O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Pareca que a geringonça tinha sido largamente avisada pela UE, por escrito, sobre o que havia a fazer para preservar de incêndios a antiga Área de Paisagem Protegida de Sintra/Cascais (hoje Parque Natural sabe-se lá – ou sabe-se bem – porquê).
O geringoncial ministro já veio dizer que “algumas” recomendações europeias foram seguidas, sem dizer quais, o que, claro como a água pura, significa que nada ou quase nada foi feito. E a serra ardeu outra vez, com as habituais trapalhices pelo meio.
Não porei responsabilidades para cima das costas de ninguém. Não vale a pena. Isso de responsabilidades, quando têm ligações geringôncicas, são coisa que não existe no actual léxico político.
Mas, cheio de consciência cívica, permito-me solicitar aos poderes públicos que façam alguma coisinha daqui em diante. Até porque receberam a papa já feita - a que dá trabalho a pensar - por escrito, da UE.
Parece que não há outro remédio senão levar o Rio até às legislativas. Ao contrário do que seria desejável, os challengers que se propõem não valem um caracol. Um é comentador da bola, quase tão facho como a Catarina Martins, um desbocado primário. Outro, um rapazola ambicioso, todo falinhas, sem ponta de carisma. Vê-se que o sistema adoptado pelo Costa para defenestrar o Seguro, com gente desta, não funciona, de certa forma ainda bem. Uma desgraça pegada.
Os “credíveis”, ou se reservam para uma oportunidade mais de acordo com as normas, o que lhes fica bem, ou têm medo de avançar, o que lhes fica mal. Tudo indica que, a partir de 2019, vamos ter mais uma dose de quatro anos de Costa, com geringonça ou sem ela. Isto se a troica não tiver que se apresentar de novo ao serviço... e, na melhor das hipóteses, lá fica o PSD outra vez a contas com a batata quente.
Pelo caminho, Rio continuará com a sua política de silêncio cúmplice, de paixão pelos horrores da regionalização e de ausência de ideias que andem longe das do Costa/Centeno. Resultado: mais cinco anos de impostos a aumentar, com a classe média a ser aniquilada, a austeridade selectiva a funcionar em pleno, a propaganda enganadora na mó de cima, a classe baixa a ser comprada por dez réis de mel coado, um povo inteiro a ser enganado de forma relapsa (recusa de responsabilidade e julgamento) e contumaz (reincidência culposa).
Uma infelizmência, como diria a senhora do inconseguimento.
Esta história dos passes sociais tem feito correr rios de tinta. E, como acontece com a maior parte das medidas populistas, ninguém delas discordará. Se é mais barato, ainda bem. Se facilita a vida a muita gente, ainda bem. Assim pensa o IRRITADO.
O pior é o resto.
Primeiro, diz a propaganda que os descontos vão incentivar a frequência dos transportes públicos. Poucos ou nenhuns dos que, actualmente, utilizam automóveis, passarão a andar de comboio. Os que andam de comboio podendo andar de automóvel, continuarão a andar de comboio. Os outros também. Portanto, o primeiro argumento não cola.
Depois, há o problema dos que, por esse país fora, não dispõem de transportes públicos: pagarão, via impostos, as injecções de capital que o Estado fará para os que os têm paguem menos? Estará certo? Não me parece.
Finalmente, e mais importante: se se trata de passes com incidência em certos concelhos, por que carga de água não são esses concelhos a pagar? Por exemplo, em Lisboa, a CML, a abarrotar de dinheiro e a gastá-lo mal gasto, ou pelo menos sem respeito por um plano de prioridades (inexistente, ao que é dado pensar pelo que se vê), uma câmara que tem gasto centenas de milhões dos nossos euros em indemnizações pelos actos que o socialismo nela praticou – v.g. Parque Mayer/Feira Popular ou Túnel do Marquês -, uma câmara que cobra cada dia mais taxas, uma câmara que é um monstro burocrático – para dizer o menos -, não tem umas poucas dezenas de milhões para os passes? E as outras, as da área metropolitana, sem sombra de dúvida das mais ricas do país, também não têm para tal uns trocos?
E o investimento público, nesta miséria de transportes em que se vive? Se pensarmos nas intenções declaradas pelo chamado primeiro-ministro nas suas previsões orçamentias, zero! Nem uma palavra. Omissão involuntária? Uma ova. Só as bocas da habitual propaganda, entre passes e “aumentos”. Passes sim, mas só de mágica aldrabona.
