O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Toda a gente sabe que a nova lei de bases da saúde, como muitas outras leis de bases, ou não vai servir para nada, ou vai pôr tudo ainda pior. Adiante. O que se passa é que, enquanto a saúde pública se afunda a velocidade acelerada, nada melhor que entreter o pagode com um bom espantalho.
A poderosa esquerda tem um só objectivo que tem tanto a ver com saúde como os joelhos com as calças: acabar com o que funciona e é viável, e privilegiar o que não funciona e está arruinado. É simples, prático, e consola o ego da comunagem, PS incluído via loirinha oxigenada da “saúde”.
Parece que o senhor de Belém está a fancos. Num estrebucho de bom senso resolve meter a colherada e dizer que quer consensos, isto é, que quer que a direita seja ouvida, a fim de que a desgraça não seja tão grande como é de temer. Muito bem.
A seguir, ouve-se, pela vozinha de uma tal Jamila (será berbere?), o PS a pronunciar-se oficialmente sobre o assunto, com esta espantosa e inteligentíssima interpretação: o que o senhor de Belém disse destina-se a pôr o PSD nos varais. Por outras palavras, que o PSD consensualize, aceitando o que a esquerdalhada quiser.
Eis como se vira o bico ao prego, como se é desonesto, como se abusa das pessoas.
Em gigantescas parangonas, diz o jornal que Portugal vai enviar tropas para a Venezuela. A coisa é repetida nos telejornais. Em demonstração de indomável força, certamente por inspiração dos nossos egrégios avós, a grande nação lusa propõe-se derrubar o tirano! Pelo menos é o que a “informação” fez de uma declaração do admirável ministro da defesa que a geringonça nos deu em substituição dessoutro herói que dava pelo nome… Que chatice, já não me lembro do nome, só das asneiras.
Trocadas as coisas por miúdos, o que o infeliz Cravinho queria dizer com "tropas" era que ia mandar meia dúzia de polícias, para “apoiar” os portugueses e ex-portugueses residentes no império do tirano Maduro - que não há meio de cair de maduro, ou de podre.
Não se percebe lá muito bem o que poderá fazer tal meia dúzia para dar assistência aos apregoados 400.000, ou 300.000 -depende do gosto dos “jornalistas”- portugueses ou “luso-descedentes” que por lá vegetam.
Mas a geringonça não é de modas. Transformar 6 polícias em “tropas” é coisa que lhe está na massa do sangue. É como os fabulosos investimentos para os próximos duzentos anos, ou a descentralização, ou as formidáveis reformas da saúde. Neste tipo de promessas, parece que aprenderam com o Maduro.
Um impoluto cidadão andava no Largo Camões a contemplar o poeta, muito sossegado e prazenteiro. À sua volta, inúmeros turistas passeavam, distraídos e contentes. A fim de se tornar útil, e de receber os turistas como um verdadeiro português, resolveu o nosso homem meter conversa com eles. Que melhor maneira de o fazer? É claro, dando-lhes acesso a alguns produtos de ponta da nossa indústria. Não, não eram ovos moles, nem queijadas de Cintra, mas coisa mais requintada e atraente: haxixe, marijuana e similares.
Como consequência de tão louvável atitude, um grupo de polícias ao serviço do politicamente incorrecto, decidiu, no cumprimento de legislação a que está obrigado, legislação estúpida, fora do seu tempo e evidentemante injusta, impedir o impoluto cidadão de prosseguir a sua meritória acção comercial e de boas-vindas.
Abordou-o, dizendo que entregasse a mercadoria (exploração do povo!) e intimando-o a ir à esquadra explicar as suas nobres acções. Mas o impoluto cidadão, como é compreensível, resistiu à mais que injustificada e desproporcionada intervenção. Como um verdadeiro herói, desatou a espernear. Opôs-se honradamente à intervenção de tais díscolos, o que já não era a primeira vez que, coitado, lhe acontecia no execício do seu honrado comércio. Os polícias, prenhes dos mais violentos instintos, responderam-lhe à esperneação pondo-o no chão e ali o imobilizando, assim o privando da sacrossanta liberdade que a Constitução garante a toda a gente. Um horror. Calcule-se que lhe tiraram a mercadoria, apesar de já primorosamente doseada em pequenos pacotes a fim de evitar a especulação, facilitar o transporte e evitar que a clienteala gastasse mais dinheiro do que o razoável
Mas não havia nada a fazer. Os polícias puzeram-no de pé e levaram-no, algemado!, para a esquadra.
