ao arrepio da vontade e das normas daquilo a que soe chamar-se Europa, bem como da opinião generalizada de todas as vozes competentes e autorizadas cá do rectângulo.

As vozes internas não interessam à articulista. Quanto às “europeias”, há que fazer exigências, há que dobrá-las, há que fazê-las mudar de opinião, isto é, pô-las a acreditar que o amadorismo primário do senhor Centeno e as tiradas balofas do senhor Costa têm as mais salvíficas propriedades. Então, o Rajoy não tem obtido coisas e loisas? E o Renzi não tem feito o mesmo? O Hollande, a Merkel, não têm ultrapassado as metas? O Costa é menos que eles?

A resposta deveria ser: não é menos que eles, a nossa situação é que não é a mesma, e será muito pior se se continuar no caminho que o “tempo novo” já, claramente abriu.

Dois exemplos, entre muitos:

Haverá alguma hipótese de convencer seja quem for, seja em Bruxelas seja na Reboleira, que o aumento brutal e repentino da despesa pública vai gerar o progresso da economia? E que tal progresso se cifrará em quatro vezes o investido, como consta dos “cálculos” do Centeno?

Haverá alguma hipótese de convencer seja quem for, seja em Bruxelas seja na Reboleira, que a “reversão” dos contratos assinados pelo Estado vai fomentar o investimento?

É de pensar que a ilustre senhora está no comprimento de onda da Câmara de Lisboa, que diz que passar a velocidade na II Circular da 80 para 60 quilómetros à hora vai fazer o trânsito escoar-se mais depressa.

Cada um acredita no que quer, não é? Mas não é por muito acreditar que o preto passa a branco ou vice-versa.

 

31.1.16

DAS CANDIDATAS

Ponhamos os pontos nos is: ao contrário do que disse o Jerónimo, do que disseram alguns piadéticos ao serviço da TVI e mais alguns pataratas, a dona Marisa não tem nada de engraçadinho. Deselegante, esgalgada, cheia de dentes, um notável exemplar de mau gosto e risca ao meio. Neste aspecto, pede meças ao Silva do PC.

Se falarmos, não da apresentação mas do discurso, então ainda menos graça tem, isto é, não passa de pobre avatar da Catarina e da Mariana, a debitar paranóias recauchutadas da cartilha bolchevista, lunáticas e perigosíssimas ilusões, e patacoadas sexuais, tudo mascarado de "direitos". Facto é que há quem vá atrás daquilo. Parabéns à desagradável rapariga, muito conhecida, no PE, como parceira da dona Marine Le Pen, e pêsames ao Jerónimo, coitadinho, que, ao que tudo indica, nunca mais será gente.

A outra senhora, Maria de Belém, é agora o bombo da festa para uma data de comentadora gente: campanha fraca, pouco dinheiro, o PS, ou seja, o Costa, de costas voltadas, o Marcelo que nem dava por ela, não há “razões” que não venham ao de cima para explicar o que lhe aconteceu. Pode ser que tudo isto seja verdade. Mas a verdadeira razão que a levou a cair abaixo dos 5% foi a decisão “atempada” do Tribunal Constitucional sobre as subvenções.

Dizem que foi a TVI que, com uma notícia “atempada”, fez ruir o Banif e o lançou nos braços do Santander. É verdade. Não é toda a verdade, mas é verdade na mesma. O TC foi a TVI da dona Maria de Belém. Conscientemente (outra coisa não é de admitir), desencadeou uma onda imparável de populismo baseado na inveja e na nacional ordinarice. Que tinha a senhora feito para o merecer? Tinha, e muito bem, alinhado com outros, sem interesse pessoal que se veja, na defesa de uma inconstitucionalidade gritante, tão gritante e evidente que até o TC, especialista em esquerdismos constitucionais, não podia deixar de julgar como julgou. Numa espécie de vingança por não ter tido fuga possível, aproveitou a decisão a favor do Nóvoa, isto é, atirou-a, qual granada de mão, para o meio da campanha eleitoral.

Populismo esperto, mas populismo na mesma, e bem pior que todos os outros que por aí abundaram e abundam.

