O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O coach (em português diz-se mister, perdoe-se inglesismo), é um mestre a evitar golos. Quando parece que o adversário vai mesmo acertar na baliza, o coach tira a baliza do sítio e diz que a bola não entrou. O adversário recorre ao video-árbitro, mas o video-árbitro não viu golo nenhum, porque a baliza não estava lá. Bola fora. Qualquer azar é sempre, na abalizada opinião do coach, culpa de ninguém que lhe seja próximo. E, como o árbitro está, indefectivelmente, ao lado do coach (não se sabe bem porquê, mas as especulações são muitas), o coach sai-se bem por definição. Aliás, como está à vista de todos, os jogadores do coach nunca têm problema nenhum, nunca se enganaram, nunca fizeram esterco, nunca nada. Qualquer contratempo, designadamente os provocados pela juíza de linha, são ultrapassados: o coach, de sociedade com o árbitro, corre com ela. Um descanso que não há quem não veja, mas as coisas são como são. Os jogadores estão, sempre, acima de qualquer crítica ou de qualquer suspeita, a salvo de qualquer acusação, podem fazer as asneiras que lhes der na cabeça, podem chutar torto as vezes que quiserem, praticar o auto-golo com alta competência, que o coach não dá por nada, anula o golo, e pronto. o árbitro agradece e apoia com entusiasmo. Houve quem assaltasse o vestiário, levasse chuteiras e calções. Os mais altos polícias garantiram que as chuteiras precisavam de meias-solas e que os calções estavam rotos. Tudo para abate. Depois, como os adversários não se calavam, veio um digno assessor, encarregado, como outros, de dizer parvoíces, e declarou que, se calhar, ninguém tinha roubado nada. O árbitro calou-se, o coach assobiou para o ar. Depois, os polícias que trabalham sob as ordens do encarregado das parvoíces resolveram devolver as chuteiras e os calções, artigos que, afinal, eram de primeira qualidade. O tipo das parvoíces achou muito bem e, com o apoio do coach, resolveu que não tinha nada a ver com o assunto, e chutou para fora.
É assim. O coach e o seu plantel (animais seleccionados, reza o dicionário) mantêm-se vigorosos, cheios de perspectivas e sempre fiéis à verdade desportiva.
Aqui há tempos, o inacreditável senhor dito ministro da saúde teve uma saída digna de nota. Sem mais nem menos, anunciou às massas que ia mudar o Infarmed para o Porto. Dificilmente poderia ter feito um anúncio mais inesperado, mais estúpido, mais desprovido de qualquer lógica. Facto porém é que se tratava de coisa da geringonça, uma vez que o respectivo condotieri o confirmou e reconfirmou pelo menos cinco vezes, como se se tratasse de um golpe génio. A prová-lo, esta citação (Costa dixit) de grande alcance: “vou dizer pela quinta vez que o Infarmed vai para o Porto”. Ia dizer, e disse.
A decisão estava tomada, a palavra dada, só faltava consumar a ideia ou, como modernamente se diz, “implementá-la”. Era simples: construia-se um palacete no Porto, quem sabe se projectado por um Pulitzer qualquer da região, fechava-se as instalações em Lisboa, pegava-se em 200 funcionários, metia-se a trupe a toque de caixa no alfa pendular, e pronto. Uns milhõezitos, e estava feito. O tipo do Porto aplaudia aos pulinhos de bulhónica felicidade.
Mas a estupidez era de tal ordem que até o Costa percebeu. Vai daí, usando a sua extraordinária habilidade de comunicação, acabou a informar os indígenas sobre mais uma das suas invejáveis decisões: o Infarmed não vai para o Porto. É assim mesmo, palavra honrada é palavra honrada.
Resta saber duas coisas. Primeiro, se o Infarmed fica mesmo em Lisboa - o que, pelo andar da carruagem, está longe de adquirido -, segundo, se, no caso de não ir mesmo para o Porto , qual será a banana que o geringonço-mor dará ao macaquinho do Bulhão para evitar que ele desate outra vez aos gritos.
