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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O caso das gémeas de dez anos que nunca foram à escola e vivem rodeadas de piolhos, baratas e similares é a demonstração clara de como funciona a administração pública. Há seis anos que o caso é oficialmente conhecido. Por razões mais ou menos obscuras, veio agora para a praça pública.

E assistimos ao habitual funcionamento da coisa pública. Quem trata do assunto? Uma data de gente: a polícia, a protecção de menores, a PGA, os tribunais... Pelo menos, dizem, há umas sete instâncias responsáveis por casos destes. Então, quem é responsável? Ninguém, é a resposta certa. O emaranhado de burocracias em vigor, regulamentos, competências, estatutos, minudências e maxidências de toda a ordem acabam por estabelecer, sem margem para dúvidas, que todos cumpriram religiosamente o que mandam as NEP’s. A culpa, o falhanço, a incompetência, diz o A, pode ser do B, do C, do D, e por aí fora. O B, o C, o D, etc., dizem o mesmo, com o cuidado e o objectivo de tirar o cavalo da chuva. Todos têm a sua razão, todos, com base nas competências institucionais que lhes estão atribuídas e nos regulamentos oficiais que informam a sua (in)acção.

Isto, no caso das pobres rapariguinhas. Mas é assim em tudo, ou quase. Para cada caso, dos mais simples aos mais complicados, a selva burocrática é a mesma. A nacional burocracia cria os mais rebuscados sistemas para limitar as iniciativas de cada um, há sempre uma variedade infindável de “competentes” para tratar de tudo, ou de um bocadinho de tudo. E todos arranjam forma de cortar as pernas ao cidadão, para mostrar serviço, para justificar o que ganham, para dar a cada funcionário o poder de infernizar a vida de cada um.

É assim que que se justificam os burocratas, é assim que ganham a sua vida. E, quando se vive num regime cujo objectivo geral e primacial é a de sustentar a burocracia, a coisa atinge os seus píncaros.

Anime-se. A geringonça já prometeu cinquenta e duas vezes que vai “reformar” a admninistração pública. Você, se for, pelo menos, parvo, até é capaz de acreditar.

 

29.8.19

ELES É QUE SABEM

Anda meio mundo muito preocupado com as barrigas de aluguer. Parece que, segundo a  nova moral, tais barrigas não são de aluguer, que ideia, são de borla. Uma generosíssima senhora, comovida com a situação de um casal infértil – não sei se um casal propriamente dito ou se há outras modalidades incluídas – oferece-se para gerar uma criancinha a partir de material genético do referido casal. E pronto, passados nove meses, se tudo correr bem, nasce o novo cidadão, todo rosado, gordinho e bem disposto. Ao ver tão bela criatura, a senhora que a pariu tem um ataque de ternura e fica com ela. Fica, ou não fica?

Não percebo a dúvida que vem assaltando os legisladores, os neomoralistas, os geringonços, o Presidente, o Tribunal Constitucional, os juristas, os especialistas em direitos humanos, os teóricos, os filósofos, os jornalistas... É que contratos são contratos, mesmo que gratuitos. A tal senhora dispôs-se a gerar e parir um filho de terceiros, sendo tal filho daqueles e não dela. Mas, dizem os especialistas, pode decidir, legalmente, ficar com ele, sob pena de grave atentado aos seus “direitos”.

Você empresta, ou aluga a um amigo, uma courela. O seu amigo lavra a courela, rega-a, semeia-a e, como é evidente, fica com as couves. Mas o seu amigo, bem vistas as coisas, resolve, com protecção legal, apoderar-se delas. Você fica a arder. Acha bem? Não acha. Ninguém, no seu perfeito juízo, achará o contrário. A courela foi a barriga de aluguer. O produto é do seu amigo, não é seu, ninguém o porá em dúvida.

No caso das barrigas de senhora, porém, diz a neomoral, que ela – a sua amiga – pode apoderar-se do produto das suas sementes, tendo um prazo para exercer tal “direito”, ou seja, para infirmar os termos do contrato celebrado, para faltar à palavra dada, para se locupletar com o que seu não é.

Pode fazê-lo? Evidentemente, não pode, não tem esse direito. Mas não é o que pensam os que têm em Portugal, o direito de pensar pelos outros, os donos da nova moral. Eles é que sabem.

 

29.8.19

NOVOS “VALORES”

 

O tribunal não sei donde resolveu não aceitar uma candidatura que apresentava às eleições quatro candidatas fêmeas. Porquê? Por não haver machos contemplados. Parece que a “paridade” (de “par”, não de parir) toca a todos, e é bem feita. O tribunal tem toda a razão, mesmo que as catarinas cá do sítio não gostem.

