O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Nos tempos de II República, era comum os rapazes da PIDE aparecerem nos correios a fim de abrir umas cartas a ver se havia notícias do PC, do reviralho, ou alguma propaganda de forças adversas ao poder constituído. Veio a III República, acabou a PIDE e, depois de postos na rua os “radicais” do MFA, lá se conseguiu que alguns princípios fundamentais, como o sigilo da correspondência, passassem a ser respeitados.
A coisa durou uns anos. Com o avançar das tecnologias de informação, começou a haver largas possibilidades de intrusão na vida de cada um. As pessoas e os governos, a UE e a ONU, passaram apreocupar-se com o assunto. Os governos nomeiam comissões, grupos de trabalho, especialistas, o diabo a quatro, a fim de proteger a “privacidade”. Tudo mais ou menos inútil para tal efeito, mas muito bem vindo para a propaganda.
Por outro lado, as pessoas que se queixam são as mesmas que põem nas redes as suas façanhas, se foram à praia, se o menino teve o primeiro dente, se gostam disto ou detestam aquilo. As figuras, figuronas e figurões que se acham famosos, e gostam, propagandeiam os sucessos e insucessos, sobretudo os sexuais, da sua vida. Não se percebe.
A privacidade morreu. Quem quiser saber o que escrevi em privado, o que comprei, onde fui, a quem telefonei e mais o que quiser, basta saber mexer em computadores ou contratar alguém para entrar e bufar. Não será a restauração da PIDE, mas é parecido. Com uma diferença. A PIDE era “selectiva”, isto é, violava a vidinha dos que classificava como “maus” e deixava os outros em relativa paz. Agora, viola-se a vida de toda a gente, sem precisar de ser polícia ou de pedir autorização seja a quem for.
A coisa penetra, triunfante, por toda a parte. E, se o princípio do sigilo da correspondência é letra morta, se a condenação da bufaria passou a ser selectiva como no tempo da PIDE, não é menos verdade que entraram em crise outras regras fundamentais do Estado de direito, como a que postulava que os fins não justificam os meios e a que reservava a investigação da vida das pessoas às autoridades judiciais e policiais. Não faltam apóstolos a defender o seu fim e a incensar os ladrões, segundo a “qualidade” do que roubaram. O roubo ainda não é admitido como prova, mas já faltou mais para que o seja. Os acusadores prosperam, alimentados por media sequiosos de vender.
Enfim, não faltará quem diga que estou a defender a corrupção e os corruptos, em vez de elogiar “jornalistas de investigação”, os hakers e os acusadores televisivos mascarados de comentadores. Sou uma carta fora do baralho da “modernidade”. Paciência.
Andamos todos à rasca por causa do vírus chinês. Todos, menos o governo. A geringonça II não é de modas, que estas coisas ficam caras. Segundo informação oficial, os portugueses que vão voltar da China, se não houver suspeitas, são mandados para casa. Sabido que é que a incubação leva uns dias largos a manifestar-se. Se já têm o bicho, espera-se que se manifeste, na certeza de que, quando se manifestar, já a família dos atingidos já está contaminada. Pelo menos. Nada de quarentenas “desnecessárias”. Formidável.
Já não sei o que pensar sobre o drama da dona Isabel. Nem sobre o nosso.
Vejamos:
O regime angolano foi, pela comunidade internacional, reconhecido como legítimo;
É sabido que, em África, quem manda é “o mais velho”, independentemente da forma como subiu ao poder ou de como o exerce. O poder é dele. Há disso inúmeros exemplos. O “mais velho” é proprietário de tudo, de uma forma que faria inveja a qualquer rei absoluto do nosso (dos europeus) ancien regime;
Num regime de origem e tradição soviética, como o de Angola, a autoridade do “mais velho” é reforçada para além do imaginável;
O senhor Santos escolheu os seus áulicos, os seus amigos, os seus apoiantes, os seus polícias, os seus juizes, os seus jornalistas, os seus militares, os seus carrascos. Como é evidente e natural, pôs à cabeça a sua família de sangue. Esta nomenclatura, como é próprio de todas as nomenclaturas, foi contemplada com toda a casta de privilégios (exactamente como na Rússia, antes, durante e depois da URSS): propriedades, poder económico, prestígio social, etc.;
O mundo inteiro, incluindo as democracias ocidentais, aceitou estes factos, negociou com a nomenclatura, fez os negócios que o “mais velho” permitia, desde que neles a nomenclatura estivesse representada. Outra coisa não seria de esperar. Qual era a alternativa? Cortar relações? Lançar sanções e represálias? Declarar guerra? Esta reakpolitik pode ter ido longe demais. Talvez. Mas era inevitável;
Os membros da nomenclatura, de um modo geral, mais não fazem utilizar os seus privilégios. Alguns vão mais longe. Muito mais longe. É o caso da dona Isabel que, em relação aos seus pares, tem a vantagem do poder de iniciativa, da imaginação empresarial e financeira e, naturalmente, da falha de escrúpulos que é própria da classe;
O “mais velho” retirou-se. Rei morto, rei posto. O “mais velho” é novo. Está a dar cabo da nomenclatura precedente e a nomear a sua, reconheça-se que com diferentes argumentos, mas é cedo para pensar que, substancialmente, não volte tudo à mesma com outras caras. É a limpeza, à velha moda soviética, o que até em Portugal aconteceu no tempo do PREC.
