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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

UMA VITÓRIA DE PIRRO?

Há por aí quem diga e escreva que a vitória da Marcelo foi uma vitória da “direita social”.

Por um lado, não há dúvida que a esquerda social-comunista levou uma abada histórica. Mas chamar à vitória de Marcelo uma vitória da direita, mesmo ”social”, vai uma certa distância. A verdade é que o Costa, por omissão, ganhou as eleições. Derrotou os proto-comunistas do PS (Gomes, PNSantos e quejandos), derrotou as esquerdoidas do BE, e ficou com um Presidente que não lhe faz mal nenhum, antes pelo contrário.

Muito tenho, neste blog, criticado o senhor de Belém. Sem prejuízo de tais críticas, tenho que reconhecer que a margem de manobra de Marcelo é muito curta. A sua posição, dita centrista, em que acredito, que companhias tem? A resposta é triste, desoladora. À direita, o Presidente tem o seu pior inimigo: Rio, com as suas confusões, a sua falta de carisma, de sentido político, cada cavadela... Tem a Iniciativa Liberal, séria mas pequenina. Tem camartelo político do Chega. Institucionalmente, tem que viver com o Costa. Não casará, mas viverá in sin.

Veremos até que ponto o novo mandato corresponderá a um acordar da tal “direita social”. Tristemente, declaro que não vejo nada que a ajude. Nem tenho confiança em que Marcelo o consiga, ou conseguisse, se quisesse.

 

27.1.21

CRUELDADE SOCIALISTA

 

Toda a gente fala nisto, mas não faz mal que aqui fique, também, um protesto contra mais uma manifestação do totalitarismo triunfante num partido que já foi democrático.

Sei que temos uma ministra da saúde que canta a “internacional” no duche para ficar bem disposta. Sei que temos um ministro da educação que se dedica a estraçalhar o ensino a torto e a direito, e a desvalorizar os efeitos, mais que provados, da sua “política educativa”. Sei que temos um primeiro ministro que não quer aceitar, por mera ideologia e fome de poder, que os hospitais privados, mesmo que “responsáveis” por bons serviços à sociedade e por milhões de poupanças para o Estado, sejam “admitidos” para efeitos de saúde pública: antes doentes que tratados na privada, é a máxima do governo. Sei que temos uma ministra da justiça que aldraba a UE, se desfaz em justificações canhestras e nos sujeita a uma vergonha sem nome. Sei isto e muito, muito mais.

Mesmo assim, neste mar de incompetência, de mentira e de cegueira ideológica, não me ocorreria pensar que as escolas privadas fossem proibidas de tele-ensinar.

O hediondo governo que temos fecha as escolas. Promete computadores para o tele-ensino dos atingidos pela sua tão “inteligente” medida. Não cumpre, ou cumpre 25%. Para que as crianças sejam “iguais”, nivela por baixo, priva milhões de alunos, privados e públicos, de colmatar as ruínas a que o Estado, pela mão do governo, condenou o ensino.

Crueldade mental? Com certeza. Crime? Sem dúvida. Sacrifício das crianças no altar do socialismo? Se já todos somos vítimas de tal coisa, é de elementar coerência sacrificar também as crianças.

Costa é o Herodes do século XXI.

 

27.1.21

LIVRAI-NOS DO MAL

O destaque mais aterrador, nestas eleições, é o resumido no título de um artigo hoje publicado no “Público”. Reza assim: “Uma derrota com futuro”. Como devem calcular, o plumitivo refere-se à dona Gomes. Como também devem calcular, o homem não está a desejar, ou a vaticinar, que a derrota da senhora se agrave, mas a referir o brilhante futuro que o resultado obtido lhe pode reservar.

Aterrador é pensar que dona Gomes tem um grande futuro político. Significa que o nosso futuro é o do socialismo radical, ainda que disfarçado com palavreado “social-democrata”, um futuro policial, onde triunfa a candidata mais perigosa para as liberdades, para o sucesso económico e o para o progresso social desta já tão infeliz nação.