A manobra não chegou para levar o candidato dos juízes à segunda volta, e ainda bem. Mas fica sem se saber ao certo quantos votos levou a mais o Nóvoa, muitos com certeza, e a menos, outros tantos, a Dona Maria de Belém.

Se houver por aí algum peditório para a ajudar a pagar a despesa, o IRRITADO alinha.

 

31.1.16

BORLAS

Se você, homem ou mulher, partir uma perna e recorrer ao SNS, terá que pagar uma taxa para ter direito ao respectivo aparelho de gesso. Isto, evidentemente, se pertencer aos ricos, quer dizer, se lá em casa houver rendimentos fabulosos (uns doze mil euros por ano).

Segundo as regras sócio-morais do tempo novo, gloriosamente postas em vigor por suas excelências Catarina Martins & Associados, bem acompanhados por Costa & Camaradas, seus chevaliers servants, se você for do sexo feminino e andar no truca- truca à balda, mesmo que tenha doze milhões de rendimento, tem garantido, à borla, o consequente aborto. E mais: para que a sua liberdade seja totalmente salvaguardada (uma questão de “direitos humanos”), não será submetida a qualquer espécie de aconselhamento médico ou psicológico. Porquê? É simples: a coisa (o aborto) está implícita no inalienável direito ao truca-truca à balda, bem como ao não menos respeitável direito de ver a sua balda devidamente paga, e a cem por cento, pelos seus concidadãos.

Com toda a lógica, se você estiver doente, paga, pois então! Ninguém o/a mandou estar doente. Mas se estiver “cheia”, a sociedade deve-lhe todas as honras, toda a glória e todas as borlas. Você é um exemplo para os demais.

O IRRITADO não podia estar mais de acordo. Assim é que é! Direitos humanos acima de tudo! As mulheres são donas do seu corpo! Viva o truca-truca à balda!

Não sei se ainda há o subsídio de maternidade para estes casos, prestação social salvo erro alargada ao aborto pelo ilustre Pinto de Sousa, dito engenheiro Sócrates. Se ainda há, que seja duplicado, triplicado, quadruplicado! Se já não há, que se ressuscite, e já, que isto de direitos humanos é coisa séria!

Que diabo, estamos no tempo novo ou não estamos no tempo novo?

 

30.1.16 

MARTELADAS

Lembram-se da peregrina e repetidíssima história da mãezinha que, ao ver o filho a marchar com o passo trocado em relação ao dos outros magalas, concluía que os outros é que iam com o passo trocado?

Mutatis mutandis, é o que se passa com o chamado governo que por aqui temos. Não há uma única instância, um só think tank, uma única organização, desde a da dona Teodora à dos funcionários da AR, às agências de rating, aos bancos, aos jornais estrangeiros, ao diabo a quatro, que não diga que as contas do Centeno - ou dezeno, ou mileno, ou o que quiserem - estão erradas, que partem de pressupostos errados, que vivem de ovos nos rabinhos das galinhas, que aplicam receitas que jamais deram bom resultado fosse onde fosse. No entanto, os trigospereiras, os costas e quejandos, insistem que eles é que estão certos e tudo o que todos os outros dizem está errado.

Este falhoufakis à portuguesa só tem um guru, sabem? Um tal Pinto de Sousa, dito engenheiro Sócrates. Querem ver? Este andou anos a desorçamentar tudo e mais alguma coisa, a arranjar empresas públicas de direito privado para tirar os buracos delas das contas do Estado, etc.. O Centeno, com a bênção do Costa, resolveu que os aumentos dos salários sem mais nem menos e que os rios de dinheiro que está a deitar à rua não contam! É que, diz ele, se os cortes foram ditos extraordinários, as reposições também o são. Por isso não contam para o défice, diz ele. Vêm como, no fundo, é a mesma filosofia, a mesma ilusão, a mesma fé na estupidez dos outros?

Quando o merceeiro começa a ficar à rasca com as contas tal como são, chama o Zeca contabilista e encomenda-lhe umas marteladas, marteladinhas ou marteladonas, com o nobre objectivo de disfarçar uns tostões.

