O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
As seis primeiras posições são promessas do governo da nova geringonça, em boa hora anunciadas pelo seu admirável chefe.
As outras seis, sabe o IRRITADO de fonte segura, fazem parte de um novo pacote a apresentar numa próxima oportunidade.
Da terceira parte do programa constarão 18 transatlânticos destinados a proporcionar cruzeiros de luxo aos filiados e simpatizantes do PS, 4.000 carrinhos de bébé para cães, por proposta do PAN e 3.000 fins de semana no Ritz, com tudo pago, para racistas africanos devidamente credenciados pelo Livre.
Em abono da verdade diga-se que, se alguma destas promessas falhar, a culpa será do Passos Coelho, como ficou provado durante várias intervenções dos maravilhosos deputados da geringonça recauchutada durante o debate do programa de governo, ontem apresentado por Sua Excelência.
Parece que a RTP, libertada por Passos Coelho de longa servidão política, se cansou de ser livre e responsável. E voltou à nobre missão de defender o poder, maxime o poder do PS. Uma reportagem que punha em causa a credibilidade do famoso trauliteiro Galamba não foi publicada antes das eleições.
Diz-se que ficou no choco até ao assentar das águas, só depois vindo cá para fora. Como é evidente, a polémica tem sido muita, a RTP foi acusada de defender o PS, calando a reportagem a dois dias das eleições. Nada mais natural - a polémica, não o “atraso”.
O mais interessante é a indignação da RTP. Veio a lume ofendidíssima: a tal reportagem não ficou pronta antes das eleições, por isso não pode ser transmitida a tempo. O que se disser em contrário é mentiroso, indecente, oportunista, etc..
Coma disto quem quiser. É que a própria natureza da reportagem levaria o menos esperto a concluir que, se fosse publicada logo a seguir às eleições, inevitável tempestade de acusações se levantaria. De bom senso seria evitá-la, publicando-a a história três ou quatro semanas depois, com a desculpa do atraso que agora alega.
Com argumentos como os que brandiu, vitimizando-se, “à la Sócrates”, a RTP perde prestígio, havendo que perguntar se há por lá alguma perda de juízo, ou se o IRRITADO tem razão quanto à nova/velha orientação da casa. O futuro o dirá.
Diz a propaganda que o chamado primeiro-ministro virou à direita. Mais uma golpada. Num país de idiotas úteis, nada melhor que atirar notícias falsas à cara de cada um. A geringonça morreu, viva a geringonça!
A morte anunciada da tenebrosa organização nunca passou de fogo de artifício. Costa, perito em cravos e ferraduras para baralhar os incautos, depois de a enterrar, ressuscita-a, desta vez alargando-a. Depois de declarar o seu acendrado amor à Catarina e ao Jerónimo, entrou em “conversações” com a notória racista, ora deputada, e com o animalesco Silva, ora “ecologista”, inimigo de touros e de vacas. Alarga-se assim o âmbito dos fiéis, todos com a missão de falar contra e de votar a favor. Batam batam, que eu até gosto, diz o feliz Costa diante do espelho. Há alguém mais esperto do que eu?
É uma espécie de socialismo esquemático, regime outrora em vigor em Angola, hoje retomado em Portugal com novas vestes mas o mesmo fundo político-moral.
O pior é que vamos ter que viver presumivelmente mais quatro anos nesta floresta de enganos. A catástrofe, ou as suas consequências, vai durará muitos mais.
O seventuário da notória racista Kakakakakatar apresentou-se em São Bento de saia plissada, toda bem engomadinha. Vestido de homem, mas de saia plissada. Porquê? Para se declarar gay? Por solidariedade para com a notória racista, perita em fatiotas folclóricas? Para fazer propaganda a algum costureiro? Para denunciar algum “estereótipo”? Porque é parvo?
As hipóteses são muitas. Mas só uma é evidente: o alegado homem queria publicidade. Teve-a. Parabéns. De serviço permanente à nacional-parvoíce, a chamada comunicação social entra num frenesi, os comentadeiros estremecem, as primeiras páginas fervilham, há “ensaios” sobre saias históricas, artigos de fundo, um manancial interminável de bocas sobre o assunto. Ao ponto de se dar o exemplo do Dom Afonso Henriques em cota de armas, na primeira página. Coitado do Dom Afonso Henriques!