O troglodita do PC levou pancadaria de morte no “seu” próprio território: os alentejanos acharam, e bem, que as “liberdades” da dona Gomes são bem mais perigosas que as do populista Ventura. Já não vão na conversa do costume, preferem outra. Dona Gomes no poder significaria que, como na RDA e noutra fruta podre, os partidos só existiriam se ela autorizasse. Significaria uma atmosfera de perseguição a todos os que não merecessem a simpatia da dona Gomes e fossem por ela arrastados na lama mediática, como já aconteceu a muito boa gente.

O moribundo do PC bem pode exibir o livrinho da Constituição, como o Mao exibia o seu célebre livro vermelho. Como é sabido, a Constituição tem servido para tudo: lá está a democracia, mas uma democracia com a porta escancarada para a “sociedade sem classes” e o glorioso “caminho para o socialismo”. Depende de quem a usa. Se tivermos sorte, coisa que muito nos tem faltado, a dona Gomes não terá o futuro luminoso que o articulista lhe deseja. Mas tem hipóteses, coisa que o primitivismo do PC ou a patética candidata do BE jamais conseguirão.

Eleitores do meu país, para a próxima, livrai-nos do mal.

 

25.1.21        

PENSEM, POR FAVOR

 

Façamos umas continhas, com números redondos para facilitar a compreensão.

Ontem, dizem as notícias, morreram em Portugal 700 pessoas. Um número aterrador, como veem. Também se lê que, em média, nesta altura do ano morrem “normalmente” umas 300. Ficam 400.

200 são atribuídas pelas “autoridades”, ao covide. A gripe deixou de existir, em números oficiais não conta! Ficam 300 defuntos “a mais”, não atribuíveis, nem ao covide nem à gripe sazonal.

Deem um desconto: o ano tem sido mais frio que de costume, por isso é provável que, mesmo sem covide nem gripe, tenham morrido umas 50. Ficam 250. Porquê?

Suspeitem, mas com fundamento lógico. As pessoas, dado o medo que desde há um ano lhes vem sendo instilado, deixaram de ir às urgências, ou só vão quando já não há nada a fazer. Aterrorizadas, evitam os hospitais. Ou vão lá, mas como não têm covide, mandam-nas para casa.Há milhões de consultas adiadas sine die, com o seu cortejo de doenças graves não detectadas. Exames adiados são às centenas de milhar. Cirurgias nem se fala. O SNS está em estado comatoso. A política socialista foge dos privados como o diabo da Cruz. Os velhos não morrem só nos lares, também morrem em casa, quantas vezes sozinhos, sem assistência hospitalar, por que tal assistência está muito ocupada com o covide.

Então, a vossa (minha) suspeita será a de que, pela mera lógica das coisas, até morreu pouca gente.

Certas questões serão legítimas, ou mais que isso. Será que os confinamentos servem para alguma coisa? Será que os dos idos de Março serviram, ou foi a universal baixa do covide que melhorou a situação? Será que as escolas aumentam os contágios? Nada o prova. Ainda menos no caso das crianças mais novas. Será que é nos transportes? As próprias “autoridades” dizem que não. A culpa do Natal é conversa de tarados.

Certezas finais não haverá, a não ser que as “autoridades” se enganam e/ou nos enganam, ao mesmo tempo que, sem sombra de escrúpulos, nos arruínam e roubam o futuro aos que ainda o têm. Quem duvida não tem lugar nas televisões nem nos jornais, nem no discurso oficial: trata-se de “negacionistas”, “covidiotas” até “fascistas”, mesmo que sejam esquerdistas. Se aparecem uma vez, são prontamente saneados ou acusados de traição.