Mais uma vez mutatis mutandis, aí temos o Zeca Centeno no seu mais alto esplendor.

Onde é que isto vai parar? Nos tempos da segunda bancarrota socialista, a Europa tinha mais fôlego para colmatar as asneiras do socialismo nacional. Agora, meus amigos, a Europa tem margens de manobra política muito mais estreitas, o que quer dizer que estará muito menos disponível para aturar meninos aldrabõesinhos, centenos de meia tigela e contabilistas de esquina.

E nós,meus senhores, e nós?

 

28.1.16

TANGO DOS ORDINÁRIOS

Um tal Reis Novais, talvez o mais odioso costo-esquerdista da nossa praça, decidiu continuar a zurzir o Presidente Cavaco Silva, sua bigorna de eleição, desta feita a total despropósito – falava-se de Marcelo, não de Cavavo – e não por razões substanciais mas meramente formais. Diz o furibundo martelo que os vetos do Presidente sobre a história do aborto à la manière e da adopção por deficientes sexuais são inconstitucionais porque... foram apresentados fora de prazo!

Antes de mais, o homem torce a verdade e mente com quantos dentes tem na boca, como vem hoje escarrapachado nos jornais, tim tim por timtim. E se fosse verdade? Sabe este intitulado “constitucionalista” – nóvel profissão que dá para tudo e para nada – que, no caso, seria coisa sem consequêcias. Então porquê levantar a questão, assim, sem mais nem menos? Por respeito pela constitucional vaca sagrada? Por escrúpulo profissional? Por interesse público, do público e do país? Nada disso. Nada de nobre, de decente, de profissional. Mero e rasquíssimo ódio, é o que é.

Se Cavaco tivesse seguido o conselho do IRRITADO já não era Presidente desde o dia em que indigitou o Costa, isto é, se, em simultâneo com tal indigitação, tivesse renunciado ao cargo. Teria saído por cima e já não tinha que ouvir as carroceiradas do Novais, os insultos ordinários da Catarina nem as tiradas trogloditas do Jerónimo. Não foi assim, para seu mal.

Agora, o nosso mal é ter de continuar a ouvir essa gente, ora sentada, como quem não quer a coisa, nas cadeiras do poder.

 

27.1.16

PRESIDENCIAL RESCALDO

O PINCHAVELHO

Marcelo lá foi eleito. Do mal o menos. Por cá, o PR é sempre um mal, um cargo universalmente eleito que anda à procura de poder e que, como tem pouco, abusa desse pouco. Exemplos não faltam. O “irrepreensível” Eanes andou para aí a formar governos e, quando perdeu tal poder, aproveitou Belém para criar um partido. O politicão Soares dedicou-se a atacar, desmerecer, perseguir o executivo. O ultra jacobino Sampaio usou o lugar para pôr, via golpe de Estado, os seus (o Sócrates!) no poder, isto quando lhe deu na realíssima gana, sem razão de peso outra que não fosse a oportunidade. Em suma, os Presidentes “de todos os portugueses” estiveram sempre ao serviço de si mesmos ou da sua facção. À excepção de Cavaco que, por institucionalismo a mais, aturou, durante anos e anos, mais do que a força humana deveria permitir, as trafulhices, as màcriações e as deslealdades do Pinto de Sousa - mas não levou a institucional honra até ao fim, isto é, não renunciou ao cargo quando se viu coagido a premiar a desonestidade do Costa.

A Presidência da República, no nosso triste sistema, não passa de um incómodo pinchavelho. Gostava que houvesse um candidato que, jurando cumprir a Constituição que existe, tivesse a coragem, o amor à Pátria, a ombridade, a delicadeza de se propor explicar às pessoas que é preciso mudá-la, ou patrir para outra.

Tal não existe. Para o fundamental não se pode contar com Marcelo.

Eu sei que, entre gente mais ou menos primitiva como é a nossa, a imagem de um “chefe dos chefes” pode ser querida. Então, que se desse poderes políticos, e responsabilidades outras ao Presidente. Como não é carne nem peixe, fica reduzido, ou promovido, à condição de pinchavelho.

