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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

SOARES II

Recebi vários comentários que, pela esquerda, pela direita, pelo centro e não sei por onde, no blog e fora dele, condenam o que disse sobre Mário Soares. Aceito a maior parte de tais críticas, subscrevo e agradeço muitas das opiniões formuladas. Repito, nunca gostei dele, do seu socialismo, da sua maneira de ser e de se “safar”.

O que fiz - é esse o objectivo do escrito - foi louvá-lo por ter servido de tampão às forças anti-liberdade que, trogloditicamente, continuam a ter direito de cidade entre nós. O que fiz foi denunciar a geringoça, a sua génese porcalhona, a sua prática demagógica, a sua traição a valores que, apesar de tudo, Soares sempre respeitou.

Mais nada.

 

31.5.16  

HAJA QUEM EXPLIQUE

 

O Obama, no estertor do fim, decidiu deixar passar (não vetar) uma resolução do Conselho de segurança da ONU que condena os colonatos israelitas na Cisjordânia. Perceba quem quiser, como já aqui escrevi.

Vai daí, a dona Teresa condena a atitude dos EUA.

A pergunta que fica é esta:

Ó dona Teresa, então porque é que não mandou o seu embaixador vetar a resolução?

 

31.12.16

MÁRIO SOARES

Nunca fui adepto de Mário Soares. Assisto ao seu fim com a pena que se tem dos que se vão da Terra.

Dos muitos defeitos que se lhe podem assacar, um não teve: o de não defender a democracia ou de não distinguir os que nela acreditam dos que a odeiam.

Parece que, nos seus últimos anos, o seu amor pela Liberdade não foi, por ele, defendido da melhor maneira. Lembro os seus últimos artigos de opinião, recheados de malquerença e de conceitos erróneos. Lembro a insensatez da sua candidatura presidencial. Coisas que a idade justificará, por muito que custe a gregos e a troianos.

A sua última glória, quanto a mim, foi a de jamais ter entrado no coro da geringonça. Dirão os adeptos dela que foi a idade que o tolheu. Direi eu que foi o desgosto de ver a sua criação (o PS) mancomunada com inimigos, confessos e inconfessos, do essencial da sua vida e dos valores que sempre defendeu. Calculo o que foi, para Soares, vê-la nascer e prosperar. Neste sentido, pode dizer-se que, moral, intelectual e politicamente, foi a geringonça que o matou.

Soares nunca acreditou nas virtudes da propalada “maioria de esquerda”. Opôs-se ao conceito, porque a essa “maioria” pertenciam os inimigos da Liberdade. Coligou-se com o CDS, mais tarde com o PSD. Com este, afrontou  a crise financeira, aguentou o odioso, e tant bien que mal, saíu dela.

Nunca lhe terá passado pela cabeça uma aliança como a que o seu partido fez, traindo-o e às suas mais profundas convicções. Por isso que, às portas da morte, o IRRITADO o homenageie, esquecendo tê-lo considerado sempre um adversário, por ser socialista, não por ter, oportunisticamente, pisado os valores fundamentais em que acreditava - coisa que nunca fez.

 

30.12.16

PARA QUÊ?

Cá na terrinha, ao aproximar-se o fim do mandato de qualquer eleito, vozes se levantam a infirmar tudo e mais alguma coisa que tal eleito queira fazer, ou faça. Legalmente não há limites mas, politicamente, se der jeito, inventa-se o que não existe - a não ser no que respeita ao Presidente da República, que, seis meses antes do fim, se vê privado da “bomba atómica” - o poder de dissolução do Parlamento.

Vem isto a propósito do contraste com o que se passa nos EUA. Obama está numa vertigem política, num frenesi, num afã decisório sem precedentes. Concordando ou não com a as suas decisões, ninguém, por lá, põe em causa a sua legitimidade para fazer o que faz a escassos dias de sair da Casa Branca. Imagine-se a barulheira que se levantaria em Portugal (já se tem levantado) se um governo, uns meses antes de se ir embora, resolvesse desatar a legislar sobre quaisquer assuntos, importantes ou não.

 

O que acima escrevo é um comentário inconsequente. Substancialmente, o que me traz é o espanto com que vejo as decisões do senhor B. Obama. Por exemplo: sabendo que quem o vai substituir é feroz defensor de Israel, tira o tapete a Netaniahu no Conselho de Segurança. Sabendo que Trump tenciona dialogar com Putin, desata a aplicar sanções à Rússia.