Julgar-se-ia que as qualidades necessárias para se propor ou nomear alguém seja para o que for teriam a ver com o valor moral, profissional e cultural de cada um. Pura estultícia! Os critérios são outros, mais sofisticados. É-se candidato por ser fêmea, macho, qualquer coisa de intermédio, chinês, preto, azul às riscas, etc. No que se refere a sexos, usar saias é a fasquia mais utilizada, sendo que ainda não se arranjou maneira de dar quotas aos “trans” e similares, nem o PAN conseguiu ainda uns lugarzinhos para cães/cadelas e alforrecas/os. Lá chegaremos, estejam descansados. O esquerdismo, o “progressismo”, o correctismo, o causismo e outras imperantes garras tão idiológicas como idiotas não deixarão de voltar à tona, com o aval e o aplauso do Partido Socialista, reformado pelo costismo.

 

29.8-.19   

RACISMO À MODA DA ESQUERDOIDICE

 

O Bloco de esquerda é, inequivocamente, o grande inventor, promotor e comercializador do nacional-racismo. Fácil. Basta virá-lo de pernas para o ar. O BE alimenta, sustenta e promove um dos mais ferozes racistas públicos cá da terra, um tal Bá, odiosa criatura apostada em identificar indesejáveis situações sociais como consequência de opções racistas da sociedade portuguesa. O mesmo seria dizer que o “bidonville” dos anos 60 foi uma consequência do racismo francês em relação aos portugueses. Portugal não é racista, nem contra pretos (identificados pelo galicismo “negros”), nem contra chineses, indianos, paquitaneses et alia, que por aí vão fazendo a sua vida. Pelo contrário.

Os guetos negros são fruto de escolha própria ou de fraqueza económica, cultural e social, não uma opção social de português nenhum, sem prejuízo da existência de meia dúzia de facínoras sem qualquer expressão nem representatividade. As dificuldades de elevação social dos pretos não existem por opção, mas por circunstância e, às vezes, por racismo, mas do tal das pernas para o ar.

Uma eventual discípula do senhor Bá, descendente do Império, apareceu agora como cabeça de lista de uma trafulhice esquerdista, enteada do BE, chamada “Livre”. Acho muito bem. não tenho nada contra. A senhora tem todo o direito a ser candidata. E até, a avaliar pelas declarações da própria, é justa merecedora de admiração e estima.

Mas... o pior é que começa mal. Diz a citada doutora que, ao votar nela, “os eleitores vão decidir se querem iuma mulher negra no parlamento”. A senhora declara, assim, que a sua candidatura não se deve ao seu mérito mas ao facto de ter pela escura. Como se, se ela não for eleita – poucos se lembrarão, como de costume, de votar no tal “Livre” – é porque são racistas. O racismo nacional ficará “provado”.

Para quem insista em pecar por ver o que se passa, o que fica desde já provado, e reprovado, é o racismo de pernas para o ar.

Outras razões haveria para dar o devido tratamento a demais declarações da candidata. Fica para outra vez, se me apetecer

 

26.8.19

FILHO DE PEIXE...

...sabe nadar, diz a sabedoria popular.

É o que se passa com o camarada PN Santos, ilustre ministro das infraestruturas. Passados quatro anos de aprendizagem com o chefe Costa, o rapaz está devidamente industriado para nunca ter responsabilidade seja no que for de mau, e ter todo o mérito no que acha que é bom.

Aplicado aluno do seu mestre e até pretendente a suceder-lhe, veio declarar à televisão o seu impecável mérito como negociador. Acusado de ter falhado na mediação entre os tipos da gasolina e os dos camiões – uma indiscutível evidência – diz que nem pensar, não tem nada com isso, que ideia! Não assume, não sabe, ele é o bom, o maior, maus são os outros, o Camões, o diabo a quatro, só lhe faltou dizer que a culpa é de direita. Coitado, ele, incansável, inteligente, genial propiciador de maravilhas, anda desde Abril a “mediar”. Nada de importante conseguiu, o que era importante ficou na mesma, chega ao fim de mãos vazias mas, ó lata das latas, gaba-se de um acordo com o qual nada teve a ver: quem o fez foi o Arménio, para salvar a autoridade do PC/CGTP.

É a filosofia do chefe, mentir descaradamente sempre que convier e nada de responsabilidades, a culpa é sempre de alguém, nunca do próprio. Bem aplicado, este princípio tem funcionado impecavelmente vai para quatro anos. Deve ser por isso que o homem confessa, orgulhoso, que “gosta muito do que faz”. Teremos que lhe agradecer o gosto. Além disso, manda o recado ao chefe: terás mais quatro anos para me manter no poleiro, que não te passe pela cabeça outra coisa. Senão..., fica implícito.

Dona Catarina deve ter aberto uma garrafa de Favaios: O PNS fez a sua profissão de fé: conta comigo, olaré. Ai do Costa, se se quiser ver livre dela terá o PNS à perna.    

Temos um futuro risonho, ai temos, temos.