A somar ao oceano de publicidade que notória racista já conseguiu, temos agora a saia do palerma exibicionista.
Se calhar, ao contrário do que acima diz o IRRITADO, o lacaio da mulher não é nada parvo, ainda menos palerma. É um génio. Parvos e palermas somos todos nós, portugueses, que damos importância a estas merdas.
Alguém devia explicar um bocadinho mais a história das ecografias. Não, não vou dedicar-me a clamar sobre incompetência do médico, a má qualidade da empresa em que exercia, a ausência de fiscalização pública de uma clínica privada. Nada disso.
O mistério é este: a tal clínica, devidamente licenciada enquanto tal, não tinha qualquer contrato com o Estado. No entanto, mediante requisições do Estado, fazia ecografias de borla. Más ou boas, mas de borla. Então – isto não há quem esclareça – será que o Serviço Nacional de saúde paga facturas sem precisar de acordos que as legitimem? Ou será a clínica uma associação de caridade que presta serviços pro bono? Será que o SNS passa requisições a qualquer entidade, sem precisar de contratos que as cubram?
Cheira a esturro. O esturro não vem só desta questão. Vem do facto de ninguém falar nisso. Todos concordam que a clínica actuava sob requisição. Alguém a passava. Alguém a pagava. E ninguém, nem as chamadas autoridades, nem a chamada ordem dos médicos, nem a chamada informação, ninguém dá por isso. Qual era o esquema?
Seria de esperar que o recandidato à chefia do PSD fizesse a sua apresentação com uma clara declaração da paz. Unamos o partido para uma nova etapa, esqueçamos disputas internas em nome do interesse da democracia e do partido, sejamos os guias e os praticantes de uma oposição tão consciente como forte e exigente, estou disposto a ouvir todos, a dialogar com todos, temos que recuperar a alma que nos fez fortes, etc.etc. etc.
Em vez disso, o auto convencidíssimo senhor Rio resolveu atacar os que, sem “transparência” nem respeito, dele têm duvidado e manobram na sombra (como se haver outros transparentíssimos candidatos fosse uma traição obscura), ele que é o salvador da pátria, que só pensa no país, nos portugueses, que não atura opiniões outras que não a sua, e por aí fora, numa diatribe divisionista, autêntica declaração de guerra interrna, a garantir a continuação do saco de gatos em que transformou o partido, a anatemizar as “tendências liberais”- uns malandros que não querem perceber que ele mudou o partido, que encheu o grupo parlamentar de “novidades” no propósito único de excluir todos os valores que lá havia, de forma a pôr-se num poleiro indiscutível, guardado por uma guarda pretoriana de boys e de yesmen.
Será que o homem ainda não percebeu que são dele 100% da culpa do que aconteceu ao partido nestas eleições, não percebeu que andou dois anos a adular o Costa em vez de o combater, não percebeu que, ao atacá-lo na recta final, subiu 7% nas sondagens, não percebeu que, em vez de andar a passear pelo Porto, devia ter tomado conta da oposição em Lisboa? Sobretudo será que ainda não percebeu que o Costa virou à direita para lhe roubar espaço, e que é tarde para andar aos gritos que é do centro quando tudo fez para ser confundido com a direita da esquerda, que está, ou órfã ou todinha, no PS? Será que não percebe que, com PS mais à direita não deve andar a afirmar-se anti-liberal e de centro, centro esquerda?
Talvez alguma iluminação divina lhe diminua a burrice.
Quando foi anunciado o novo monstro governativo, alguém, que comigo olhava atónito para a televisão, disse: sinto-me no Burkina Fasso, isto é de um ridículo que só julgaria possível num país dos confins do terceiro mundo.
Carradas de razão. Cinquenta secretários de estado, com competências sobrepostas, inventadas, ou até conflituais, é coisa capaz de pôr de rastos qualquer adminstração pública. Costa deve ter contado os mais fiéis e arranjado uma competência qualquer, existente ou inventada, para cada um. Como, nos altos cargos da administração pública, ainda há, vindo dos tempos de Passos Coelho, algum critério de de selecção, a solução para ultrapassar escrutínios, coisa chata, foi transformar os clientes em membros do governo, uma espécie de directores gerais, mas mais bem pagos, e sem concurso.