Não estou a tomar partido a favor ou contra uma ou outra das políticas de um ou de outro. É cedo para ajuizar. O que me parece estranho, se calhar por vício de portuga, é que Obama, sabendo que as suas políticas depressa deixarão de existir, havendo para tal um apoio parlamentar de que ele nunca gozou, mesmo assim, resolva avançar com temas tão polémicos.

Para quê? Gostava de saber. Para já, só sei que há por aí multidões de trutas que não deixarão de me “esclarecer” sobre o assunto.

 

30.12.16

PERSPECTIVAS E DESEJOS

 

Segundo rezam os números, a dívida pública da Nação, nos tempos do chamado Sócrates, aumentava 40 milhões por dia.

Rebentada a bronca, veio a troica e pôs tal média um bocado mais acima: 50 milhões por dia.

Nos anos de Passos Coelho, a coisa desceu para 12 milhões.

No ano da geringonça, um feito há a salientar: a dívida ultrapassou, por dia, a média do chamado Sócratres. À conta das contas do Costa, do Centeno e (é bom não esquecer), do Presidente Sousa, gloriosamente, tal média diária passou a 42 milhões.

Daqui que as perspectivas do IRRITADO para 2017 sejam do mais negro que se possa imaginar. Preparem-se: a bordoada, mais ou menos adiada, acabará por lhes cair em cima da cabecinha.

Quanto aos desejos: o IRRITADO apresenta aos seus leitores, amigos, inimigos, apaniguados e adversários, os da possível felicidade pessoal. À geringonça, deseja de que vá morrer longe.

 

29.12.16

ALTO CONTRIBUTO

Defendendo as aulas à borla, o ilustrérrimo Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas declarou que não via inconveniente,  já que há professores “que se potenciampara o efeito.

O IRRITADO agradece o contributo do senhor para a novilíngua e desde já se potencia para ficar atento a novas iniciativas lexicológicas de tal e tão alta autoria.   

 

29.12.16

CUBANICES

O Castro II decretou, via assembleia nacional de Cuba  (onde, como se sabe, estão representados 85 partidos democraticamente eleitos), a não utilização de fotografias ou coisas do género representando o seu ilustre mano, Castro I. Justifica a mui democrática atitude com o desejo, que lhe foi comunicado (em privado!) pelo defunto, de que não fosse, post mortem, permitido o “culto da (sua) personalidade".

O IRRITADO, figura torpe e malsã da nossa praça, interpreta a nova lei de pernas para o ar, isto é, o melhor (para o Castro II) é evitar que haja quem use a imagem do extinto para exprimir livremente o que pensa dele. Assim se poupa o mundo ao indecoroso espectáculo da propaganda dos canalhas, por exemplo daqueles que viraram as costas ao seu salvador no cortejo fúnebre, sem que a ”informação” tenha dado por isso.

 

29.12.16

DIABRURAS

 

Aqui há tempos, lembram-se (com certeza que se lembram), o governo PSD/CDS mostrava, com orgulho, que tinha conseguido uma “saída limpa” do programa da troica. Tal saída podia ter sido mais limpa (talvez pudesse), mas foi uma saída, conseguida à custa de sacrifícios gerais. É evidente que não havia outra solução, pelo menos sem afrontar perigossamente os poderes que, à altura, tudo podiam.

Sabe-se o resultado “social” de tal triunfo. A filarmónica de esquerda deu corda aos trombones. Que não era saída nenhuma, que era tudo mentira, que os sacrifícios não se justificavam, que estávamos à beira do abismo, que era ridículo rever-se o governo no seu sucesso, que o défice não interessava, que o estado social tinha sido sacrificado, sei lá que mais, no Parlamento, nas ruas, nos jornais.

Entretanto, a negregada política do governo tinha reduzido em quase dez por cento o tal negregado défice (que o PS causou, lembram-se?), o que era “contra a vida”, Sampaio dixit. O estado social nada sofreu – mesmo com a esquerda a espernear o contrário -,  o desemprego começou a descer, a economia e a confiança a sair da letargia.

A geringonça substituiu o governo legítimo, lembram-se como?  Destruindo ou negando quarenta anos de uma prática constitucional moderada, negando a honestidade, a honra, os resultados eleitorais e as próprias promessas dos vencidos, ora trasvestidos de vencedores.

Resultados? Abaixo de zero. A economia, que ia ser relançada via consumo, estagnou, está em crise de confiança, com números aterradores. Nem o turismo, que cresceu apesar da geringonça, ou a reentrada em funcionamento da refinaria, apesar da geringinça, chegam para atenuar os efeitos catastróficos do aumento da despesa (sem um chavo de investimento!) e, ó espanto, a tão criticada política de redução do défice passou a ser a menina bonita dos olhos do chamado governo.