Tudo é possível, menos ver a geringonça a comprometer-se ou a responsabilizar-se.
Voltando a uma vaca que nunca mais está fria, veio-me à cabeça uma interessante circunstância.
O camarada Robles foi corrido do BE e da Câmara porque, coitado, comprou um prédio por xis, fez umas obrinhas e tencionou vendê-lo por xis vezes n. Especulador!
O camarada Costa comprou um andar a uma velhinha da província por i grego. Fez umas pinturas e vendeu o andar por i grego vezes dois.
Eis o pensamento:
Um tipo que pensou fazer uma mais-valia simpática é um miserável especulador, mesmo não tendo feito mais-valia nenhuma. É corrido.
Outro tipo que, mutatis mutandis, fez mesmo a tal mais-valia, continua sentadinho no escabelo de primeiro-ministro. Será por ter sido só 100%, quando o outro faria, se tivesse feito, muito mais?
Não será um tão especulador com o outro? A única diferença não é a de que o primeiro não chegou a especular, e o segundo especulou mesmo?
Ele há filmes para maiores de 18 anos, o tabaco e o álcool são para maiores de 18 anos, há peças de teatro, revistas, discotecas, bares, etc. para maiores de 18 anos, mexer em contas bancárias é para maiores de 18 anos, para votar é preciso ter mais de 18 anos, o mesmo se passando para conduzir automóveis, barcos, motos, e para mais não sei quê.
Numa exposição qualquer, lá para o Porto, os organizadores decidiram, no estrito cumprimento do tão em voga “espírito”das leis (perguntem ao Prof. Marcelo e aos seus apaniguados do PS), privar os menores de 18 anos da observação enriquecedora e cultural de falos erectos, ferozmente manipulados, de preferência com a cabeça de fora, por mãos especializadas, bem como outras actividades do género, todas devidamente fotografadas por um génio qualquer muito conceituado, diz-se, em praças universais.
Neste caso, deveria, dizem os entendidos, abrir-se uma excepção ao “espírito” das leis. Pelo menos é o que acha a comunidade artística em geral, e o que achou o presidente, ou lá o que é, da primorosa organização que expõe tão edificantes cenas. Tão ofendido se achou que se demitiu. Não fez a coisa por menos! É de homem, gaita!
Vai fazer imensa falta, como é de sublinhar, à cultura geral do povo, criancinhas curiosas incluídas. Uma pena.
Como estamos no equinócio, é de esperar que inúmeras almas bem-intencionadas, como as do BE e do PAN, se agitem em altas ondas, aos gritos na avenida.
As esfarrapadíssimas desculpas do consórcio PR/PM sobre a não recondução da dona Joana M. Vidal levam-me a pensar em coerência, coisa em desuso entre nós.
Descontemos as tergiversações do chamado PM e dos seus áulicos mais próximos. O caso do PR é pior. Então um mandato de seis anos é irrenovável, mesmo que a Constituição não o expresse?
E o mandato do PR? Resposta: o mandato do PR é renovável uma vez, diz a Constituição. Ou seja, um mandato de 6 anos não é renovável, mas um mandato de 5 pode ser renovado. Bem sei que o mandato do PR se renova por eleição. Mas também sei que todos os PR’s da III República foram renovados e que o actual se prepara para que lhe façam o mesmo.
Convenhamos que é (seria) mais fácil (mais prático) renovar o mandato do PGR que o do PR. De qualquer maneira as “razões” do consórcio não colam, nem com o cimento da “fé” que há quem neles tenha.
6 anos é muito e 10 não é?
Às vezes, dá ideia que a Constituição é uma batata, sem ponta por onde se lhe pegue. Por isso, cada um faz dela o que lhe apetece, desde que tenha poder para tal ou, às vezes, mesmo que não o tenha.