É claro que o muito dinheiro a circular sem pública sanção ou regulação porporcionou à dona Isabel oportunidades de ouro. Muita gente alinhou, gente boa, gente má, gente assim assim. Gente.
Mas, viradas as caldeirinhas, o que era bom passou a mau, o que era legítimo passou a trafulha, o que era “iniciativa” passou a crime;
Grande oportunidade. Os lobos sairam da toca, os que já rosnavam, os que nunca rosnaram. É fartar vilanagem. Os ratos, esses, abandonam, é a tradição.
Entre lobos, bufos, trafulhas e fugitivos, se me perguntarem qual escolho, direi que nem o diabo quereria escolher.
Anos atrás, Vale e Azevedo foi preso. Era voz corrente que o homem tinha uma série de problemas às costas, dolos, trafulhices várias, práticas condenáveis, mania das grandezas, etc. e tal. Toda a gente sabe o que aconteceu a seguir. Para este post, interessa o que aconteceu antes: Vale e Azevedo foi preso, não quando houve suspeitas contra ele, não quando foi apanhado com a boca na botija, nada disso, foi apanhado quando a assembleia geral do Benfica correu com ele.
Mutatis mutandis, com a dona Isabel aconteceu mais ou menos o mesmo. Durante anos, dona Isabel foi acarinhada, elogiada, teve públicas honras, não havia ministro que não ficasse honrado por ser visto a seu lado, os media teciam-lhe loas e a senhora ia comprando por aí umas coisitas, fazendo uns negócios milionários com bancos e com parceiros da nossa melhor praça, tinha todas as passadeiras vermelhas à disposição, todas as portas abertas, tudo legal, tudo transparente, chegou a ser condecorada pelo tipo do Porto, ela e o Sococo, seu ilustre marido.
De vez em quando apareciam por aí uns artistas a dizer que os milhões dela tinham origem em suspeitas manigâncias do seu importantíssimo papá. Mas, que interessa isso, é uma “grande investidora estrangeira”, “acredita no país”, e o facto de ser filha de quem é só ajuda a dar-lhe o merecido destaque.
Entretanto, o sucessor do papá deixou de ser o papá, os procuradores, os juizes e quejandos lá de Angola viraram 3600, tudo passou a ser o contrário do que era. E logo, os elogiadores da dona Isabel passaram para a acusação. Como aconteceu com o Vale e Azevedo. E logo, uma matilha internacional de jornalistas/detectives achou que tinha chegado a sua oportunidade: saltou cá para fora a dizer o que andava a escarafunchar com o objectivo de lixar a fulana: 70.000 (ou 700.000?) papéis, um doce a quem os ler.
Catrapim! Dona Isabel cai da tripeça. A rataria sai do barco: quem, eu?
O IRRITADO jura que não sabe quem são os bons e quem são os maus. Tem cá umas ideias, mas nada ao certo.
Só sabe que o assunto vai levar anos e nunca ficará devidamente esclarecido, como de costume. Grosas de demandas judiciais, de consultores, solicitadores, consultores, revisores, investigadores, procuradores, polícias, advogados, juízes, jornalistas, entrarão em acção, sedentos de sangue e de honorários. Nas redes sociais o fartote vai ser imenso, vai haver milhões de notícias, verdadeiras, falsas, assim-assim, transparentes, opacas, fotografias devidamente manipuladas, a publicidade vai render milhões, um nunca acabar de entretenimento para o povo. No meio disto tudo, ninguém será capaz de imaginar quanto nos vão custar as consequências desta guerra.
...
Olimpicamente, Costa, peremptório, afirma pela décima milionésima vez que “a justiça com a justiça, a política com a política”.
Ainda bem, ficamos descansados, não há problema. Que mais podíamos desejar?
Há para aí uns seis anos, levantou-se por cá um vendaval dos diabos. Então não é que a ministra Teixeira da Cruz decidiu fechar uma data de tribunais onde o serviço era de pouca monta? Canalha! Então, e o interior? E o apoio às populações? E as deslocações que são tão caras? E as obrigações do Estado? E o ir além da troica? Que Raio de governo é este?
Bom, facto é que ninguém ficou sem Justiça (a que havia, e há), o tempo foi passando, e deixou de se falar no assunto.