 

O GROSSO

Nos concertos pop/rock é hábito deixar para o fim a banda mais famosa, ou mais importante. Na política, até em países menos civilizados, também é assim. Por óbvias questões hierárquicas, por meras questões de respeito, por evidências várias que não vale a pena explicar.

Apesar de tudo, assim se comportaram, ontem à noite, os candidatos mais importantes como os mais cómicos, os chefes partidários da esquerda e da direita. Todos? Não. O execrável chefe do chamado governo esperou que o novo Presidente se pronunciasse para vir dizer a última palavra.

Mais uma grosseria do pior de todos os grossos. Haverá por aí algum jornalista, algum comentador, algum político que dê por isso? Ou já têm todos a ditadura na alma?

 

PASSIONÁRIA, QUASIMODO e TIRIRICA LUSITANOS

 

- Estrabicamente, a menina Mortágua, falha de palavreado, recorreu ao preâmbulo da Constituição. Falhos que são todos os caminhos para ainda mais socialismo, do duro, do real, do já experimentado em tantas e tão desgraçadas partes, a criatura recorreu ao "caminho para uma sociedade socialista" que tal preâmbulo, mercê da incompetência política de gerações, ainda postula. Vade retro!

- O tenebroso Pureza resolveu a equação eleitoral. A primeira coisa que disse, mesmo antes dos resultados, foi que a culpa, supõe-se que de tudo e mais alguma coisa, é de... Cavaco!

- O nosso simpático palerma disse umas graças, fez troça disto, divertiu-se, e sacou uma data de votos. Bem haja.

 

LÉXICO

Dizem as regras da gramática que, ao referir o colectivo, se usa só um género. Pai e Mãe designam-se por “pais”, no masculino. Avô e Avó por “avós”, no feminino. Uma récua é sempre de porcos, mesmo que lá haja muitas porcas. No caso do gado ovelhum, o rebanho é de ovelhas, apesar dos carneiros, o mesmo se passando com as cabras. E não passa pela cabeça de ninguém chamar a um bando de pássaros bando de pássaras.

São regras, talvez mais consuetudinárias que gramaticais. Mas são regras. Ou eram. Ontem à noite não sei quantas dezenas de vezes ouvi dizer, à boa maneira balsemónica, “portugueses e portuguesas”, “todas e todos”, como se ao dizer portugueses se não estivesse a falar deles e delas, ou, ao dizer todos, se não referisse também a todas. No fundo, é a importação da “cultura” da dona Dilma, da Dona Pilar e de outras estrangeiras que andam para aí a intitular-se “presidentas”. Por outras palavras, é a grosseria a institucionalizar-se, ou a ignorância político-gramatical a impor-se.

 

UMA BOA NOTÍCIA

Disse o senhor da Nóvoa, perante delirantes aplausos, que “esta experiência chegou ao fim”. A acreditar, literalmente, em tal declaração, é a melhor das notícias do dia. A não ser que alguma “vaga de fundo” venha a exigir ao dito esquerdoido que regresse, para nos dividir ainda mais, cortando todas as “pontes” entre a loucura e o bom senso.

 

25.1.16

NOS BRAÇOS DA BRUXARIA

Acabo de ouvir aquele rapaz meio estarola que, dizem, é ministro das finanças do chamado governo. Declarou ele que, no glorioso ano de 2016 e por sua mágica obra, "a despesa  vai aumentar e o défice baixar". Assim como quem diz que vai demonstrar que dois e dois são cinco.

E mais: diz ele que a economia vai crescer não sei quantos por cento, mais do que afirmam o FMI, a CE, o BdP, o BCE e a dona Teodora Cardoso. Tudo malta, é de calcular, de menos valia se comparada com este jóvem bruxo, no pensamento do próprio.

O IRRITADO, sempre atento a milagres e a truques, saúda efusivamente a bruxaria em vigor. 

 

22.1.16

 

DA REALEZA REPUBLICANA

Já lá vão muitos anos, o ido grande republicano e alto maçon Raul Rego, quando quis tecer o que achava ser o maior elogio possível ao seu camarada Mário Soares, saíu-se com esta: Mário Soares parece um Rei!

