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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

AFASTAMENTO E PRONTIDÃO

 

Você foi ontem ao supermercado? Se foi, viu o que é o afastamento a que a lei obriga, uma vez interpretada pelo governo e pelas loiras: uma multidão à espera de vez, outra multidão lá dentro, tudo mais ou menos ao molho. É o brilhante resultado das “medidas”, tão autoritárias como burras. Em vez de alargar os horários de abertura, o governo, brilhantemente representado pelas loiras, mandou fechar à uma! A malta, que precisa de comer, de lavar a roupa e de outras coisas, amontoa-se em quatro horas para fazer o que podia fazer em quatorze!

Não sei se o tal afastamento dá resultado ou não na contenção dos contágios. Mas sei que, assim, não se vai lá.

*

No entanto, esteja descansado. No dias em que alguns países, por certo atrasados, já têm tudo preparado para receber, armazenar, distribuir e aplicar a vacina, por cá a coisa tem outro “timing”: a dona Freitas anuncia que não há problema e, ao mesmo tempo, a outra diz que vai nomear uma “task force” para tratar do assunto, tendo esta um mês para apresentar o relatório, a fim de, a partir daí, se poder tomar as providência que a vacina impõe. Portanto, descanse, que elas, as loiras, também.

Talvez, como dizem os jornais, o chefe da “task force” seja o mais qualificado truta nestas matérias. Se calhar devia era ter começado a trabalhar há dois meses, mas isso é pormenor.

É de prever que, daqui a uns tempos, a confusão das vacinas seja um vê se te havias para as loiras, todos os dias na televisão, uma a dizer que, pois, corre mal porque é amarelo, outra a jurar que é óptimo porque é azul. E lá virá o chamado primeiro ministro emendar, com o apoio fiel do seu sócio de Belém (que perderá mais uma boa ocasião para estar calado) dizer que é assim-assim, porque é às riscas .

Será isto o novo “normal”?

 

29.11.20

UM ALÍVIO

 

Teorias da conspiração são coisa que não falta no mercado do covide. Há para todos os gostos. É a ONU que quer, via OMS, criar condições psicológicas para a criação e aceitação do “governo universal”  do futuro, são os tubarões da finança a fazer fortunas com acções e os das farmacêuticas com vacinas, são os monstros unicórnios a facturar mais na net, o Gates, o Soros e quejandos sedentos de poder e de dinheiro, enfim, vale tudo o que couber na cabeça dos que vêm a sua vida feita num oito e o futuro a enegrecer todos os dias.

Por uma questão de princípio, não acredito em teorias da conspiração. Hoje, porém, há uma que não me larga os neurónios. É a da limpeza etária. Sim, etária. Há gente a mais. Dizem os profetas do costume que, a breve prazo, o planeta deixará de dar de comer à humanidade, uma humanidade vítima do consumismo, do capitalismo e de outros ismos da moda de esquerda. Por isso, a tal limpeza. Acabar com os velhos que por aí pululam. Já viveram muito, já têm a sua conta, vão bugiar. Em conformidade com esta brilhante ideia, surgiram “especialistas”, entre nós representados pelas loiras da “saúde”, que “descobriram” que, a partir dos 70 anos ou coisa que o valha, não vale a pena gastar vacinas com tal gente. Trata-se de inúteis, devem  ser postos de lado, a bem do nobre objectivo de pôr o planeta a ter mais reservas alimentares. E haverá menos chatices, que essa malta é chata como a potassa. É claro que a teoria se “justifica” porque, dizem, a partir desse tipo de idade, a vacina não funciona. Uma desculpa “científica”, só possível de provar quando os pobres velhos começarem a morrer aos milhões, com ou sem vacina. Um alívio, não é?

Pois, dir-se-á. É o que diria a prima do Solnado, que gostava muito de dizer coisas. É pouco provável, diz o meu optimismo parolo, que a teoria vingue. Mas já se viu pior, como nas limpezas soviéticas e nazis. Quem sabe o que, no fim decontas, sairá da cabeça das loiras, e da falta dela das mais altas autoridades.