A escolha, como disse o Presidente da República tirando os burrinhos da chuva, é da exclusiva escolha do primeiro-ministro.
Pois é. A desestruturação do Estado, ou do que dele resta a funcionar, continua, esquerdista e duvidosa.
Com toda a razão, o CDS, orgulhoso do poder que lhe assiste (qual?), desatou aos gritos que o tipo do Chega!, para chegar à cadeira da AR, tinha que incomodar a multidão de deputados do CDS. É claro, dizem os entendidos lá do sítio, que isto nada tem de político. Que ideia! O que está em causa é só o bem estar dos ilustres deputados do CDS .
Toda a vida, dependendo das cadeirais arrumações, houve deputados que tiveram que pedir licença para chegar aos seus lugares.
Mas o tipo do Chega! é outra coisa. Compreensivo, o chefe do hemiciclo propõe-se abrir uma porta especial para ele.
Nunca o Chega! terá sonhado com tanta propaganda. Ele, coitado, que até diz que se senta onde o quiserem sentar.
A somar à composição do governo, aqui temos mais um caso flagrante da nacional possidoneira.
Mesmo a calhar, depois do meu post de ontem: “cerca de 50 pessoas”, quer dizer, umas três dúzias de maluquinhos, fizeram uma “manifestação” junto à Assembleia, para protestar contra a “homofobia”, e a favor da afrocruzada do senhor Tavares (Rui) e da dona Joacane Katar.
Antes, outros maluquinhos vieram à liça exigir que a Katar não entrasse para a dita Assembleia por ter exibido uma bandeira da Guiné Bissau numa festa qualquer. Não foi ela, foi alguém por ela, mas vai dar ao mesmo.
Assim, à conta dos maluquinhos 1, se vai afirmando a afrocruzada racista, desta deita com o aval da homofilia bacoca. Assim, à conta dos maluquinhos 2, a “sociedade” se vai indignando.
Feilzmente, a maluquice, desta feita, não conseguiu mais de putativas cinquenta distintas presenças. Alguma coisa há de correr bem, que diabo!
Anda por aí uma autêntica cruzada racista. Meia dúzia de chefes de fila, acompanhados por hordas de idiotas úteis, não cessa de propagandear a sua fé racista. Só que não se trata de racismo de brancos versus pretos, mas de pretos versus brancos.
Agora que elegeram uma senhora para o parlamento usando em exclusivo o “argumento” da cor da pele, resolveram chegar à rua. Acham que devem manifestar-se contra os “ataques e perseguições racistas ‘remetidos’ à recém eleita deputada”.
Quais ataques, quais perseguições? Ninguém sabe, ninguém viu. E, como ninguém sabe nem ninguém viu, há que criá-los, a fim de manter bem viva a seara de ódio que insistem em criar.
Nunca, neste regime, o critério da cor da pele levou à exclusão de qualquer candidato, deputado, ministro, ou de outra qualquer profissão ou actividade. Os negros, em Portugal, só não sobem porque não querem ou porque não merecem, como cidadãos, não como mais claros ou mais escuros.
Mas o ódio, se não existe, tem os seus criadores, e há-de passar a existir, a bem ou a mal.
É nisto que vivemos. Se pusermos em causa a existência do que não existe, somos, pelo menos, fascistas, xenófobos, afrofóbicos.
E o racismo vança, perante uma sociedade amorfa, que já desistiu de pensar.
Diz-se que De Gaule opinou um dia que le Portugalest une Catalogne qui a réussi. Diz-se também que foi no 1º de Dezembro que Portugal correu com os castelhanos. Mentira. Andámos 30 anos em guerra para os fazer desistir.
Vai para 400 anos que a Catalunha não “réussiu”. Há quarenta que os catalães, por larga maioria, aceitaram, em referendo, ser uma “aaunomia” no reino espanhol. E, no entanto, agora, há muitos espanhóis da Catalunha que resolverem trair a palavra dada, e querem reverter a História, reacendendo uma questão enterrada há séculos. Não elaborarei sobre a questão, a não ser num ponto: o da nacionalidade.
