O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
A senhora conhecida por ministra da justiça resolveu ressuscitar os tribunais que a sua antecessora em boa hora tinha fechado. É de presumir, em abono de tal senhora, que recebeu ordens para tal. Terá tal desculpa. A geringonça manda abolir, reverter, destruir tudo à sua volta, armada em Fénix que se propõe renascer das cinzas das fogueiras que ateia. Nada de espantar, portanto. Lógico, evidente, inevitável e glorioso.
Surgiu, porém, um problema: não há pessoal para tantos tribunais. A chamada ministra arranjou uma solução: ir-se às autarquias e sacar de lá uns funcionários. Não se sabe e, pelos vistos, não interessa, o que foi feito dos funcionários judiciais que, via reforma anterior, deixaram os tribunais fechados. Devem estar no congelador.
O que interessa é dar atenção a uma notícia ontem publicada, que demonstra a solidariedade dos sindicatos do PC para com os tão louvados trabalhadores. Com todas as suas forças, os tão generosos sindicalistas opõem-se vigorosamente à absorção de pessoal que, pelos vistos, está a mais nas autarquias. Classifica-os de incompetentes, inadequados e não recicláveis.
Isto de sindicatos é assim: na nossa capelinha ninguém entra, a não ser que nós deixemos, que se sindicalizem e que nos paguem as respectivas quotas.
Algo me diz que, como no caso dos estivadores – um escândalo que seria gigantesco se outra gente cá mandasse – a chamada ministra vai ceder às exigências dos tipos do PC e admitirá umas centenas de tipos “de confiança” para povoar os seus bem amados novos tribunais.
Ontem, fim do ano, a RTP3, sob a alta direcção do melífluo Teixeira (salvo erro), irritante como a morte, presenteou-nos com um debate, que de debate nada teve, uma vez que se limitou a proporcionar gabarolices várias aos participantes. Eram eles; uma senhora, cançonetista, declarada patriota apesar de só cantar em inglês, que teceu considerações sobre a sua desinteressante vidinha; um humorista, que não tem piada nenhuma e manda mensagens a quem jamais lhe deu o endereço ou pediu informações; um cientista, muito conhecido na TV pelas suas científicas politiquices; um rapaz muito moderno, que produz brinquedos científicos, os quais, ou não funcionam ou criança alguma consegue montar.
Muito bem. Lá disseram de sua justiça, sem esquecer, como é evidente, os elogios a Santo António Guterres, ao Ronaldo, ao Marcelo e ao Costa, como figuras do ano. Muito bem.
Quase no fim, o insuportável Teixeira, depois de declarar que aquele programa não tinha sido concebido para falar de política, deu trela à trela de cada um. Daí, ó espanto, desataram todos a tecer os mais largos encómios à “situação”. A rapariga das cantigas declarou o seu acendrado amor ao Bloco de Esquerda e às respectivas esquerdoidas; o cientista corroborou, acrescentando o indispensável panegírico dos Costas, Marcelos e companhia, coisa que também entusiasmou o humorista sem piada nenhuma; o rapaz da nova economia, mais modesto, alinhou, suponho que para não se arriscar a perder algum subsídio.
Aqui temos, claro como a água, o objectivo do inenarrável Teixeira e da RTP: arranjar uma máscara “independente”, profissional e “não política”, para um comício da situação. Para tal foi seleccionado um coro, a quatro vozes, com a garantia prévia de que diriam todas a mesma coisa.
A isto se chama, em Portugal, serviço público, independente e pluralista. Faz lembrar o pluralismo da RDA, onde, oficialmente, até havia vários partidos e liberdade de opinião e pensamento. Fantástico.