A população, indignada, filmou a cena. O povo viu a coisa com horror e indignação, e apressou-se a meter o caso no ciber espaço, o que teve, e ainda bem, consequências “virais”.
Acresce, de longe, a mais importante das ignomínias: o prisioneiro era preto e, como diz o bloco de esquerda e organizações afins, em pretos não se pode tocar. Se o traficante fosse branco, enfim, compreender-se-ia, mas um preto, meus senhores, é racismo ao cubo!
Segundo o douto parecer da dona Ana Gomes - ínclita figura da nossa diplomacia, desagradável investigadora do PE, frequente comunicadora televisiva, senhora afirmativa e desapiedada - um tal Pinto, hacker consumado e muito conceituado na facho-democracia magiar, ao penetrar na correspondência, e não só, de terceiros, não lhe dá direito ao título de denunciador, ou bufo, ou queixinhas, muito menos de usurpador ou de ladrão. Pelo contrário, dona Ana chama-lhe “lançador de alertas”, e classifica, entusiasmada, as suas actividades como nobres, necessárias, louváveis, merecedoras de encómios vários, comparável, aliás, com outros heróis, tais o senhor Snowden, aquele sargento que agora é sargenta, o refugiado na embaixada de um país dado ao comércio de estupefacientes, o tipo da uiquiliques e , cereja no bolo, sindicatos de jornais muito preocupados com a moral pública e com as vendas.
Isto coloca algumas dúvidas, sobre as quais já não é a primeira que o IRRITADO se pronuncia. O princípio geral do sigilo da correspondência passou a coisa velha, relha e fedorenta. Em tempos, quem quisesse abrir a correspondência de outrem munia-se de uma panela a deitar vapor de água para derreter a cola, uma faquinha fina e um discreto tubo de outra cola para restaurar o envelope. Por mais nobre que fosse o objectivo de quem o fizesse, podia ser preso por isso, e jamais o acto podia ser invocado como prova fosse do fosse. A não ser, claro, que fosse objecto de mandado judicial. Hoje, é o contrário. Mandam os milhões as anas gomes deste mundo, ferozmante acompanhadas pela imprensa “de referência”, que tais actos sejam tidos por morais, incensados pela opinão, amados por governos e ONG’s, lambidos por alcoviteiros, usados em juízo, esgrimidos por comentadores e por políticos de vários credos, ao mesmo tempo que as mesmas gentes e as mais diversas autoridades lançam campanhas para a defesa da privacidade, a protecção de dados pessoais e outras vertentes da vidinha de cada um.
A bota está longe da perdigota. Os fins passaram a justificar os meios, desde que tal convenha à “opinião correcta”.
É certo que não poucos merecedores de crítica, de alarme social e até de graves penas, têm sido apanhados por obra e graça dos hackers. O que, por um lado é sinal de incompetência de polícias e afins, por outro da “evolução” da moral pública. Admitir-se-ia que as autoridades judiciais, perante indícios, suspendessem o sigilo e contratassem especialistas para se intrometer na correspondência de terceiros. Desde que, é claro, hackers não mandatados, fossem perseguidos e condenados. Mas a moral dos tempos é outra. Bufos, denunciantes anónimos - portanto irresponsáveis – tudo minha gente serve para invadir o que se diz defender, a privacidade, os dados, o que lhes der na realíssima gana.
O mundo é outro, a tão apregoada “ética” não existe, os “bons”, mesmo que bandidos e ladrões, são livres para sujar os “maus”, desde que tenham lama que chegue. Colaboradores e adeptos do big brother há por aí aos pontapés, só lhes faltando um monumento, tipo Arco da Rua Augusta: Virtutibus hackerem ut sit omnibus documento.
A geringonça anunciou, orgulhosa, que as dívidas em atraso do SNS aos farmacêuticos se situa na ordem dos 500 milhões de euros. Em abono da verdade, reconheça-se que se trata só de dívidas “farmacêuticas”. Das outras não se sabe, ficaram no tinteiro.
