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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

PARLAPATICES

Esta malta da geringonça não é modesta, bem pelo contrário, é grandiosa, ambiciosa, orgulhosa, tem essa grande qualidade de saber comunicar ao povo as suas qualidades, os seus grandes projectos, cheios de ambição e de certezas.

Foi com enorme desgosto que os crentes viram o senhor Marques ser exportado. Mas foram logo animados por um novo parlapatão, cujo nome desconheço, mas que está à altura da nobre missão dos anúncios milionários.

Segundo um “plano” especial, já oficialmente publicado em letra de forma no jornal do governo, e anunciado pelo dito, vai haver em Portugal mais 11.500 camas para estudantes universitários desterrados em diversas localidades. Sim, meus senhores, onze mil e quinhentas! É obra. Por exemplo, em Almada serão 1259, sim, não serão 1260 nem 1258, vejam o pormenor, o cuidado, a precisão. Oeiras vai ter só 148, sim, não serão 149 nem 147. Vejam o bem génio criador da geringonça. Lisboa será contemplada com 4.720. Assim, certinho. Parece que o tipo do Porto vai desatar aos gritos, porque só terá 613, um escândalo.

E por aí adiante, em 42 concelhos. Sim, 42. É de calcular que, nuns 30, serão criadas novas universidades para educar tantos dorminhocos.

Mas há mais: 2.964 (mais uma vez, admire-se a precisão) camas já existentes serão objeto de “melhorias”, já que apresentam “falhas estruturais” presumindo-se além disso que precisem de colchões em segunda mão, lencóis novos e penicos  de porcelana.

Serão recuperados nada menos 263 imóveis, dos quais até já há uma lista. Não será por falta de listas que o projecto falhará.

Finalmente, é de realçar o sistema. As obras, no caso de seram começadas até 31 de Julho, serão dispensadas de licenças, concursos e outras chatices. Consta que o SEMOGGS (Sindicato dos Empreiteiros, Mestres de Obras, Ganchistas, Gaioleiros e Similares) vai fazer um jantar de homenagem ao nóvel parlapatão.

Resta uma pinguinha de realismo - ou de cautela para se alguma coisinha correr mal. Não haverá camas novas durante o próximo ano lectivo; os trabalhos prolongar-se-ão durante quatro anos.

Como é costume, não temos a certeza de que seja o que for deste formidável plano venha a ser realizado. Mas temos a certeza absoluta de que, se a geringonça for contemplada com mais uma legislatura, daqui a quatro anos talvez haja mais umas vinte camas.

 

27.2.19  

ALEGRAI-VOS!

Foi com esperançosa alegria que os portugueses em geral e as crianças doentes e seus pais em particular ouviram as auspiciosas e doutas declarações dessa grandessíssima figura da política nacional que se ocupa da pasta da saúde por atempada e judiciosa escolha de sua excelência o chamado primeiro-ministro.

Disse ela: estão em curso as diligências necessárias para a futura aprovação do projecto das novas instalações da ala pediátrica do hospital que tanto vêm preocupando a grei. Hossana! Depois, disse a mesma criatura que, logo que aprovado o referido projecto, se procederá à elaboração do caderno de encargos da respectiva empreitada, a pós o que será lançado o concurso público para a construção desta tão urgente obra do Estado. Uma vez aprovado o resultado do concurso pelo Tribunal de Contas, bem como o estudo de impacto ambiental pela agência competente, poderá ser dado início às obras.

Feitas umas contas e, mais uma vez, dada a urgência do assunto, poderemos ficar convictos que, se tudo correr pelo melhor, dentro de uns cinco ou seis anos, em princípio, será possível que se mude a ala pediátrica para as novas instalações. A não ser, claro, que as declarações da ministra da ideologia sanitário-bolchevista sejam tão credíveis como as de Marques, o parlapatão: dada a consistência  e a credibilidade das promessas da geringonça, é o mais provável.

Esperemos, sentados e alegres para não cansar as pernas, por mais esta grande realização. Traz a marca de água do PS e, por isso, tem todas as caracteríticas do fogo fátuo. Consta que, como o Marques, a dona Temido fará em breve uma pomposa sessão inaugural, de preferência com a ubíqua presença do senhor de Belém. Uma alegria!

 

25.2.19

O QUE É DEMAIS PASSA DA CONTA

Há quem diga que foi Caracala quem disse que “aos mortos se deve sempre a maior das homenagens, desde que tenhamos a certeza de que estão bem mortos”.

Não sei se foi por isso que o senhor de Belém, em ditirâmbicas declarações, e seguindo a opinião generalizada da nacional-bempensância, resolveu dizer que o camarada Arnaldo Matos era um “defensor ardente da liberdade”, coisa que nunca foi. O senhor de Belém quis aproveitar a morte do “grande educador da classe operária” para fazer mais uma das suas abrangentes rábulas. É tudo. Sabe, como todos nós, que Arnaldo Matos podia ser muito boa pessoa mas jamais defendeu qualquer espécie de liberdade.