Parece certo que, apesar de abandonado o investimento, de aumentada a despesa, com perdões fiscais e outros truques mais, a inenarrável geringonça vai conseguir reduzir o défice em 0,5%. Gigantesco triunfo, dizem os trombones todos os dias, a todas as horas, se comparado com os 9% do anterior governo. Que interessa isso, se comparado com os tais 0,5%? Nada, no parecer da geringonça. Entretanto, a dívida conhece os dias mais felizes da sua história, não parando de engordar. E o estado social? Coitadinho, afogado em dívidas, os hospitais em crise, as escolas feitas num oito, não há dinheiro para coisa nenhuma. A malta (leia-se, aclientela), com mais uns tostões no bolso, afogada em propaganda, não dá por isso.

 

Como já escrevi algures, Passos Coelho errou: o diabo não vem aí. Já cá está cá, e manda nisto tudo. Tem sede em Belém e sucursal em São bento. Quando a malta acordar vai ver-se à rasca para correr com ele.

 

Feliz 2017.

 

27.12.16   

AEROGERINGOBAGUNÇA

 

Um chamado ministro não sei de quê (julgo que aquele do “azar” do Metro) veio há dias declarar que, para aumentar a capacidade dos aeroportos da zona de Lisboa, nada melhor que um novo aeroporto em Alcochete.

No mesmo dia, julgo, o chamado ministro do equipamento, fez boquinhas na defesa intransigente do aeroporto do Montijo, onde deve ser construída uma nova pista e mais umas facilities.

Entretanto, o chamado ministro da defesa, ou alguém por ele ou com ele, avisou que a Força Aérea exigia uns 400 milhões para ceder instalações.

Uma alta instância técnica internacional apareceu então nos jornais a garantir que o Montijo é que é bom.

O indivíduo do segundo parágrafo supra apareceu outra vez, informando os seus compatriotas sobre a ingente necessidade de mandar fazer “uns estudos” sobre a operacionalidade do Montijo e as obras necessárias à sua “civilização”.

Partindo do princípio que o governo será capaz de optar pelo Montijo, veja se agora o que falta na douta declaração do chamado ministro:

- Serão lançados uns três ou quatro concursos (procedimentos concursais em novilíngua) para a selecção dos “estudiosos”; segue-se a avaliação das propostas e, admitindo que os ganhadores dos procedimentos concursais não são objecto de impugnação judicial, talvez possam começar a trabalhar dali a um ano; sendo rápidos, entregarão os “estudos” uns seis meses depois;

- A seguir à aprovação dos “estudos”, teremos a fase de projecto: mais uns concursos, mais uns meses largos e, ano e meio depois, o chamado ministro anunciará, em sessão solene, na augusta presença do chamado primeiro-ministro e de Sua Excelência Rebelo de Sousa, a aprovação do projecto;

- Depois, altas entidades procederão à elaboração dos cadernos de encargos para as dezenas de empreitadas que serão objecto de novos "procedimentos concursais"; prontos os cadernos de encargos, seguir-se-á a selecção dos convidados a concorrer; dali a seis meses, começarão a ser avaliadas as propostas; se tudo correr pelo melhor, dali a um ano começarão as obras, cujos projectos, no decorrer delas, serão objecto de inúmeras alterações e aumentos de preços;

- Entretanto, é bom não esquecer, um comité de trutas congeminará a forma, ou formas, de financiamento das obras, atentos os interesses das várias parte envolvidas, as facilidades comunitárias, o parecer do BCE e do BEI, etc.;

- As obras, dado o aquecimento global, as necessidades de refinanciamento das alterações e a tradicional produtividade da Nação, arrastar-se-ão por dois anos;

- Em 14 de Dezembro de 2024, se tudo correr pelo melhor, o chamado ministro, o chamado primeiro ministro e Sua Excelência Rebelo de Sousa inaugurarão solenemente o novo aeroporto auxiliar do Montijo, o qual, à data, já estará a camino da obsolescência.

 

Pode ser que não seja assim:

- Se os franceses da Vinci tiverem interesse no assunto e procederem em conformidade;

- Se a geringonça, entretanto, for para o lixo;

- Se Portugal, pelo caminho, tiver aberto os olhos.