Quando um governo sa gaba de coisas destas, temos tudo de pernas para o ar. E, a continuar a geringonça, certo é que será cada vez pior.
Se o racismo é pouco, há que criá-lo e alimentá-lo. Se não se empolar, generalizar, propagandear, não vai funcionar.
Um vídeo de um pormenor de uma acção policial (os operadores de câmara só filmaram um bocadinho do fim da coisa, esquecendo o princípio, a causa, que continua no segredo dos deuses) inculca na cabeça das pessoas e, desgraçadamente, na estupidaz mediática, que houve uns polícias que, de seu livre alvedrio, desataram à porrada a uns cidadãos de origem africana. As almas puras, preocupadas com o caso, desataram a excitar a indignação das massas, diga-se que com notável sucesso. Se os agredidos fossem da cor dos europeus, fiaria mais fino. As mesmas almas considerariam que houve desacatos aos quais a polícia respondeu com “proporcionalidade”. A coisa atingiu reacções estratosféricas, mas as desordens que se seguiram foram menos ordinárias que o palavreado dos pretensos indignados, que viram naquilo um pèzinho para as mais extraordinárias acusações. Ao ponto de um tipo conhecido por primeiro-ministro descobrir que a oposição está preocupada com o seu “tom de pele”. Ao ponto de responsáveis(?) políticos do BE tomarem conta da trapalhada, a fim de conquistar uns votinhos.
Nunca, em Portugal, houve políticas descriminatórias. Mesmo no tempo da II República a doutrina oficial era a da “sociedade plurirracial”, funcionasse ou não. Só agora parece havê-las. O fosso é social e cultural, sejam as pessoas pretas ou brancas. Como em todas as sociedades humanas, há quem não consiga ultrapassar os limites em que nasceu, como há o seu contrário. Inúmeros rapazes e raparigas, pretos e brancos, na sua maioria estudantes, se entregam a pequenos empregos para ajudar a custear os seus estudos, com o objectivo de, honestamente, saltar os muros sociais e culturais em que o passado os colocou. Outros há que se entregam à sua circunstância e preferem o ódio e a cizânia a fazer os possíveis para melhorar a sua vida.
É verdade que nada justifica a existência de bairros como o da Jamaica. Mas, mesmo aí, muita gente há de origem africana que não é desordeira, nem odienta, que vai fazendo pela vida, mais do que queixar-se ou entrar na marginalidade social ou política que o Bloco de Esquerda, repositório de ódios vários, alimenta e protege. Num mercado de trabalho onde a oferta é bem maior que a procura não é aceitável que tantos se queixem de falta de trabalho em vez de se queixar de falta de vontade de trabalhar.
Esperemos que os acontecimentos sirvam para despertar vontades mais justas, produtivas e sérias que as do Bloco de Esquerda ou do chamado primeiro-ministro.
Há quase vinte anos fiz uma memorável viagem, de carro, de Erevan, na Arménia, até Tbilissi, capital da Geórgia. Cruzar as montanhas do Cáucaso foi algo de inesquecível. Tal viagem não é, porém, o tema deste post. O tema é a corrupção instalada, organizada e oficial, ou oficiosa.
Tínhamos um motorista arménio, que conhecia as estradas,melhor dizendo, as picadas. Depois de atravessar a fronteira – uma cena do mais ridículo – começámos a ser mandados parar por inúmeros polícias. O nosso motorista, disciplinadamente, saía do carro e ia pôr umas notas na mão deles, o que, vim a saber, estava inclído no preço do transporte. Voltava para o carro sem dar satisfações, e seguia viagem. Não nos metemos no assunto. Num dos dias em que estivemos em Tbilissi fomos jantar com uns políticos locais. Uns copos depois, enchi-me de coragem, virei-me para o tipo que estava ao meu lado, um importantão local, e contei-lhe a história da viagem e das gorgetas aos polícias. Ao que o homem respondeu que tínhamos feito muito bem em pagar e não bufar, uma vez que o chefe da máfia das gorgetas era o ministro do interior. Se não pagássemos, o mais provável era desaparecermos sem deixar rasto. Uma lição de prudência, como se vê.