Uma larga série de antigos jovens seguidores deste empedernido maoísta, alguns de larga projecção política, tiveram rebates de consciência e perceberam onde andavam metidos. O senhor de Belém não percebeu? Arnaldo Matos nunca saiu da sua. Pode elogiar-se-lhe a coerência, como pode elogiar-se a de Mao, Fidel, Cunhal, Kim e outros figadais inimigos da liberdade.

Mas, convenhamos, o Presidente de uma república que se diz amiga da liberdade, do Estado de Direito e de outras coisas do género, tecer encómios a um dos mais ferozes e persistentes inimigos destes valores, ultrapassa o perdoável, mesmo que se siga a máxima de Caracala.

 

25.2.19

REMODELAÇÃO “A LA MANIÈRE”

 

A dança dos cargos dos familiares do chamado primeiro-ministro teve o destino que merecia: um coro de bem merecida chacota. E de justificada indignação.

O parlapatão (suave classificação que lhe foi atribuída pelo insuspeito Vicente Jorge Silva) foi para o PE. Uma senhora que, diz-se, fazia sombra por cá, teve o mesmo destino.

De resto, se o ridículo, ou a lata, fossem música, este carnaval político era um festival de heavy metal.

Para além do risível da situação, há a sua gravidade. O chamado primeiro-ministro, ainda há pouco, tinha substituído um ministro moderado por uma doidinha cheia de vento, que acha (e confessa!) que os prolemas da saúde se resolvem com ideologia. Qual a adequação da garota? Visível, só o esquerdismo. Deve ter sido esse o critério de quem a escolheu.

Depois, há a promoção do conhecido Pedro Nuno, a mais evidente flor do canteiro da Catarina, perito em asneiras no tempo da troica e em cedências ao BE e ao PC no da geringonça. Adequação? A do esquerdismo militante e primário. Com o pelouro da habitação! E a do fulano que era representante da ala Pedro Nuno na Câmara de Lisboa? Precatem-se, ó gentes, que, para o Pedro Nuno, propriedade privada só a da família (de sangue, a que lhe dá Porsches)!

Perante isto (e mais, que não vale a pena elencar), o que se passou não foi só a dança dos maridos e das mulheres, dos pais e dos filhos, dos amigos do peito e de quejandos. Foi o exponencial crescimento do esquerdismo no PS. Vamos de mal a pior.

 

25.2.19  

 

ET. É de inteira justiça sublinhar que a remodelação em apreço foi largamente elogiada por sua excelência do costume, ao contrário do que se passou com a canalha.

INTROMISSÃO EM CORRESPONDÊNCIA ALHEIA

Um hacker, contratado pelo IRRITADO, encontrou na net a mensagem que abaixo transcrevemos.

 

Sua Excelência Sec. Geral, Exmº Senhor Gurria

OCDE

Lisboa, 12.2.19

Caro amigo

Tenho presente a proposta de relatório da sua estimada organização sobre a situação em Portugal.

Devo, antes de mais, confessar que não me parece justo, nem normal, que o chefe dos relatores da OCDE seja um tal Álvaro, indivíduo comprometido com o governo anterior e, por conseguinte, um neoliberal a que os meus associados comunistas chamarão fascista. Não irei tão longe, mas a figura em causa não deixa, por isso, de ser duvidosa.

Como VExa bem sabe, Portugal é um país socialista onde, naturalmente, os álvaros não são bemquistos. Os limites da nossa democracia são os do lado direito do PS, ainda que o meu amigo Rui Rio e o seu sequaz Rangel queiram passar-se para o lado de cá. Não passarão.

Pedindo desculpa por estas considerações introdutórias, venho sugerir algumas alterações ao relatório proposto pela OCDE. É que há matérias por demais delicadas que esse tal Álvaro nele incluiu. Como VExa bem sabe, não é conveniente citar os problemas levantados pela triste situação em que se encontra o meu ilustre camarada Sócrates, ínclito primeiro-ministro dos governos em que tive a honra de participar. Não posso dizê-lo publicamente, mas trata-se de uma perseguição movida pelos restos da direita portuguesa a que o poder judicial foi sensível, sabe-se lá porquê. Assim, as considerações sobre o estado da justiça em Portugal estão certas quanto ao seu mau funcionamento, mas têm fundamentos errados, uma vez que, ao contrário do que o relatório refere, não é líquido que haja por cá corrupção. Há-de VExa concordar que não se pode confundir corrupção com as cabalas que por aí se inventam contra nós. Portugal, a democracia e o PS são uma e a mesma coisa. A corrupção é um resquício do poder da direita, há muito derrotado pela moral republicana que o PS corporiza. Não é por issso aceitável que a justiça  ataque o meu partido, o meu governo e, com eles, a coligação de esquerda, forças que são a condição basilar e sine qua non da existência da democracia, ou seja, do socialismo. Está a perceber? Trata-se de uma imposição de consciência a que VExa não deixará de corresponder, emendando o relatório em boa conformidade.