Hoje mesmo, o camarada (dele) Manuel Alegre, numa das suas tiradas poético-bombásticas, lançou a mais alta loa que conhece ao falecido Almeida Santos: era um príncipe!

O IRRITADO, velho talassa, ao elogiar um Rei ou um príncipe, jamais dele diria que parece um presidente ou um Almeida Santos. Uma injustiça, meus senhores, um preconceito contra a excelência inata, congénita, irrecusável, dos presidentes das repúblicas e dos Almeida Santos deste mundo.

Sem dizer - ó heresia! - que Raul Rego foi monárquico, ou que Manuel Alegre o é, não deixa, no entanto, de registar com satisfação o reconhecimento da superioridade da monarquia, tão claramente expressa em claríssimos sinais vindos do mais profundo da alma de dois dos seus confessos inimigos.

 

20.1.16

O CANDIDATO INDEPENDENTE

O senhor Nóvoa, irritante mas prolixo, é um “independente” de estalo.

As sondagens dão 4% ao tipo do PC. Onde foram parar os outros 6 a 8% de eleitores fiéis do nacional-bolchevismo? Um dedo que adivinha diz que vão direitinhos para o tal “independente”.

A dona Marisa também leva uma tunda. Porquê? Porque a esquerda folclórica vai votar Nóvoa, sabe-se lá se por ordem se por inconfesso desejo da dita.

Quem “enche” as sessões do Nóvoa? O PSC (PS do Costa)? Com certeza. Mas são relativamente poucos. As verdadeiras “massas”, para além dos papalvos, são as enviadas pelo PC, BE, Arménio, etc. Marisa Matias, o despadrado e quejandos não passam de temperos para animar o indigenato. Nóvoa é o homem. O tal que diz que quer “unir” desde que todos sejam esquerdistas como ele. Os outros ficam de fora. Não é o bolchevismo, ou ainda não é o bolchevismo. Ou é o bolchevismo possível nos tempos que correm.

Ao Costa, para trair o que lhe falta trair, só tinha que deixar cair a dona Maria de Belém. É o que está a fazer, com a competência dos trafulhas.

Independente de quê, o Nóvoa? Só se for da liberdade que proclama, que é a liberdade dos goulagues e da demagogia cara.

 

20.1.16

NOVAS DO DIA

O dia começou com notícias que só são novidade para quem é parvo ou anda muito distraído.

- A “parque Escolar”, obra do senhor Pinto de Sousa, dito engenheiro Sócrates, tem dívidas de 1.000 milhões de euros. As respectivas obras custaram mais 400% do que o previsto;

- A Comissão Europeia exige um défice nominal de 2,8% e que o défice estrutural baixe 0,5%. O governo não faz ideia de como martelar o orçamento para lá chegar;

- A mesma Comissão vai espetar com a “solução” do Banif no défice de 2015, passando-o para 4,2%;

- Garantida está mais uma vitória do Centeno: Portugal não vai sair do procedimento por défice excessivo;

- Está garantido que Portugal não vai pagar ao FMI como previsto. A dívida, que estava para ser saldada em 3 anos, foi estendida até 2030;

- Diz o Comerzbank que “Portugal é a nova criança problemática do euro”, depois de ter sido considerado “bom aluno” e arricando ver-se na mesma situação da Grécia.

 

Isto é só de hoje. Fiquem atentos, que amanhã há mais.

 

19.1.16

LINGUAREJAR

A espanhola que viveu anos e anos com um português sem aprender uma palavra da nossa língua, que aparece, com honras de princesa, a falar castelhano em tudo o que é sessão “cultural”, que nos despreza e ofende com a sua presença como imperatriz da Casa dos Bicos, optou, não sei se com direito a tal (se calhar já é “portuguesa”, mesmo fazendo gala em não falar a nossa língua...) apareceu hoje a comunicar aos indígenas o seu apoio à candidatura do senhor Nóvoa (quem havia de ser?). Atafulhada de argumentos “culturais” que nem desprezo merecem, a dita indivídua escreve na qualidade de presidenta da Fundação José Saramago.