Vem isto a propósito das facturas das messes da Força Aérea. Dizem as testemunhas que os maiores beneficiários da tramóia eram “os generais”, não sei se todos se só alguns. A coisa estava estabelecida, regulamentada, e parece que a distribuição de de rendimentos era feita de acordo com as divisas, os galões e as estrelas de cada um, depreende-se que do cabo ao general.
Longe de mim afirmar que este jardim tem alguma coisa a ver com a Geórgia de há vinte anos. Mas lá que há “pontos de contacto”, há. Dizem o mesmo das bruxas.
Foi um vê se te avias ouvir ontem a dona Mortágua, ou uma delas, tão sinistra uma como outra, defender com unhas e dentes a tirania venezuelana, uma organização digna de nota, muito preocupada com o bem do povo, com o progresso, com o socialismo “bolivariano” e submetida aos ditames, aos ataques, às sabotagens do imperialismo americano, coisa que deve merecer a repugnância de todos nós. É verdade que a mulher referiu que o usurpador tinhe feito algumas asneiras, mas nada que tocasse na dignidade do regime.
É assim, meus amigos. O socialismo radical jamais foi culpado fosse do que fosse. Espalhou a miséria, a doença, a fome, a corrupção sempre que teve poder, mas a culpa é do “imperialismo” da “democracia burguesa” e de outros negeregados fantasmas, como a NATO ou a União Europeia, pasto de políticas de direita e de incompetências várias.
Já sabíamos disto tudo, mas é sempre bom ver confirmado o que pensamos do Bloco de Esquerda.
Julgo que ontem fiz-me eco da revolta, ou irritação, que me causou uma escrevinhação aparecida no público pela mão de uma tal Lopes, Ana Sá Lopes. Acusava a dita a privatização dos CTT de ser uma “tragédia”, mais um “crime” cometido por Pedro Passos Coelho. Por quem havia de ser? Só que, vistos os arquivos, quem assinou tal privatização foi o camarada Pinto de Sousa, dito engº Sócrates, a mando da troica.
É claro que, para o IRRITADO, tal privatização foi um bem inestimável, uma paragem na degradação de mais uma empresa pública. Mas, pelos vistos, para quem acha que foi um “crime”, só pode ter sido cometido por Passos Coelho.
O ódio gratuito do socialismo militante tem destas coisas.
Quando vi anunciado que ia acabar aquela coisa a que chamam, sabe-se lá porquê, “Quadratura do Círculo”, desatei aos foguetes. Finalmente, ia livrar-me daqueles três marretas, das catlinárias proto-marxistas do Pacheco, das inanidades socialistas do Coelho, da bonacheirice pacóvia e dos cuidados do Xavier para não ofender a geringonça e, claro, das intromissões mais ou menos idiotas do “pivot”.
Baldada esperança. Tive que apanhar as canas, apesar de os foguetes terem saído chochos. Veio a época da abertura dos mercados, os artistas foram transferidos a grande velocidade, não se sabe por quanto. Da SIC, foram para a TVI, onde continuarão a sua campanha, bem disfarçada, de publicidade à geringonça e de feroz perseguição aos demais.
Não foi desta que nos livrámos de tal gente. Aguenta, aguenta, como dizia o outro.
Que eu saiba, os CTT já não tratam de telégrafos nem de telefones, mas continuam a chamar-se CTT. Hoje, residualmente, continuam a tratar de correios, a que acrescem encomendas, logísticas, depósitos e empréstimos, entre outros serviços. Os correios tradicionais estão pelas ruas da amargura, substituídos que foram por emails e outras macacadas e modernices. Uma chatice.
Como é evidente, para manter a empresa, necessário foi encurtar um sem número da lojas e lojecas sem movimento que justificasse a despesa.
Havia outras actividades, muito úteis para muita gente: cobranças, recebimentos e outras operações de que ainda muita gente depende e que prejudicavam uma profunda reorganização. O simples fecho das lojas era problemático. Daí que se tenha chegado a isto: a empresa recebeu, ao ser privatizada, 2317 pontos de acesso, dos quais 68 eram lojas. 55 foram fechadas, perante a indignação de muitos utentes e dos estatistas de serviço. Em compensação, os CTT criaram nada menos que 66 novos postos, elevando o total, postos mais lojas, para 2383.