 

 28.11.20

ASNOS

 

Hoje, o inacreditável Rio deu mais um ar da sua graça. Sabendo que a injecção de capital no Novo Banco é uma obrigação contratual do Estado, talvez asnática, talvez ruinosa, mas legitimamente assumida pela geringonça, devidamente assinada e aprovada em nome do país, alinha na demagogia populista e comunóide do Bloco, verga-se à vontade das esquerdoidas e vota “não pagamos”. Desta inteligente forma, mete o país numa camisa de onze varas, arrisca-nos a que, em vez de pagar o que nos comprometemos a pagar, venhamos a ser condenados a esportular muito mais milhões que os que teríamos que adiantar.

Compreende-se que o PSD faça a vida negra ao governo, um governo que o desprezou olimpicamente, que não merece ponta de apoio em coisa nenhuma, que está outra vez a condenar-nos a mais uma retumbante bancarrota. Uma coisa são as asneiras da geringonça, dos seus antecessores e dos seus continuadores - quer dizer, do PS - outra é a honra e os interesses do Estado, ainda que tais interesses venham, de longa data, a ser feridos por governos sem norte nem sul, nem projecto nem nada nem ninguém que se aproveite. O PSD podia, e devia, opor-se a tudo e mais alguma coisa, menos quando está em causa o prestígio e a credibilidade do Estado num assunto que, não sendo culpa do PSD, compromete o país sem apelo possível. A atitude agora tomada só está de acordo com uma coisa: a falta de tino de um lider asnático.

A triste conclusão é: Rio e Costa estão bem um para o outro. Em matéria de asneiras, venha o diabo e escollha.

 

26.11.20

ATÉ QUANDO?

 

25 de Novembro de 1975, data esquecida pelas “forças vivas” da Nação.

Se é verdade que o 25 de Abril de 1974 acabou com a II República, não é menos verdade que a hipótese de democracia só passou a ser real a partir de Novembro do ano seguinte.

Entre as duas datas, pela mão do PC e de uma data de grupelhos que, anos depois, deram origem ao BE, comandados por bandos de militares ignorantes, sedentos de poder e activos agitadores às ordens de bolchevistas e quejandos, o país foi vítima de uma chamada revolução socialista destinada a fazer de Portugal a Cuba da Europa.

A parte ainda não pervertida das Forças Armadas, sob o comando de Eanes e Jaime Neves, com o apoio dos partidos democráticos, conseguiu, em 25 de Novembro, estancar a horrenda ditadura que, a passos largos, se abatia sobre nós.

Mais de quarenta anos passados, a História, miseravelmente manipulada pela esquerda, continua a ignorar os factos e a atribuir a Abril a fundação da III República.

O vírus da esquerda continua a inquinar a nossa vida, a reinventar a História, a perverter a moral, a deseducar a juventude e a substuir a verdade por mentiras mil vezes repetidas.

 Até quando?

 

25.11.20

QUEM MUITO FALA...

...pouco acerta. Olhem o nosso tão amado Presidente. Um dia, tece louvores a todos nós, disciplinados, obedientes, conscientes, cheios de civismo, responsáveis, etc. e tal. No mesmo dia, diz que 80% dos contágios provêm da família. Obrigadinho, senhor Presidente, mas não merecemos elogios, andamos a infectar a família! Ó magia, os 80%, de um momento para o outro, passam a 60 e, horas depois, a 10. Consequentemente, o presidencial afilhado Costa veio decretar que é nosso dever aceitar os números da DGS, tão maravilhosamente explicados pelas duas loiras nas sua prelecções diárias, cem vezes rtepetidas. Confiar em quê, nos oitenta por cento, nos sessenta, ou nos dez? Dá para escolher, ou é rifado, ao calhas? Confiança, ó ingratos, confiança!