 

24.8.19

A QUEDA DE UM DIABRETE

 

O grande negociador, mediador, troubleshooter do governo, maravilha fatal da nossa idade, piloto de Porsches e Maseratis, perito em beijinhos à Catarina e ao Jerónimo, inimigo figadal da dona Ângela, figura proeminente da geringonça, falhou!

Ribombou por montes e vales o grande triunfo do homem, Pedro N Santos de seu nome, quando chegou a acordo com uns sindicatos dos transportes de mercadorias. Dizem as más línguas, IRRITADO incluído, que foi o PC (CGTP) que veio em seu auxílio, na defesa do “direito de representação” que oficialmente lhe assiste e que estava a ser posto em causa pelos independentas da gasolina. À boa maneira da geringonça, o fulano colheu os louros. Com a ajuda, diga-se, dos comentadores, jornalistas, intelectuais e outros que tais.

Mas lixou-se. Sem o apoio do PC, bateu na rocha do Pardal. Ele, que tudo conseguia quando se tratava do BE e do PC – coisa fácil entre irmãos ideológicos – foi mandado às urtigas por um obscuro advogadeco!

Não sei o que vamos passar com as novas greves do gasóleo. Mas saúdo com satisfação a queda deste diabrete de segunda escolha, famoso pela sua eficácia. Afinal, não era eficácia nenhuma.

 

22.8.19

A ESCOLHA DO DIABO

 

O poder de esquerda anda muito preocupado com assuntos importantíssimos, como as casas de banho LGB... xiça, as barrigas de aluguer (quem é a dona da criança?), o museu do Salazar, a perda de eficácia do PN Santos, a regionalização, o patriarcado machista, o “racismo” recentemente criado pelo BE, e tantas outras matérias com decisiva influência no futuro da Pátria.

Com tanta preocupação, como consagrar algum tempo a problemas menores? Que interessa que não haja maternidades, nem médicos, nem enfermeiros, nem medicamentos, nem cirurgias, que interessa que haja dívidas monstruosas ao mercado, que tenha deixado de haver os mais elementares serviços públicos, como os registos, que haja bichas (filas, em novilíngua), por todo o lado, que não haja funcionários para as escolas (mais de mil em falta desde Fevereiro) a tempo útil, que Lisboa esteja um monte de esterco e de buracos, sim, meus amigos, que interessam estas minudências, estes fait divers, estas parvoíces?

Fazendo fé nestes factos, o chamado primeiro ministro anda em viagem de propaganda (é o que sabe fazer), gaba-se, é o maior, come chouriços com o povo, ufano, em fralda de camisa, sim ele destruiu os mais elementares serviços públicos e com eles o próprio Estado, privando-o de qualquer tipo de funcionamento, destruiu a administração pública, aumentou a despesa e os impostos, não paga o que deve (nem aquilo a que é obrigado pelos tribunais), destruiu o SNS (tem uma ministra apalhaçada e incompetente) e gaba-o como se funcionasse, nunca criou um emprego que não fosse público, vê-se ao espelho do que outros fizeram apesar dele, leva com os pés da UE e diz que tem lá grande influência...

Pois é, dirá a nacional-estupidez, mas vai ter mais votos, se calhar a maioria absoluta. É o mais desavergonhado populismo em acção, e com bons resultados. Lado a lado com os populismos vigentes na Europa e no mundo, Costa é uma espécie de Salvini ou de Orban, mas de esquerda, o populismo de esquerda é salvífico, o de direita catastrófico, não é?

Para o IRRITADO, venha o diabo e escolha.

 

22.8.19

FARSA, ÓPERA BUFA OU TRAGÉDIA GREGA?

 

1º ACTO

A peça começou uns cinco dias antes da greve anunciada. O governo lançou uma campanha de “prevenção” de proporções ciclópicas, a fazer lembrar os sustos dos tempos das vacas loucas ou da gripe das aves. O povo, devidamente aterrorizado, encheu os depósitos.

2º ACTO

Começa a greve. Dezoito ministros e quarenta e quatro secretários de Estado ocupam a televisão e os jornais, ao ponto de ultrapassar os tempos de antena dos teóricos da bola, ainda que entremeados por um damagogo de fancaria, conhecido por Pardal.  Nunca visto. As ameaças sobem de tom, o povo teme a falta de nabiças e de carapaus, a tensão aumenta. Já há quem compre quantidade industriais de sardinhas em lata e de petingas para congelar. Satisfeito, o governo dá mostras de grande autoridade. Os grevistas fazem piquetes de febras de porco, bejecas e tintol. Os partidos comunistas dão mostras de nervosismo.