Assim vão os geringonciais dias, a fazer lembrar os ominosos tempos em que o senhor Teixeira dos Santos anunciava aumentos “sustentáveis” para a função pública, um ano antes de, teso, sem ninguém que lhe adiantasse um tostão, nos pôr nos braços da troica.
Que venham os passes mais baratos. Mas que, no fim de contas, não seja tudo para bem dos pecados da geringonça, e para mal dos de todos nós.
Imaginem uma jovem rapariguinha, quiçá portadora de virginal inocência, que, por injustiças do mercado e do capitalismo de casino (como diriam o Alfredo Barroso, o Boaventura e a Catarina) se viu na contingência de ser obrigada a aceitar um emprego nos EUA como recepcionista de celebridades num cabaré, ou coisa do género, muito bem frequentada, pelo menos em termos de poder de compra.
Competia-lhe andar bem vestida, de postura algo provocatória, receber os visitantes com sorrisos marotos, beber copos com eles, dançar com eles de bochechinha encostada, dar-lhes carinho, confiança, levantar-lhe a self esteem, elogiar-lhes os feitos e a conta bancária. Isto sem que eu queira, ou saiba, a job description da pequena, a qual poderá ser mais vasta do que se presume.
Imaginem os sacrifícios que esta nobre e honrada representante do belo sexo fez, a sua permanente frustração, o ingente desgosto que a profissão lhe causava. Comovam-se com comprensão, amizade, indignação.
Mas há pior do que o acima dito. Olhe-se esta história inacreditável.
Um milionário sem escrúpulos convidou-a, depois de dançar e beber com ela horas a fio, para ir com ele até ao seu quarto de hotel, coisa de luxo, provida de jaccusi, de largas vistas sobre a cidade e de inesgotáveis facilities alcoólicas. É evidente que a nossa heroína não podia fazer ideia das malévolas e impuras intenções do canalha. Por isso, a fim de, inocentemente, desfrutar com ele das delícias do jaccusi, tratou de se despir, como mandam os bons costumes e a elegância de sentimentos. Pobre e iludida, a menina deu consigo com a erecta homenagem do fulano. Assustada por não ter para onde fugir, até porque estva nua e seria impúdico, atirou-se de bruços para a cama, sem que lhe passasse pela incauta cabecinha que ele podia tirar proveito da situação. Mas começasse por dizer que não queria, acabou por ceder aos maléficos instintos do rapaz. Sem que ele, ó pecado!, tivesse a amabilidade de usar gabardine.
Depois de tão inenarrável acontecimento, a menina pensou, pensou, e acabou, envergonhadíssima, por ir fazer queixa à polícia. Que outra solução lhe restava, que lhe restituísse a honra retro-perdida, a paz de espírito e a confiança no futuro? Como a compreendo!
Encurtando razões, via advogados de renome, acabou por se ver obrigada a aceitar uns meros trezentos e tal mil dólares, valor à época tido por suficiente para colmatar a sua ânsia de reparação. Em troca, acabou por se comprometer a não dizer nada a ninguém, a fim de salvaguardar a sua impecável dignidade.
Passaram uns oito anos. Facto é que a agora impecável senhora se achou “frágil” e menos feliz, tudo por causa dessa insuportável nódoa do passado, que a perseguia, qual stress pós-traumático. Imagina-se os pesadelos que, diariamente, a assolavam. Assim, tendo a coragem de contar ao mundo a sua malograda história, e tendo em atenção que o milionário juntou, entretanto, mais uns milhões, tratou de fazer umas exigências, não se sabe ainda de que valor. A fim, é claro, de acabar com a “fragilidade” financeira, já que a psicológica deve ser inultrapassável.
Por todo o mundo espraia-se justa indignação, o homem está a contas com uma quebra ciclópica nos seus rendimentos, a nova moral lança sobre ele o seu anátema, o Direito verga, os jornais vendem.
É triste ter de voltar à monumental trapalhada, ou trapalhice, da história de Tancos. Mas, ouvido o que ouvi, ontem, na RTP, não tenho outro remédio.
Duas coisas a sublinhar: a condenação sumária de uns e a absolvição sumária de outros.