Consequência, não de eleições mas da catraca do Costa, veio a Geringonça, hoje em segunda edição sem concorrência que se veja. A primeira preocupação da geringonça foi dar cabo de tudo e mais alguma coisa que o governo legítimo tinha feito e pôr-lhe as culpas de tudo, que tudo era mau, sem excepção. Antes de mais, aproveitar a pesada herança do Passos para dar uns tostões à malta, que continuou tesa, mas um bocadinho menos. Aceite-se, apesar da demagogia. Depois, o resto, coisa que, passados quatro anos, continua. É o caso das PPP, com as quais a geringonça II anda a acabar, não por não ser boas ou más para o povo, mas porque são PPP; é o caso da “recuperação”da TAP, cujos prejuízos actuais serão pagos pelos contribuintes em vez de pelos accionistas. E assim por diante. Faltava reabrir os tribunais. Reabriram, o que custou uma pipa de massa, a pagar pelos mesmos. Contas feitas, treze tribunais, treze. Resultado: os tribunais reabertos não têm nada que fazer, custam muito mais, e ninguém ganhou nada com o assunto. Mas a decisão do governo legítimo foi revertida! Era o que se pretendia. Mais uma vitória.
Já andamos, andaremos, andarão os nossos trinetos a pagar as dívidas que o PS contraíu. A isto, os geringonciais governos acrescentam, entre muitos outros custos, o preço das reversões.
Mais uma candidata ao título de Presidente da III República: dona Ana Gomes, mui simpática criatura, como todos sabem. Tem hipóteses. Marcelo treme.
O estilo vai ser diferente. Em vez de beijos, investigações. Em vez de polícias, hakers. Em vez de elogios, ameaças. Em vez de ser os melhores do mundo, seremos os mais corruptos. O Benfica será julgado por crimes contra a humanidade. Os polícias irão para um campo de reabilitação na Carregueira. Acabará definitivamente o sigilo da correspondência, instituição anti-republicana. Os vagos resquícios ainda existentes na protecção de dados serão aniquilados.
Enfim, o futuro será brilhante. Ainda mais brilhante que com a dupla Marcelo/Costa.
Segundo a opinião do ganhador das eleições do PSD, compete-lhe “unir” o partido, aceitando “todos” desde que sejam “leais”, “tenham bom senso”, sejam “respeitáveis”, etc.
Aí está um programa. Fica uma pergunta: quem julga? Quem dirá quem é leal, quem tem bom senso, quem é respeitável? E uma resposta: tal gente será julgada pelo dono da lealdade, do bom senso, etc., ele, Rui Rio, que é o patrão, o senhor e o juiz, quem determina o critério. É assim desde que, há dois anos, subiu ao pódio, sempre foi o primeiro e único julgador, o que classifica os bons e os maus, o que premeia uns e ostracisa outros, o que acusa quem lhe apetece de traição, desde sempre lhe competindo determinar o porquê. O critério é exclusivo: ou se habituam a ver o partido feito com o PS, a ver derrotas e mais derrotas eleitorais, a ser humilhados por centenos e costas, a ver o partido estraçalhado interna e externamente, a ver tanta e tão valorosa gente do PSD na prateleira, substituída por ignorados militantes LGBT, por gente do calibre daquela fulana conhecida pelas trafulhices que fez na ordem dos advogados, por um autarca ignorado e por tutti quanti cuja única “qualidade” visível é apoiá-lo.
Rio segue à risca a estratégia do Sócrates: é perseguido, vítima, objecto de horríveis cabalas, se alguém divide o partido - para dividir o partido chega ele - faz parte dos maus, dos que se recusam a comer o que ele serve. Os seus apaniguados são os bons, mais não fizeram nem fazem que expurgar o partido de influências perniciosas. Alguém lhe perguntou o que ia fazer com os que votaram Montenegro. A resposta foi de antologia: irá ao congresso com uma lista que ninguém que cheire a eles integrará.
Rio não só fez tudo para dividir como se propõe continuar a fazê-lo. Quem não é comigo é contra mim, como dizia Vasco Gonçalves a propósito do comunismo. E quem é contra mim está, à partida (e à chegada) condenado ao ostracismo.
Oposição, o que é isso? É prometer acordos com que sempre lhos recusou ou traíu: o seu amigo Costa. É avançar, decidido e triunfante, com os objetivos que os unem, como a regionalização. É pôr-se num cantinho à espera que a geringonça recauchutada entre em crise para se poder juntar ao Costa.
Reduzido o PSD a metade e posto ao lado do status quo, defenestrada a já reduzida nata das cabeças pensantes que por lá andavam, aí ficará ele, Rio, dono do poder absoluto, da verdade única, da razão exclusiva.