Enfim, é esta a universal epidemia, que pouco terá a ver com o covide. Note: eu não digo que não há quem sofra, ou morra por causa do covide. O que faço é pôr a fundada hipótese de estar tudo errado. Quanto tempo de desgraça será preciso para que haja massa crítica a este respeito? E se houver, tal tempo virá a tempo?

 

22.1.21    

MAU CHEIRO

 

Toda a gente sabe que a chamada bazuca, mesmo que venha, não vai dar para a cova de um dente de país cada dia mais arruinado, como o nosso.

Toda a gente sabe que o dinheiro da bazuca, para que não seja totalmente falso, será da conta da UE, que o pagará, se pagar, com o dinheiro dos contribuintes europeus. Ou seja, é para pagar aos mercados financeiros que (ainda) o têm.

E quando os mercados financeiros começarem a abanar? Não se sabe.

Aqui vai um desafio aos milhões de economistas, financistas, professores e outros especialistas no funcionamento dos poços sem fundo que por aí andam. Se souberem, que o digam.

Eu só sei que isto cheira muito mal.

 

22.1.21

SENSATEZ

 

Segundo Sua Excelência o Presidente da III República, as últimas medidas do governo são “sensatas”.

Toda a razão.

É sensato mandar as criancinhas da primária para casa.

É sensato privá-las do ensino à distância.

É sensato os menores de 12 anos (não se sabe se é até aos 12 se até aos 13) poderem ir à escola, mas só se forem filhos de certas pessoas.

Portanto, é sensato que ninguém saiba como nem onde se vão processar as aulas presenciais dos filhos de tais pais.

É sensato que as crianças não possam brincar nos parques infantis, mesmo que em número limitado.

É sensato que não se possa estar sentado num banco de jardim, mesmo que à distância de cinquenta metros de qualquer representante do próximo.

É sensato que não se possa ir ao cinema, ao teatro e ao futebol, mesmo com 1 lugar em cada vinte.

É sensato andar aos encontrões nos combóios.

Tudo isto é sensato, inteligente e respeitador do cidadão, sobretudo das criancinhas.

Laos Deo.

 

22.1.21

MASSACRE

Apostadas em massacrar a cabeça das pessoas, vêm as “autoridades”, acompanhadas por resmas de jornalistas e batalhões de “especialistas”, acusando todos e cada um da falta de civismo que faz propagar o covide, do egoismo visceral que faz com que se compre presentes de Natal e jante com a família a 24 de Dezembro.

Será que algum destes nobilíssimos senhores já deu por que estamos a atravessar um dos Invernos mais frios dos últimos anos? Algum já olhou para os efeitos da gripe em anos anteriores (com ela, só em 2015 morreram 5.000 pessoas e ninguém ligou pêvas), e comparasse, com olhos de comparar, as estatísticas desse, ou desses passados anos, com as de hoje? Se, nesses anos, a culpa era do tempo frio, agora é de milhões de portugueses privados de liberdade, de direitos, de emprego, de pão para a boca, gente má que não cumpre à risca os ditames do poder.

A gripe, este ano, não mata ninguém? Passou de moda, ou vai tudo engrossar as hostes do covide? Não repararam que o sacrossanto SNS (com expressa exclusão dos negregados privados, a bem exclusivo do socialismo vigente) não funciona, que não há consultas médicas, nem exames, nem diagnósticos, nem tratamentos, que as doenças graves matam muito mais do que antes, por falta de tudo?

Não. Não deram por nada. O que “faz bem” é estar fechado em casa, com frio, sem ventlilação, à mercê dos elementos. TINA! There is no alternative! Não há alternativa à propagação do desemprego, da fome, da ruína económica. E, já agora, da ruína financeira, que é a senhora que se segue.

Parece que, neste pobre país, só nos resta esperar por Godot.