Perante o espanto e o indignado escândalo da dona Roseta, o INE teve a lata, o culot, a ousadia, de vir dizer que o número de habitantes de Lisboa e do Porto está a aumentar.
Sacrilégio! Dona Roseta contrapõe um enorme número de razões, de relatórios, cálculos, etc.. Tem a delicadeza de não insultar o INE, ou seja, insulta-o na medida em que contrapõe as teorias do costume, feitas de preocupações “sociais” e tendentes a paralisar de novo a construção e a reabilitação das cidades e a dar cabo da existente tendência para a reactivação do mercado e para dar, ou manter, alguma ordem verdadeiramente social no mesmo.
Um conselho amigo: os inquilinos que não pagam a renda ou não vêem os contratos renovados, se forem despejados vão ter com a dona Roseta e peçam-lhe que fale com a sua bem amada geringonça, a fim de pôr o bem amado Estado social a pagar-lhes a renda ou a oferecer-lhes uma casinha.
Não digam que isto á crueldade. Crueldade é pôr terceiros a arcar com as “políticas” da dona Roseta.
Juntando os seus esforços, os dois firmes e sinceros aliados que nos dominam ganharam mais uma guerra.
Não havia qualquer partido parlamentar a pedir a não recondução da procuradora geral. Pelo contrário, nem uma só voz a pediu. Como é sabido, exceptua-se o partido minoritário que está no poder por artes de berliques e berloques. A opinião pública era, primeiro quase unânime, depois maioritária: Dona Joana devia continuar. Após mais uma campanha, tão suja como as que lhe são habituais, o PS conseguiu, mercê da mais valente de todas as alianças – a informalmente celebrada, mas fortíssima, entre o chamado primeiro-ministro e o senhor de Belém -, que o país ficasse sem a pessoa que mais dignificava a tão indignificada Justiça. Por seu lado, o PS viu-se livre de quem cortava a direito sem ter o devido cuidado com quem é quem.
A coisa é lógica. Faltava esta “reversão”, talvez – futuro o dirá – a mais importante de todas. O que Passos Coelho fez é para desfazer, sem ser preciso justificá-lo. É o caso das reformas feitas por ele em prol da meritocracia, como a fundação da CRESAP, hoje moribunda e substituída por “comissões de serviço”. No caso da RTP, a quem deu independência, mantém-se o sistema, apesar de algumas tentativas de criar zaragata: ainda não tiveram coragem para esta reversão. O Dr. Reis que se ponha a pau. E assim por diante.
A aliança Costa/Rebelo de Sousa funciona maravilhosamente. Desta vez, dizem eles, porque o “espírito da Constituição” (leia-se, a opinião do PS e do ex-professor) aponta para o do mandato único. Não aponta nada disso, mas a opinião do PS, mesmo que minoritária, é que é a boa. É o que se passou quando da fundação da geringonça: o espírito, a letra e a prática constitucional impunham que o governo fosse formado pelo partido mais votado: neste caso, o PS marimbou no “espírito”, na letra e em quarenta anos de praxe constitucional, coisa que, se não convêm, vão para o caixote.
Aprendam, rapazes, é o “espírito” da democracia em vigor.
Gostava de saber por que carga de água anda a chamada ministra da justiça a convidar os partidos para que se pronunciem sobre a ingente questão do fim do mandato da Dona Joana Marques Vidal. Ainda gostava mais de saber porque se sujeitam os partidos a tal palhaçada.
A senhora dita ministra ficou célebre quando declarou não haver qualquer possibilidade constitucional de renovar o mandato, mostrando um intragável desconhecimento do que a Constituição reza a tal respeito, quem sabe se por influência do seu esquerdíssimo marido, prof. Paz Ferreira.