Só por isso, estas linhas. Seguindo os passos dessoutro pilar da “cultura” lusófona - a brasileira dona Gilda - também esta vem assassinar o português intitulando-se presidenta. Eu sei que escreve num jornal adepto do acordo ortográfico (o DN). Mas nem essa desculpa merece, que a tal ponto o jornal não chega.

Para que conste.

 

19.1.16            

APANHADOS NAS CURVAS

Seguindo os seus próprios conceitos e princípios, lida a Constituição como a lê, que outra solução tinha o Tribunal Constitucional senão a de abolir a abolição dos subsídios vitalícios dos titulares de cargos políticos?

Quando se tratava de tentar salvar o país do imbróglio financeiro em que estava metido, não chumbou o TC uma data de coisas, coisas que tiravam, a prazo, pequenas percentagens das prestações públicas aos reformados e funcionários? Eram “direitos adquiridos”, não é? Intocáveis, não é? Então porque alma de quem haviam de aprovar cortes de cem por cento a pessoas que tinham organizado a sua vida em função de outras prestações, tão legais, tão “direitos adquirdos” como as demais? É evidente que tal corte é (era) inconstitucional à luz de inúmeros critérios. Não havia volta a dar.

Uma coisa é considerar que a instituição de tais subsídios foi coisa mal concebida: essa, para quem dela não gosta, foi muito bem abolida, para futuro. Outra é aplicar tal abolição com efeito retroactivo. O que estava, estava. Era constitucional, legal, intocável.

Se o TC aplicasse, no caso, critério diferente do adoptado na sua própria jurisprudência, seria um escândalo. Por outras palavras, os meritíssimos foram apanhados nas curvas de que tanto gostam.

É claro que a nacional raiva vai dar urros. Mas, que diabo, às vezes não é mau que a raiva leve no coco.

 

19.1.16

ESCLARECIMENTO

No seguimento das inúmeras dúvidas que, por diversas vias e formas, têm chegado à nossa redacção, esclarecemos que o governo em funções é assim constituído:

 

Coordenação Política, Presidência e Controle – Catarina Martins

Primeiro-Ministro – Arménio Carlos

Vice Primeiro-Ministro – Jerónimo de Sousa

Educação – Mário Nogueira

Trabalho – Manuel Carvalho da Silva

Saúde – Eduardo Barroso

Negócios Estrangeiros – Arnaldo Matos

Defesa – Melo Gomes

Cultura – Fernando Rosas

Agricultura – José Pacheco Pereira

Corporações – Domingos Abrantes

Finanças – Mariana Mortágua

Costumes – Isabel Moreira

Propaganda – João Galamba (em representação do chamado governo, que mantém a sua actual composição).

A pasta da Economia fica, até nova ordem, entregue ao seu titular no chamado governo.

 

Tendo assim contribuído para uma informação isenta, independente e exacta, a redacção desta casa deseja as maiores felicidades aos ilustres titulares de tão altos cargos da Organização Política e Administrativa da Nação.

 

17.1.16

NOVAS DO IMPÉRIO

Segundo o Diário da República, II série, de 12.1.16, o mui ilustre ministro da cultura do chamado governo, o celebrado frequentador de aviões de carreira dr. João Soares (nome que muito nos diz), em boa hora e a bem da Nação rodeou-se de personalidades para poder, com inegável competência, levar por diante a ingente obra cultural que a Pátria bem merece, desde já se impondo à esperançosa e grata admiração de todos nós.

Assim, terá a seu lado:

- 1 Chefe de gabinete;

- 3 Adjuntos;

- 3 Secretárias pessoais;

- 3 Motoristas;

- 4 Técnicos administrativos;

- 2 Técnicos especialistas;

- 1 Auxiliar.

17 nobres cidadãos que, sem sombra de dúvida, darão ao chamado governo, na área da cultura, o resplandecente brilho que tão alto ministro bem merece.

O IRRITADO não tem procuração para falar em nome da Pátria, mas atreve-se a recomendar, por ela, a nomeação de mais uns vinte ou trinta, a fim de exponenciar, se possível ainda mais, os altíssimos serviços que ficará a dever a João Soares, nóvel imperador da cultura nacional.

 

15.1.16

QUANTO CUSTA?