 

24.12.16

UNS DINHEIRITOS

Diz o chamado primeiro ministro que os 5.000.000.000 que vão ser metidos de calçadeira na CGD não entram nas contas do Estado, que os 290.000.000  em preparação para os chamados “lesados do BES” também não, que os 4.000.000 do Banif não vão ser pagos por ninguém, nem os não sei quantos milhões que os respectivos “lesados” andam para aí a exigir, com o mais que lógico precedente aberto pelos do BES.

Faz ou não faz lembrar o lixo que o senhor Pinto de Sousa, vulgo engenheiro Sócrates, deixou debaixo do tapete, as desorçamentações, as manigâncias que foram aparecendo aos poucos (e aos muitos) por todos os lados? A filosofia é agora a mesma dos gloriosos anos do pintodesousismo, só que com mais molho narrativo e mais protecção superior.

Quem pagará? Toda a gente sabe. Só que (por enquanto) a maioria faz orelhas moucas: enquanto o pau vai e vem folgam as costas, não é?

 

23.12.16

NATAL À RASCA

 

A incrível geringonça (conjunto furruginoso de engrenagens que constituem e apoiam aquilo a que há quem chame governo) distribuiu, em 2016, prebendas várias aos seus clientes, afilhados e outros dependentes. Certo. Esta gente estava há muito desejosa. É justo, eu que o diga, como justo seria que ganhássemos todos três vezes mais, que os preços não subissem, que o país não estivesse endividado a até às orelhas e que, já agora, não estivéssemos afogados em impostos. E que, e que, e que.

 

Bom, para além destes brilhantes resultados, um olhar muito limitado à volta mostra:

- Que não há dinheiro para o INEM;

- Que não há dinheiro para as escolas;

- Que não há dinheiro para os hospitais;

- Que não há dinheiro para os enfermeiros;

- Que não há dinheiro para os polícias;

- Que não há dinheiro para os tribunais;

- Que não há dinheiro para comprar bilhetes para o Metro;

- Que não há dinheiro para o investimento;

- Que não há dinheiro para os consulados;

- Que não há dinheiro para as embaixadas;

- Que não há dinheiro para as facturas;

- Que tudo funcionava melhor nos tempos da troica e nos que se lhe seguiram, ou seja, antes da subida da geringonça ao poder.

- Que o governo anterior fazia das tripas coração para defender o Estado social e que a geringonça o sacrifica por todos os lados e de todas as maneiras.

 

Entretanto, a economia enfraquece, mingua. O índice de actividade era 2,8 em Novembro de 2015; em Novembro de 2016 estava nos 0,8. O clima económico mostrava o índice 1 em Outubro de 2015; em Outubro de 2016 foi para 0,8. Dados oficiais.

 

Não se aflijam. O grande chefe e educador da geringonça, sito em Belém, já veio dizer que, se houver problema, a culpa é da “conjuntura externa”, quiçá a pensar no Trump, no Brexit, no Goldman Sachs, no BCE, no FMI, na dona Ângela, no Daesh e noutros diabólicos agentes que não pensam noutra coisa senão em dar cabo da vida ao país.

Por cá, no seu douto parecer, está tudo na maior.

 

23.12.16

MAQUIAVEL DA REBOLEIRA

 

Assisti ontem a um dos espectáculos mais horripilantes dos últimos tempos. Num canal do cabo, foi entrevistada uma criatura digna de nota, um tal José Miguel Júdice, antigo ultra do Estado Novo (coisas da juventude), que chegou a fugaz líder do PSD, bastonário dos advogados, hoteleiro, apoiante do Costa, enfim, de tudo um pouco, uma data de coisas com que não vale a pena perder tempo.

A tese do homem é a da inutilidade política das ideias e, acima de tudo, da honestidade, da coerência, da urbanidade e da verdade. O que conta é ter, a cada momento, a noção clara das oportunidades, do que está a dar, do que tem atracção eleitoral, do que mais pode agradar às elites do partido. Princípios são uma inconveniência, uma coisa a esquecer. O poder é o poder e quem o quiser não pode estar prisioneiro de tais pinchavelhos.

A diferença entre Brutus e António Costa, disse Júdice, é que, tendo ambos assassinado o chefe, o primeiro não ficou com o poder de César, o segundo ficou com o de Seguro. Costa foi o melhor porque foi o mais esperto. Nisto da política, é o que conta. Costa fez-se ao poder. Perdeu as eleições mas deu a volta por cima, e aí é que está a verdadeira política. Costa sabia, diz Júdice, que fazer das tripas coração e aceitar a derrota o remetia para ignorada prateleira. Viu a oportunidade, atropelou e ganhou. Isso é que é um político!