Não contente com isso, lança esta campanha de “consultas” aos partidos. O que quer isto dizer? Que, afinal, a proposta de novo procurador ou de novo mandato é de sua iniciativa, não do chamado primeiro-ministro, e que será ela, não o senhor de Belém, a nomear seja quem for? Ou quererá, simplesmente, dizer que a luta sem tréguas do PS contra a dona Joana continua viva, jogando-se agora as últimas cartadas? Por trás das “consultas” não pode deixar de estar a mãozinha do senhor Costa que, com desculpas de mau pagador, não desiste de dar largas ao medo, terror, pânico que tem da dona Joana. Diria o Jerónimo que é um caso em que se aplica a sua máxima “a luta continua”.
No fundo, o lançamento da ideia da impossibilidade de um novo mandato, anunciada com os pés pela chamada ministra, deve ter sido encomenda directa do chefe, a fim de criar ambiente para a aceitação da defenestração da procuradora. O tiro saiu pela culatra: a recondução passou a ser defendida por toda a gente, como mais ou menos “compromisso” dos políticos.
Mas, atenção! A luta continua, tem ocupado as manchetes, sendo que ocupar manchetes, numa informação servil como a nossa, é uma das especialidades em que o costismo é mais eficaz. Facto é que lançar dúvidas onde dúvida alguma existia, tem tido um certo sucesso: a pressão é tal que a opinião pública começa a titubear.
Talvez o comandante da geringonça consiga livrar-se da procuradora. Do que não se livrará é da fama de correr com ela para se favorecer e descansar o partido. E, a haver um novo PGR, não se livrará de ter como principal missão a de não chatear o PS e os seus muchachos.
Grassa pela Europa fora uma onda de nacionalismo, de eurocepticismo, de contestação do euro, de soberanismo, de regresso a um passado que se julgava ser só passado. Partidos e gentes ditas de direita acotovelam-se por essa Europa fora, a ver quem vai mais longe na negação dos valores que estão na origem da União e a justificam. Apelidados de fascistas, sendo-o ou não, merecem a classificação.
Por cá está tudo de pernas para o ar. A extrema direita não reune mais que três dúzias de fanáticos pouco menos que idiotas e duas de motards de cuca e mente rapadas.
Onde grassa, entre nós, a onda de nacionalismo, de eurocepticismo, de contestação do euro, de soberanismo, de regresso a um passado que se julgava ser só passado? Toda a gente sabe: na extrema esquerda. No PC, no BE, num certo PS e nas universidades estilo Boaventura. O “fascismo”, em rigor, é o mesmo, os actores é que usam outros emblemas. A mesma postura, as mesmas reivindicações, a mesma pesporrência. Um fenómeno tão interessante quanto triste. Andamos ao contrário da generalidade dos europeus, como andávamos nos tempos da II República: temos "fascistas" aos pontapés.
Há para aí uma semana que não se fala noutra coisa que não seja o imposto Robles, impropriamente conhecido por taxa.
Mais uma grande vitória do Rio. A “taxa” Robles teria passado à história num instante, justamente classificada como mais um espernear do Bloco para afugentar a má fama que grangeou com os negócios do rapaz e com as desastradas reacções das malucas a tal respeito.
Vai daí, o estrambólico líder de umas dúzias de PSDês veio salvar a situação, alinhando na asneira comunistoide do Bloco. De tal maneira que encheu páginas e páginas de jornais sequiosos de safar o BE e dar tiros no PSD, organização cujo único crime foi o de ter posto tal patareco no galarim.
Chegámos a uma situação em que passa a ser legítimo pensar que o Rio foi uma invenção de Costa para dar cabo do PSD e segurar a geringonça.
Por ter ganho eleições, Seguro foi corrido pela desonestidade, o oportunismo e a total ausência de escrúpulos do Costa. Agora, que seriíssimas razões não faltam para defenestrar a maldição que se chama Rio, não haverá no PSD alguém que se chegue à frente a acabe com isto?
Em mais uma estrambólica declaração, o chamado primeiro-ministro veio à liça no caso de Tancos, para dizer que, a tal propósito, o governo “fez o que tinha a fazer”.