A história da Joacina alimenta as primeiras páginas. Qual Marcelo em Moçambique, qual nova asneira do Trump, quais eleições no PSD, qual guerra na Síria, a Joacina é que está nas primeiras páginas, e o resto é conversa.
Não se percebe. A fulana não devia interessar a ninguém. Mas interessa. Os tipos dos jornais acham que ela vende, e se calhar vende mesmo.
No meio da pessegada que a racista-mor arranjou, alguma justiça foi feita. O senhor Tavares, muito conhecido por causa do “Público”, onde dia sim dia não bolsa o seu esquerdismo intelectual e nefelibata, fez exactamente o mesmo que acusa a racista de fazer: borrifar no partido, e ficar no poleiro. Bem feita.
O Tavares foi parar ao Parlamento Europeu por obra e graça do Louçã e do BE. Depois, zangou-se com o Louçã e com o BE, sabe-se lá porquê, e deixou-se ficar, que aquilo não é mau para as finanças e paga umas viagens. Carradas de razão. A Joacina é da mesma opinião. Livra-se do “Livre”, e guarda o ordenadinho, o lacaio das saias e, se a chatearem como aqui há tempos, chama a GNR e acabou-se.
É de uma modéstia que até faz ternura. Enquanto outras, como a Cristina e a Isabel, querem ser presidentes das respectivas repúblicas, ela, coitada, tem que se contentar com uma cadeirinha em São Bento. E manda o Tavares às urtigas. Não é bonito?
O mandato do nosso bem-amado presidente tem várias consequências, umas talvez boas, outras péssimas.
Entre estas, atente-se nesta oferta “oficial”: uma senhora, já madura, cheia de dentes e de dinheiro, grande dominadora das ignaras massas e dos políticos ansiosos por tempo de antena, cidadã absolutamente insuportável para quem tenha dois dedos de testa, disparatada, vaidosa, comunicou ao povo que se está a preparar para ser presidente da República.
Uma ideia deste calibre seria, antigamente, liminarmente descartada, a mulher caía no ridículo, e não se falava mais nisso.
Mas isso era dantes. O mandato de Rebelo de Sousa popularuchou o cargo. A dona Cristina já se imagina, de biquini, a dar ao rabo na cova do vapor perante chusmas de jornalistas, fotógrafos e mirones, a todos contemplando com beijinhos e com aquele sorriso de plástico que tanto agrada à plebe. E nas feiras, a comer chouriços perante a populaça extasiada. E nas cerimónias oficias, a exibir toilettes, os saltos altos e as carnudas fronteiras dos decotes. Que maravilha!
Mais maravilhoso ainda é que a ideia não é tão exótica como se poderia imaginar. Não lhe faltariam votos de milhões de donas de casa e de paspalhões especialistas em redes sociais.
É para este preparo que a República parece estar destinada a escorregar.
O meu Post anterior motivou interessantes comentários de dois seus habituais clientes, Filipe Bastos e Isabel.
Merecem algumas reflexões, desta vez não em forma de resposta directa.
O Filipe é habitualmente feroz crítco daquilo a que chama partidocracia, inimigo radical dos “mamões” – a generalidade dos políticos, a que chama pulhíticos, e dos grandes empresários - todos, sem excepção, a viver à custa do cidadão comum. Para ele, a única solução que respeitasse o povo soberano, seria a democracia directa, coisa a que sempre me opus. A Isabel vai fazendo considerações sobre os mesmos assuntos, mas de forma mais moderada, isto é, menos apaixonada e com maior dose de bom senso.
Nas últimas intervenções, o Filipe moderou a expressão das sua ideias, foi mais construtivo, ou menos destrutivo do que de costume, fazendo jus à inteligência que, discordando, lhe reconheço.
Veio à baila a Constituição, assunto que me interessa desde sempre. Presidi à comissão de revisão constitucional de 1982 (um trabalhão) que pôs na rua os militares do conselho da revolução (o “tribunal constitucional” daquele tempo) e limitou as tendências castro-políticas do Presidente Eanes. Disso conservo algum orgulho, ainda que tal revisão não tenha tocado nos chamados “limites materiais” de revisão nem acabado com a ideologia socialista/constitucional, já que, à altura, Mário Soares, concordando com o essencial de tais reformas, confessou que não tinha “margem” dentro do PS para forçar a sua aprovação. Sete anos depois, uma parte do articulado foi alterado, permitindo alguma, ainda que tímida, evolução económica não socialista.
Devo confessar que, abominando o espírito socialista do documento, vim, num livro que publiquei anos depois, a escrever que, apesar de tudo, politicamente, a Constituição vinha tendo um comportamento aceitável.
Os tempos mudaram, a CEE obrigou a algumas modificações, mas o socialismo obrigatório não foi posto de lado.