É evidente que o serviço prestado não só se manteve como se alargou. Mas isto, dizem certos utentes e os estatistas, não serve para nada. Dando foros de desgraça nacional ao que se está a passar, desataram aos gritos, que é preciso “reverter” a privatização. Como o caso pouco ou nada tem a ver com a qualidade do serviço, apenas com a transformação que os tempos impõem, a tal reversão (nacionalização) não passa de opção ideológica, como diria a chamada ministra da saúde cheia de parva jactância.
Como no caso da saúde, aqui temos um exemplo do que os estatistas - socialistas, comunistas (do BE e do PC), e de uns resíduos fascistóides são capazes de fazer. Que interessa a saúde, ou, na matéria em apreço, os CTT, se o que está em causa é engordar o Estado, a bem da cartilha? A sociedade que se lixe e que coma ideologia, de preferência com batatas.
Duas adendas:
1 - Um artigo de uma tal Lopes, figura de proa do “Público”, no meio de vários pontapés na gramática fala de “tragédia”, de “desertificação”, da aplicação de “critérios totalmente repelentes”, de “crime” (de Passos Coelho, de quem havia de ser?), de “agravamento das desigualdades”, de “forma gulosa e selvagem”. No que dá o aumento dos postos de atendimento dos CTT na cabeça da criatura! Só falta dizer que o maior número de postos de atendimento dos CTT é pior que o terramoto da 1755.
2 - Devo dizer que, antes da privatização, tinha uma caixa do correio à porta. Hoje não. Levantava registos a 500 metros de casa, agora levanto-os a 1.500. Não, não sou masoquista, só defendo o que merece ser defendido e condeno o que deve ser condenado.
Afinal, parece que essa história das lâmpadas de Loures foi mal contada. A coisa era toda legalíssima, transparentíssima, seriíssima, não havia favores, nem casquilhos, tudo na maior, devidamente registado e acima de qualquer suspeita. Calcule-se que o camarada Bernardino presidente pediu três orçamentos para tudo, e que, por feliz coincidência, as propostas do Bernardino genro eram, por definição e feliz acaso, as mais baratas. Foram, ptanto (como costumas dizer), a inevitável e legitimíssima escolha da Câmara de Loures.
O IRRITADO outra coisa não pode fazer senão pedir desculpa pelo post em que, com base em ilegítimas fake news propaladas por fascistas, insinuava favorecimentos que nunca existiram. Tiro-te o chapéu, ó camarada!
Por outro lado, não posso deixar de aceitar, e elogiar, ptanto, a circunstância, verdadeiramente excepcional, de teres um genro que, é certo que em nome individual e, ptanto, à revelia da tua influência ideológica, se permite ter negócios, dando fôlego ao negregado capitalismo que, desgraçadamente, até nas tuas hostes familiares penetra.
É assim, meu caro, até nos redutos mais ortodoxos da tua praça, entra gente que não se resume a ser trabalhador por conta de outrem, nem a ser sindicalista, funcionário público ou trabalhador num dos centros de actividade do teu partido.
Calculo, e admiro, a capacidade de sacrifício que te anima, ao admitir tal indivíduo no seio da tua família. Imagino o desgosto, quase diria o desespero que, ptanto, que te avassala a alma e te prejudica a coerência.
As minhas desculpas, a ti, ao Bernardino presidente e ao Bernardino genro.
A história do genro do Jerónimo é de partir o coco. Então não é que o camarada coreano do Norte, Bernardino Soares de seu nome, resolveu contratar o tal genro para mudar três lâmpadas e dois casquilhos na Câmara de Loures por 11.000 euros? Não deve haver um só português – ou portuguesa, em novilíngua – que, por tal preço, não mudasse vinte lâmpadas e uma dúzia de casquilhos.
Tenho uma enorme pena do Jerónimo. O homem esperneia que as notícias a tal respeito são manobras do anticomunismo primário. Nem o IRRITADO, que é anticomunista primário, secundário, terciário..., se lembraria desta.