Permita-me igualmente protestar, com a veemência que o caso merece, contra a inclusão do tal Álvaro na apresentação do relatório em Lisboa. Tarta-se de personna non grata para o meu governo, como VExa compreenderá. Solicito ainda que, como é diplomaticamente correcto, a exclusão deste indesejável indivíduo seja assumida por VExa, a fim de evitar as cabalas que, a tal respeito, não deixarão de ser fabricadas pela direita reaccionária.

 

Sem mais, sou, de VExa, atento venerador e obrigado  

 

António Corta 

COISAS DE FAMÍLIA

 

Não fazia ideia de que o senhor Louçã, conselheiro de Estado, figura grada do Banco de Portugal, fundador da secção portuguesa do socialismo revolucionário inspirado no orago Trotsky, patriarca da extrema esquerda, tinha irmãos.

Mas tem, e parece que a mesma cepa deu uvas da mesma cor. Os manos, porém, são, ou acham que são, mais loucistas que o Louçã. De tal forma que, acompanhados por duas dúzias de marxistas ortodoxos, dos puros, dos bons, mandaram às urtigas as pupilas do mano, raparigas modernas, de alto sentido das conveniências, acusando-as de desviacionismos e revisionismos de vária ordem, para além de ambições burguesas, impróprias da classe operária do antigamente. É que, pode ler-se na carta de despedida, a malta do Beco de Esquerda fiel às esquerdoidas, sendo sem excepção burguesa, passou a fazer jus, não direi ao caviar, mas a uns tremoços e umas imperiais, de preferência seguidos de bife do lombo. No entanto, é gente que, apesar disso, insiste em dizer fez a sua “opção de classe” (é assim que se diz, não é?), sem ter percebido que tal classe é chão que desapareceu e já não dá uvas.

A primeira inquietação que me invade tem a ver com a paz na família - de sangue – dos Anacletos Louçã (conheci o tio Anacleto, que era um reviralhista assanhado dos tempos da II República, mas que não consta fosse de inspiração chinesa ou soviética). Irmãos zangados é um tristeza, não acham? Por isso, é de pôr a hipótese contrária, isto é, continuam fraternalmente unidos, não sendo o patriarca mais nem menos que um infiltrado nas hostes bancárias e no conselho do senhor de Belém, a fim de, por dentro, destruir a burguesia, assim mantendo a fidelidade à ortodoxia. Nesta hipótese, a saída dos manos não será mais que uma encenação, a fazer inveja ao John Le Carré ou, mais propriamente, ao velho Béria. Veremos qual o seu destino.

No caso da outra família - a política - parece que, infelizmente, a cizânia se instalou, deixando o observador externo um tanto perplexo. O Beco de Esquerda tem cromossomas diversos, os do pai e os da mãe, como manda a genética. Lembro-me de ver, com estes que a terra há-de comer, os ultra-comunistas da UDP aos gritos PTA!, PTA!, sendo PTA o Partido dos Trabalhadores da Albânia. Isto no tempo do camarada Enver Hoxa. Um caso de fé inabalável e de cegueira estrutural. Lembro-me que até arranjaram um deputado completamente tarado (já me esqueci do nome), a que outro se seguiu, um militar que tinha a particularidade de ter sido ajudante de campo do General Kaulza de Arriaga em Moçambique mas que, em boa hora, tinha feito a sua opção de classe. Esta extremíssima esquerdíssima, a UDP, é, digamos, a mãe do BE. O pai, indiscutivelmente, é o conselheiro de Estado acima referido, oriundo de comunismos menos fundamentalistas mas igualmente dotados de inabaláveis convicções.

UDPês e Socialistas Revolucionários juntaram os trapinhos e pariram o Bloco, ou Beco de Esquerda, como carinhosamente é hoje conhecido nestas linhas. Diga-se que têm tido notável êxito, já que a cultura política e a consciência social do país deixam muito a desejar.

Mas, como dizem os desalinhados manos Louçã, o vírus burguês entrou nas hostes, sobretudo desde que umas esquerdoidas atrevidas tomaram conta do rebanho. Trata-se de umas tipas que, como os skin heads, andam de moto de alta cilindrada, têm uns empreendimentos turísticos lá para as berças, são assessoradas por um careca mais ou menos parvo e por um artista de altíssima craveira que deu em especulador imobiliário. Muita coisa mais haverá de que ainda não se sabe.