Se o senhor Presidente se calasse mais um bocadinho, todos ganhávamos com isso. Mas não é possível, o senhor Presidente tem que ter opinião sobre tudo e mais alguma coisa, e auto-obriga-se a comunicá-la à plebe. Um must! Inelutável! Sem “bocas” permanentes não há televisão, nem jornais, nem redes sociais. Não há Presidente.

As loiras e o seu chefe passam a vida a “explicar” o que ninguém percebe. Quem não percebe, erra. As informações, os decretos, as ordens, são oficialmente cristalinas, transparentes, sem lugar a dúvidas, não é ? E  as opiniões de centenas de especialistas, carradas de cientistas, toneladas de epidemiologistas e de mais não sei quantos opinionistas de serviço são credíveis, admiráveis, ocupam tardes inteiras, noites sem fim (as manhãs não sei, porque estou a dormir) nos canais de “informação”.

Todos os poderes, públicos, privados, formais e informais, estão apostados em fomentar o medo e a ruína. Quanto mais desgraça melhor. Quem se revoltar é uma besta.

E mais não digo, porque me faz mal. Vou pôr a máscara e comprar o jornal para fazer as palavras cruzadas.

 

24.11.20

A GRANDE MÁSCARA

 

A porcaria de dias em que vivemos anda a dar voltas à cabeça do IRRITADO. Tanta coisa a acontecer todos os dias, tanta volta, tanta reviravolta, tanta asneira, tanta falta de senso, de um mínimo de honestidade e de humildade, tanta gente convencida de uma verdade que, normalmente, dura dias, ou até horas até vir outra... o  bestunto ressente-se. a inspiração, a pachorra, a vontade de dizer ou escrever coisas ressente-se com ele.

Dizem que a culpa é da pandemia, mas eu duvido. Há, pelo menos, três pandemias, a do covides, a do medo e a do autoritarismo galopante. Dizem alguns teóricos - da conspiração ou de outra coisa qualquer - que há um não dito movimento universal para domesticar as vontades e as preparar para uma nova era, um novo poder, uma espécie de “atmosfera” global destinada, agora sim, a criar o “homem novo” de que falam (ou falavam mas agora disfarçam) os adeptos da grandes ditaduras.

Não sei se será assim, se haverá essa intenção da parte seja de quem for. Mas sei que, com estratégia ou sem ela, intencionalmente ou não, a nova noção de direito e de liberdade está florescente e a velha está em causa. As pessoas não só se adaptam àquela como exigem que os outros façam o mesmo. É o policiamento induzido. As novas gerações, a começar na mais tenra idade, passam a ter por bom o “sistema” que lhes impõem, ou seja, desde pequenos se lhes entranha na alma um ambiente de “disciplina” que aceitam e acabam por achar que é bom, que é mesmo assim, para eles é o normal, nem sequer o chamado “novo normal” de que nos fala a triunfante bestilalidade humana.

Ao mesmo tempo, a desapiedada destruição da economia vai de vento em popa. Dela nascerá a quarta pandemia, uma espécie de quarto cavaleiro do apocalipse, pai e filho da guerra e do fogo. Não haverá dinheiro que acuda ao que se passa. Despeja-se toneladas electrónicas de dinheiro falso que a nada corresponde, nem a notas de banco nem a nada de valorável, espécie de penso rápido para tratar uma gangrena.

Daí que não sei se valerá a pena falar das incompetências do poder ou das tricas que todos os dias nos caem em casa. Talvez com o tempo a coisa me passe. Entretanto, vou-me entretendo a desafiar a ditadura das máscaras ou a andar pela esquerda quando me mandam ir pela direita, coisas que não fazem sentido nenhum, mas aliviam.

 

Alle Menschen tragen Masken

Tragen Masken bis Anskrab

Nur im frohe Faschings Tage

 Wen die menschen tragen Masken

Legen sie die Masken ab.

(Isto deve estar cheio de erros, mas apetece-me). Tradução de pé quebrado: Toda a gente anda de máscara, de máscara até à sepultura. Só nos dias alegres do Carnaval, quando todos andam mascarados, é que deixam cair a máscara.