Daí que Passos Coelho, que Júdice tem na conta de honesto, coerente, homem de princípios, se tenha deixado agarrar pela honestidade, pela coerência, pelos princípios, tudo coisas impróprias de um político que se preza. Não merece andar na política. Parece evidente, não parece?

Triste é que este tão ilustre opinador mais não faça que interpretar a verdadeira natureza da geringonça e dos seus adeptos. Tem até a vantagem de falar claro, dizer o que vai na alma dessa gente, sem rodeios, hesitações ou disfarces.

 

21.12.16

AMIGOS DE PENICHE

AMIGOS DE PENICHE

 

NP. Um post com este nome foi aqui publicado, julgo que anteontem. As incapacidades informáticas do autor fizeram com que desaparecesse sem deixar rasto. Queria editar (emendar ou melhorar, em português arcaico) o texto e apaguei-o! Recebi críticas por isso, de quem acha que foi de propósito. Tento aqui reescrevê-lo, ainda não me apeteça nem esteja para tal inspirado. Só para que não me chamem nomes.

***

Anda para aí um sururu dos diabos por causa da ideia de transformar o Forte de Peniche num hotel, ou coisa que o valha. Vozes indignadas se erguem: não se pode apagar a memória, lavar o fascismo, e outras parvoíces de mesmo cariz.

Vários equívocos fazem eco na opinião pública.

O primeiro é o de fazer crer que os presos de Peniche (os do PC, porque os demais não interessam) foram presos por lutar pela liberdade, coisa que jamais fizeram, ou fazem. O PC lutava pela instauração revolucionária de uma ditadura muito mais feroz que a da II República. Para quem já não se lembra, o “Avante!” clandestino desses tempos condenou sistematicamente toda e qualquer tentativa de democratização da república, classificando-as de manobras da burguesia levadas por diante por servos do imperialismo, golpistas a soldo e coisas do género. Há até quem diga que houve tentativas que foram abortadas por denúncia do PC, coisa que, ainda que não provada, tem foros de verdade.  A PIDE e o PC eram duas faces da mesma moeda, alimentavam-se e justificavam-se mutuamente.

Outro equívoco é o de julgar que tal prisão foi um exclusivo da II República. A primeira já praticava o mesmo desporto. Por lá passaram famílias alemãs cá residentes, sem acusação, culpa formada ou julgamento, tão só culpadas... de ser alemãs. Funcionou como Depósito de Súbditos Inimigos ou Campo de Concentração de Peniche. O procedimento era, aliás, comum entre os “democratas” da I República, especialistas em encarcerar inimigos políticos, activistas sindicais, tudo o que desagradasse às facções que se revesavam no poder.

Também se propagandeia outro equívoco. O da viabilidade, ou valia social e cultural da preservação de uma prisão enquanto tal, coisa que, além do mais, está totalmente fora de moda. Não tem nem viabilidade económica nem valia cultural. Tê-las-há se, recuperado o património  construído, se lhe der outro destino.

O Forte de Peniche, no que respeita a ocupação prisional, é coisa a remeter aos livros de História, ainda que a história que por aí veceja seja o que é, em termos de independência investigatória e honestidade intelectual. Leia-se nos livros a memória ou as memórias do que lá se passou, em vez de conservar a construção como uma espécie de catedral dos santinhos do PC.

 

21.12.16

FELICIDADE A RODOS

 

Toda a gente sabe o que se passa nos transportes desta ridente, alegre, luminosa e feliz cidade de Lisboa. Uma maravilha.

O metropolitano tem as carruagens a cair aos bocados. Por “azar” – diz o chamado ministro – não tem havido bilhetes, nem funcionários que os vendam, nem cartões, nem “rolos” - diz a tipa dos sindicatos -, que são fabricados em França, parecendo que os franceses têm o vício de querer as facturas pagas. Que lata! Horários e outros pequenos detalhes deixaram de ser respeitados, certamente por “azar”. Na Carris, a situação é semelhante, a manutenção não tem peças, os horários fazem saudades, os autocarros vão estando em saudáveis quarentenas,  etc.. Na linha de Cascais é mais ou menos o mesmo, tudo a cair de podre, acrescido de hordas de vândalos a chatear quando não a esfaquear os passageiros.  Parece que só se safa a Fertagus que, logo por azar, tem gestão privada e um contrato com o monstro (o Estado) que lá vai cumprindo como pode e deve. Agora, junta-se ao inacreditável panorama o caso da Transtejo, com navios sem certificado de navegabilidade, outros avariados, a malta em pulgas a chamar a atenção de “quem de direito” (há disso?).

