O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Diz o chamado primeiro-ministro (sobre o orçamento), citado no “Expresso” de hoje:
O que é reposto é muitíssimo mais do que o que é cobrado.
Expliquem-me, por favor, onde é que o homem vai buscar o que falta, se os mil milhões a mais que meteram nos impostos são muitíssimo menos do que o que vão “repor”.
Sugiro uma explicação: o chamado primeiro-ministro consegue ser mais aldrabão do que dele dizem os seus mais ferozes inimigos.
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Morreu Umberto Eco, um homem que se atribuia a “missão” de lutar contra la stupiditá. Se ele ainda fosse vivo, seria de lhe pedir opinião sobre esta frase do senhor Moreira (também citada no Expresso):
(Caballero, alcaide de Vigo) até pode chamar a PIDE (...). A ligação Lisboa-Vigo é um insulto ao Porto e pretende destruir o aeroporto do Porto.
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Um jornal (já não sei qual) publica hoje um “estudo” sobre o azeite, onde no meio das mais doutas considerações estatísticas, se afirma que, no ano tal, Portugal produziu 90.000 toneladas de azeite... e exportou 108.000.
Um interessante desafio para os exegetas da parábola dos peixes.
Titula-se este post com o nome de uma senhora na esperança que tal senhora o leia.
A dita, alta individualidade académica, publica um importante artigo no “Público” de ontem, defendendo a profissão de “tradutor e tradutora”. Registe-se, com a devida irritação, a correcção política da inclusão dos dois géneros: como se, dizer “tradutor”, em bom português, não incluisse as tradutoras!
Não me compete apoiar ou contradizer o alto arrazoado da articulista, ainda que, na generalidade, deva dizer que concordo com as suas opiniões. No entanto, o objectivo do artigo não é, como se poderia julgar, estabelecer uma espécie de teoria geral da tradução, mas fazer a defesa corporativa dos respectivos profissionais.
Diz a senhora, por exemplo: As tradutoras e os tradutores devem ser respeitados e consultados em todas as questões relativas ao seuntrabalho.
Para um frequentador de livrarias, a esmagadora maioria dos chamados tradutores portugueses não conhece, ou conhece mal, tanto a língua portuguesa como a língua que traduz. Não raro, ao folhear uma tradução, desistimos de comprar o livro. Não raro somos levados, por distracção, a adquirir livros que deitamos fora ao chegar à página dez, porque a tradução é de tal maneira ordinária que, ou ofende quem sabe um bocadinho de português, ou é simplesmente ininteligível.
Se a distinta académica se debruçasse sobre os aborrecimentos, as fúrias, as desestabilizações intelectuais que a maioria dos seus colegas causam a quem tem a infelicidade de tentar lê-los, e apelasse a exigências de acesso à profissão que poupassem os autores ao assassíno literário e os leitores a crises de nervos, compreendê-la-ia. Mas teorizar, mesmo que cheia de razão, com o propósito quase exclusivo de elogiar a corporação, francamente!
Enquanto por cá se anda a entreter o pagode com a história das 35 horas, coisa que ninguém, a começar pelo chamado governo, faz a mais pequena ideia de quanto custa ou como vai funcionar, em França passa-se exactamente o contrário. O governo Hollande/Valls, familiar político do do Costa, vai propor o fim da 35 horas. A coisa está a causar uma polémica dos diabos, é certo, mas a verdade é que fizeram as contas, coisa que, por cá, ninguém sabe ou ninguém quer fazer.
Não contente com os serviços dos tipos da eutanásia – coisa bemvinda para tirar o orçamento das primeiras páginas – o chamado primeiro-ministro resolveu cavalgar os problemas dos lesados do BES, fazendo crer que, se fosse ele a mandar, era o paraíso. É claro que o homem não tem, nem na manga nem em parte nenhuma, qualquer solução para o problema. Mas, à custa da credibilidade do país, lança uma guerra contra o Costa (Carlos), coisa que também muito contribui para tirar da discussão pública as asneiras do Centeno, e do próprio, mais o orçamento, mais as erratas, mais o disse que disse que não disse, antes pelo contrário e vice-versa.