Todos os catalães são espanhóis. Um grupo, maioritário ou não (tudo indica que não) quer deixar de o ser; se este grupo ganhar, o que acontece aos outros? Passam a apátridas? São obrigados a mudar de nacionalidade? Podem recusar-se a isso? Passam a ter duas? Deixam de ser, como os catalães, cidadãos da UE? Passam a estrangeiros na sua terra? Se insistirem vão para a cadeia?
E como se determina quem é catalão? Têm algum ADN especial? Arranja-se um esquema de tipo nazi para determinar os “puros”? Haverá algum “sangue” catalão? E os que só falam castelhano serão obrigados a deixar de o falar, a favor de uma língua (chamêmos-lhe assim) que não serve para nada, que ninguém mais fala, que não passa de uma caturrice, eventualmente respeitável mas que não passa disso mesmo, caturrice?
Haverá algum separatista que queira responder a estas perguntas? Julgo que não.
Os rios andam para aí sem água, ou seja, não andam, pararam por falta dela. São os espanhóis, diz-se, com razão ou sem ela. Se com razão, pergunte-se ao Silva o que anda a fazer sobre o assunto. Ou não se pergunte, não vale a pena, a resposta é sabida: nada. O Silva não anda a fazer nada, a geringonça há quatro anos que não faz nada. Os espanhóis agradecem.
Os exércitos dos auto-proclamados amantes da natureza, dos ecologistas profissionais, dos PANs e Cª, da tropa fandanga de dezenas de ONG’s, andam por aí em movimento, as mais das vezes finaciadas pelo nossos impostos. Tudo o que lhes cheire a retenção stocagem de recursos hídricos é condenável atentado ao ambiente. Têm horror às barragens, aos pegos, às albufeiras. Desde sempre. Eram contra o Alqueva: imaginem o que seria se tivessem ganho essa guerra. Deram cabo da barragem de Foz Coa, com milhões de contos de prejuízo. Já travaram mais uma barragem da EDP. E por aí fora: estarão sempre contra. Tanta demagogia com a “salvação planeta” e nem uma palavra sobre a necessidade de reter água ou de pôr os espanhóis a funcionar sem ser em nosso prejuízo.
Com outro nome ou sem nome nenhum, a geringonça continua. Podem ter a certeza que, a este respeito, continuará a fazer o mesmo de sempre, ou seja, nada.
Há um movimento de terror à volta da eleição de um tipo do Benfica, conhecido pela sua “luta” televisiva a favor do clube e pela denúncia do modo de vida dos ciganos. Indivíduo perigosíssimo para os membros do movimento, unidos na condenação do fulano e dos que nele votaram.
O nosso Parlamento, até agora impecavelmente democrático, passou a contar com um assustador extremista. Que horror!
O nosso Parlamento, que recebe de braços abertos hordas de extremistas da esquerda, fica, na opinião da nacional bempensância, ferido de morte pela entrada de um extremista de direita. Não importa (até é bom!) que abarrote de estalinistas, de adeptos do Maduro, de admiradores do Che e do Fidel, de tipos que acham que o tirano da Coreia do Norte é um sábio democrata. Todos são “pilares” da democracia, eleitos pelo povo, legítimos defensores das mais brilhantes ideias, uns heróis. Mas entrar um de sinal contrário parece o finis patrie. As hostes tremem ou, como diz o povo, borram-se de medo. Por exemplo, o inteligentíssimo denhor Guerreiro, do Expresso, não está co meias medidas: “Basta 1% de células malignas para espalhar a doença por um corpo 99% funcional”. 99% “funcional”? Ignorância, facciosismo visceral, pura parvoíce, ódio primário?
Nada disso. É o Império da nova moral, que dá uns como santos outros como demónios. Os donos da nova moral, extremistas de esquerda ou idiotas úteis, têm o direito de educar as massas, de determinar o que está certo e o que está errado, o bem e o mal são por eles devidamente catalogados em exclusivo, e obrigatórios para os outros. Como se o mal não estivesse nos extremos, na seara de ódio todos os dias espalhada pelo BE, pelo PC, pelo Livre e quejandos, e tão querida do PS! Entrar em tal seara vindo de áreas impuras, não. Que medo!
Acho muito bem que não se goste do Chega! Eu não gosto. Daí até entrar na cáfila dos tremebundos vai uma grande distância.