 

18.1.21

INTEGRAÇÕES

 

Li não sei onde que um certo Mamadu Ba foi seleccionado para integrar uma coisa que se chama GTPCR – Grupo de Trabalho para a Prevenção e o Combate ao Racismo. Não faço ideia do que, em verdade, se trata, de quem integra tal grupo, nem da origem do mesmo, nem de como se propõe “prevenir e combater o racismo”, nem se é coisa particular ou oficial, nem de quem o financia, nem de nada. Só sei o que li no jornal.

Se, à partida, não ponho em causa os eventualmente nobres objectivos da coisa, à chegada tudo muda de figura, ou seja, a notícia faz-me ficar de pé atrás quando vejo a “prenda” que foram(quem?) buscar para a integrar: o senhor Ba. Tão relevante figura, dissidente do Bloco de Esquerda (de que foi empregado), é, indiscutivelmente, o campeão nacional do racismo, não do racismo branco que trata(rá) mal os pretos, mas do racismo preto que odeia os brancos, divide a sociedade, fabrica inimigos. É o que faz o senhor Ba, dando largas “intelectuais” ao seu mortífero rancor.

E mais não digo. Fico à espera dos feitos do GTPCR.

 

18.1.21     

OS BONDS DA EUTANÁSIA

Nos braços da pandemia, uma importante causa se alevanta: a eutanásia. Parece que os nossos impagáveis deputados não têm mais em que pensar e preparam-se para se ajoelhar perante as esquerdoidas a fim de despenalizar a chamada “morte assistida”, eufemismo que serve para instituir um novo direito, o de matar em certas circunstâncias. Outras virão.

Tal coisa é justificada por altos sentimentos de humanidade, carinho pelos doentes terminais, etc.. Devo dizer que sou sensível a alguns destes argumentos. Só que o problema não é esse, o problema é pôr a vida de uns nas mãos de outos, com o objectivo de acabar com ela. É transformar o médico numa espécie de James Bond, licença para matar. Só que o Bond matava horríveis bandidos que ameaçavam a civilização e a humanidade. E, em princípio, era matar para não morrer.

Sem fantasias de filme de aventuras, os médicos/Bonds do Bloco de Esquerda, matarão pessoas indefesas, desesperadas e “à mão”.

Mais uma notável iniciativa do socialismo-nacional. O nacional-socialismo era da mesma opinião.

 

18.1.21

O NÚMERO

Fomos ontem atacados por mais uma benesse do governo, desta feita a favor dos asilados em lares da terceira idade. O governo, preocupado e pressuroso, resolveu proporcionar a tais cidadãos, mesmo que confinados, a possibilidade de exercer o seu direito de voto nas presidenciais. Formidável.

Mas... vivemos onde vivemos e temos o governo que temos. Assim, os velhinhos que quisessem votar tinham que se inscrever. Até aqui, aceitável. Depois é que foi o diabo: para tal, os cidadãos com cartão de identidade dos antigos, para além do número deste tinham que introduzir o da Segurança Social, coisa que ninguém sabe de cor e que não consta dos documentos de tais pessoas. Acresce que, em vários casos, tais cidadãos nunca tiveram tal número.

Resposta da nacional-burocracia: se não tens número da SS, não votas. E pronto.

Esperava-se que o governo tomasse alguma providência a este respeito. E tomou, através do inimaginável Cabrita. A abanar o bócio, disse ele mais ou menos assim: fiquem a saber que o governo está a fazer todos os esforços para beneficiar os utentes dos lares, mas a verdade é que ou estão inscritos na Segurança Social ou não votam.

E pronto. Dois mais dois igual a quarenta e nove.

 

18.1.21

BANDALHEIRAS

 

Parece que o Ventura bolsou uma galegada qualquer sobre o uso do baton pela dona Matias. É verdade que a dona Matias faz o impossível para dar uns ares que a favorecem ou não segundo o critério de cada um. Mas também é verdade que apreciações do tipo das do Ventura poderiam caber num programa humorístico de mau gosto, mas não deviam fazer parte do argumentário político. Por isso, chamei galegada à “intervenção” do Ventura.