Não estou a gabar-me de falar alemão, porque não falo. Tenho esta na cabeça desde os tempos em que alguém tentou ensinar-me tal línguia. Sonho com o dia em que os que nos fazem andar de máscara deixem cair a máscara com que nos enganam e arruinam.

 

21.11.20

FOFURAS

 

Temos, finalmente, o nosso Trump, pelo menos em matéria de mentiras, obscenidades politicas, ultramontanismo e trauliteirismo. Trata-se de Santos Silva, a partir de hoje, o Fofo. Deu-nos para tal um contributo trumpista do melhor.

Diz o Fofo que não não pertence “a um partido que esteja encostado a quem gosta de tiranos e ditadores para efeito de garantir algum apoio governamental”. E disse mais, num cunjunto de alarvidades que, por higiene, me absterei de reproduzir.

Perguntar-se-á a que partido pertence uma criatura que, a alto nível, serve quem anda, há mais de seis anos, pendurado nos amigos do Kim, do Chávez, do Maduro, dos continuadores do Fidel e de tantas outras inflorescências das mais horrendas ditaduras. Será um independente ao serviço do PS? Ainda não percebeu que vive à custa de dois partidos ideologicamente  totalitários? Está maluco? Ou estará apostado em ultrapassar o Trump em matéria de bestialidade? Parece que já ganhou esta aposta.

Tudo isto por causa de o PSD dos Açores ter aceite o apoio parlamentar do Chega, o que causou a maior raiva, aos socialistas como a outros “puristas democráticos” apostados em manter o poder do PS+PC/BE, eventualmente para sempre.  Qual era a alternativa? Era a aplicada pelo PS quando se aliou a adeptos de ditadores e tiranos. Era nomear o PS local para governar os Açores, vê-lo cair no parlamento, depois seguir, ou para a alternativa ora oferecida, ou para novas eleições. Cavaco deu a mão à nova maioria, a que tal gente pertence, com trinta deputados, como R.Sousa fez ao dá-la à dos Açores, com outra gente, talvez igualmente indesejável, pelo menos para quem a teme (dois deputados).

Temos o nosso Trump!  É o Fofo, em língua IRRITADA.

 

15.11.20

UNS HERÓIS

 

Segundo o Presidente da República, o primeiro-ministro, os jornais, as televisões, os comentadores, os opinadores, os escritores, os artistas e o povo em geral, os profissionais da saúde são uns heróis, merecem a admiração , a gratidão, a veneração de todos nós. Muito bem, é assim mesmo!

A demonstrá-lo, os enfermeiros, coitados, estafados, a não poder mais, a servir dedicadamente os pacientes, sem sombra de tempo para si próprios, nervosos, stressados, resolvem fazer uns diazinhos de greve, certamente para gozar de merecido descanso. Muito bem. É uma atitude patriótica, pelo menos.

Na mesma ordem de ideias, temos o inestimável e também patriótico contributo da CGTP/PC que decide fazer umas “jornadas de luta”, a fim de exigir justíssimos aumentos de ordenado, o que muito se coaduna com o actual e indiscutível período de vacas gordas em que vivemos, coisa que se espera progrida por muitos e bons anos.

O IRRITADO saúda entusiasticamente estas atitudes, desejando-lhes as maiores felicidaes.

 

15.11.20

COERÊNCIA

 

O senhor Burla, presidente da Pfizer, anunciou a nova vacina do covide. Obrigadinho, ó Burla! Grande dia para a humanidade, disse ele.

A coisa é tão boa que, a prová-lo, no dia seguinte, o Burla vendeu um monte de acções da sua companhia, realizando mais valias de muitos milhões.

Grande Burla!, ou grande burla? Cross your fingers.