3º ACTO

No centro de trabalho das minas da Panasqueira, Jerónimo reune os seus áulicos. Que fazer?, diria o grande Lenine em semelhantes assados. Camaradas, devemos apoiar a greve, por respeito à nossa política de defesa de todas as greves? Não é bem assim, diz o camarada Arménio, nós apoiamos as greves verdadeiras, as que são devidamente enquadradas pelas nossas vanguardas organizadas! Esta greve é, objectivamente, uma consequência dos avanços do capitalismo selvagem, do populismo da direita e das ordens das centrais fascistas. O comité aplaude em uníssono. Jerónimo, atrapalhado, repete a máxima de Lenine: que fazer? Gera-se na sala um estremeção colectivo e colectivista. Intervalo para pensar. Greves sim, diz o chefe da célula do Fogueteiro, mas desde que haja vanguardas progressistas a comandá-las! Novos aplausos. A reunião acaba sem atingir qualquer objectivo concreto. Vou pensar, declara o Arménio. Os militantes, crentes no discernimento do grande educador da CGTP, vão mais descansados para casa.

4º ACTO

Os ministros acotovelam-se à porta das televisões. A coisa está feia. O Pardal ameaça. Há que tomar atitudes, mostrar quem manda. Em mangas de camisa (o Pedro Nuno com a dita de fora), vão tomar um café a São Bento. Temos que fazer uma demonstração de força que vá muito para além dos serviços mínimos. Aliás, diz o barbaças, consta que há dois tipos que não os cumpriram e sete aldrabões que meteram baixa. O chefe, indignado, toma a palavra (honrada, diz ele). Temos que mostrar mais músculo. Senhor Cravo, ou Cravinho, já não me lembro, faça favor de pôr a tropa na rua! Isso não, gemeu o Cabrita, eu tenho forças à minha disposição, a tropa, de momento, não é precisa, até podia cair mal. Eu trato da PSP e da GNR. O chefe aceita esta sensata posição.

5º ACTO

O comité central reune para ouvir o camarada Arménio. Do púlpito, o grande educador explica: temos que combater com as nossas armas. Mandei mobilizar os camaradas das nabiças e dos carapaus e vou, com eles, fazer um acordo com o patronato reaccionário, e deixar o Pardal a falar sozinho. Os camaradas vão nisso? Ouve-se esta importante questão, a que o Arménio responde: as vanguardas organizadas é que determinam o resultado, não são os camaradas lá de baixo! Aplausos, vivas, moções de confiança no Arménio aprovadas por aclamação. Segue-se um telefonema ao Pedro Nuno, a explicar a marosca. Pedro Nuno rejubila. Ó Arménio, manda cá os teus rapazes e a gente fabrica com eles um acordo qualquer.

6º ACTO

Dona Catarina surge, graciosa, a dar uma de democrata:mau grado certas manobras desestabilizadoras, a greve é sagrada e o meu marido tem o depósito cheio. Jerónimo, certo de que a coisa vai funcionar, dá duas na ferradura. Dona Cristas, ciente da oportunidade, defende mudanças na lei da greve, sem dizer quais. O Riacho diz que. O tipo do PAN concorda com a dona Cristas desde que os cães e as alforrecas sejam abranjidos.

7º ACTO     

Pelos campos, pelas ruas das cidades e das vilas, pelos portos, pelas minas, pelo orbe inteiro, ribombam os arautos do governo e repetem os trombones da informação: grande vitória da democracia, do dr. Costa, do engº PN Santos e do PS. Mostrámos força, quem se mete conosco leva, como diz o nosso ideólogo Silva. E os camaradas do PC mostraram a sua fidelidade à geringonça. Óptimo!

EPÍLOGO

Ainda não se sabe qual vai ser o fim dos fins. Seja como for, está demonstrado que o susto funcionou. O dramaturgo retira-se com a impressão optimista de alguém virá desmascarar esta gente toda.

 

19.8.19

SERIEDADE

Há um rapaz, conhecido cá em casa por Tavares mau (por oposição ao Tavares bom), que ficou conhecido do respeitável público por ter alinhado com o BE, sido feito deputado europeu, se ter zangado com o Louçã (muito bem) e se ter agarrado ao lugar com unhas e dentes (muito mal).

Ficou muito informado durante o seu mandato, fartou-se de viajar, e vem, em grande parte, usando tal experiência para exibir uns conhecimentos aqui e ali. Com medo do anonimato, fundou uma coisa a que chamou “Livre” a fim de não nos vermos livres dele. O “Livre” terá, diz-se, à volta de uns três filiados, contando com o fundador. Até teve até umas dúzias de votos.

Europeiista convicto, interpreta a Europa como barriga de aluguer que parirá um socialismo proto-comunista, ou coisa que o valha.

“Pensador” de esquerda, tem lugar cativo, três dias por semana, no jornal “Público”, diário especializado em dar dez no cravo e duas na ferradura.