Ai sim? Então não é ao governo que compete retirar a confiança em generais que dizem que o caso não teve importância nenhuma, que se tratava de munições obsoletas e para abate? Então a desgraça de ministro da defesa que temos não andou a dizer que nem sequer se sabia se tinha havido roubo? Então a mesma criatura não meteu os pés pelas mãos nas comissões parlamentares? Então não houve ninguém que tivesse sido militarmente punido pela ausência de vigilância dos paióis? Então o governo não tem nada a ver com o assunto?
Fez o que “tinha a fazer”? Se o que lhe compete é ser incompetente, assobiar para o ar, fingir que faz sem fazer, então sim, fez o que tinha a fazer: nada.
Nada, a não ser transformar o nada em mais um sessão de propaganda que, como se sabe, é o que sabe fazer.
O senso comum de há muito lamenta a situação das classes judiciais. Juízes, procuradores, etc. passaram a ter sindicatos como os estivadores e os metalúrgicos, passaram a andar nos jornais todos os dias a defender reivindicações e exigências. No tempo da II República, apesar da vergonha dos tribunais políticos e de outras autoritárias limitações, a justiça comum funcionava, os magistrados eram dignos de prestígio e respeito, e a tal se davam.
Hoje é difícil encontrar quem os respeite e admire. A culpa é deles, pelo menos segundo a opinião generalizada. Diz o jornal que “os magistrdos podem vir a ser impedidos de integrarem (sic, o pontapé na gramática não é meu) órgãos de clubes. Parece que a brilhante ideia vem de quem manda na classe. Leia-se então: quem manda na classe acha que os magistrados que já estão em tais órgãos são suspeitos das maiores tropelias, que os clubes são organizações de malfeitores e que os magistrados que forem eleitos para tais órgãos passam a ajudantes dos ditos malfeitores ou a malfeitores tout court. Brilhante.
Pode compreender-se que, aos magistrados no activo, seja vedado o acesso a cargos executivos e/ou remunerados, em clubes ou noutras quaisquer organizações. Os que já não estão no activo são cidadãos como os demais, não se percebendo o alcance da nova tentativa de limitação de direitos.
O que acontece é que, tendo-se os magistrados desprestigiado pública e notoriamente, vêm agora com ares moralistas arranjar umas normas, ou para ingês ver, ou para se sangrar em saúde.
Mal refeito dos tiros no pé do Dr. Rio, de que ontem falei, e mais um balásio acertou no pé do PSD, disparado pelo líder da oposição que não é nem líder nem da oposição. Dando mais um sinal claro de sua rara inteligência, o indivíduo resolveu apoiar o novo imposto, dito taxa, dito Robles, inventado pela Catarina para lavar a consciência da comunagem.
Durante a longa noite sampaista, resolveu a CML oferer um palacete, ou coisa do estilo, com obras de restauro incluídas, à doce comunidade LGBTIHOFETC. Uma preciosa ajudinha para centralizar esforços na propagação das diversas modalidades envolvidas na cruzada em curso.
Daí para cá muito se tem feito com a mesma solidariedade e o mesmo amor à causa. Por isso que seja de salientar o facto de dona Rosa, ao que consta chamada “secretária de Estado para a cidadania e igualdade”, julga-se que graças às quotas, ter oferecido 50.000 euros para ajudar as prosélitas organizações que trabalham na área do endeusamento e expansão das deficiências sexuais.
Tem sido muito justamente criticada a, quase diria servil, aproximação de Rui Rio ao PS. Parece que, em nome do “interesse nacional”, Rui Rio está pronto a, alegremente, se prestar a ser bengala do PS. Nada melhor para Costa, que está muito confortável na geringonça, não lhe passando pela cabeça meter o PSD no baralho do futuro governo.