Como dizem os meus comentadores, é preciso, urgentemente, revê-la, sendo que não haverá uma revisão “a sério” sem que, ou prévia ou seguidamente, seja alterada a lei eleitoral. De acordo. Não adiantarei, nesta ocasião, como vejo tal alteração, mas concluí que o actual sistema deixou de estar à altura das necessidades de representação política dos cidadãos. Devem, ou deveriam, ser encontradas novas soluções, sem preconceitos ideológicos e sem interesses particulares ou partidários, de forma a tornar o voto e a preocupação política mais interessante para a generalidade dos eleitores. Wishful thinking, dir-se-á, com toda a razão. Os partidos comunistas, como já têm repetidamente afirmado, jamais aceitarão seja que alteração for que possa, eventualmente, tocar a fímbria dos seus interesses eleitorais ou das normas ideológicas em vigor. O PS, por seu lado, bem instalado no poder com o apoio deles, está a uma distância cósmica do soarismo e do bom senso democrático. Portanto, nada a fazer, não há maioria qualificada, seja para mudanças constitucionais, seja para alterações eleitorais.
Esta situação, aliada, como previa no meu post (na hipótese de eleição do Rio), leva à irrelevância da direita moderada, à radicalização da direita radical/populista, ao reforço do socialismo constitucional e do estatismo galopante, ao aumento do desiteresse das pessoas, à abolição das alternarivas e à continuação da nossa apagada e vil tristeza.
Captar abstencionistas para a política e para uma cidadania consciente é coisa que ficará, ou fora do nosso futuro político, ou na reserva de caça dos radicais.
Aqui ficam algumas das reflexões que os meus comentadores citados motivaram. Outras virão, quando estiver motivado e com a indispensável pachorra.
Assim diz quem não pode deixar de “comer” a vontade de terceiros. Faz isto pensar a quem ouve o fantástido ministro dito das Infraestruturas, sem que ninguém lho pergunte, declarar, peremptório, imponente e pomposo, que quem manda aqui é ele. Ela é que está certo. Venha quem vier, a sua vontade é soberana. É o nosso Alberto, que se chama Santos, Pedro Nuno, barbaças de voz tonituante e postura de Adamastor, conhecido pelas suas diatribes e ameças contra a Alemanha. Sim, ele, Pedro Nuno, havia de pôr a Ângela e o Schäuble de joelhos, a pedir batatinhas à geringonça. A sua inegável tendência para a esquerda caviar levou-o, por um lado, a pactuar com afinco com as esquerdoidas e para, coerentemente, exercitar o refinado gosto andando de Porsche, coisa que, depois de ouvir uns rumores, substituiu por um Maserati. Presume-se que, agora, dada a recente fé ecoclimática da geringonça II, passe, mui modestamente, a andar de Tesla.
Posto isto, há que olhar para a sessão de propaganda, bem orquestrada, com Costa à janela de uma velha glória da CP, uma caranguejola pintadinha de fresco e rodeada de pacóvios, jornalistas e televisões, a comemorar a pintura. Grande sessão! Faz lembrar o seu antecessor, qua anunciava mundos e fundos, mas nunca fez nada. Pedro Nuno mete-o num chinelo, pinta de fresco uma carruagem decrépita, e diz que vai haver comboios aos pontapés.
Para que a propaganda não beneficie só o seu eventual sucessor, o parlapatoso Costa inventa uma fábrica de comboios que fará inveja ao mundo das grande multinacionais da ferrovia. Sim, punhamos em realizável sonho uma grande contribuição lusa para o progresso ferroviário!
Os ignaros, assombrados, acham que sim, aplaudem, cheios de justificado orgulho. Eles mandam, que bom! E até prevêm que os chineses, os alemães e os americanos passem a vir a Portugal comprar TGV’s, mercê das linhas de crédito com que a geringonça II, caridosa, lhes concederá.
Se aparecesse por aí um novo Orwel, ou se a Atwood soubesse disto, teríamos, a propósito, mais uns aterradores escritos futuristas.
Se for verdade que o Rio vai continuar, verdade será também que o PSD não sairá da cepa torta e que o país continuará na senda de uma imparável mexicanização social-comunista, sem outra perspectiva que não seja a continuidade da pobreza e do afastamento, já não só da Europa rica mas também da pobre, que continurá a dar-nos lições de crescimento e de criação de riqueza.
É a diferença entre os que não são socialistas e os que continuam agarrados às cartilhas “progressistas”.
Pode ser que, apesar de amputado pela burocracia rioista que o fez perder mais de metade dos eleitores, assim contribuindo para a desmotivação de todos, o PSD profundo venha à tona e opte por uma mudança de vida. Mais do que ganhar o Montenegro, preciso é acabar com o Rio, mero serventuário do status quo.