Seja qual for a nossa opinião sobre esta história do fim da geringonça (onde está a verdade?), uma coisa é certa: altos sonhos se esfumaram, pelo menos para já. Sim, meus amigos, imaginem a floresta de frustrações que por aí viceja. A Mortágua 1, já se via ministra das finanças, carro com motorista do BE, quatro secretárias (todas do BE), oito adjuntos (todos do BE), três secretários de Estado ajudantes (dois do BE e um da esquerda do PS), milhares de cobradores de impostos, um corpo de polícia armada especializado em perseguir proprietários de grandes companhias, de tascas, de capelistas e demais ladroagem, tudo às suas ordens, maravilha! A Mortágua 2, ao espelho, contemplava-se nova ministra dos negócios LGBTSDSFEA++, com duas secretárias lésbicas, dois motoristas gay e um grupo de adjuntos de outras especialidades, em número sem limitações (tudo gente do BE). A Martins, essa, ministra de Estado sem pasta, adjunta do Costa, que maravilha, a quantidade de camaradas a meter na presidência do conselho de ministroa, na função pública, nas empresas do Estado! O careca, totalmente aluado, contava com um lugarzinho no governo, fosse qual fosse, onde pudesse contratar um pelotão de camaradas (todos do BE, com alta percentagem de militantes indianos, chineses, palestinianos, africanos, índios, ciganos, etc. – o sonho da sociedade multirracial do doutor Salazar).
Como devem ter sofrido! Como nós, nesta pequena tribuna, sofremos com eles, nos solidarizamos com eles, nós, que tínhamos vaticinado a continidade da geringonça tal como era até agora, como lamentamos!
Mas, corações ao alto! Há ainda por aí muito cacau a colher! Para já, os do fundo na mesma, os de baixo dá-se cabo deles, a seguir trata-se da saúde aos do meio. Para os de cima haverá que ter mais paciência, os processos terão que ser mais sofisticados, mas não perdem pela demora. Com um empurrãozinho do BE, o PS tratará do assunto com renovada eficácia e comprovada competência.
Sacar muito e pagar pouco, eis a chave do progresso. O Centeno que o diga.
Tenho o senhor Rui Tavares, chefe do “Livre”, na conta de um indivíduo razoavelmente inteligente;
Não sou partidário, nem admirador, do senhor André Ventura, chefe do “Chega”;
Não me agrada o surgimento de movimentos de extrema-direita na Europa, como não me agrada a avassaladora existência de partidos de extrema-esquerda em Portugal.
Posto isto, um artigo do senhor Tavares sobre o senhor Ventura, hoje publicado, suscita-me algumas observações.
O senhor Tavares, não contente com ter comandado uma campanha eleitoral baseada no racismo (de que acusa outros), vem tecer as mais antidemocráticas considerações que imaginar se possa sobre a “concorrência” do senhor Ventura. Os empregos políticos de um e da representante do outro têm exactamente a mesma origem. O senhor Ventura foi tão eleito como a candidata racisticamente apresentada pelo senhor Tavares.
No entanto, para o senhor Tavares, o senhor Ventura devia ter sido impedido de se candidatar. Não passa, escreve o senhor Tavares, de “um fascista”, “um Mussolini de trazer por casa”, “um incompetente”, “um burro”, “um criminoso”, até “evidentemente criminoso”, “um fala barato” “mais organizado” que os seus parceiros ideológicos, o primeiro a ter a sorte de ser eleito. O senhor Tavares até cita um tipo qualquer que disse que o senhor Ventura é “um oportunista levado ao colo pela comunicação social, cheio de dinheiro, com outdoors em todo o país”.
E o principal “culpado” de o homem ter sido eleito é, nem mais nem menos, adivinhem, Passos Coelho, um “casmurro”!
E não houve vivalma que “esmagasse o ovo da serpente antes que ele eclodisse”. Ninguém “limpou a sujeira”. Agora, “que o mal está feito”, é preciso investigar, mediante apuramento sério, “eventualmente criminal”, do seu passado e, sobretudo do dinheiro (um invejoso, este Tavares) de que o Ventura se terá servido para os cartazes. “Por que raio” ninguém investiga?, pergunta o articulista.
Não me oponho a que se investigue, até acho que o senhor Tavares pensa que uma polícia política seria benvida para estes casos.
*
Não os maço mais com a fúria histérica da criatura.