Passos Coelho ganhou as eleições, mas nem por isso deixou de ser humilhado por Costa, indivíduo sem escrúpilos, nem palavra, nem respeito pelos resultados das eleições que, escandalosamente, perdeu. Não é com uma criatura desta laia que as pessoas politicamente honestas podem contar, ainda menos oferecendo-se como cordeiro pronto a ser esfaqueado e servido, frito ou cozido, no banquete da geringonça.
Ao anular a alternância, Rio, ao contrário do que diz, não respeita o interesse nacional, nem a democracia, nem o regime, nem os apoiantes que lhe restam. Nunca fui adepto de Rio, mas jamais me passou pela cabeça que pudesse ser tão mau.
Fiel à “menina dos seus olhos”, uma meretriz chamada regionalização, apressou-se a subscrever um “projecto” de “descentralização” do PS, que deve ter entendido como primeiro passo para a alcova de tal menina. O projecto era uma asneira pegada, pôs em polvorosa os autarcas de todas as cores e, manifestamente, não tem pés para andar.
O caso da senhora PGR, que, à excepção PS, reune a prática unanimidade dos eleitores, Rio, em vez de ouvir, engrossa tal excepção! Outros casos há de seguidismo parolo, que não valerá a pena referir.
Perito em tiros no pé do PSD (organização que passa a vida a criticar sabe-se lá se por se por sadismo, se por masoquismo, se por pior coisa), Rio não pára de asnear. Convencidão, dispara a sua metralhadora política para dentro de casa, esquecido das funções para que foi eleito.
No fundo dos corações dos eleitores do PSD é capaz de ainda haver esperança nalgum golpe de génio que lhe permita denunciar a geringonça, as suas mentiras, a sua infrene propaganda, os seu malefícos e, já agora, defender qualquer coisa de positivo, novo, imaginativo, mobilizador.
Ou muito me engano, ou podem tais eleitores “esperar sentados”, como ele diz.
Ainda mal refeita do escândalo Robles, a empresária de turismo e líder política Catarina Martins pôs-se a negociar um novo imposto com o Costa e adjacentes. Nisto de criação e aumento de impostos, o Bloco é mestre. Nada a estranhar. O socialismo nunca foi de borla.
Lembram-se dos altíssimos elogios que a mesma criatura fez ao Robles quando este se comportou como um cidadão normal e fez uma jogada legítima (com o auxílio da CML) para ganhar chorudas massas ? Lembram-se do recuo estratégico e da “demissão” do camarada? Mais ou menos o que a criatura fez com o Tsipras. Quando os tipos convêm, é pô-los nos píncaros. Se deixam de convir, passam de heróis a bestas. Fácil – há sempre quem coma disto.
Solução para o descrédito do Robles e do Bloco? É a fuga em frente. Catarina quer um novo imposto sobre a especulação imobiliária: quem comprar barato e, pouco depois, vender caro, leva uma arrochada do fisco. É lógico: a rapariga também faz negócios mas é tudo a bem da comunidade, para recuperar o interior, etc., blabla. Veja-se a diferença.
O que será, na cabeça dela, o “pouco depois”? Seis meses, um ano, dez anos? O que lhe der na gana. De quanto será o “caro”? Mais vinte por cento, mais cinquenta, mais de cem? Irá perguntar qual o critério ao Boaventura ou a outro ultra-comunista? E as depesas? Contam, ou são para meter no cafofo?
Será tudo objecto do inferior julgamento da social-fascista em apreço. Ela é que manda e até está na calha para ministra dos maus costumes quando da renovação da geringonça.
A brilhante iniciativa, indiscutivelmente tomada para “limpar” a casa emporcalhada pelo Robles, não limpa coisa nenhuma, mas vai dar frutos.
O PNSantos dos Porsches deve adorar. Quem sabe se não vai comprar um Smart.
Afinal, não houve nenhuma conferência no Porto sobre as alterações do clima. Pelo menos, é o que se pode concluir consultando os media. Sei que não os li, nem vi nem ouvi todos, pelo que desde já peço desculpa se generalizo sem razão.