Perante as ameaças da dona Avoila (raio de nome), o camarada Centeno, ministro das finanças do chamado governo, anda à nora. Confessa não fazer a menor ideia de quanto vai custar a semana de 35 horas da função pública.

Estendo ao tal Centeno a minha compreensão. É que, diz ele, o programa do chamado governo dizia que “a referência às 35 horas é muito clara”. Tão clara como isto: “não deverá implicar um aumento global dos custos com pessoal”. Perante tal clareza, o Centeno - conhecido pelas diversas quadraturas do círculo em que é especilista - deve sentir-se ultrapassado. Como é que vai resolver tanta clareza? Deixou-nos uma dica, que muito alivia quem se preocupa com estas matérias: o custo da redução do horário de trabalho “terá que ser nulo no conjunto da Administração Pública”. É que, se a Avoila manda, para já, passa a haver almoços grátis. A conta virá mais tarde.

Parece que (números finais) a passagem às 40 horas poupou ao Estado mais de 150 milhões. Deve ser por aqui que o Centeno vai começar a “raciocinar”. A conta deste almoço das 35 horas, quando chegar, vai ser bem mais cara que isto. Não há problema: se o Centeno, a braços com centenas (de milhões) for falar com o Costa, ele explicar-lhe-á que isto de números é relativo e que, ao nível do Estado, 200 milhões é peanuts: como tal, confundem-se facilmente com o “nulo” que o PS prometeu. E o problema fica resolvido.

Contas são contas, que diabo!

 

14.1.16

MENTIROSAS PATACOADAS

Uma senhora, Paula Sá de seu nome, certamente preocupadíssima com a “democracia”, o “igualitarismo” e outras martingalas em voga, conta-nos hoje no DN uma história exemplar. A saber: uma vez, o açoreano então Presidente da AR, foi ao Canadá visitar as comunidades portuguesas lá residentes. Quando chegou ao aeroporto, não havia sala VIP, sequer uma fila especial para passagem rápida de altas figuras de um Estado amigo. Dona Paula Sá acha isto um notável avanço civilizacional, uma demonstração do caminho que este rincão de humanidade representa, enfim, uma série de disparates que caem bem em cabeças pouco dotadas pela Natureza.

Acontece que o autor destas linhas terá ido umas cinco ou seis vezes ao Canadá. E jura que, pelo menos nos aeroportos internacionais, este país está devidamente equipado com bancas da polícia de passaportes exclusivas para diplomatas e quejandos. Várias vezes tem dado consigo cheio de inveja de tais privilegiados.

Quer dizer, ou a dona Paula Sá está a mentir, ou escreve sobre o que não sabe, ou não se passou nada de parecido com o que ela conta, ou é parva. Não cabe na cabeça de ninguém que o contínuo do consulado do Burkina Fasso tenha tratamento que ao presidente do Parlamento português é negado, não é?

Mas é destas bocas que há quem se alimente.

 

14.1.16

MAMADA DEMOCRÁTICA

Uma espanhola qualquer, claro que do “Podemos”, resolveu utilizar um filho, ou filha, de seis meses, para uma tirada exibicionista nas Cortes espanholas. Senta-se no seu parlamentar “escaño”, saca de uma mama – presume-se que da esquerda – e põe-se a dar de mamar à pobre criatura, assim vilmente usada para que a respectiva mamã aparecesse mais que os outros na televisão. Crime? Acho que sim.

Se acrescentarmos que tão rasca criatura era candidada à presidência da Câmara dos Deputados teremos uma noção do estado a que o Estado espanhol chegou. Por cá, não andamos longe disso.

 

14.1.16

CAMARADAGEM INTELIGENTE

O General Eanes, grande apoiante da esquerdoidice radical representada pelo Nóvoa, resolveu, em venenosa afirmação, compará-lo a Cavaco. Parece que o visado Nóvoa não gostou. Nesse sentido, o IRRITADO elogia a opinião do General.

Isto de ser pau para toda a obra (apoiar Cavaco e Nóvoa ao mesmo tempo) é coisa que já não lembrava a ninguém, pelo menos depois do doutor João Lobo Antunes ter sido mandatário de Jorge Sampaio e, logo a seguir, mandatário de Cavaco.