Vem isto a propósito de um artigo de tão ilustre autor, no qual o nosso homem se espraia em merecidos elogios a Ribeiro Sanches, médico do Czar de todas as Rússias, senhor que deu à estampa sérias opiniões anti-esclavagistas, bem como bons e sensatos pensamentos e conselhos de ordem social. Muito bem. Depois, faz várias considerações sobre o nacional analfabetismo, culpado do nosso atraso crónico. Aceite-se. A seguir, tece uns elogios à obra educativa do Passos Manuel, e defende que os salários baixos não são favoráveis ao progresso das nações. É capaz de ser verdade. É claro que se esquece que os salários estão ligados à produtividade e a outras razões dificilmente entendíveis pelo radicalismo socialista.

Chegamos agora ao cerne da questão, à verdadeira raison d’être do escrito. É que a conclusão do dito, aliás anunciada nas parangonas do título mas só expressa, sem qualquer justificação, no último e curto parágrafo do trabalhinho: a culpa (de tudo, do analfabetismo, da falta de qualificações do povo, dos baixos salários, quem sabe se do terramoto de 1755) é do Passos Coelho!

Lapidar, não é? Baixo, rasca, odiento, miserável, a malhar no ferro frio que faz as delícias da geringonça.

O homem não nem parvo nem sério.

 

16.8.19

TOME NOTA

Como sabe a vox populi, e fruto do mais elementar bom senso e do respeito pela verdade, não há dúvida de que a geringonça levou a vida a aumentar impostos, a dar cabo dos serviços públicos e a apregoar o contrário.

Nessa senda, têm sido anunciadas certas intenções, ou invenções, desta vez não para aumentar os impostos, mas para os tornar mais “eficazes”, quer dizer, busca-se formas de os aumentar, dizendo que não se aumentou ou até que se baixou.

O prmeiro truque, já anunciado, en passant, foi o do chamado “englobamento”. Muita gente, v.g. comentadores especializados , parece não ter dado por isso. Havia impostos, por exemplo os dos rendimentos de capital e os das rendas imobiliárias, que tinham impostos fixos, que pagavam por taxa de IRS pré-estabelecida. Uma vez tais rendimentos “englobados”, isto é, somados sem mais à matéria colectável, você, meu caro, vai, por um lado, pagar mais sobre rendimentos antes taxados dentro de certos limites o mesmo que paga sobre todos os outros. Por exemplo, se pagava 35% sobre o rendimento predial, beneficiando de 28%  sobre a renda do andarzinho que tem na Reeboleira, passará a pagar os tais 35% (mais 7%); se pagava 20% sobre o segurozinho de capialização que o banco lhe vendeu, levará também com os 35% da ordem (mais 15%). Se for de classe média alta e estiver no escalão dos 40%, faça as contas.

Por outro lado, foi sugerida pelo secretário de Estado não sei de quê que a geringonça vai diminuir as deduções sobre a saúde e os medicamentos “a fim de financiar o srviço nacional de saúde”. Quer dizer, vamos pagar mais para financiar as retenções do Centeno.

Tudo isto sem aumentar, abertamente, os impostos, fora o que mais adiante se verá. A classe média anda a levar pancada há muitos anos, primeiro na qualidade de lesada do PS, depois de lesada da mesma gente, mas reforçada desta vez pelo PC e pelas esquerdoidas.

A “luta” (deles), a um passo mais rápido do que se imagina, acabará com a classe média, substituindo-a por duas: a dos pobres e a do partido, como manda a cartilha dos amanhãs que cantam.

Um sinal tão importante como assustador: entámos este mês em deflação. O mercado reage à política. Falem com quem sabe desta especiosa matéria.

 

14.8.19               

DIÁLOGOS DO PODER

- Não sei porque me fazes essa cara, pá!


- É que eu julgava que tratava de outras coisas...


- Pois é, pá, mas desta não podes fugir. És membro do gabinete de crise, pá, além disso tens palheta e, como sabes, a ordem é aparecer, os tipos das televisões estão todos ao serviço... e nós mobilizados, à altura da oportunidade, a alimentar a coisa! Temos que ter pelos menos dois ministros 24 horas por dia em cada televisão, pá, somos o único concorrente aos teóricos da bola!


- Tens razão, pá, mas eu, de gasolina, gasóleo e camiões não sei nada...


- Que se lixe, pá. Faz como os outros, diz coisas. Tu até gostas de dizer coisas. A malta da informação está atenta, nos intervalos dos ministros põem uns choferes a dizer umas tretas e uns tipos nas bombas que está tudo OK, que o governo tem autoridade, que o problema não é grave porque o PS está mobilizado e que tudo vai correr pelo melhor, estás a perceber? Olha, só o camarada ministro do emprego ou lá o que é já deve ter várias horas de antena, o barbaças dito do ambiente não se cala, ninguém está de fora...


- E o Pardal?