Do outro lado,as reacções à galegada, uma tempestade tão idiota como ela, são sinal evidente do nível a que as coisas estão em termos de opinião. Em cima deste bolo, a dona Gomes põe a cereja: publica um vídeo em que, toda provocante, exibe os seus labiais argumentos com ar de alumeuse, coisa imprópria, sobretudo numa senhora que já tem idade para ter juízo.

O ridículo, o mau gosto, o ódio puro e duro e a bandalheira argumentativa entraram na campanha por quase todos os lados, colocando uma eleição, coisa constitucionalmente considerada séria, ao nível do mais puro pimba.

Não tenho nem a República nem e os seus mais altos representes (enquanto tal) em alta consideração. Mas, que diabo, gostaria que o Ventura e a dona Gomes, bem como os seus ferozes apoiantes, largassem a chinela ao candidatar-se. Pelo contrário, se não tinham chinela, foram comprá-la. Se tinham, exibem-na com toda a competência.

Não tem piada.

 

15.1.21   

DEBATES

Tenho visto alguns dos debates dos candidatos presidenciais. No fundo (e à superfície), há três candidatos comunistas, ou proto comunistas, ou que para lá caminham, dois democratas propriamente ditos, e um populista de direita. O resto é mato que não arde.

Marcelo, como era de esperar, diverte-se a torpedear os adversários, quase sempre cheio de razão. O espectáculo que nos ofereceu, sobretudo quando confrontado com a dona Gomes, a acusadora-mor, deu-me um profundo gozo. Não por acaso, a mulher não acertou uma, o Marcelo acertou todas. Com a Matias ainda foi mais fácil.

Só não foi assim com o Mayan, o único que se apresentou com ideias que, sendo contrárias às do socialismo obrigatório instalado há mais de quarenta anos nos cérebros “lavados” dos portugueses, são impecavelmente democráticas. Mayan discutiu taco a taco com Marcelo, pôs a Matias a pão e laranjas, meteu a Gomes nos varais e, sobretudo, demonstrou que há vida democrática para além do primitivismo socialista.

Mayan é, pela positiva, a grande novidade destas eleições. Pode contar com o voto do IRRITADO.

 

10.1.21

VOCÊ É UM CANALHA

O inigualável governo que temos, de ciência certa e poder absoluto, determinou, sem lugar a dúvidas, que o culpado de espalhar a pandemia é o Natal.

Assim mesmo, foi você, caro leitor, que, almoçando ou jantando com a família, contribuíu activamente para milhares de contágios, inúmeros óbitos, inenarráveis desgraças. Você é um canalha de lesa pátria. Se convidou para a sua mesa aquele vizinho que está só, a sua velha tia que não tem mais ninguém ou, até, deixou que os seus filhos almoçassem com os avós, então, meu caro, merece o opróbrio generalizado e até, se realizados os desejos do governo, será devidamente multado ou encarcerado.

Sim, meus senhores, a culpa dos desmandos do Natal é sua.

Não, meus senhores, não é das aglomerações à porta dos supermercados, não é do frio e da chuva a que as pessoas são condenadas pelas bichas na rua para tudo e mais alguma coisa, não é da falta de alternativa nos transportes públicos onde as pessoas continuam a acotovelar-se sem que haja, ou reforço de oferta ou diversificação de horários, etc. Nada disso. É da sua inconsciência cívica, da sua falta de cuidado, da sua irresponsbilidade.

Se o SNS, para além do covide, simplesmente deixou de existir, a culpa é sua. A subida dos mortos não covide é culpa sua. Os milhões de consultas e cirurgias adiadas sine die são culpa sua. Ninguém o mandou estar doente, mas sem covide. Não faltava mais nada! O SNS é sagrado, mesmo tendo deixado de existir. Os privados não são gente, imagine-se que até podem cobrar serviços prestados à revelia do socialismo. A culpa é sua, se recorrer a tal gente.   