Mas sabe-se, desgraça das desgraças, que as esquerdoidas querem poleiro. Não, não é o poleiro no partido, que esse já têm, é o poleiro propriamente dito. Querem mandar também cá por fora, querem ser ministras, secretárias de Estado, directoras gerais, presidentes de empresas públicas, altas dirigentes das futuras regiões... A tudo se acham com direito e para tudo contam com o padrinho Costa, em quem, aqui e ali, vão batendo: ele não liga, quanto mais lhe batem mais gosta delas.

Os puros, os bons, ou os que perceberam que iam ficar de fora, não aguentaram as justas ambições das esquerdoidas, nem, por inconsequente, a violência doméstica que exercem sobre o Costa. Vai daí passam à peluda e, das catacumbas do comunismo, denunciam, com toda a razão, os vícios burgueses em que as camaradas cairam, e com elas o partido.

O chamamento da revolução foi mais forte.

E assim, o triste Beco vê-se privado da sua ligação à pureza ideológica e aos verdadeiros caminhos do proletariado internacionalista. Um horror.

 

21.2.19

VOTOS

 

Digam o que disserem, a moção do CDS não é tão parva como pode parecer. Não está escrito em parte nenhuma que uma moção de censura só pode ser apresentada se tiver garantia de sucesso, ou se, como há quem advogue, se fundar numa maioria parlamentar capaz de substituir a existente. A moção de censura, apresentada nos termos legais e regimentais, tem a ver com o facto de haver quem ache censurável a política do governo, e mais nada.

Daí que baste que o CDS seja capaz de demonstrar (o que não é difícil) as profundas lesões políticas, sociais, económicas e culturais que a geringonça vem provocando, a permanente ausência de qualquer preparação do Estado para os dias que aí vêm e, acima de tudo,  esquerdização radical da política e dos seus agentes, a estatização galopante que, para além dos eleitores da extrema esquerda, ninguém sufragou, o olímpico desprezo pela sociedade, a diabolização dos agentes económicos, os assaltos ao direito de propriedade, a erosão da dignidade do Estado, a miséria da justiça, o falhanço brutal do Estado Social...

Se o CDS não se meter em guerrinhas do dia-a-dia nem se deixar embrulhar nas teias e acusações hipócritas com que PS não deixará de esgrimir, talvez a moção seja útil, pelo menos na medida em que contribuirá para o esclarecimento popular sobre o que na verdade se passa em Portugal.

E, se os deputados do PSD forem capazes, mesmo à revelia do chefe que arranjaram, de fazer o mesmo, os portugueses só terão a ganhar com esta iniciativa do CDS.

Aqui ficam os votos do IRRITADO.

 

20.2.19

NÚMEROS E GUERRAS

 

Os números estão na moda. Não há quem não faça estatísticas, gráficos, curvas, ordenadas e abcissas, listas... nem quem não tire conclusões. Tantas certezas, tantos estudos, tantos académicos, tudo minha gente quer ver se demonstra coisas indiscutíveis. Os mesmos números servem para conclusões opostas. É o caso, por exemplo, do crescimento económico: para a geringonça estamos, gloriosamente, acima da média da UE; para as pessoas sérias, estamos na cauda dos que nos podem servir de bitola.

Às vezes, porém, há coisas indiscutíveis. Por exemplo, a classificação das escolas. As 32 melhores são todas privadas. Das cem primeiras, 66 são privadas. E assim por diante. A conclusão da geringonça é que as escolas privadas devem acabar, nem mais um tostão, nem um contrato, e os que há são para acabar. Para tal gente, zero! Quando os alunos forem todos igualmente ignorantes, aí teremos a igualdade, objectivo número um do verdadeiro socialismo! E as pessoas? Que se lixem as pessoas.

E as PPP da saúde, hem? Vamos mas é acabar com elas, professa a geringonça. Não interessa se funcionam bem ou mal, se dão lucro ou prejuízo ao Estado, se cumprem ou não os contratos. Se derem lucro, vamos a elas: as facturas do passado, mesmo conferidas e aceites pelo governo, não contam, vamos mas é sacar uns milhões a esses gajos, a ver se acabamos com eles. E, se pagamos a 300 dias, vamos passar a 600, quer a Europa queira quer não. As pessoas estão contentes com a gestão privada dos hospitais públicos? Que se lixem as pessoas. Socialismo é socialismo! Habituem-se, a brincadeira acabou.

No caso da ADSE, a coisa fia mais fino. Os donos da ADSE são os meninos bonitos do PS, os eleitores funcionários públicos. Mas a ADSE, um esquema parecido com os seguros privados, não pode ser bem vista pelo socialismo. Porquê? Porque é a irrefutável prova das preferências dos cidadãos. Os cidadãos que podem, não escolhem o SNS, como não escolhem os hospitais de gestão pública. A geringonça, cuja filosofia mandaria acabar com a ADSE, está num molho de bróculos. Quer dar um sinal verdadeiramente socialista, mas não tem para tal um bom pé. A solução é acabar com os privados, por definição os culpados de tudo e mais alguma coisa. Que fazer? Vamos começar uma guerrinha, pensaram os geringonços. O pior é que, nem os trabalhadores públicos querem acabar com o que, em matéria de saúde, os favorece, nem os prestadores de cuidados estão pelos ajustes. E agora? Mais uma vez, os malditos números favorecem o cancro que são os privados. Não importa. Lá chegaremos. As pessoas que se lixem. O socialismo vencerá. Lá dizia o Jerónimo: a vitória é difícil mas é nossa.

