O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Toda a gente compreende, e até acha graça, às discussões das peixeiras. Têm justa fama pela forma, a linguagem, a casca grossa, os disparates. A tais “diálogos” soe chamar-se peixeiradas.
Mutatis mutandis, há outras peixeiradas, mas sem piada nenhuma. Aqui há tempos, o Prof. A. C. Silva queixou-se dos exageros do palavreado, “verborreia frenética”, que por aí campeia. Vai daí, sem mais nem menos, o Prof. M. R. de Sousa enfiou a carapuça, deu à casca, e desatou aos gritos contra o colega. Começou a peixeirada, da fina, da universitária, da presidencial. MRS, sem mais nem menos, decretou que CS tinha dado posse a mulher e marido, a pai e filha. É claro que CS não os nomeou, foi um tal Costa; CS, contrarido, deu posse. MRS tripudiou sobre conceitos que bem conhece. CS foi culpado, ele, MRS, mais não fez que aceitar o que ele, CS, tinha feito! Mas, pobre dele, nunca mais aceitou nepotismos, nem “nomeou” ninguém. Pois não, só aceitou promover a ministra a filha de um ministro. Chateado, CS ripostou, com razão, que as suas “nomeações” e a experiência internacional não têm nada de comparável com o que se passa com o governo da geringonça. Caso arrumado? Não. A peixeirada está, ou já estava, instalada. MRS veio declarar que CS não tinha “sentido de Estado” (caso PGR). Toma! O CS não tem nada a ver com a nomeação da nova PGR, só eu, só eu, eu é que sou Presidente, ha ha! Acrescentou então que não comenta ex-presidentes, uma questão de cortesia, sentido de Estado e respeito pela função. Coerentemente... comentou mesmo, e de que maneira! E não perde ocasião para comentar mais ainda. Coerentemente, pediu “contenção”, “bom senso”, “educação”, “equilíbrio”, “respeito”, tudo “pelo prestígio da democracia”. Tudo, entenda-se, virtudes que CS não tem. Por outras palavras, MRS auto-atribui-se o direito de comentar o que lhe vier à cabeça, de enfiar as carapuças que entender, de dar à casca quando lhe apetecer, mas nega a CS tais direitos.
E aqui temos, ao mais alto nível, uma vergonhosa peixeirada.
O meu post de há três dias ( TRANSPORTES PARA O POVO) acabava assim: “Algo me diz que, a curto prazo, as broncas vão começar”.
Já me tenho enganado algumas vezes, mas desta, acertei! O curto prazo foi menos de uma semana. Rezam hoje as notícias que a despesa, brilhantemente calculada, que os novos passes iam custar ao orçamento e, em ridícula percentagem, aos municípios, se cifrariam em 85 milhões. E não é que, em meia dúzia de dias, já vão em 117?
Não sei nem me interessa saber quem foram os geringonços que fizeram o primeiro cálculo, mas é de pensar que foram os mesmos que fizeram o segundo. Compreendamos: mais 32 milhõezitos (38%), o que é isso? Peanuts! Sim, uma miséria, se estimarmos os cálculos que a seguir virão. Cesteiro que faz um cesto faz um cento, não é? Isto foi só a primeira bronca.
Imagine-se o que vai acontecer aos outros mirabolantes números que a geringinça cospe por aí: menos 40.000 carros na cidade; mais, pelo menos, 10% de aumento de procura, só no primeiro ano; menos não sei quantas toneladas de CO2; mais investimento; etc., etc., etc., a imaginação e a propaganda não têm limites. A avaliar pelos primeiros cálculos, imagine-se o que virá aí: broncas e mais broncas, é de prever.
Há uma explicação para isto. A geringonça teve o maior triunfo da sua miserável história. Vai dar votos em barda. Chapeau! O resto é conversa. Os resultados das medidas medem-se em votos, não em euros. Quando for preciso pagar logo se vê.
Para já, em termos eleitorais, tudo nos conformes. É claro que andam por aí uns privados a fazer huuummmm... se agora pagam mal, e tardíssimo, o que será a breve prazo? Se eles não sabem quanto vão gastar, nem quando, como podemos contar com eles? Antes de mais, isso de investir fica no tinteiro.
Estes privados que se ponham a fancos. Se começarem a recalcitrar, as malucas e o Jerónimo desatam a gritar pela nacionalização: os transportes são do povo, nossos, não são um negócio, etc.. Por outras palavras, são um buraco, esse sim, de todos nós, como é costume.
1.4.19
PS.1. Quando li as notícias sobre esta história, palavra de honra (minha, boa, não a do Costa) que pensei que seria um poisson d’avril. Mas não era. O que quer dizer que ainda dou benefício da dúvida a esta gente. Burro!
PS.2. Vejam bem a grande capacidade do PS para as contas: a lista dos familiares no poleiro foi de "um ou dois", subiu para "quatro", depois para "seis", chegou à "dúzia", depois a "duas ou três dúzias", sempre nas palavras dos mais bem informados e responsáveis militantes. O "Expresso" elevou para "mais de quarenta". Cambada de aldrabões ou milagre da multiplicação dos "cargos".