 

15.11.20

DA MORAL SOCIALISTA

 

Depois de quatro anos de reconstrução das ruínas em que o PS (de Sócrates, Costa, Santos Silva e outros, hoje no galarim do poder) nos deixara, Passos Coelho ganhou as eleições sem maioria absoluta. Costa, ainda fresquinho da vitoriosa traição que o levara à liderança do partido, negou-se a negociar com o PSD e foi buscar apoio parlamentar às extremas esquerdas, a soviética e a doida. A geringonça entrou no poder, lá ficou quatro anos e, se calhar, vai mamar outros quatro, preparando o país para a nova ruína que se aproxima a passos largos. É o “novo normal” do socialismo.

Tal “solução” mereceu a elogiosa e generalizada aceitação dos habituais serventuários do PS nos media e no comentário político, os quais se dedicaram, e continuam a dedicar, aos elogios mais malucos, fomentando a instalação da cegueira nas pessoas, via manipulações, mentiras e mentirolas. Ainda por cima, com apoio presidencial.

Muito bem, dirá a nacional-bem pensância. A nova maioria parlamentar tem toda a legitimidade, mesmo metendo no poder, com calçadeira, não com votos populares, os partidos até então classificados pelo PS como não democráticos.

Adiante. Este ano, nos Açores, ficou o PS na mesma situação que PSD conheceu há anos no continente: ganhou as eleições sem maioria absoluta. O PSD local resolveu fazer o que o PS tinha feito: arranjou uma maioria ad hoc, juntando à antiga AD um (ou dois?) deputados do novo partido Chega.

Consequentemente, o PS apresenta aos media um desconhecido (disseram-me que é secretário-geral adjunto do Costa), encarregado de acusar o PSD Açores da mais vil traição, por ter juntado ao grupo um partido classificado pelo PS como não democrático. Ou seja, no continente, o PS tem toda a legitimidade para fazer maioria com vinte e tal deputados de partidos que toda a vida classificou como não democráticos. Mas, segundo o novo PS, oficialmente representado pelo importantíssimo desconhecido que refiro acima - sem citar o nome porque não o sei, nem quro saber – a idiotia, a aldrabice e a imoralidade chegam ao ponto de tal artista vir dizer que o PSD, ao juntar, nos Açores, um (ou dois?) deputado do Chega, está a trair o seu próprio passado.

A falta de vergonha atinge assim os píncaros no cumprimento das normas da “moral republicana” (ó desgraça, há quem coma disto!).

 

Declaração de interesses: o IRRITADO acha que, nos Açores, o PS devia ficar a governar, à rasca, em minoria. Isto, por respeito a uma praxe constitucional que, no continente, o PS pôs no caixote do lixo. Por outro lado, não deixa de dar um certo gozo que a “solução” do PS tenha frutificado no Atlântico de pernas para o ar. Ou seja, que o feitiço se tenha virado contra o feiticeiro, talvez preconizando tempos menos piores para todos nós.

 

8.11.20   

AGORA É QUE VAI SER BOM!

 

Acabo de ler as novas decisões do Costa & Cª. Fantástico! Não percebi patavina. Desafio os meus compatriotas, por certo mais inteligentes que eu: leiam a descrição do que lhes é ordenado pelas vossas inigualáveis autoridades. Se perceberem, dou-lhes um doce. Enquanto comerem o meu doce, tentem memorizar as ordens a fim de, civicamente, cumprir com o que lhes é ordenado. Ou sugerido, ou aconselhado, na nova formulação. Ficarão a saber que tudo é proibido, mas tudo é permitido. Antes de cometer algum acto eventualmente criminalizável, saibam que podem fazer tudo e não fazer nada. No fim, ficará a cargo da polícia de costumes passar-lhes uma multa, não lhes passar uma multa, repreendê-los ou elogiá-los, tudo segundo a inspiração, a opinião, a boa ou má disposição dos “agentes” do Costa, civis ou militares.

Mas vai ser ainda melhor. Um fartote. Dentro de momentos, virá o “estado de emergência”, quer dizer, a Constituição hibernará, o Costa ficará a poder fazer o que lhe vier à cabeça sem limites outros que não sejam os da sua consciência (de quê?).