Conclusão: ou as pessoas acordam...

 

17.2.19      

TRÊS COELHOS E DUAS CAJADADAS

Ontem, na luzida companhia de uns cinquenta tipos, foi pomposamente consagrado como grande representante do PS na Europa, o ministro das obras por fazer - um boquinhas estilo Sliva Pereira, que usava, em tempos, aparecer na televisão a espreitar por trás dos ministros e que, sem mais nem menos, passou a aparecer bem à frente, com o títilo de menino das infraestruturas: um tal Marques.

A sua nova posição em termos televisivos subiu-lhe à cabeça. Não deve ter havido um dia em que  o rapaz não aparecesse, em grande estilo, na pantalha. Como, de substancial, nada tinha a comunicar à canalha, pôs à prova a imaginação: novos comboios para substitur os que estão a cair aos bocados, novas linhas férreas, novos cacilheiros, estradas, pontes, hospitais, projectos multimilionários, programações de longa pernada, banha da cobra aos pontapés. Nada é para, fazer, mas tem grande impacto nas tarefas propagandísticas da geringonça. Planos e mais planos, concursos e mais concursos, estudos e mais estudos, investimentos a rodos, uma chuva de benfeitorias a sair da cabecinha do fulano.

Vai daí, o chefe Costa assustou-se. Olhou para o espelho e pensou: este tipo quer ultrapassar-me em comunicação e publicidade. Esta das promessas malucas faz lembrar as minhas, a do fim da austeridade, a do virar da página, a dos rendimentos para as pessoas, a do crescimento económico, a da educação de qualidade, a da excelência da saúde pública, e tantas outras que eram meu exclusivo. Não pode ser! Vou dar-lhe o pontapé pela escada acima. Cabeça de lista, vai para a Europa, deixa de me ultrapassar em patranhas! Livro-me dele, meto o Silva Pereira nos varais e acabo com as ilusões daquela tipa que parece o marquês de Pombal e que anda a querer levantar o tutu do selim. Uma cajadada, três coelhos. Sou um génio. Uma jogada de mestre, a provar que os destinos da Pátria estão em boas mãos.

Mais uma cajadada. Para substitur o boquinhas, venha o pro-comuna dos Porsches. O mais esquerdista do PS, um barbaças de nome P.N. Santos vai para as infraestruturas e a para a habitação. A Catarina deve estar toda contente. Fugiram-lhe 25 estalinistas, mas ganhou um camarada de muito mais peso. O socialismo está em marcha!

 

17.2.19

UM FARTOTE

Em mais uma das suas habituais tiradas, o chamado primeiro-ministro veio garantir à plebe que não é altura de falar em regionalização. Nem pensar. Só no seu “devido tempo”. A prová-lo, a criatura espraiou-se largamente sobre o assunto, sempre salvaguardando que não se deve falar sobre o assunto. Disse que em 2021 haverá eleições directas para as áreas metropolitanas, mas que o assunto, para já,  está “fora de tempo”. Nem uma palavra, como se nota. Afirmou que  já sabe, ou já determinou, quais serão ou não serão as regiões, mas que nada de tocar no assunto. Falar em regiões só depois das eleições deste ano. O grande fala-barato gasta meia hora a falar de um assunto sobre o qual não quer que se fale. Bonito, não é?

E porquê estes cuidados? Talvez porque o homem e o seu sócio regionalizador, um certo Rio, querem continuar a trabalhar as coisas por trás da cortina com outros regionalistas, “independentes” como o Cravinho, cuja missão será justificar tecnicamente a tramoia.  

Atinge-se o máximo quando o camarada informa que, se se começar a falar muito no assunto, tal conduzirá “inevitavelmente ao insucesso”. Como diria António Oliveira Salazar, o “povo não está preparado”. Em versão Costa, ele sabe que se houvesse agora outro referendo, a regionalização levava mais uma vez com os pés. Por isso há que “preparar o povo”, isto é, ir-lhe lavando o cérebro durante uns tempos.

Por outras palavras, não quer que lhe suceda como ao Cameron, referendo sim, mas com resultado garantido.