A fim de aliviar a consciência do Jerónimo e do partido bolchevista, aqui fica, de borla, um conselho amigo: o camarada Jerónimo deve dizer, primeiro, que o genro não é ele e que, ele, Jerónimo, quando muda lâmpadas, o faz a cinquenta cêntimos cada, devidamente declarados no IRS; em seguida, fará uma investigação psico-política e concluirá que o genro, no fundo, é um infiltrado do CDS, pior ainda, do Aliança, pior ainda, tem uma moto e cabelo rapado; sobrará a questão do Bernardino, o coreano do Norte, que mais não fez senão cair numa armadilha colocada no seu caminho pela reacção. Toda a gente acreditará, como acredita no anticomunismo primário das notícias, e o problema ficará resolvido.
O BE não se safou dos negócios do Robles, não tem na gaveta os negócios da Catarina? O chefe do PS não passa entre os pingos da chuva dos andares comprado por xis às velhinhas e vendidos por xix2, não anda feliz com as vendas subfacturadas e as compras maradas de imobiliário?
Aprenda, caro Jerónimo. Você não tem culpa nenhuma. Se a extrema esquerda e o Costa não têm nem nunca tiveram culpa fosse do que fosse, porque raio anda você tão preocupado?
Como é do conhecimento da plebe, tem havido uma debandada geral de administradores, directores, médicos, etc. nos hospitais públicos. Gente que se cansou de aturar a miséria em que a saúde pública se encontra passados que são mais de três anos de “gestão” da geringonça. A plebe sabe porquê: o dinheiro foi gasto a comprar clientela e votos com sacrifício dos doentes, gente de somenos, que não tem capacidade reivindicativa. Uma minoria desprezível. O tiro acaba por sair pela culatra, uma vez que as clientelas afinal querem mais e desataram a fazer exigências e greves por todo o lado. Insaciáveis, como é típico de quem não pode ser despedido, de quem tem privilégios vários, como ADSE e não só. A geringonça deu-lhes a mão, agarraram-lhe o pé.
No caso da saúde pública, o ministro, um incapaz como os demais, acabou por cair. Veio esta loirinha ultra ideológica, que também não sabe o que há-de fazer. Vai daí, a sua geringoncial inteligência pensou, pensou, e resolveu mostrar que manda. Como? Defenestrando nada menos que 15 presidentes de hospitais públicos sem,sequer, dar satisfações. É de presumir que vão mais a seguir. Esta leva de “despedidos” deve ser só um aperitivo, quem está a seguir? Mais se presume mais serão ou substituídos pelos inevitáveis boys, ou parceiros ideológicos de vária ordem. Olhem o que aconteceria se a genial criatura tivesse poder sobre os privados: fechava-os a todos, por incompatibilidade ideológica.
Entretanto, o ministro das das finanças continuará, sereno e sorridente, de braço adado com o Costa, a gabar-se dos resultados financeiros obtidos à custa dos doentes e de outros que não têm sindicatos nem são penduras do Estado, ou seja, não chateiam nem podem chatear, e até são capazes de votar.
Subitamente esquecida a pátria albanesa e o grande Hoxa, postos de lado os ensinamentos de Marx, Trotsky e Mao, eis que surge o novo Bloco de Esquerda, rejuvenescido, aggiornato, democratizado, quem sabe se social-democrata.
De extrema-esquerda, nós? Que ideia, disse aos jornais, indignada, a dona Catarina. São calúnias, manobras da direita, do fascismo, do trumpismo, gente que nos quer empurrar, fazer sair do quadro da democracia pluralista, do institucionalismo que nos move, nós, socialistas democráticos como o PS. Onde pode chegar a lata dessa gente!
Populistas, nós? Que ideia, disse aos jornais, indignada, a dona Marisa. Eu até costumo votar no PE lado a lado com a minha querida Marine, como toda a gente sabe. É uma questão de sentimentos democráticos, não de irmandade ideológica. Não, não somos populistas, isso são atoardas de fascistas, falocratas, dos salvinis deste mundo, nós somos democratas da mais fina estirpe, nós dizemos que é preciso aumentar a despeza, porque, como muito bem disse a camarada Mortágua, sabemos onde está o dinheiro, é só ir lá buscá-lo, e pronto. Populismo, isto? Só na mente arrevesada de ultramontanos ignorantes e mal intencionados!