Ontem, por exemplo, foi uma noite de terror: nada se passou nesta santa terra a não ser as eleições no Sporting. Acho que tais eleições eram de interesse público. Mas daí até haver 4 canais de informação, durante horas e horas, a chatear as pessoas com o mesmo assunto, as mais das vezes só para pormenores sem nenhuma espécie de interesse, vai cósmica distância. É demais! Houve-os que até, se calhar todos, que aboliram os jornais da meia noite em favor dos mais ínfimos pormenores do que se passava ou não passava no estádio de Alvalade.
Quanto à conferência do Porto, nem uma palavra. Nem na TV, nem nos jornais. Não existiu? Parece que sim. Mas o politicamente correcto, o “consenso científico” universal – quer dizer, a negação pura e simples da ciência propriamente dita – impediu que tal conferência, para a informação pública e privada, tivesse direito de cidade, ou sequer existisse.
Há séculos, houve cientistas codenados por defender o que defendiam. O politicamente correcto do tempo considerava legítimos os autos de fé, a fogueira, o desterro, a prisão, para aqueles que se atreviam a negar verdades que contratriassem o “consenso científico” vigente.
Hoje, esses meios estão fora do alcance dos torcionários, pelo menos no seio da civilização. Mas há outros. O silêncio da chamada informação configura aquilo a que se pode chamar um moderno auto de fé.
Aos grupos de canalhas, proclamados cientistas, que condenaram o pensamento dos outros por pensar o que pensam, juntou-se o jornalismo que, calando, o condenou à fogueira.
Este tipo de atitude, próprio do Bloco de Esquerda e similares - igualzinho às mais conhecidas técnicas dos extremistas de direita – anda por aí a medrar. É preciso estar a pau, antes que a castanha estoure na cabeça da humanidade.
Chega ver o que por cá se passa para decidir.
9.9.18
ET. A este respeito, veja-se a manchete de há dias no "Observador". No melhor pano....
Não, não estou a falar da tropa. Os novos coronéis são civis, e até são capazes de se dizer democratas. Se estivessemos na II República seriam candidatos à da Comissão de Censura.
*
Lista para consulta e memória:
Carlos Borrego, Carlos Fiolhais, David Marçal, Filipe Duarte Santos, Francisco Ferreira, Helena Freitas, Luisa Schmidt, Manuel Sobrinho Simões, Pedro Russo e Teresa Lago.
*
São estes os altíssimos representantes da nacional-ciência que encabeçam a lista subscritora de uma carta aberta contra a conferência sobre as alterações climáticas a decorrer na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Acrescente-se esta instituição à lista, uma vez que já tratou de, por causa das moscas, tirar o cavalinho da chuva.
Pudera! Compreende-se. Eles representam a ciência verdadeira, única, indiscutível, incontornável, incontrovertível, absoluta, estabelecida, aceite, fundamental, que a todos se impõe como primeira e última das verdades. Por isso, pô-la em causa é um crime, não um crime científico, ou moral, mas um crime propriamente dito, como o negacionismo do holocausto é considerado em muitos países. Quem não está de acordo com a ciência verdadeira deve ser ostracisado, punido, calado, impedido de dizer o que pensa, negando o colossal poder do homem sobre o planeta, o Sol, a galáxia, o universo!
Mui democraticamente, mui tolerantemente, mui generosamente, cheios de preocupação com a defesa do status quo, os tipos da carta querem evitar que mentes desprevenidas sejam levadas a acreditar, ou até considerar ou discutir tudo o que contradiga a sua verdade.
Os coronéis da II República, lá nas covas onde apodrecem, estão felizes. Têm fiéis seguidores.
Não há quem, ao comprar jogo do Euromilhões, não pense no que faria se ganhasse. No meu caso, para além do que é costume – distribuir por família e amigos, doar umas massas para a solidariedade privada, etc. –, pensei várias vezes que o meu contributo para a humanidade (passe a imodéstia) seria financiar uma grande conferência internacional sobre a falácia da antropogénese das alterações climáticas. Sonhos que disso não passam, na cabeça de um teso como eu.