- O Pardal é parvo. Ainda não percebeu que está a trabalhar para nós. É burro que nem um comboio. Cada vez que fala aumenta os votos cá na malta.


- E os tipos dos partidos? E dos sindicatos?


- Os camaradas da geringonça não podem deixar de meter a viola no saco, o Arménio está à rasca com as greves a sair-lhe do controle, o comité central aperta com ele, os patarecos da direita não contam.


- Pois é, no fundo achas que tudo está a correr pelo melhor, mais uns dias de greve e temos a maioria absoluta no papo, não é?


- Vês como percebes, ó Silva? E, se as nabiças começarem a faltar no supermercado, arreamos a giga, ainda não sei como mas cá me arranjarei. Como PS não se brinca, como tu gostas de dizer. Quem brincar leva, não é? Eu sei que já não é fácil pôr as culpas para as costas do Passos Coelho, mas a camarada Catarina em boa hora  veio dar uma ajudinha quando disse que a culpa era da troica, portanto... o que é preciso é inculcar.


- Inculcar?


- Sim, filho, inculcar na cabeça da gleba que o problema vem de trás, e que nós, mais uma vez, somos os salvadores da Pátria, olaré. Comunicação, camarada, é tudo comunicação. Por isso estamos a meter ministros, todos são precisos para a comunicação. Não sei se reparaste que já comecei a meter secretários de Estado ao barulho. Pessoal não falta. Jornalistas também não.


- Tenho visto pouco o camarada Pedro Nuno...


- Esse é como o Adamantir.


- Queres dizer Adamastor?


- Pois, é isso, é como esse gajo que queria o mar do Dom João. Mas o Dom João sou eu e quem se afoga é ele.


- Boa imagem, pá. És um tipo culto.


- Só agora deste por isso?


- ...


- Bom. Vai mas é reservar uns minutos na TV, mete-te na escala quanto antes. Até logo.


 


14.8.19      

TUDO A AJUDAR

O Pardal foi de Lisboa a Aveiras de trotineta. O Medina agradece este valioso contributo para a sua política de substituir os carros por engenhocas. Estamos a caminho do Pequim dos gloriosos tempos do Mao. Ou do Moscovo soviético. Quando a pardalada toda andar à pata ou, na melhor das hipóteses, a pedalar nas bicicletas ou aos coices nas trotinetas (sem prejuízo para as faixas exclusivas para os carros dos geringonços), aí teremos realizado o sonho do Medina.

De resto, tudo ajuda. A somar ao contributo do Pardal, anda o outro (um aparatchique do PS, em representação do "inimigo") a propagandear a benesses do chamado governo, aperitivo para as quatrocentas aparições por hora do Costa & Cª, na televisão, na rádio, nos jornais, a mostrar músculo, a defender o povo, gloriosos, imponentes, numa das mais formidáveis campanhas jamais vistas. Há para aí votos em barda. Tudo a ajudar. O tipo da CGTP, à rasca com os independentes, apoia. O da UGT, à rasca com os independentes, tergiversa. A Catarina e o Jerónimo, caladinhos como compete, contribuem. O Rio, incontactável, deve estar na casa de banho. A Assumpção não dá por nada. Tudo nos varais. Os dois últimos já tinham mostrado a sua solidariedade com a geringonça no caso dos professores. À altura, o Costa foi contemplado com a sorte grande.

Desta vez, com o euromilhões.

Tudo a ajudar. Restam descontentes os infelizes que ainda andam às votas com os incêndios. Mas são meia dúzia, não contam. Restam mais uns milhares, os doentes, mas que diabo, a maioria está de boa saúde, os doentes que se lixem, até há alguns que são tratados. A mole, as massas, a turba, a multidão, a que interessa, está mergulhada em propaganda, cozida, frita, assada, pronta a ser comida, tem o Costa em casa em tudo o que é canal.

É aproveitar, vilanagem. Concertos, bola e PS, está a coisa feita. É aproveitar. Obrigado choferes, obrigadinho. Centenas deles, com a coisa bem bem trabalhada, valem os milhões da maioria absoluta!

 

12.8.19   

 

O CERCO

 

O que é um cerco? É privar o inimigo de abastecimentos até que ceda à pressão da fome e de toda a sorte de privações. É uma forma feia de guerra, talvez a mais cobarde.

Posto isto, pergunto a mim próprio se não há uma semelhança clara entre tal acto de guerra e a ameaça de paralização do país veiculada por um bando a cavalo num direito que, como todos os direitos, tem os seus limites.

Resta saber se a ameaça, uma vez em acto, e sem prazo, não ultrapassa todos os limites, não é, em si mesma, um acto de guerra contra a comunidade nacional no seu todo. E se, enquanto tal, não merece uma resposta proporcional.