Pois, dizia Solnado da sua prima Irene, que gostava muito de dizer coisas. O que leva tais e tão sinistras criaturas, sem mais nem menos, a dizer estas aldrabices? É fácil. São exercícios de aquecimento para a grande jornada da entrada no governo do camarada Costa depois das eleições. Não, não vai haver acordos como os da geringonça, o que vai é o camarada Costa pôr as senhoras no poder! Para tal, dadas as tendências de direita de tal senhor, o que é preciso é convencê-lo que o BE nada tem a ver com a extrema esquerda nem com populismo. Assim, será muito mais fácil levar a Catarina a ministra dos costumes (ela é que tem o catecismo), e a Marisa aos negócos estrangeiros, que disso sabe ela.
Interessante, esta jogada. O padrinho Nunes já disse que até as deixa dar uma voltinha no Porsche.
Os militantes, eleitores e simpatizantes do PSD estão em dívida para com Luís Montenegro. Isto se é verdade que Rio reconheceu as razões dos seus críticos, prometeu oposição feroz a Costa e garantiu mudar de “estilo”, como dizem alguns jornais.
Não sei se vai a tempo, ou se tem vontade para isso. Se utilizar contra Costa a mesma ferocidade que usou contra o seu companheiro Montenegro, talvez as coisas melhorem, talvez o PSD consiga ir um pouco mais longe, isto é, sair do estado a que Rio o reduziu. Se tiver alguma ideia que não seja a de servir de bengala ao socialismo, que a diga. Se for capaz de perceber que os seus opositores no partido não são o seu principal adversário, nem querem dar cabo da alternativa que o PSD podia ser, quem sabe se unirá os militantes. Se quiser entender que foi ele quem criou, por omissão, incompetência, mania da perseguição, inutilidade política, teimosia infrene ou preguiçosa, a discórdia partidária, talvez haja (ainda) alguma maneira de sair do buraco onde se meteu e ao partido.
Em suma, se Montenegro conseguiu, com o desafio lançado, sacudir o adversáro e pô-lo a trabalhar e a entender que o país é mais que o Porto, é possível que tenha criado um novo Rio e gerado alguma esperança.
Muito se tem falado na “reforma” do arruinado Serviço Nacional de Saúde, isto é, do serviço de saúde que o PS arruinou.
O Largo do Rato nomeou uma comissão de sábios socialistas, chefiados pela dona Maria de Belém, para fazer o salvífico plano da coisa. A senhora apresentou o produto da encomenda às esquerdíficas autoridades partidárias, as quais tiveram oportunidade de, com merecido gáudio, o deitar para o lixo sem mais explicações, considerações, discussões ou conversações. É que, parece, a dona Maria faz parte de uma espécie que urge extinguir, ou seja, a espécie soarista, coisa dum passado em que, apesar de tudo, o partido ainda tinha alguma abertura para a sociedade e algum apreço pelas sua iniciativas e tendências.
Na sua actual versão, o PS é partido de funcionários, burocratas, penduras garantidos, arregimentados e bem tratados. O “socialismo democrático” foi substituído pelo do esquerdismo da santola, que o lagostim está caro e o caviar ainda mais.
Assistimos a uma discussão que nada tem a ver com a saúde das pessoas, nem com a melhor maneira de a defender. O único tema é o “mais público ou mais privado”, independentemente da melhoria do serviço prestado, da sua viabilidade, da mera lógica das coisas. O “pensamento” do PS & Cª é este: o que for público é bom, o que for privado é mau. Nada no meio, nada de bom senso, nada de liberdade para os cidadãos, que dela não precisam e, para já, em termos de saúde pública, quanto ao resto... vai por fases já em curso, talvez lentas mas seguras e eficazes. Como diria – já disse – a rapariga ora encarregada do serviço, é uma questão de ideologia, não de saúde, de gestão, ou seja do que for. Donde se conclui que, se a ideologia curasse, haveria para aí saúde aos pontapés, como sucede em todos os cantos do mundo onde o Estado se apoderou de tudo, garrotando a sociedade.
É, como diz rapariga da cultura acerca dos toiros, uma questão de “civilização”. Da “civilização” coreana do Norte, da “civilização” cubana e de outras conquistas socialistas do género.
E não me venham atirar à cara com os serviços de saúde de países democráticos, que nada têm a ver com os projectos da geringonça.