Mais uns aninhos, e teremos o Rio presidente da Região Norte, o sonho da vida dele. Então, as coisas funcionarão doutra maneira. Por exemplo, auanto o presidente do município de Lamego tiver um problema com o da Régua, não vai falar com o colega lá do sítio. Que disparate. Vai queixar-se à Capital da da sua Região. O presidente desta aprecia o assunto, consulta o seu executivo, manda o caso para a respectiva Assembleia regional e, depois de debatido, mandará o resultado das deliberações ao colega da Região Norte, que comunicará ao seu governo regional, que consultará o seu parlamento. A questão será agendada, discutida, votada e, a seu tempo, o município de Lamego saberá a “sentença”. Prático, barato, rápido e eficaz, como é de calcular.

Na sombra, sem que se fale disso fora do segredo dos deuses, os “técnicos indepenentes”, contratados pelo Costa com a missão de chegar conclusões obrigatórias pré-estabelecidas, darão o seu irrefutável contributo. Sem contraditório. Papa feita, o povo será devidamente engromilado. Nessa altura, o referendo será canja e haverá umas largas centenas de artistas com novas competências e novos empregos.

Um Fartote.    

 

14.1.19

SAÚDE PÚBLICA

Acho que já falei neste assunto, mas a doidice dos dias que passam fazem-me voltar a ele.

Os funcionários públicos têm um sistema de saúde próprio que os põe ao abrigo das esperas, das bichas, das greves dos enfermeiros, médicos e demais especialidades. Pode dizer-se que é um privilégio que aos demais não é dado. Será verdade, pelo menos segundo o “pensamento” dos que tanto falam de “igualdade”. Mas não o é: são os utentes do sistema quem o paga, mediante um desconto de 3,5% do salário de cada um. A ADSE tem a qualidade - ou, segundo os partidos de esquerda, o defeito - de libertar um milhão de portugueses das garras da desorganização a que chamam SNS. Os bancários, por exemplo, via sindicato, também estabeleceram os seus próprios serviços de saúde – o SAMS -  o que, pelo menos, confere alguma utilidade ao dito sindicato. Outros casos haverá. A classe média vai pagando uns seguros com o mesmo objectivo. Não há quem, podendo,  não fuja da bagunça.

A ADSE, ao longo de décadas, foi uma instituição que funcionou a contento. No tempo do governo legítimo, a contribuição dos utentes foi aumentada de 2 para 3,5% do vencimento, perante o escândalo e a gritaria dos “atingidos” e dos outros, os do costume. Facto é, porém, que, passado mais ou menos um ano, as dificuldades financeiras da ADSE se transformaram em superavits, suscitando a justa indignação dos mesmos grupos corais. Mas o sistema continuou a funcionar.

Veio a geringonça. O resultado foi o do costume: a ADSE está falida, ou quase. A esquerda não só não cria nada de novo como destroi o que existe: o SNS está de rastos, afogado em dívidas, desorganizado, pasto de greves, disfuncional, como toda a gente sabe. Faltava a ADSE. Parece que deixou de ser sustentável. O que dava “lucro” no tempo de Passos Coelho está à beira do colapso. Remédio da esquerda? O do costume: que pague quem presta os serviços, rasgue-se os contratos, que essa gente (os privados) é para destruir.

O que menos interessa à esquerda é a saúde pública? Não direi tanto. Mas a saúde pública, para a esquerda, não é prioridade que é para as pessoas. Antes de tudo o que interessa é que ela seja um privilégio do Estado, idealmente um monopólio, um centro de poder político, nem que para tal seja preciso destruir tudo o que mexe à sua volta.

Como diria a chamada ministra da saúde, com carradas de razão, é “uma questão ideológica”.

 

13.2.19      

DIREITO DE ANTENA

O Beco de Esquerda, prenhe de transparência e de exigência moral, propõe a defenestração imediata de Carlos Costa. Genial.

Não se percebe por que carga de água andam para aí com comissões de inquérito se o Beco já condenou o homem. Ou percebe-se: o que o Beco quer é palco. A “informação” colabora com horas de direito de antena para bruxa de serviço. Ela sabe, como toda a gente sabe, que a proposta do Beco vai ser chumbada, por extemporânea, precipitada e desprestigiante para a tal comissão. Perder-se-ão umas horas de inútil debate, mas haverá mais tempo de antena, a rodos, para o Beco. Quem sabe, sabe.

 

12.2.19

FRUSTRAÇÕES

Aqui há uns anos, um fulano, possuído de indefectível esquerdismo, meteu-se em negócios com o arcediago Louçã, da seita do Beco, e sacou-lhe um lugarzinho no Parlamento Europeu. Depois de lá devidamente instalado, zangou-se com o padrinho e foi expulso do grupo do Beco, mas ficou com o taxito, a fim de se lançar em altas lides políticas. Ninguém sabe, mas teve por lá uma inesquecível actuação. Regressado, resolveu aproveitar a universal e brilhante imagem que tinha ganho, e lançar uma importantíssima organização, a que deu o nome de “Livre”.