Em monumental manifestação de progressismo militante, os intelectuais da agremiação que dá pela sigla BE* resolveram, após profunda reflexão, declarar que a culpa dos incêndios na Austrália é do capitalismo. Fantástico progresso, este do pensamento bloquista. É que, desta vez, não disseram que a culpa era do Passos Coelho, o que demonstra um difícil e trabalhoso trabalho de análise, a mostrar ao orbe a ciclópica qualidade do pensamento dos animadores do BE.
Tiremos o chapéu. As esquerdoidas, o careca e o arcebispo conselheiro - do BE e do Estado - Anacleto Louçã, ofereceram à Nação, aos portugueses e ao mundo, mais um motivo de reflexão, em prol da verdade.
Algumas perguntas ficam pendentes: os cangurus serão capitalistas? e os cualas? o capitalismo faz trovoadas secas? serão os incêndios culpa dos eucaliptos da Beira Baixa, assim ficando ligados à política da troica? E o neoliberalismo? Desse não há dúvida, é culpado, e muito! Pena maior, já! Cesse tudo o que as musas do Adam Smith e do Von Mises cantam, que outro valor mais alto se alevanta! A luz do BE paira agora sobre a humanidade. Nem poetas nem filósofos nem historiadores puderam, até hoje - à era do BE –identificar tão exactamente, classificar tão sabiamente, concluir tão brilhantemente sobre as verdadeiras causas da devastação australiana.
Orgulhoso de ser português, o IRRITADO, irmanado, desta vez, com o senhor de Belém, daqui proclama que somos os melhores, os mais sábios, os mais tudo-o-que-se-possa-imaginar. Desta vez pela ingente e informada mão do BE.
O inconfundível Centeno, ansioso por ter piada, brindou a Pátria com inteligentíssima referência ao nosso multifacetado Pessoa, atribuindo aos indefectiveis camaradas da geringonça o atributo de heterónimos, consoante a forma como conseguem o prodígio de apoiar o PS, mesmo chamando-lhe os mais hediondos nomes, por defeito ou por excesso. É d’homem! Podia ter dito a verdade: os camaradas piam, mas estão à disposição, é tudo palhaçada. Mas, como é seu hábito, prezando a “estabilidade”, mentiu. E conseguiu, mais uma vez, mesmo mostrando os dentes, não ter piada nenhuma.
Só foi superado pela história dos “EE”. O chamado ministro da economia veio à liça com mais uma brilhante ideia: este é o orçamento dos “EE”. “E” de Economia, de Estabilidade, de Exportações, de Emprego, de não-sei-mais-quê e... de Futuro.
Já tínhamos percebido que, em português da geringonça, futuro não se escreve com “N”, de nada, mas com “F”, de Feitos ao bife.
Tal como o IRRITADO previra, a geringonça recauchutou-se e, vitoriosa, inicia a sua segunda época. Era fácil de prever, não me gabo do prognóstico.
Privados do acordo escrito, o que também não era difícil diagnosticar, os do tripé estavam a postos para manter o PS no poder. A razão é simples. Se deitassem o governo abaixo, viriam eleições, o PS teria maioria sozinho (lembram-se do que aconteceu quando os amigos do Eanes defenestraram o governo minoritário do Cavaco?) e lá iam os do tripé pentear macacos. Assim, abstêm-se, somam um parceiro - o animalesco PAN - e continuam a manter o país mergulhado em impostos e sem qualquer perspectiva de um futuro outro que não seja a habitual e ruinosa pasmaceira.
Entretanto, fazem as suas cenas, mantêm as “ameaças”, somam mais uns tostões à despesa, tudo o que, pela ordem natural das coisas, fariam na mesma se votassem a favor. Abstendo-se, votam a favor. Chega. O Centeno lá terá que agravar umas taxas, fazer umas cativações e que se lixe. A malta – uns 30% da malta - cá está para pagar. Simples, fácil, eficaz, inteligente, não é?
Grande jogada dos comunas propriamente ditos, das esquerdoidas e dos canídeos. Portugal em marcha, sob a ordens da geringonça e com o alto patricínio e o chapéu de chuva do presidente de “todos os portugueses”.
Volto ao assunto de ontem. Há dados novos. Tinha razão.
Há 1200 caboverdianos a estudar em Bragança. Não poucos por lá trabalham/estudam, sem problemas de maior. Há-os que acabam o curso e por lá ficam. Têm as suas associações, livremente, sem fazer disso um gueto. Tudo bem. Até que, numa cena de bebedeira e parvoíce, há um que leva uma cacetada e acaba por morrer. Consternação nas hostes estudantis e na cidade. Foi uma cena estúpida, ninguém saberá exactamente o que se passou. Mas uma coisa é certa: não houve motivações racistas no acontecido. Isso garante o mais conhecido dos caboverdianos, que se dá bem com Bragança e com os portugueses, brancos e pretos sem distinção. Isso garantem os que estavam no bar, fora do bar, nas redondezas do bar, a começar pelos caboverdianos. Isso garantem os estudantes, pretos e brancos. Não houve motivações racistas. Houve pancadaria, cujos culpados virão a estar a contas com a polícia, ou já estão nessa.