No que ao outro termo do elogio, o visado Cavaco, diz respeito, o IRRITADO acha que Eanes lhe deve as mais humildes e sentidas desculpas.

 

14.1.16

CARTA A MARCELO

Caro Marcelo

Toda a gente sabe que v.tem uma cabeça privilegiada, que, enquanto escreve uma lição, é capaz de falar ao mesmo tempo por dois telefones e de conversar com quem está à sua frente, a todos respondendo com lógica sem perder o fio ao que escreve, que sabe largas coisas de direito, que fez vida de comentador com invejável independência, que foi um líder político responsável, que tem uma experiência política inigualável, que, não contando com o Ronaldo, é a pessoa mais conhecida do país, que tem simpatias a rodos, que vai à frente nas sondagens, que até é capaz de ganhar à primeira volta, etc.

Capaz? Capaz, é. Mas não anda a fazer por isso. Parece que ainda não percebeu, ou tresleu, certos sinais. Ou que anda a ignorar o que está à vista de todos. À vista de todos está que, ou v. ganha, ou ganha um esquerdíssimo e oco parlapatão, que se aliará (ou está desde sempre aliado) ao PC, ao BE, à esquerda caviar, à brigada do reumático, ao Vasco Lourenço e ao nacional-coveirismo em geral. É simples. Ou você ou o outro.

Parece que v. tem tudo para ganhar, e à primeira volta. Tem os votos da coligação garantidos, mais os das centenas de milhar ou do milhão de eleitores que foram enganados pelo Costa ao usar os seus votos de pernas para o ar. É a esse eleitorado que tem que se dirigir. Mas não o tem feito. Talvez ansioso por mostrar independência (quem tem ideias não é independente, pelo menos delas), anda para aí a fazer promessas de “estabilidade” e rapa-pés ao Costa & Cª. Não é aí que pode ir buscar votos. É aí que os perde. Pode ter a certeza de que está a desmobilizar muitos dos seus naturais eleitores, empurrando-os para a abstenção ou para votar inutilmente naquele empresário do PS que, ao contrário dos demais, até diz umas coisas com pés e cabeça. Tais votos são votos na segunda volta, e em mais nada nem ninguém.

Se quiser fazer o pleno dos votos possíveis tem que mudar de discurso. Ainda vai a tempo.

Como sabe, para mim, esta coisa das presidenciais é inútil e contraproducente. Mas, já que as temos (v. foi um dos seus inventores...), que limitemos o mais possível os males que dela advêm.

V. é, ou será, a solução possível, ou a menos pior. Não a despreze. Não nos despreze.

 

António Borges de Carvalho

 

13.1.16

CLARINHO CLARINHO

O jovem barbudo que, consta, é ministro de educação do chamado governo, veio à TV explicar a razão da abolição dos exames, ora conhecidos por designações mais ou menos esotéricas, que pouco ou nada dizem ao cidadão comum. Já se sabia que não valiam mais que trinta por cento da performance anual do aluno, isto é, que ficavam, a 60%, sob a alçada do altíssimo critério dos respectivos professores, e que uma avaliação independente estava fora de causa.

Mas o jovem barbudo mudou tudo, continuando o hermetismo que, há uma carga de anos, impera nestas matérias e voga ao sabor das montanhas de “estudos” que pululam as privilegiadas mentes dos nossos "educadores".

Desta vez, o jovem barbudo foi mais claro que a maioria dos seus predecessores. Disse ele que tinha mudado (a meio do ano!) o que vinha a ser feito há 4 anos. Lida a coisa como deve ser, ficou tudo clarinho clarinho: as coisas mudam porque foram feitas pelo governo anterior. É a “razão de Estado" do chamado governo: o que estava feito é para desfazer, mesmo que, em anteriores legislaturas, o partido do chamado governo estivesse de acordo. Assim com o ensino, como assim em tudo.

O xarroco dos professores aplaude.

Da minha parte, obrigado senhor chamado ministro. Fiquei (mais) esclarecido.

 

12.1.16

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