Não estou a falar em pôr o Exército na rua. Estou a dizer que o Estado devia cumprir as suas obrigações, se possível a bem, se não a mal. Mas nunca foi hábito deste governo, maxime do seu “infalível” negociador, parceiro de eleição da camarada Catarina, pegar toiros pelos cornos. Antes pelo contrário. Também podem recorrer à chamada ministra do mar, especialista em cedências a estivadores, investidores asiáticos, e noutras matérias onde a sua alta competência é conhecida.  

 

9.8.19

EDUCAÇÃO PARA JÓVENS

“Contra aqueles que nos impõem a precariedade para faturar milhões, os que querem fazer do direito à educação ou à saúde um negócio, os senhores da indústria da guerra, os banqueiros que nos controlam a vida, os senhorios que nos roubam a casa ou as grandes empresas que nos destroem o planeta e o futuro, em insubmissão contra o policiamento das nossas sexualidades e identidades, respondemos com a única arma que temos: a Revolução.”

Assim reza o programa educativo do BE, a ser ministrado à juventude. Atente-se no primitivismo comunista desta tão “educativa” amostra de prosa. Das catacumbas do marxismo-leninismo-trotskismo e de outros ismos de um passado criminoso há muito morto e enterrado, eis que surge, pletórica de razões e "causas", a doutrina da cartilha da organização. Ligação directa entre os malefícios da fortuna em versão mortágua e os constrangimentos da “precariedade”, a indiscutível natureza de ladrões dos senhorios, isto é, a condenação dos ricos, dos meio-ricos e dos remediados com alguma coisinha de seu, além da  “destruição do planeta” e da propaganda das disfunções sexuais – esta são novas, não havia no tempo do Estaline. Tudo a merecer uma só solução: "a Revolução", ou seja, o fim de qualquer espécie de liberdade e de dignidade.

Para alguém que, envenenado pela propaganda e pela geringonça, ainda tenha dúvidas quanto à verdadeira natureza do clube das esquerdoidas, não podia ser mais esclarecedor. A juntar às receitas ressuscitadas dos cemitérios do totalitarismo, lá vem a boleia, tão “ecológica” como ignorante mas à la page, e a indispensável publicidade LGXisetc+59, cuja expansão faz parte do contributo civilizacional do Bloco de ....erda, passe a piada, certeira mas ordinária.

O pior é que um partido outrora adepto da democracia liberal se tenha mancomunado com gente desta e venha arruinando o que tal democracia, apesar de tudo, tinha conseguido.

 

9.8.19   

NOVAS DE ONTEM

 

Passados 4 dias sem ler jornais, eis os títulos de ontem, de um só deles:

- Maternidades do Sul funcionam a meio gás

- Hospitais de Lisboa recusam consultas a grávidas

- Morreu um bebé em parto desviado de Faro para Lisboa  

- Amadora-Sintra: PGR abre inquérito à morte de bebé

- Uma grávida numa situação de risco foi desviada do Hospital de Faro para o Amadora-Sintra por falta de incubadoras.

Fiquei muito contente. O país está estável, como advoga o senhor de Belém entre dois copos com o Ferro. Quatro dias sem notícias e está tudo na mesma, pelo menos no que se refere a essa extraordinária obra do socialismo que se chama Serviço Nacional de Saúdeo, o qual tem a particularidade de nunca ter sido respeitado pelo dito socialismo e a que o mesmo socialismo tem feito o que está ao seu alcance para destruir.

Se a sua mulher está grávida e entrar em depressão, sem parteiros, sem consultas médicas, sem incubadoras, com bebés a morrer, com inquéritos da PGR para inglês ver, não desespere. Há várias soluções: por exemplo emigrar ou, de forma menos radical, ir passar a Badajoz o tempo que falta ou, finalmente, uma das mais geniais receitas do socialismo, recorrer ao Estado que, sem custos, e até, diz-se, com subsídios especiais, fará com toda a limpeza o aborto previsto na lei, sem interpretações literais.   

Tal é o valor da estabilidade.

 

8.8.19

MODÉSTIA A RODOS

Não quero fazer balanços. Registo apenas que a área ardida é inferior a 26% da do ano passado e 42% abaixo da média dos últimos 10 anos”. — Eduardo Cabrita dixit

Com a modéstia própria dos grandes homens, o solene Cabrita, dito ministro da administração interna, não quis atribuir a alegada diminuição do número de incêndios nada de especial. Mas fica claramente inculcado que a proclamação (do número de incêndios, não dos hectares ardidos) em nada se deve às baixas temperaturas, à queda da velocidade dos ventos ou a outras causas do mesmo tipo, mas à genial actividade do ilustre Cabrita e da sua bem-amada geringonça. Na opinião de quem sabe, a bagunça foi a mesma, nada foi coordenado, os aviões e os helicópetros só aparecerazm fora de horas, os autarcas protestaram, o dinheiro ninguém sabe dele. O costume.