O Natal foi um exemplar pico dos seus crimes! O governo é que é bom.

 

10.1.21

 

PRESIDENTES DE QUÊ?

Há para aí 20 anos, publiquei um livro (Europa-América) cujo título era “O presidente de nenhum português”.  Reunia uma série de artigos (hoje dir-se-ia pomposamente, ensaios, mas eu não digo), e aquele era o título de um deles.

Defendia eu, e continuo a fazê-lo, que ao PR não compete ser seja de quem for. O PR é da República, não das pessoas, o que, além de justo, é o que diz a Constituição. Mas a demagogia, instaurada por todos os presidentes e aspirantes a tal, habituou-nos a pensar que temos, pessoalmente, um presidente, que será de todos e cada um. No fundo, é o mesmo que dizer que não se é de ninguém. Não faz sentido, mas não interessa.

Na actual campanha, todos os candidatos - à excepção de Ventura, que comete o mesmo erro, mas com excepções – se consideram ou se candidatam a ser presidentes das pessoas. De todos nós.

As pessoas não têm presidentes, quem os tem são as instituições, república incluída. Querer pessoalizar, porventura para, propagandísticamente, inculcar que se é igual para todos, é um erro conceptual e um abuso de direito. Como o erro e o abuso são gerais, os cidadãos tendem a aceitá-los, ou por comodismo ou por se ter tornado verdade, uma vez parlapatado por todos os candidatos e todos os presidentes.

Dirá quem me lê que isto é um preciosismo idiota. Talvez. Mas tenho todo o direito (por enquanto...) a chamar a atenção para o assunto. Aliás, na tão falada Europa, não consta que os presidentes sejam de outra coisa que não as respectivas repúblicas. Até os reis (à excepção do Rei dos Belgas) o são de países, não de pessoas.

Uma coisa é alguém dizer que “este é o meu presidente ou o meu rei”, porque gosta do titular do cargo ou porque, directa ou indirectamente, nele votou. Outra, totalmente diferente, é que sejam tais titulares a arrogar-se essa qualidade.

E pronto, não terá importância de maior, mas aqui ficam os meus pontos nos is.

 

10.1.21    

LE PORTUGAL C’EST MOI!

António Costa, primeiro-ministro absoluto da III República vai, step by step, revelando a sua verdadeira natureza. Mais do que o Roi Louis, que só se reclamava ser L’Etat, Costa é mais que o Estado, ele é Portugal, a Pátria, a Nação, a República, tudo, todos nós, o território, a terra, o mar, o ar, o continente, as ilhas, ele é tudo, o resto só existe porque se confunde com ele, não passa dele.

Por isso, e muito bem, quem criticar António Costa mais não faz, como ele muito bem diz, que ofender Portugal, essa coisa que ele personifica e que com ele se confunde.

Foi no exercício desta invejável qualidade, desta soberana competência, que se revoltou contra três díscolos políticos que tiveram a criminosa ideia de o criticar acerbamente, pondo a nu, miseráveis, o seu direito absoluto de, através de um documento aldrabão, impor à Europa um procurador judicial da sua escolha. Mais, a ministra que mandou tal carta fê-lo no cumprimento de ordens suas, como o demonstra a confiança inabalável que nela deposita. É preciso perceber que quem o critica está a criticar Portugal, a trair Portugal, como ele declarou com todo o direito e todo o mérito. É que, ele, Costa, em nome do Portugal (que é ele), tem o ininfringível direito de aldrabar quem lhe apetecer quando lhe apetecer.

Ao longo dos anos tem o ilustre senhor vindo a cimentar o seu poder, ajudado pelos poderosos ideólogos que o apoiam. Step by step, como digo acima. Só ele tem o poder de nomear e desnomear quem muito bem lhe apetecer, seja contra quem for e com que mentiras for, porque o poder é só dele, ele é o poder, o soberano absoluto.