A confusão, a ditadura sanitária, o descalabro económico, atingirão o seu climax. Quem ganha com isto? O Costa, cada vez com mais poder, ou com poder mais “justificado”.  Os “números” serão, uns, criteriosamente trabalhados, outros cuidadosamente escondidos, como desde o primeiro dia da era do covide.

Uma homenagem ao Jerónimo: foi o único que revelou algum bom senso à saída da presidencial audiência.

 

4.11.20

 

ET. No dia 1 foram proibidas as feiras de levante: no dia 2 foram autorizadas. No dia 3 abriram.

As actividades não urgentes do SNS foram "restauradas" seis dias antes de votar a ser proibidas. Espera-se reabertura nos próximos dias. Etc.

 

TESTEMUNHO MASCARADO

Dada a minha provecta idade, associada a muitas décadas de feroz tabagismo, tenho uns problemas de falta de ar. Sou membro do mais chato dos “grupos de risco”. Daí que, se ponho a máscara, lá se vai o que me resta de respiração. O ar que entra é menos, mais pobre e impõe esforço acrescido. Respiro os restos de oxigénio que os pulmões recusaram, cheios da porcaria que deitaram fora. A fuça fica suada, quente, incomodadíssima. Em suma, não aguento a máscara.

Se, no meu caso, os malefícios da máscara são evidentes e se setem de forma directa, imediata e aflitiva, fica provado o facto de a máscara, sobretudo se usada continuadamente, não pode deixar de ser prejudicial para toda a gente, novos e velhos, embora a maior parte talvez não lhe sinta os efeitos. Mas não pode haver dúvida de que, a prazo, terá as suas consequências na oxigenação de cada um. No entanto, a “informação” (pública e privada) tem passado o tempo a recomendar a máscara, que não faz mal nenhum...

Para mim, a solução é a chamada viseira, que alivia um pouco a câmara de horrores em que  a máscara me mete. Mas há os fundamentalistas militantes, que marimbam nos velhos ao mesmo tempo que dizem protegê-los. Experimente, por exemplo, ir ao Oculista das Avenidas, no Campo Pequeno, ou ao Hotel da Vista Alegre, em Ílhavo (cito estes dois porque me merecem particular embirração, mas há muitos mais). Já decorei o decreto (nº 20 de 2020 , artº 13º) que diz “máscara ou viseira”, mas os fundamentalistas são mais costistas que o Costa. Não perdoam. A máscara tornou-se obrigatória, mesmo sem o ser. Os portugueses obedecem, meticulosamente ensinados a perseguir-se uns aos outros ainda mais que de costume.

Enfim, aqui fica um testemunho que talvez seja útil. Nada tem de científico. É um saber de experiência feito, como diria o poeta.

Aliás, no mundo do covide a ciência serve para tudo, isto é, para dizer que é branco, que é preto, azul às riscas, etc. Venha o diabo e escolha.

 

3.11.20

SAÚDE DE ESQUERDA

Sob a direcção da esquerdoida Catarina e da dona Temido, a geringonça e o actual governo tomaram para si a direcção da luta de morte que o socialismo trava contra a medicina  privada.

Os hospitais privados foram, ou vão ser, corridos do SNS, quer prestassem ou prestem bons serviços quer não, quer sejam mais baratos para o Estado quer não. Ao socialismo o que interessa não é a saúde das pessoas, interessa saber quem presta os respectivos serviços. Ter bons serviços, pagar bem aos profissinoais, fornecer saúde de qualidade, se privado, é crime e, se, ainda por cima, tal for sustentável e, até, der dividendos, é crime ainda maior, de lesa ideologia, mesmo que invista na qualidade, no bom serviço, no aumento da oferta de saúde.

É sabido que o SNS, durante o consulado da geringonça - mesmo, segundo dizem, gastando mais - multiplicou os problemas. Não foi preciso o covide para fazer rebentar o SNS pelas costuras. Foram precisas as cativações, o fim das PPP, o desnorte da gestão.