Só fica a humildade, a seriedade e outras augustas qualidades de que o senhor ministro, ao longo dos tempos e das mentiras, tem dado provas.

 

8.8.19

ENTRADAS DE LEÃO...

 

Ao camarada Centeno, coitadinho, saiu o tiro pela culatra. Convencido da sua "preponderância europeia", achou que ia desbaratar a concorrência e ganhar o poleiro do FMI. Resultado: foi cristalinamente metido nos varais pela dona Cristalina Qualquercoisovna, vinda de bulgáricas paragens com a malinha na mão.

Ao longo dos tempos, conheci uma boa dúzia de búlgaros, de um modo geral pouco simpáticos. Sófia é uma cidade desagradável q.b., algo mafiosa, aquela malta parecia-me pouco merecedora de confiança. Tipo Diógenes, lá encontrei um ou dois, vindos de remotos tempos, que me agradaram. Não quero repetir o Mário Soares que, quando foi batido por uma francesa, a mandou coser meias. Não sei se a dona Cristalina vale alguma coisa, mas sei que, pelo menos, chegou para o Centeno, o que só abona em seu favor.

Assim, ocorre-me desejar-lhe sucesso e manifestar o mais profundo gozo pela derrota das manobras do nosso pobre Centeno que, desta vez, nem a dezeno chegou. Desta vez diplomaticamente, mandaram-no coser meias.

 

3.8.19   

CINISMO

O inenarrável Centeno anunciou ao orbe a sua decisão de não se candidatar à chefia do FMI. Notável mas aldrabófono, como é costume inveterado das declarações do fulano.

É que, no dia seguinte, resolveu “clarificar” a sua”verdade”. Fica de fora, mas com um pé dentro, isto é, espera que os que se mantêm na corrida se engalfinhem, que haja mais desistências e que, no fim da linha, nenhum seja eleito. Aí, diz o macacão, estará outra vez na luta, apresentando-se como “salvador”. Em termos de honestidade, está tudo dito.

O camarada Costa, semanas atrás, também disse que não era candidato a um cargo para o qual ninguém, que se saiba, o convidou. Assim, evitou uma forma de não ser liminarmente corrido.

Centeno vai mais loge na jogada, mas a “mentalidade” é a mesma.

 

2.8.19

INQUALIFICÁVEL BANDALHEIRA

Não me parece que as últimas notícias do governo do PS se refiram a crimes de maior. No fundo, tudo não passa da mais normal, habitual e reiterada aplicação prática da triunfante moral republicana que anima e informa a organização. Estamos fartos deste género de pecados, não são surpresa para ninguém, nem sequer escandalizam uma sociedade que, sem a escolher, segue gente desta.

O que é grave, gravíssimo, é o repugnante comportamento do chamado primeiro ministro. Foi um dos redactores responsáveis pela lei que condena à demissão os autores dos pecados em causa. Dir-se-ia que é, salvo fabricada amnésia, interprete “autêntico” do que tal, bem ou mal, tal lei estabelece. Mas, coitado, à semelhança de muitos (todos?) os seus esquecidos áulicos e aliados, já não sabe bem o que nela escreveu, nem porque a terá, convictamente, votado. Mostrando a massa de que é feito, resolveu atirar para as costas de terceiros a “interpretação” do que nela escreveu. Coitado, a lei caiu-lhe em cima, e adoptou a única fuga que tinha à mão. Mais uma entre centenas de vezes, atirou o odioso para as costas de terceiros, mesmo quando o “terceiro” é o próprio, de todos o mais autêntico. Vale tudo, até descer ao mais profundo da indignidade, desta feita acompanhado pelo seu principal lacaio e serventual trauliteiro, um tal Santos Silva, que acha que isso de lei é coisa que, se não convier ao PS, não se aplica. Acresce que o “parecer” pedido à PGR é coisa que, com férias pelo meio, só cá estará fora na próxima legislatura, isto é, quando outra lei, menos inconveniente, já estiver em vigor. O que soma à falta de honra e dignidade uma cobardia sem nome.

Os responsáveis directos pelos pecados, a meu ver, não devem demitir-se. Quem deve demitir-se é o chamado primeiro-ministro, um fulano que, em qualquer país da Europa ocidental, já estaria na rua sem possibilidade de regresso.

Mas assim não é em Portugal. Somos um país tolerante, sem acessos de dignidade. Uma choldra.

 

1.8.19

ET. Depois de publicado este post, dei de caras com um discurso inacreditável, proferido por um tal Porfírio, na sede do PS. Em substância, diz o indivíduo que a lei, "que o PS cumpre sempre", deve ser "clarificada", ou seja, que deve ser interpretada da forma que mais interessar ao partido. O que  a lei diz não interessa, a não ser que seja "interpretada de forma democrática". Este discurso (pode lê-lo no Observador) confirma o que o post diz. Obrigado, ó Porfírio!

 

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