DA EFICÁCIA ELEITORAL
O Presidente vetou a miserável lei que tinha por objectivo impedir uns milhares de emigrantes de votar, isto é, tirar, por via burocrática, uns votos ao PSD.
Para tal havia que diminuir os direitos dos emigrantes? Que se lixe, as conveniências do partido são bem mais importantes que uns meros direitos eleitorais!
A miserável lei foi para o cesto dos papéis. Mas a saga continua.
Não se pode evitar o voto por correspondência? Então, vamos a isto: dificultemos o voto presencial!
Vai daí o governo toma as medidas necessárias ao “desdobramento” das mesas de voto. Não proibe o voto mas, de forma mais sofisticada, dizendo que o facilita, difuculta-o. Primeiro, porque não provê às necessidades de pessoal para tal desdobramento. Depois, porque, em todos os consulados honorários, que são a maior parte, não será possível, legalmente, haver mesas eleitorais porque os consules são estrangeiros.
Um tal Braga, político obscuro mas eficaz em certas matérias, de que é por exemplo a abertura ao regime de Chávez e à amizade do canalha, tomou conta do assunto. Multiplicou os consulados honorários. De uma assentada, poupou nos funcionários e impediu uma data de gente de votar. Genial!
14.2.09
António Borges de Carvalho