Você atreve-se a contestar a munificência e a infalibilidade de tal poder? Então, meu caro você estará a trair a Pátria, Portugal!

Cuide-se.

 

9.1.21

LEI DO CLIMA

Alegrem-se, ó gentes! Vamos ter uma Lei do Clima. Como a malta que sabe pensar pensa muito bem, iremos multar o planeta por ter o desplante de aquecer sem autorização da República?

Não é bem assim. A malta que pensa bem vai lançar uma catadupa de multas, coimas, penas criminais e outras que tais sobre quem se atreva a, por acção ou omissão, atentar contra o necessário e indispensável arrefecimento da Terra.

É sabido que a Terra se está nas tintas, desde há muitos milénios, para a opinião dos seus habitantes. Mas quem pensa bem sabe que é a humanidade a culpada de tudo e mais alguma coisa. Porque não do aquecimento, das manigâncias do clima, dos espirros do sol, da violência dos vulcões, dos furacões, da agitação marítima, dos tsunamis e de outras desgraças que sobre nós se abatem? Diziam os clássicos que tais coisas provinham da fúria dos deuses. Os medievais estavam mais de acordo com os que pensam bem: achavam que a culpa era dos pecados dos homens. Os modernos também. Os tempos passaram mas, neste aspecto, a teoria geral do clima não se alterou muito, isto é, os pecados são outros, os motores de explosão, as bufas dos bovinos e outros hodiernos malefícios que, em tempos menos avançados, não eram pecado.

O clima, agora, é uma máquina de fazer notas de banco para os estados. Com o argumento do clima, lançam-se impostos, multas, contraordenações e outras manigâncias do género, a abater sobre os pecadores. Vende-se direitos de carbono, um manancial, uma maravilha. E por aí fora. Em vez de se combater o CO combate-se o CO2. Em vez de se tratar do meio, trata-se da saúde à ganância dos governos. Em vez de energia barata e limpa, enche-se de massa a barriga de uns tipos que fazem moinhos de vento e centrais solares. Condena-se a produção intensiva, a transgenia alimentar, e tudo o que possa resolver problemas reais das pessoas. As pessoas são más, os estados, os ambientalistas e os activistas são bons, ou seja, não são pessoas.

A lei do clima virá, dizem que por consenso. Com ela uma chuva de impostos, de aumentos de preços, de violência legislativa.

Entretanto, os vulcões continuarão a cuspir fogo, o mar a galgar a terra, os incêndios a dar cabo das florestas, etc. A Terra, essa, continuará a aquecer e a arrefecer como lhe der na terráquia gana.

 

9.1.21

A PEIXEIRA

 

A “doce” Marisa, tão simpática, tão tão, conseguiu um feito que ninguém diria estivesse ao seu alcance. Espicaçada pelo Ventura, em matéria de peixeirada ultrapassou-o. Quando já não tinha argumentos, desatou aos insultos, de tal forma que quase conseguiu embatucar o adversário, ele que era tido, e gostava de o ser, por campeão da vozearia. Ou seja, a Marisa mostrou insuspeitados talentos no que à agressividade diz respeito. Grande mulher. Consta que vários lugares em mercados lhe foram oferecidos pelo sindicato das peixeiras, a fim de melhor poder dar largas aos seus talentos.

O pânico que Ventura tem causado nas hostes esquerdalhas, por ser violento, trauliteiro e ultramontano, tem sido a grande marca do sucesso da sua propaganda e do seu razoável score nas sondagens. Não se percebe o fervor com que as Marisas, Gomes & Companhia esperneiam contra o homem, ao ponto de, como a Marisa, dizer os mais anti-democráticos disparates, chocarreirices e insultos.

Em termos de ideias, o debate entre os dois foi medíocre. Como, aliás, a maioria dos outros. Pobre país, que tão tristes opções tem.