Como não sou, repito, nem adepto, nem admirador, nem seguidor do senhor Ventura, estou à vontade para descobrir a careca do senhor Tavares. Quem é ele afinal? É fácil: um tipo que acha que os venturas deste mundo não deveriam sequer, ter direito a existir, ainda menos a ser eleitos; um estalinista primário, disfarçado de democrata, que quer eliminar os anti-esquerda, começando pelos extremistas da direita, mesmo que mais não tenham feito dizer umas bojardas cometer o hediondo crime de ser eleitos?
A “democracia” da extrema esquerda fica largamente desmascarada com esta furibunda e odienta (se eu fosse como ele, diria “criminosa”) intervenção “intelectuai” do senhor Tavares.
Como o IRRITADO sempre disse, a geringonça vai continuar o seu ruinoso e indecente trabalhinho, com novos e habituias aderentes, todos a puxar a brasa à sua requentada sardinha. Mais uma vitória dos anti-liberais, dos adeptos da nova “moral”, da demagogia sem limites técnicos ou políticos. Constrangimentos europeus aparte, a destruição social vai reforçar-se. As comadres vão entender-se, que isto do poder tem que se lhe diga.
O dado mais marcante destas eleições, para o IRRITADO, foi a estrutura etária dos eleitores. A esmagadora maioria dos de esquerda tem mais de 55 anos. Na direita, a maioria dos eleitores situa-se abaixo disso, dos 18 em diante. Noutro critério, o das qualificações, a direita tem maioria de votos nos mais instruídos, a esquerda nos do ensino básico.
Isto diz-nos alguma coisa sobre o futuro. Quem tem “luzes” e esperança ou, apesar de tudo, quer tê-la, está com a direita. Quem sente que já não risca nem tem hipóteses de riscar, vota na esquerda.
No fundo do miserável túnel em que vivemos e vamos continuar a viver, parece haver lugar para algum optimismo. Oxalá não me engane.
O pobre do Rio abriu o seu discurso a dar os parabéns ao Costa. O mesmo fez o Justino. Uma formalidade, uma questão de educação. Talvez.
A horrenda mulher que é número dois do PS gritou como uma possessa a sua histérica alegria com a derrota da direita. O chefe Costa fez o mesmo, mas com menos histeria. Uma questão de ordinarice. De certeza.
*
Portugal afinal não é racista, pelo menos no critério da dona Joacina. É que ela tinha dito que “ou me elegem ou são racistas”. Ela, só ela, era “o” critério. Foi eleita. O problema, assim, está resolvido: a dona Joaquina que se cale. Mas não se vai calar. É preciso manter viva a chama do racismo, coisa que não existe, mas que, inventada por cidadãos afro-lusitanos e por oportunistas de esquerda, é óptima para a propaganda e dá largas aos produtores de notícias falsas e de interpretações abusivas.
*
Muito se deve ter o Rio arrependido por ter andado meses e meses a prometer acordos com o PS, por andar a passear no Porto em vez de tomar conta do estaminé, por não ter percebido onde estava o seu eleitorado. Acordou na recta final, e viu os resultados (mais 8%). Olha se tivesse acordado mais cedo? Sr. Rio, olhe para o espelho e tome juízo.
Andava o Costa, felicíssimo, algures na rua. Acotovelavam-se as massas para se chegar ao chefe, campeão da palavra honrada, das verdades insofismáveis, novo e indiscutível pai da Pátria, do progresso, da justiça e da honra em versão socialista.
Eis senão quando, do meio dos polícias de serviço, das velhas gordas e das loiras à caça de beijinhos e dos adeptos em delírio, surge, desafiador, mal educado, um geronte que a ele se chega e o acusa de ter ficado de férias enquanto Pedrógão ardia e as pessoas morriam queimadas.
Vil e falsa acusação. O chefe foi aos arames, e com toda a razão. Perdeu a cabeça, desatou aos gritos, é mentira, é mentira! Não chegou a agredir o velhote, mas vontade e gesto não lhe faltaram.
Um episódio lamentável, a sujar o entusiasmo do povo e a contribuir para uma perigosa aceleração do doce coração do chefe.
O IRRITADO sentiu-se ultrapassado. A capacidade de irritação do chefe é bem maior que a dele. Pudera! Era mesmo mentira. O chefe não está habituado a faltas de respeito.