Começando pelos absolvidos, hemos de convir que esses, os principais responsáveis, estão (continuam) acima de qualquer responsabilização. O primeiro é o chefe da Polícia Judiciária Militar, não o coronel que está preso mas o chefe propriamente dito, isto é, o chamado ministro da Defesa, cujo brilhante currículo envergonharia o mais desavergonhado. Se o responsável é este pacóvio, porque há-de ser ignorado nas críticas dos críticos? E o chefe dele, o condotieri do chamado governo? Esse sacode, como sempre, a água do capote, sendo que tem transformado o Estado num mar de incompetência, de oportunismo e de propaganda desonesta? Também fica de fora? E o senhor de Belém, seu relapso apoiante, não dá por nada?
Dos condenados pelos críticos, há que dizer que têm alguma, ou muita, razão, quando dizem que fizeram o que a segurança do país mais precisava: a colocação a salvo das armas roubadas. Terão ultrapassado o que seria tolerável, mas o resultado final foi positivo. A PJ, jugo que sem culpa própria, não descobriu coisa nenhuma, não recuprou arma nenhuma. Terão aqueles “perdoado” ao gatuno? Parece que sim. Um caso de delação premiada, coisa que o Estado e a Justiça já praticam, como no caso do Bataglia, lembram-se? Onde está o nefando crime destes militares? Ilegalidade, com certeza, crime, onde?
Não é sem consequências que o governo e o senhor de Belém aguentam sem uma palavra os generais que mentiram – por exemplo no caso das munições “obsoletas” – e que se escondem por aí sem uma palavra. Um deles chegou ao ponto de demitir um comandante porque o homem elogiou um dos grandes heróis fundadores da democracia. E lá continua, com o apoio implícito de PR e PM. As consequências estão à vista de toda a gente. Como nos incêndios, a responsabilidade morre viúva.
Querem que a tropa, ofendida e menosprezada pelo governo e por inaceitáveis chefes, esteja bem organizada, cumpridora, silenciosa e obediente, ou que dê sinais de incómodo perante a palhaçada que a comanda? Isto, enquanto os seus, e nossos, mais altos responsáveis continuam irresponsáveis e irresponsabilzados?
Foi o que vi ontem na RTP.
Aqui ficam os meus respeitos ao coronel prisioneiro.
Passos Coelho, apesar de ter ganho as eleições legislativas, não teve espaço parlamentar para que o seu partido fosse governo.
Mas foi capaz de muitas coisas importantes para a democracia, para o regime e para os cidadãos. Nas alterosas ondas da crise que a bancarrota socialista tinha causado - qual Lehman Brothres, qual carapuça! – Passos Coelho foi capaz de transformar o regime no que respeita à transparência e à verdade que é devida aos cidadãos, mesmo quando é feita de más notícias. Foi capaz de manter o estado social a funcionar, mostrando que não é só o dinheiro ou a sua falta o que conduz à eficácia (o estado “social” da saúde nos nossos dias prova-o à saciedade), o mesmo se podendo dizer em relação à educação que, em quatro anos, conheceu os que foram os seus melhores tempos - hoje totalmente destruídos em mares de trapalhadas. Foi capaz de “independentizar” a TV pública. Foi capaz de pôr a funcionar a PGR e de a tornar na única instância da Justiça com algum prestígio público – hoje em vias de extinção. Foi capaz de passar de uma fase de contracção económica para uma trajectória ascendente. Foi capaz de baixar o défice orçamental no triplo do que três anos de geringonça conseguiram. Foi capaz de pôr o desemprego no caminho da queda. Foi capaz de não ceder às exigências dos poderosos do tempo do PS.
Mas, politicamente funesta consequência de uma golpada parlamentar, viu outros aproveitar o caminho que tinha aberto, e usá-lo para engordar as clientelas e reforçar a omnipotência de um Estado hoje dominado por “elites pagãs” em relação à democracia liberal, num alarde propagandístico e enganador a cuja habituação, desgraçadamente, muita gente primariamente adere.
Hoje, que o poder instituído (PR+PM, com PS e comunistas) se reclama de inexistentes “princípios”, talvez não fosse mau recordar que o princípio histórico, realmente existente nos quarenta anos da III República quanto à formação dos governos, foi aniquilado por Costa, com o actual indefectível apoio de Marcelo.