 

8.1.21

UM GRANDE HOMEM

Fiquei hoje abismado com a biografia de um tal Romão, de quem nunca tinha ouvido falar mas que, segundo o “Observador”, é uma altíssima figura da nossa terra e do socialismo nacional. Homem de uma seriedade a toda a prova, culto, letrado, poeta, jurista eminente, ilustre figura da “moral republicana”, diplomata, avesso a intrigas, probo, altamente considerado por camaradas e adversários, intocado e intocável, enfim, uma autêntica raridade.

Acontece foi acusado pela dona Vandunen de estar na origem das aldrabices contidas numa carta enviada à UE pelo ministério da justiça. Logicamente, o grande homem não gostou. Deu com os pés à ministra, demitindo-se com uma declaração escrita em que afirma que tal carta “foi preparada na sequência de instruções recebidas e o seu conteúdo integral era do conhecimento do Gabinete da senhora Ministra da Justiça”.

Por outras palavras, o grande homem, segundo diz, recebeu ordens para escrever a carta, ordens essas que incluiam o “conteúdo integral” das aldrabices. O grande homem, diz ele, mais não fez que escrever o que o mandaram escrever. Acredito. Mas, para acreditar, tenho que concluir que o grande homem não hesitou em escrever as aldrabices. Não se negou a fazê-lo. Só se demitiu quando o acusaram de fazer o que, na verdade, fez.

De grandes homens destes está ou devia estar cheio o inferno do socialismo.

 

5.1.21

PARCEIRAS

 

Dona Gomes não é de modas. Chateada com o PS por não lhe dar apoio explícito, atira-se ao Costa, acusando-o de ter sido mau para o BE na cena do orçamento. Se os dois partidos se zangaram, diz dona Gomes, não foi por causa das maluquices da Catarina mas por injusta intransigência do Costa, que devia ter arranjado mais uns milhões para satisfazer as ânsias “sociais” de tal e tão estimável senhora. A ala pedronunosantista do PS tem uma apoiante de peso. O Bloco também.

No debate, Dona Marisa e dona Gomes desfizeram-se em loas e salamaleques. Almas gémeas, irmanadas pelas das “lutas” comuns no Parlamento Europeu, a abarrotar de compreensão, amizade e coincidência de objectivos. Ficou tudo isto bem à vista  e, no fim do debate, só não acabaram aos beijinhos por causa do covide. O esquerdismo radical tem duas representantes nas presidenciais, nada impedindo que venham a fundir-se, a fim de evitar que o Ventura tenha mais votos que elas.

O Costa ri-se. Quanto mais se zangar com a Catarina, mais hipóteses tem de ganhar as legislativas com maioria absoluta. E, se tal não acontecer, terá sempre, pelo menos, o apoio dos bolchevistas. Elas não percebem, ou ainda não perceberam. Ficarão penduradas, como merecem.

Enfim, para o Costa, tudo corre às mil maravilhas. Há esta chatice da Vandunem, mas vai passar, como passam todas as chatices desde que se saiba assobiar para as núvens.

 

5.1.21     

SUGESTÃO

 

Para vossa informação, apreciação e análise, a seguir incluo um graficozinho oriundo de www.our world data., site de indiscutível qualidade.

Covid sazonal.jpg

 

Como pode ver, estão bem claras as duas arrancadas do covidezanove, mais ou menos coincidentes com os Invernos europeus.

Se somar a isto o misterioso desaprecimento das estatrísticas (zero!) nacionais da gripe, da pneumonia e de outras doenças respiratórias, que “deixaram de existir” em 2020, concluirá que todas as mortes são devidas ao covidezanove. O que, convenhamos, dá uma incredibilidade evidente às informções todos os dias veiculadas pelas loiras do governo e adoptadas pelas mais altas autoridades. Se há aumento de mortes por causa do covidezanove, é ele pouco menos que ridículo.

Deixo à vossa consideração a tarefa de olhar para isto com olhos de ver, e de responder a esta simples questão: quem são, afinal, os covidiotas?

 

4.1.21

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