À noite, a coisa esclareceu-se em definitivo. O chefe não estava de férias. Segundo os jornalistas da televião, até foi visitar o teatro das operações.
Só foi de férias cinco dias depois, a fim de, arrefecidos os cadáveres, afogar o desgosto nas salsas ondas, sob o carinho do Sol.
O IRRITADO agradece o esclarecimento dos tipos da televisão e aproveita a oportunidade para, com todo o respeito, repor a verdade dos factos, e assim contribuir para o sucesso do dia de reflexão.
Votem bem.
5.10.19
PS ( não confundir com PS) - O Irritado já escreveu neste blog o mesmo que o velho disse ao chamado primeiro-ministro. Retrata-se, por uma questão de cinco dias.
O Costa diz que hoje vai ser primeiro-ministro e não vai lá. E Tancos está encerrado. Não fala mais no assunto: é um caso de justiça, diz a Catarina. O Jerónimo diz o mesmo. O PANSilva vai dizer mal do Montijo e tratar da carne de vaca, que Tancos não é nada com ele. Os Verdes despareceram em combate.
Uma excepção: o Costa, não se sabe se o Primeiro-ministro se o candidato, a exemplo do seu discípulo Marques foi inaugurar uma obra por fazer, a fim de garantir que Tancos fica de fora. Nada de campanha.
Outra excepção: o Costa acusa o Rio de andar a pescar velhos quadros, sem se lembrar que, em matéria de quadros velhos, é campeão: meteu no governo quase todas os velhos, como ele, do tempo do Sócrates.
Em suma: os candidatos da geringonça meteram uma espécie de interrupção na campanha. Leia-se, meteram férias do caso de Tancos, onde já estão até ao pescoço.
Vês, vês, meu querido camarada, meu amigo e exemplo nas tantas batalhas que bem juntinhos travámos, vês como o mundo é injusto, como te tratam, como te chamam nomes que não são teus e te apontam responsabilidades que não tens?
Comigo foi o mesmo, chamaram-me terríveis nomes só porque eu tinha quem me pagasse as propinas para chegar a doutor e para me alimentar em condições. Tiraram-me as honras e as homenagens que me eram devidas, tudo por razões de lana caprina, ao ponto de me meter na prisão e passar a tratar-me por 44 em vez de por senhor engenheiro. Não me deram o devido valor nem prestaram as naturais homenagens pela minha gigantesca obra, vês, ó meu bem-amado António, meu número dois, mau mais que tudo, a ingratidão desta gente?
Os que te criticam por teres, de pleno direito, ficado de férias enquanto as matas ardiam - a culpa não era tua, era dos eucaliptos, das multinacionais e do Dom Dinis – são os mesmos que, hoje, te acusam de teres ficado em São Bento a tomar conta do furacão dos Açores em vez de responder às perguntas da populaça! São os mesmos, a mesma inveja, a mesma malquerença, a mesma cobardia o que os leva a dizer que, tal como o camarada Azeredo, de armas não percebes nada nem queres perceber nada, nem ninguém te disse nada acerca dessa palermice do roubo de tancos, que nem sabes se houve ou deixou de haver, sim, o que sabes tu de arames farpados, rondas, patrulhas, furriéis, sargentos ajudantes, guardas republicanos, coronéis, generais e outros que tais, pobre de ti nas bocas impuras da vilanagem!
Não fora o camarada Silva vir dizer de sua justiça que Justiça é a Justiça e roubo de estalinhos é o roubo de estalinhos, coisas que, sendo diferentes à partida, passam a ser a mesma desde que entregues aos juízes, como querem que te preocupes com os estalinhos, se já não tens nada com isso? O s maus, os invejosos, acham que Estado de direito e pôr o Estado direito não são coisas diferentes, que uma é com juízes, outra contigo. Pobre de ti. Sim, pobre de ti, o assunto estava encerrado, entregue a quem de direito, não tens mais nada a ver com isso, não é? Como se tu, impoluta e grada maravilha da nossa era, tivesses alguma coisa a ver com estalinhos! Não queriam mais nada!
Vai, meu querido passar a tarde, a noite, talvez também o dia de amanhã, a ver o tufão na TV. Está-se bem aí e ninguém te pergunatará por Tancos, nem se sabias ou não sabias o quê.