Dizem para aí que, depois de se ter dado cabo do que estava contratado, isto é, depois de o chamado primeiro-ministro ter decretado que os contratos assinados não existem(?!), vai dar-se a “municipalização” dos transportes, o que terá a vantagem de, mais dia menos dia, se acabar com o que resta, depois de se lançar umas taxas para comprar parafusos e similares. Alegrem-se. Diz o Me.dina que vai ressuscitar a carreira 24, uma empreitada das boas a juntar a tantas outras. Que bom, não é? O dinheirinho que o dito Me.dina podia aplicar a tratar dos transportes vai todo (quanto?) à vida, consumido por obras sem pés nem cabeça, mas com muitos empreiteiros, muitas facturas e muita bagunça.

 

Podem a geringonça e o Palácio de Belém ficar descansados. Os passageiros, chamados utentes, não estão organizados, institucionalizados, enquadrados, não existem para os condotieri profissionais. Os generalíssimos da bagunça estão mais preocupados com a saúde da geringonça que com os transportes ou os transportados. Vivemos em “paz social”, alimentados pelos presidenciais beijinhos e outras tretas. Não há razão para preocupações. A direita, se se preocupa, é porque é parva, come sabão às colheres e, por definição, nunca tem razão.

No meio disto tudo ainda há quem não acredite no diabo. Ele não vai chegar, já aí está, cheio de força, vigor e altas bênçãos.

 

20.12.16  

HONESTIDADE

Não há quem não tenha feito “análises”, publicado “pareceres”, emitido “opiniões”, largado bitates, publicado quadros, gráficos, tabelas, números, coisas várias, com risquinhos, quadradinhos, cores, letras gordas, o diabo a quatro, sobre os dados do ranking (classificação, em português antigo) das escolas.

No meio desta diarreia do nacional pensamentalismo, nota-se um certo “pudor” em sublinhar os dados mais importantes e deles tirar as respectivas conclusões políticas e sociais. É que, dê-se-lhe as voltas que se lhe der, é gritante que a cruzada da geringonça contra o ensino privado é uma cruzada contra os interesses públicos propriamente ditos, exclusivamente fundada em ideologias totalitárias, em mentiras descaradas, em ódios mesquinhos, em invejas ranhosas, em jogos de poder.

Não sou contra o ensino público. Em doze anos de ensino primário e secundário, passei um (4ª classe) numa escola privada. Razões de queixa, a haver, devem-se mais à minha cabulice e mau comportamento que à natureza das escolas.

Posta esta declaração de desinteresse, olhemos para a brutal realidade. É ela a da cegueira estatista de quem diz governar-nos.

As dez escolas melhor classificadas, tanto no básico como no secundário, são privadas. As dez escolas pior classificadas, tanto no básico como no secundário, são públicas. Das cinquenta escolas melhor classificadas, quarenta e cinco são privadas, cinco são públicas.Havendo dez ou vinte  vezes mais escolas públicas que privadas, os dados são colossalmente mais significativos que ditos assim, a seco. Por discutíveis que, em pormenor, possam ser, não deixam de significar, se lidos com um mínimo de honestidade, que o ensino privado, pelo menos, tende a ser melhor que o público. Se acrescentarmos que muitas dessas escolas privadas eram “contratadas”, teremos que o dinheiro público foi melhor aplicado nelas que noutras.  

O problema é que a honestidade, e toda a gente o sabe, a começar pelos próprios, não faz parte dos mandamentos ou dos princípios a que o chamado governo obedece. Daí que o chamado primeiro-ministro, o chamado ministro, o Presidente lider da geringonça e o tipo da Fenprof se tenham recusado a, ou esquecido de, admitir que o que interessa ao ensino, ao futuro, à juventude, ao país, não é a natureza da propriedade das escolas mas a qualidade do ensino nelas ministrado.

Tudo o que se disser em contrário é puro esquerdismo e nada tem a ver com o ensino, para não dizer muito pior.

 

18.12.16

É FARTAR, VILANAGEM!