Diz-se que quem torto nasce tarde ou nunca se endireita. Perante o que se passa, quem tenha dúvidas em relação ao popular dito, o melhor é tirar a cabeça da areia.
Em boa hora, o professor Cavaco Silva veio pôr os pontos nos is. A história da substituição da PGR é, pelo menos, estranhíssima, como ele disse.
Não haverá uma só alma em Portugal que não saiba quais foram as razões de tal substituição. Até os que a apoiam sabem os porquês e, ou gostam, ou compreendem, ou se calam ou, ainda, defendem a coisa com unhas e dentes, como essa desgraça em figura humana que veio dos Açores para dizer patacoadas com o ar mais sério deste mundo. ~
Haverá algum português que ache que a senhora foi substituída por causa dos “princípios” do chamado primeiro-ministro ou dos do senhor de Belém, tanto um como outro metidos até ao pescoço na possibilidade constitucional da renovação, em que votaram? Se há algum princípio que foi seguido, foi o da incoerência, não o contrário.
Posto isto, de volta ao Professor Cavaco. O mérito das suas tão sérias e justas palavras, para além delas, foi o de, quiçá pela primeira vez, ter posto o senhor de Belém a dar à casca. E de que maneira! Primeiro, enfiou a carapuça até ao pescoço. Cavaco tinha, delicadamente, posto as culpas para a geringonça. O senhor de Belém, em vez de não se meter, resolveu ofender-se e ripostar com desculpas de mau pagador. Mais. Ao mesmo tempo que dizia que jamais criticaria um seu antecessor, nem um seu sucessor (promessa vitalícia e solene), atirou-se a quatro rodas contra o seu antecessor.
Perdeu a cabeça, a displicência, o savoir faire, a urbanidade, a altura, a atitude. Já agora, perdeu totalmente o “sentido de Estado” que reclama contra o outro. Nunca criticou nem criticará colegas ex ou futuros presidentes, diz ele, mas, à primeira estocada, dá à casca que nem uma peixeira, uma gaja das selfies ou uma do mitu.
No meio do mar de notícias sobre a história de Tancos, uma avulta, e avilta. É a da olímpica atitude da maior anedota de todos os tempos em termos de personalidade ministerilizada. Falo do extraordinário ministro da defesa, o qual, por caridade, há quem diga que não existe. Como, em relação à geringonça, o IRRITADO não tem caridade nenhuma, acho que a anedota existe mesmo, não sei se para nossa desgraça se para divertimento de quem gosta de degradação do cómico.
Os distintos órgãos que nos informam andam a acusar este e aquele de culpas que os tribunais julgarão. Mas o artista de ópera bufa a que este post se dedica é, geralmente, posto a salvo. Poucos se lembram de dizer que é ele quem chefia, directamente, a Polícia Judiciária Militar. Não há generais pelo meio, não há qualquer intermediário que pudesse, ou devesse, arcar com as culpas do já confesso esquema de recuperação das armas e munições roubadas e devolvidas. O mínimo que se pode dizer é que o tal tipo, tido por ministro, já devia estar em casa a lavar a roupa, ou noutra tarefa com alguma dignidade.
Diz quem é amigo doindivíduo que o dito tem desculpa. É que, fiel à reiterada política governamental, recebe ordens para não dar por nada, fingir que não tem responsabilidade de espécie nenhuma, jamais se demitir, jamais sequer sugerir que tem alguma coisa a ver seja com que assunto desagradável for. Que diabo, o fulano cada vez que abre a boca é para dizer os mais ridículos disparates. Nunca fez outra coisa e continua no poleiro! No fundo, segue o exemplo, ou as ordens, do chefe Costa, aquele que precisou de levar um raspanete do PR para pôr na rua uma ministra - infeliz, coitada, que nem tinha tido férias. De resto, se nunca ninguém viu o chamado primeiro-ministro assumir fosse que culpa fosse, fosse que falhanço fosse, confessar a mínima escorregadela, o mais ligeiro pecadilho, pedir desculpa por faltar à palavra, que mais dourado exemplo havia o jagodes da defesa de seguir?
Mas eu não sou amigo da criatura, nem do Costa, nem da geringonça, nem de nada nem ninguém que tenha a ver com tal coisa. Por isso, acho que o homem não tem desculpa nenhuma por não se ter ido embora de livre vontade.
Nem desculpa, nem vergonha, nem outras coisas que não sou suficientemente mau para dizer.