Veio a crise do covide. Os actos médicos que foram (ainda mais) adiados, ou simplesmente não prestados, contam-se por milhões. A propaganda oficial e os media afastaram as pessoas do SNS, fomentaram o medo dos hospitais, misturaram o covide com o resto, arruinaram o resto. Desde que os privados ficassem de fora, tudo bem, não é?

Até que o covide progrediu. Agora, rebentado o SNS, vai de pedir ajuda aos privados. Mas, quando estes se dispõem a socorrer providenciando serviços vários para aliviar os hospitais públicos e lhes permitir mais trabalho na área do covide, ou seja, abrir as portas aos abandonados com outras patologias, os jornais e os políticos, “inteligentemente”, acusam os privados de não querer tratar dos covides!

No auge do desespero, as “autoridades” propõem-se ceder. No auge da estupidez a esquerdoida Catarina, e não sei se outros, vem propor a “requisição civil” dos hospitais privados. Será que a hedionda mulher sabe o que é uma requisição civil? Não admito que não saiba. O que ela quer prevenir é que os negregados privados prestem serviços e os cobrem. Será que os serviços dos hospitais públicos são de borla?

Vivemos nisto. A somar à epidemia – que custa muito e mata pouco – temos o socialismo, que mata muito e custa o que custa.

 

2.11.20

NB: Há luto nacional pelos mortos do covide. Há muitíssimo mais mortos sem covide do que com ele, muitos por falta de assistência. Mas estes não merecem o luto do socialismo. Nem a culpa.

DECLARAÇÃO DE VOTO

 

Antes que haja resultados que possam provocar dúvidas em relação ao voto do IRRITADO, passo a esclarecê-las, uma vez que não pouca gente será capaz de dizer que sou, ou seria, se fosse o caso, capaz de votar no Trump.

Não. Votaria Biden. Não voto Trump porque não voto na trampa, seja ela de esquerda, de direita, do centro, de baixo ou de cima. Trump não é outra coisa que não seja ele mesmo. É um mero ignorante ulta-convencido de si próprio, asnático, malandro, aldrabão, capaz de tudo, um fala-barato, um banha da cobra, uma vergonha de pessoa, se é qure merece tal nome.

Pior que isso, é um indivído perigoso, mesmo quando tem, por mero acaso, razão. De resto, as razões dele põem em causa seja que equilíbrio for. Trai os seus aliados, faz-se com o Putin, com o Kim, com os árabes, com os judeus, com Deus e com o diabo ou com quem, estupidamente, achar que lhe convém, ou com quem, de momento, lhe fizer jeito. É, comprovadamente, um inimigo da Europa, um inimigo do meu país.

Como qualquer ditador o faria, e faz, põe antecipadamente em causa a legitimidade das eleições caso o resultado lhe não seja favorável. Não há nada mais ordinário.

Juntem a isto o que quiserem. E não se convençam os que estão à direita do centro, que ele tem alguma coisa a ver com essa posição.

Aliás, passado o pesadelo de um potencial candidato que se dizia socialista, o socialismo dos americanos é mais liberal que o dos liberais europeus. Não me mete medo.

 

2.11.20  

INFORMALIDADES FORMAIS

Uma estranha característica da III República portuguesa é isto de o palácio presidencial ser uma espécie de centro de conferências de imprensa dos partidos políticos, e não só.

Não estou a dizer mal do actual senhor de Belém. Neste aspecto, os do passado são iguais.

Isto de, após uma audiência formal, ficar o palácio à disposição de jornalistas e de políticos para mandar os seus bitates, é coisa que, na Europa civilizada, me parece única e incompatível com a gravitas presidencial que seria de exigir. Os partidos têm a suas sedes, o parlamento, a rua, para dizer de sua justiça. Não deviam ter estas presidenciais borlas.    

Fica a opinião, inútil como de costume.

 

2.11.20

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