 

Segundo o novidireito nacional, os autarcas deixam de ser responsáveis pelas asneiras que cometem. É o que reza uma lei aprovada no parlamento de esquerda, com a vergonhosa abstenção do PSD. Tal lei estabelece, preto no branco, que os autarcas (todos eles) não têm que se preocupar com minhoquices financeiras: se os técnicos lá da chafarica emitirem parecer favorável a qualquer porcaria, os eleitos podem aprová-la, e ninguém lhes poderá ir à perna por causa do dinheiro mal gasto. Segundo a nova lei, são inimputáveis, irresponsáveis, se houver azar assobiam para o ar e acabou-se.

Assim: o presidente da câmara, ou da junta, chama um “técnico” e diz: ó pá, faz-me aí um parecer favorável à construção de um estádio olímpico. O “técnico” procede em conformidade. O estádio é construído. Um gigantesco buraco financeiro se abre. Responsável? Não há, e ninguém tem nada com isso.

Parece que tanto o Tribunal de Contas como a PGR se revoltaram contra esta mirabolante história, e deram escrita opinião contrária aos ditames do novidireito.

Que interessa? Nada. Vêm aí eleições autárquicas e há que preparar o terreno, nem que para tal seja preciso pisar umas coisitas de pormenor, não é?

 

18.12.16

BANDALHEIRA GALAMBÓFILA

Vejam esta peça:

1º Acto – O PSD e o CDS requerem que Domingues e Centeno sejam ouvidos na AR sobre o que se passou nas suas mútuas relações em relação à CGD.

2º Acto – O Caramba do brinco, vigoroso e condenatório, salta no poleiro e declara que os partidos da oposição, com tal iniciativa, estavam a “abandalhar” o Parlamento.

3º Acto – O Domingues declara publicamente que estava nas melhores relações com a geringonça, não tendo razões de queixa.

4º Acto – O Caramba do brinco, ternurento e venerador, declara que o Domingues e o Centeno serão muito bem vindos ao Parlamento, a pedido do PS, ou seja, que uma vez garantido pelo Domingues (certamente acagaçado) que não dirá a verdade, a anterior bandalheira fica ultrapassada, ou deixa de ser bandalheira para passar a fundamental para o esclarecimento de quaisquer dúvidas.

 

Malta fixe, não é? Cambada de bandalhos, digo eu.

 

17.12.16

ESTÁ BEM? DESTRUA-SE!

 

A senda é conhecida e praticada, quase religiosamente.

Passado um século sobre a destruição e a desertificação humana das cidades, lá se legislou sobre o tristemente célebre bloqueamento das rendas, sobre a liberdade contratual das pessoas, o (relativo) respeito pelo constitucional direito à propriedade privada. Em meia dúzia de anos, as cidades ganharam nova face, milhares de prédios em estado de ruina regressaram a ceitáveis níveis de qualidade, tudo a provar que, em benefício de todos (Estado, particulares, senhorios e inquilinos) havia energias sociais garrotadas que regressavam à vida depois de anos e anos de abandono.

Veio a geringonça. Anuncia-se o fim do sistema, a “reforma” do RAU, do NRAU, etc., de forma a consolar ideólogos e ideologias, cujos resultados, cá e pelo mundo fora, sempre resultaram em miséria, das pessoas e dos Estados.

O turismo ressuscitou em resultado do aumento da procura e de alguma liberdade cívica. Com ele os arrendamentos turísticos, a procura externa, a entrada de milhões. Porém... com a geringonça, há que acabar com o movimento. Os tuktuk são uma desgraça. É preciso dar cabo do alojamento local, criar regras e regrinhas, sacar mais dinheirinho ao mercado, dificultar, anquilosar, perder o conquistado, dominar os arranques e as iniciativas da sociedade civil. Os turistas passaram a incómodos invasores, há que “limitar” os que aproveitam com ele, desincentivar o investimento externo, criar mais burocracia, cortar as pernas à coisa, como a tudo o que signifique liberdade, a tudo o que mexa.

(Um dos mais lídimos adeptos da geringonça, célebre por um dia ter pedido à CML que apressasse o “feixo” da CRIL - rapaz culto, maçon e socialista - quer proibir os tuktuks lá do bairro e mandar fechar o comércio mais cedo, a fim de que tudo fique mais silencioso, e mais pobre).    

Nos transportes públicos via-se uma luzinha ao fundo do túnel. Veio a geringonça. Destrua-se. Municipalize-se. Estatize-se. Se correr mal, como corre, é “azar”, como decreta um tipo que se diz ministro. Vai haver indemnizações aos prejudicados? Lança-se mais um imposto para pagar a bronca. O socialismo paga-se, pelo menos até acabar o dinheiro emprestado.

A água está cara? Está. O remédio, como vem sendo anunciado, é aumentar o preço. A geringonça não brinca em serviço.