Como era de calcular, a nova seita não vendeu nada a ninguém. O arcediago riu-se dele, e a criatura ficou a andar por aí. Como é de uso em casos desesperados, um jornal “de referência” contratou-o para propagandear as suas bocas, perdão, ideias, pelo menos três vezes por semana, tarefa que desempenha com assiduidade, dizem que contra uns tostões, o que é normal. Uma estação de TV, por seu lado, acolhe a sua triste verve, com mais dois artistas e muitos tweets, num programa semanal. Muito bem: é a luta contra o desemprego, nada a criticar. O homem auto-classifica-se como “historiador” e “fundador do Livre”. Faz lembrar aquele tipo que tinha no cartão de visita a designação de “antigo passageiro do paquete Funchal”. Não sei se o nosso historiador já tem historiado por aí, mas quem sou eu para entrar em tão académicas matérias? Quanto à fundação do “Livre”, seja lá isso o que for e se é que ainda existe, diz-se que é verdade. Não contesto.

 

O que me traz é o artigo que o historiador em causa publica hoje no “Público”. Não costumo ter pachorra para ler o que o homem escreve, mas desta vez não resisti. Ainda bem, já que há muito não me escangalhava a rir com tanto gosto. Em tremebunda diatribe, cheia de primárias raivinhas, o indivíduo revolta-se por ver o Dr. Santana Lopes e o seu “Aliança” tratados pelos media com algum destaque ou, como é natural, com mais destaque do que (diz ele) tinham consagrado ao seu bem amado “Livre”. O artigo espraia-se em acerbas crítcas ao líder do “Aliança”, que não tem nada para dizer, que significa zero, que foi toda a vida um zero, enfim uma série da adjectivos raivosos e com pouco sentido, já que, por exemplo, Santana tinha dado ao jornal uma entrevista carregada de ideias e propostas absolutamente novas na pasmada e vil tristeza em que a III República está mergulhada.

Nas almas pobres, a frustração, a desilusão, o falhanço, a inveja, o mau perder e outras qualidades do género são o pasto ideal para baixezas a que só vale o facto de ser ridículas.

Fica o registo.

 

11.2.19

RIO É SÓ PARVO, OU TAMBÉM É ESTÚPIDO?

Por uma vez, estou de acordo com o senhor de Belém, comentador contumaz ao serviço da SIC. Disse ele que Portugal, o regime, a democracia, precisa de uma alternativa política, leia-se de uma oposição digna desse nome.

É o que não há. Quem teria condições para criar, ou recriar, essa alternativa, Rui Rio, ou desistitu, ou não lhe apetece. Prisioneiro das suas fixações paroquiais e da sua idolatria pelo desastre fatal (a regionalização), desistiu de fazer frente à geringoncial desgraça. Depois de algumas arrancadas que poderiam fazer parecer que quereria, finalmente, fazer frente à mentira instalada (o “crescimento económico”, a “paz social”, a “justiça” fiscal, o “fim da austeridade”, as “maravilhas do estado social nas mãos das esquerdas”, etc.), voltou a trás. Repescou a sua concepção idiota de “interesse nacional” - bojarda que serve para disfarçar a sua integral submissão à idea de um bloco central sob o jugo do PS – veio, mais uma vez pôr a nu a sua reiterada promessa de associação.

É claro que já recebeu, do patrão do PS, a merecida resposta, da forma mais trocista e pesporrente possível: diz o tal patrão que não quer o Rio para nada, a não ser que "venham aí os marcianos": está feliz com a geringonça, a geringonça é para continuar. Tem sido prática, cómoda, feliz: os sócios aprovam os orçamentos e consolam-se com uma bocas aqui e ali. Até há os, ou as, que, a troco de uns tachitos, se propõem moderar as tais bocas. Para que quer ele a maioria absoluta, se garantir a continuidade do que já tem?

Para qualquer político, ou simplesmente homem de espinha direita, a troça, o desprezo, a petulância, a arrogância do tipo da “cor da pele” (palavras do próprio, como se alguém estivesse preocupado com isso) não lhe beliscam a subserviência, a oferta de serviços, a dignidade.

Por isso que seja legítimo perguntar se Rio é parvo, estúpido, ou as duas coisas.

 

8.2.19

QUANDO O FOGO QUEIMA...

 

Há uns magistrados que investigam uma data de gente suspeita de inúmeros crimes cometidos a propósito, antes, durante e após os incêndios de 2017. Bombeiros, presidentes de câmaras, funcionários de várias origens, comandantes não sei de quê, tipos da protecção civil... parece que já estão 13 na tenebrosa lista .

Muito bem, ou muito mal, segundo a opinião de cada um.