O parlapatão a que há quem chame primeiro-ministro anda para aí num virote. Vai, diz ele, lançar sobre nós milhões biliões, triliões, fazer obras fantásticas, caminhos de ferro para o povo, hospitais, o SNS a abarrotar de euros, escolas, pessoal a dar com um pau, investimentos aos pontapés, aumentos de salários e baixas de preços, um maná sem precedentes. É o costume, tudo mentira, ou meras intenções de longo prazo, se é que de intenções se pode falar.
A criatura, que nunca disse que queria maioria absoluta, dá pancadaria de meia noite nos seus (in)fiéis parceiros, pondo-os com os nervos em franja, os esquerparvos do BE a ver uns lugarinhos a tremer, automóveis com motorista, gabinetes, adjuntos, umas massas para as motocicletas e os cosméticos, tudo por água abaixo, uma desgraça anunciada a cada passo.
Mas, atenção. Ao mesmo tempo que zurze os rapazes dos partidos comunistas, vai à Associação 25 de Abril dizer exactamente o contrário. Ciente da “democracia” da assistência – gente que, a cada passo, se afirma comprometida com o socialismo, dando-nos a certeza de que foi para isso que abriu caminho, nunca para a democracia propriamente dita – declara que a geringonça está firme e é para continuar.
Costa declara o que for preciso a cada momento, dependendo de quem o ouve, não do que pensa, porque em nada pensa nem nunca pensou a não ser em oportunidades, parangonas e publicidade enganosa.
É com ele que contamos se lhe dermos a tal e tão almejada maioria. O problema é que, se não lha dermos, nos arriscamos a ficar na mesma. Vote pois nessa gente (uns ou outros, tanto faz) se quiser a garantia de continuar a ser sistematicamente aldrabado.
Ao longo das últimas décadas temos assistido a uma luta sem tréguas contra o tabaco. Não sei se com razão ou sem ela, a humanidade inteira encarniça-se contra o produto, acusado de assassínios em massa, de poluição do ambiente e dos mais repenicados males.
Entre nós, os mais encarniçados são os esquerparvos, por exemplo os do BE e do PAN, o que é natural e, podemos convir, não lhes ficará mal. Mas, nisto de coerência, fia mais fino. É que esta malta, ao mesmo tempo que passa os dias a chatear quem fuma, arranjou mais uma “causa fracturante”: a defesa do chamado “canábis recreativo”, talvez implicitamente dedicado à hora do recreio nas escolas.
Dizem vários entendidos, talvez com razão, que o produto pode ser útil para diversos fins medicinais (como aliás, a morfina e outras drogas). Aceite-se. Mas a intenção dos “progessistas” nada tem a ver com medicina: abrir uma caixinha de Pandora – outras drogas se seguirão - muito do seu prosélito agrado. O que, na verdade, os move, é a “recreação”, o lado terapêutico é só um pretexto para o que a seguir virá. Deve ficar muito bem, nas reuniões do BE, ver a dona Catarina a enrolar a sua passa e os camaradas de várias tendências a encher os ares com eflúvios da recreacional actividade, certamente muito estimulante para os respectivos ideais político-éticos.
Parece que a coisa vai ser chumbada no parlamento. Ao chumbo, seguir-se-á uma solene declaração do BE: “voltaremos ao assunto na próxima legislatura”. É assim. Se não fazem o mal à primeira, fá-lo-ão à segunda, ou às que foram precisas.
Nos últimos cinco dias, o chamado governo anunciou investimentos no modesto valor de vinte e três mil milhões de euros nos próximos dez anos, em média dois mil e trezentos milhões por ano ou três milhões por minuto, diz o “Expresso”. Não sei se as contas do jornal estão bem feitas, mas sei que os montantes foram garantidos pela organização tida por governo, ou PS, ou geringonça, como queiram. E o meu prognóstico vai dar certo: a AR vai aprovar o “plano”. Fantástico!
Montado numa vaca voadora topo de gama – a pilhas de cristais de lítio fornecidas pelo Carlos Pimenta – Costa sobrevoará o território despejando milhões por toda a parte durante mais dois e meio mandatos já cientificamente garantidos pelo professor Karamba, pela vidente Morgana e pela cegonha dos bébés, com a colaboração do Pai Natal e de dois baralhos de Tarot.
Assim, como é de acreditar, estamos na fase de lançamento de um futuro radioso.