A chamada “restauração” queixa-se do IVA a 23%. Abra-se uma excepção, passe a 13. Os preços da restauração sobem três vezes mais que a inflacção em geral, a demonstrar as consequências da genial medida. Não interessa, há quem pague.

Há petróleo na costa? No mar? Faça-se a respectiva “interrupção voluntária” da procura. As exportações de produtos petrolíferos são fulcrais na balança externa, ainda que trabalhem com matéria prima importada a cem por cento. Passar a ter matéria prima nacional? Que disparate! Cancele-se os contratos. Um porque a outra parte se esqueceu de incluir um papel, mesmo que já tenha passado o prazo para reclamar. Os outros não se sabe ainda porquê. Que importa? Pague-se as indemnizações que os tribunais arbitrais não deixaram de exigir. O socialismo é honesto, desde que as pessoas o paguem. A Noruega (país impecável em matéria ambiental), à custa do petróleo, tem as maiores reservas financeiras da Europa, e das maiores do mundo. Que interessa? Petróleo no Algarve é que não, mesmo que não tenha qualquer influência na qualidade de vida das pessoas. A Escócia queria ser independente para ficar com o petrólio do Reino Unido. Que estupidez! A gringonça é que é inteligente.

A ADSE estava a correr bem? Estava. Até dava lucro, os seus beneficiários, que bem a pagam, não tinham razão de queixa. Acabe-se com isso. Crie-se um “conselho geral”: 15 marmanjos de alto coturno se sentarão á volta da mesa para vigiar a direcção e ganhar, pelo menos, umas senhas. Os sindicatos rejubilam com novos tachinhos! Dar-se-á à coisa o sonante nome de “instituto público de gestão participada”. Lindo: o social-complicómetro no seu esplendor. Dou-lhe três anos até ir à falência. Não fará mal, lança-se uma taxa qualquer, e pronto.

Mas nem tudo é mau. Por exemplo, as criancinhas de 10 anos vão ser ensinadas pelo Estado a fazer abortos. Progresso é o progresso, raio!

 

15.12.16

DA LÓGICA DAS COISAS

Não consta que o Hospital de Cascais seja motivo de reclamações que se vejam por parte das populações que serve.

O Hospital de Cascais foi objecto de uma PPP e tem gestão privada desde a sua entrada em funcionamento.

O resultado de tal gestão, em termos financeiros, foi favorável ao Estado em cerca de 40 milhões de euros (gastos a menos em relação às previsões).

A tendência geral dos gastos do Estado no Hospital de Cascais aponta para uma já verificada redução dos custos anuais.

Para quem isto vê, pode parecer que as coisas, no Hospital de Cascais, correm bem, sendo uma ilha no mar de buracos e prejuízos dos hospitais públicos.

Perante estes dados, a "comissão técnica" encarregada pela geringonça de avaliar a gestão do Hospital de Cascais tirou uma importante conclusão: a coisa correu bem porque o risco financeiro foi transferido para a sociedade gestora, uma vez que esta obteve uma rentabilidade inferior à esperada.

Regozijando-se assim com a menor rentabilidade obtida pelos privados(!) e com a poupança, para o Estado de uns 40 milhões, a distinta comissão do governo entende que “não se verificam os requisitos necessários a uma renovação do contrato de gestão”.

Venha o mais pintado esclarecer o assunto. Se as PPP’s correm mal, continuem e renovem-se. Se correm bem, o melhor é acabar com elas e fazer um novo concurso (procedimento concursal, como diz a novilíngua).

É a irrefutável lógica da filosofia triunfante.

 

14.12.16

 

SOMOS OS MAIORES!

 

É sabido, e geograficamente incontestável, que a Península Ibérica fica a Oeste do meridiano de Greenwitch. Será natural e lógico que a Espanha se integre no respectivo fuso horário.

Parece que o senhor Rajoy é desta opinião, o que não é de estranhar.

Os media portugueses embadeiram hoje em arco porque os espanhóis vão “mudar para a hora de Portugal”.

Contrastando, os media espanhóis falam da hora de Greenwitch.

Sejamos patriotas, mas não abusemos. A reforma proposta pelo governo espanhol tem a ver com uma data de matérias, os horários de trabalho, a sesta, as horas do almoço e do jantar, etc., tudo coisas quem têm zero a ver comPortugal.

Por cá, vão ver, há-de vir o Costa gabar-se de mais esta grande vitória diplomática da geringonça!

 

14.12.16

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