Mas, em Lisboa, a dona Joacine, campeã do racismo, o seu chavalier servant – o das saias –, o Mamadu do BE, chefão do racismo, mais um alarve qualquer da mesna laia, dirigente do BE, já concluiram o contrário, lançando o seu anátema contra os brancos. Tiro no pé. Este último, um tal Soeiro, acha que a imprensa não está na onda, o caso não vem nas primeiras páginas”, se a vítima “tivesse outra origem”, leia-se, se fosse branco, “haveria já uma comoção nacional”. Uma besta, este Soeiro. Pois o facto é que estão nos media, tanto o caso de Bragança como o de um jóvem branco que foi assassinado por três bandidos pretos. Com uma diferença: é que os tais media falam em gatunos e assassinos sem dizer se são pretos ou brancos. São só gatunos e assassinos, sejam brancos ou pretos.
Enfim, é a diferença entre os fabricantes do racismo e os cidadãos comuns. Para a fúria insana e estúpida dos primeiros não há críticas, só elogios, há blocos de esquerda e outras intelectulidades tão rascas como eles. Para os segundos, ai deles se lhes escapa alguma boca menos “correcta”!
Essa perigosa quão ridícula deputada, alto expoente do racismo negro em Portugal, mulher convencida de que é, não só boa, mas a melhor, eleita, segundo diz, não por ter algum valor mas por ser preta, que trai quem a pôs no poleiro e se declara dona e senhora dos seus actos doa a quem doer, veio dar-nos mais uma imagem do que é o racismo militante e ultramontano e das razões que lhe (não) assistem.
Veio a lume, desta vez, comunicar a sua decisão final sobre a morte de um jóvem caboverdiano, atacado à saída de um clube nocturno por desconhecidos ainda não identificados. Segundo o seu alto critério, o agredido foi-o por brancos e por ser caboverdiano. A mulher expõe assim o seu ódio primário e o seu apressado e ilegítimo julgamento.
Ainda não vimos, nem veremos, da parte da criatura, a mesma indignação pelo assassinato de um rapaz branco, perpetrado por três guineenses já devidamente identificados e nas mãos da Justiça. Ninguém afirmou ainda que o crime destes canalhas foi um crime racista, pela simples razão que ninguém saberá ainda as “razões” do hediondo acto.
Dona Joacine já tirou, de um lado, todas as conclusões, e, do outro, nenhuma. O primeiro caso foi uma óbvia demonstração do (inexistente) racismo que impera na nossa sociedade, no outro, se calhar, terão sido alguns negros “descriminados” que, coitadinhos, tiraram desforço da sua injusta situação assassinando um branco, um racista por definição.
Quando gente desta tem assento parlamentar...
6.1.20
Não confundir com o facto, legítimo, de o Embaixador de Cabo Verde ter apelado à investigação dos acontecimentos que levaram à morte de um cidadão do seu país.
Também niguém disse que, se os suspeitos do segundo caso eram assaltantes, ladrões e passadores de drogas, era por ser negros!
O senhor de Belém, numa das suas arrancadas desportivo-popularuchas, decidiu ir, simbólicamente, até às mais remotas paragens do seu império. Arrostando com o mau tempo (culpa das alterações climáticas, ça va sans dire), qual Magalhães, lá chegou, vitorioso e feliz. Ainda bem.
O pior foi o resto. Esperava que lhe prestassem uma recepção apoteótica. Tinham-lhe dito que havia quatrocentas almas lá no sítio, fácil seria que todas se juntassem, pletóricas de entusiasmo e gratidão, para o receber. Mas, ó frustração das frustações, não conseguiu mais que uns sessenta ilhéus (há quem diga que contando com a comitiva, oriunda de outras paragens) nas mais diversas manifestações de acendrada popularidade, tais uns banhos de mar, uns almoços, umas jantaradas, arruadas e outras palhaçadas. Um desastre! Apesar da ubíqua presença de todos os media nacionais chamados para assistir ao seu retumbante triunfo, os corvenses deixaram-se ficar em casa. Que gente! Até houve, imagine-se, jornalistas que, ao contrário do que seria de esperar, não conseguiram disfarçar o flop. Diz-se que há muitos monárquicos no Corvo. Talvez fosse por isso. Canalhas!
E agora? Isto não passa de um fait divers, ou tem um significado mais profundo? É difícil de analisar. Será que, nas outras ilhas, se passaria o mesmo? E no continente? Será que, acossado por gente desta, mais pela Marina e pelo Ventura, mais pelos desiludidos do PSD e do CDS, vou ter a desventura de ser reeleito com 51% dos votos? Será que a malta dos beijinhos e das selfies se vai deixar ficar em casa? Horríveis falhanços se acastelam no horizonte. Como dar a volta a isto?