Bom, verdade é que,finalmente, contra ventos e marés, houve alguém, não sei quem, que tomou como boa a minha sonhada iniciativa e conseguiu espaço para tal numa faculdade do Porto. É de saudar e admirar.
Ondas de censura (propriamente dita) se abateram sobre a iniciativa. A ditadura do politicamente correcto caíu a quatro patas em cima dela, de quem a alberga, de quem a aprova, de quem pensa, um milímetro que seja, “por fora” da verdade absoluta adoptada e propagandeada por governos e organizações internacionais. A “verdade” está estabelecida e é proibido pô-la em causa. Ao ponto de se dizer que a simples expressão de ideias desalinhadas é comparável ao “negacionismo” dos proto e neo nazis. Para o politicamente correcto, não concoradar com o establishement é crime de lesa humanidade, e deve ser banido. É o dealbar de novos totalitarismos.
O terror universal sobre as mudanças do clima está em vigor, custa triliões e, o que é mais grave, põe em causa a liberdade de pensamento e da própria investigação científica, a fazer inveja ao lápis da censura da II República e dos mais ferozes regimes. Faz também lembrar outros terrores “indiscutíveis” como o das vacas loucas ou da gripe das aves, que, felizmente, não tiveram pés para andar. No caso do clima, o terrorismo “científico” vai muito mais longe, penetra na sociedade em geral e, pior ainda, convence a humanidade da “culpa” que tem nas alterações que por aí andam.
É de uma evidência cristalina que a Terra tem assistido, ao longo de milhões de anos, a inúmeras alterações das condições que afectam o clima, algumas há relativemente pouco tempo. É possível que Terra esteja a aquecer, ao seu ritmo, não ao ritmo da presença humana, como sempre aconteceu. CO2 é coisa que sempre houve, até em quantidades exponencialmente maiores, sem que a actividade humana tivesse alguma coisa a ver com isso.
Mas o universal politicamente correcto e “cientificamente” indiscutível domina, e põe em causa, sem pudor, a própria liberdade. Em consequência, a humanidade, em vez de se preparar para a eventualidade de certas consequências negativas das alterações climáticas, abandona as exigências da ecologia humana e distrai-se dos problemas previsíveis em favor da estulta pretensão de “dominar” algo sobre que não tem poder de espécie nenhuma.
Esperemos que a conferência do Porto seja ouvida. Para tal, é preciso que a cobardia mediática não a ponha no seu já tão vasto index.
Tinha muita consideração pelo senhor Manuel Carvalho, actual director do “Público”.
O seu editorial de ontem veio dar cabo de tudo.
Com carradas de razão, o articulista revolta-se contra a utilização para fins terceiros dos milhões da UE destinadas à reconstrução do que desapareceu nos incêndios de 2017. Chama ao caso “indecência”. Muito bem.
O pior é o resto. O governo fez o que todos os governos fizeram, diz ele, e exemplifica com verbas para o interior desviadas para vias que beneficiam toda a gente. Uma desculpa esfarrapada, como é evidente. E mais. Quem são os governos anteriores em causa? Os do “PSD de Passos e de Cavaco”. Ou seja, o de Sócrates, PS, ou nunca existiu ou jamais utilizou tais expedientes. O de Costa tem “desculpa”, por causa dos pecados do PSD.
Ou seja, a condenação da “indecência” tem limites. O governo PS mais não faz que seguir os do PSD que, por elementar lógica, passam a indecentes. Ou, afinal, a indecência do PS não é tão indecente como isso.
Eu sei que a imprensa está maioritariamente ao serviço da geringonça. Tem medo da geringonça. É feio, mas natural. Mas não esperava tal coisa da parte do senhor Manuel Carvalho. Diz-se que no melhor pano cai a nódoa, o que seria verdade se o pano não estivesse cheio de fibras sintéticas.