Há, no entanto, um grande mistério. É que os dignos magistrados só deram por aquilo a que podemos chamar arraia miúda. E os outros? Sim, os grandalhões não constam? A dona Constança, agarradinha ao lugar, que passou dias e dias a lacrimejar desculpas esfarrapadas, não consta? O espantoso secretário que dizia coisas, não consta? Os tipos da fileira da floresta, que nunca deram pelos combustíveis em cima das estradas, nem pela falta de limpeza do mato, nem por nada do género, não constam? Os teóricos das ONG, que passam avida a largar bitates e não fazem nada, não constam?

Em cima deste bolo não há um que devia ser o mais acusado de todos? Há. Quem? O camarada Costa, que andava de férias e lá continuou, que disse coisas tidas por ofensivas dos sentimentos das pessoas e, pior, das almas que por lá ficaram esturricadas. Não consta?

Parece que os distintos magistrados não deram pela existência destes e doutros, os mais importantes na origem das tragédias. Talvez por serem importantes, ou intocáveis, ou meterem medo aos magistrados. Será?

 

5.2.19  

ENCANAR A PERNA À RÃ

Não vos incomodeis com a greve dos enfermeiros. A coisa está a ser tratada pelo chamado governo. É um descanso. Se estais aflitos por não verdes, nem à distância,  a cirurgiazinha pela qual esperais há dois anos (o que é isso, dois anos?... bem pouco, no país da geringoça), não temais. O chamado governo, bem personalizado pelo seu inigualável chefe e pela ministra da ideologia sanitária, mandou fazer um “parecer”. A quem? Não interessa. Mais um parecer. O chamado governo não decide sem mais um parecer, como sempre acontece quando não sabe o que fazer à vida. Até à chegada do parecer, fica a geringonça descansada. Vem o parecer, quando vier. Se o parecer não se coadunar com a ideologia, pede-se outro. Espera-se mais uns tempos. Depois, recorre-se à PGR a ver se há contornos criminais na enfermeirática greve. Aí, fica tudo suspenso, a coisa passa ao domínio do segredo de justiça. Vós não tendes cirurgia nenhuma, mas não faz mal, porque o governo, muito preocupado, nada pode fazer, o assunto está entregue a quem de direito.

Dado o carácter sacrossanto do direito à greve, o governo da geringonça não pode, não deve, nem fará nada. Os enfermeiros já dizem que ficam em greve até às legislativas. Que bom. A requisição civil é coisa desproporcionada segundo a geringoncial cobardia. Ficai à espera. Como estais doentes, não tendes “força reivindicativa”. Tal capacidade está reservada à função pública, enfermeiros incuídos. Vós, ou não sendo funcionários públicos, ou estando doentes, não contais.

Como é dos livros do poder vigente, tendes à vossa  disposição as maravilhas do socialismo. Aguentai-vos, ó gentes! Não temais. A geringonça vela por vós.

 

4.2.19

IMAGENS

Não sei, nem ninguém me esclarece, se havia mais manifestantes pró Maduro ou pró Guaidó.

O que as televisões mostraram não esclarece os números, mas esclarece muita coisa.

Não sei se repararam na mancha das multidões. Do lado de Maduro, a coisa era fardada: havia manchas vermelhas, amarelas verdes e cor de burro quando foge. Os manifestantes tinham sido convocados por magotes uniformizados de dependentes do chamado Estado bolivaresco. Do outro lado, a mancha era indistinta, ou seja, cado um vestia o que lhe apetecia.

Pode concluir-se do que a casa gasta: de um lado os assalariados do regime, naturalmente “convocados” pelo poder socialista, sabe-se lá se sob pena de despedimento; do outro a mole imensa das vítimas do socialismo.

Nada mais esclarecedor. Mas os jornalistas e os “analistas” não deram por nada.

 

3.2.19

PERGUNTAS EVENTUALMENTE ESTÚPIDAS

Segundo o que se diz por aí, as chamdas imparidades da CGD somam uns 1.400 milhões de euros. O que corresponde mais ou menos ao mesmo que Passos Coelho meteu (é acusado pelos geringonços de ter metido!) nos cofres da organização.

Parece aos ignorantes como eu que a questão das imparidades ficou resolvida, até por excesso.

Daí que não se saiba ao certo por alma de quem, ou porquê, terão sido precisos os mais 5.000 milhões que os ditos geringonços lá encafuaram. Se as imparidades estavam cobertas, porque raio foram precisos os tais 5.000 milhões?  O que se terá passado para além das imparidades? Mistério.

Aqui há gato, não é? Porque é que toda a gente anda a vasculhar, e bem, nos 1.400, e não há quem pergunte para, ou porquê, foram precisos os 5.000? Ainda por cima, triunfalmente, dizem os geringonços que não foi “ajuda do Estado”! Foi ajuda de quem? Resposta: nossa, mas por baixo do orçamental tapete. Quem está a gozar com o pagode?

Porque é que “os pais da Pátria” só se preocupam com uma pequena parte do problema e deixam de fora a maior?

Gato? Gatarrão! Socialismo socrélfio, é o que parece.

 

3.2.19

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