A lição do Corvo perdurará por longo tempo na memória do senhor de Belém. Que saída vai ele dar ao assunto, só o futuro o dirá.
Mas muito há a indicar que as presidenciais não serão um passeio triunfal, mas uma penosa caminhada até uma vitória de Pirro.
Há não sei quantos anos, muitos, surgiu neste jardim uma senhora, de origem russo-angolana, casada com um congolês-ou-coisa-que-o-valha, cheia de dinheiro. A talentosa cidadã, perante o deslumbramento geral, desatou a comprar tudo o que lhe apeteceu, sendo objecto de loas e subserviências de vária ordem, julga-se que bem pagas. Tudo bem. Num sítio onde o dinheiro há décadas não abunda, a senhora conquistou corações, bolsos, personalidades, até uma certa área do “social” da nossa praça se curvou, maravilhada, perante tal cidadã estrangeirificada pelos ventos da História. E, assim, tornou-se louvada proprietária, ou societária "de referência" de inúmeros bens, bancos, refinarias, fábricas, etc., um nunca acabar.
Certo é que havia, há sempre, alguns desconfiados profissionais que tinham dúvidas sobre a origem dos dinheiros que a senhora generosamente distribuía por aí. Dizia tal gente que a massa provinha de manigâncias com dinheiros públicos de Angola, dirigida esta pelo papá da criatura. Mas tais aleivosias, como é natural, não colavam. Se até as grandes revistas internacionais a classificavam com altas notas, era a mulher mais rica de África, o marido era um distinto coleccionador da arte, tudo uma maravilha, que dizer?
Eis senão quando quando, lá pelas áfricas, as coisas mudaram, o papá foi substituído por outro, tão poderoso quanto ele, que resolveu pôr em dúvida a legitimidade original dos dinheiros que, por cá, eram exibidos. Tal como o papá, o novo soba domina a procuradoria da república local, só que para o efeito contrário ao do anterior, o que muito contribui para a credibilidade do sistema. Uma chatice.
No nosso jardim, multiplicaram-se as más línguas, surgidas como cogumelos entre muitos dos seus antigos admiradores. Gente do calibre da dona Gomes desatou aos gritos, jornais que eram servis passaram a críticos. Tudo mudou, como por encanto. A senhora, indignada, recorre à Justiça, andam a caluniá-la, ela, coitada, que a partir de pequenos negócios, mais que legítimos, construiu um império. Que despautério!
E agora? Ela é dona e senhora de inúmeros bens que comprou e pagou. Não há quem se queixe de “imparidades”. Que fazer? Se o homem forte lá do sítio começar a dizer que os bens dela são dele, que fazer?
O IRRITADO não tem opinião, como acima se lê. Mas algo lhe diz que esta guerra, de uma forma ou de outra, nos vai cair em cima.
Entre dois mergulhos, uns copos de vinho e três sessões de beijocas, o senhor de Belém (e da ilha do Corvo) foi vestir uma fatiota para tapar as maminhas, engravatou-se, e proferiu douta mensagem de ano novo, largamente difundida pelos nacionais media.
Em tal mensagem dedicou-se a repetir os mantras da ordem, ou seja, as directivas políticas, sociais e climáticas do governo, das esquerdófilas e do partido socialista, assim negando as tendências do seu tempo de político engagé, de feroz jornalista e de comentador teleinfluente.
Todos os partidos políticos reagiram de imediato, não aos mergulhos, antigamente tão criticados, não aos copos, presidencial prática, nem às beijocas, que caraceterizam o mandato e a que já ninguém liga. Vieram todos dizer coisas, como a prima do Solnado, que gostava muito de as dizer e ficou célebrte quando proferiu a básica e erudita frase “que”. Os partidos acharam, e bem, que era preciso era “reagir”: diz-se uns inconsequentes “ques”, mas ganha-se uns minutos de televisão, que é o que importa. A democracia tem disto.
Todos os partidos? Não! Um houve que não chegou a entrar na jogada, nem mudo, nem calado: o PSD. O senhor Rio deve ter achado que, entre seguir os ditames da sua inegável tendência para apoiar o satus quo e ficar calado, era preferível a segunda. Aqui temos um ponto positivo a seu favor, isto é, parece que percebeu que a opinião pública está farta de seguidismos, e não teve coragem para repetir o apoio ao que está a dar. Mesmo com sacrifício dos minutos de antena, ficou calado. Registo.
Isto, no fundo, representa o que o homem é: um tipo que sabe que atingiu a fronteira do princípio de Peter, mas tem vergonha de o dizer. A ver vamos se os reduzidíssimos eleitores do PSD estão a pau com esta triste realidade.