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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

COVEIROS

 

Toda a gente sabe que o Rio, como líder, como oposicionista, como comunicador, é um zero. Cada cavadela cada minhoca. Carisma, zero, empatia, zero. Equipa, zero, ou menos. Será inteligente, talvez. Honesto, não duvido. Mas é tudo. Inteligência e honestidade são qualidades que deviam ser indispensáveis, ainda que um tanto fora de moda. Num país onde a inteligência política, transformada em esperteza, abunda, e a honestidade escasseia, dir-se-ia ser desejável que um político como Rio tivesse sucesso. Pois, mas não tem. Faltam-lhe coragem, pensamento criador, ousadia, comunicação, ideias que se identifiquem com outros caminhos que não os que conduzem à desgraça galopante em que vivemos. Rio não tem nada disto e, mais grave, não dá por isso. Continua a insistir em que não é de direita, num país dominado por uma esquerda sem escrúpulos que o despreza olimpicamente e onde tudo o que não for socialista, comunista ou radical de esquerda não pode ser outra coisa. Mas Rio não percebe isto nem reconhece que, numa sociedade tão torcida para a esquerda como a nossa, de direita é toda a gente que não come a sopa podre do PS, temperada com o picante da esquerda revolucionária, a populista e a obsoleta. Mas ele come. O que fica da sua acção é o seguidismo - em nome da “Pátria”, da “estabilidade”, “dos objectivos comuns” (os que não são “comuns” é como se não existissem). Restam-lhe umas bocas ocasionais. Transformou a oposição à trapalhice socialista, à ruína socialista, à propaganda socialista, em coisa politicamente inexistente. Dos seus áulicos, aqueles, poucos, de que se poderia esperar qualquer coisinha, estão calados como ratos. Os demais estão contentes.

Diria o bom senso que é preciso ter paciência para esperar. Mas a urgência e os interesses legítimos das pessoas mereciam pressa. Pena é que seja preciso que o Rio leve uma tunda nas autárquicas para nos vermos livres dele e dos outros coveiros do partido.

 

30.5.21

TOMÉ

rio Tomé foi garboso oficial às ordens, ou equivalente, do general Kaulza, foi elegante oficial da polícia e indefectível soldado do Império. Após o golpe militar de Abril, achou que o melhor caminho para a democracia era o percorrido pelo famoso Enver Hoxa. Fundou, com outros heróis da mesma laia, o partido albanês chamado UDP, de que chgou a ser deputado. A UDP viria a fundar o Bloco de Esquerda, e nunca renegou os princípios ditatoriais do marxismo/maoismo/enverhoxismo.

Surge ou ressurge agora, gloriosamente, aos oitenta anos, a abrilhantar a mais alta direcção de tal e tão democrática entidade.

O IRRITADO saúda, entusiasmado, a dona Catarina, suas aias e aios, por esta extraordinária redescoberta. Das alfurjas históricas do mais repenicado revolucionarismo ditatorial foram buscar esta ínclita figura, talvez para rejuvenescimento das fidelidades do major Tomé - que hoje deve ser coronel sem, como tantos outros, jamais  mais ter voltado a pôr os pés no trabalho.

É de realçar esta demonstração, por parte do BE, da sua fidelidade às ideias que o animam, para que ninguém se iluda sobre os seus verdadeiros princípios, e fins.

  30.5.21

BOCAS ALDRABONAS

Numa qualquer das diárias sessões de propaganda do PS, declarou o respectivo chefe que o SNS foi um triunfo sem igual nestes tempos tão difíceis. Pois. Tal triunfo salda-se por incontáveis mortes, de cancro, de AVC, de diabetes e de tantos outras doenças graves cujos pacientes ficaram à porta dos hospitais públicos, sem ninguém que os atendesse, sem consultas, sem exames, sem cirurgias, sem nada.

Mais declarou a criatura que o PS se prepara para salvar, “outra vez”, o país. O líder de um partido que já levou o país a três bancarrotas, que saiu delas ou às costas do PSD, ou pela mão do PSD sem o seu auxílo (bem pelo contráro!) tem a suprema lata, ou suprema desonestidade, de dizer que vai salvar “outra vez” (!!!) o país.

É verdade que o país precisa que alguém o salve. Que o salve do PS e da desgraça das políticas do PS e quejandos. Só que, como está provado e mais que provado, não é com essa gente que o país se “salva” ou jamais se salvará.

 

30.5.21

BÁCINAS

É uma pena a postura de muita gente do Porto – o presidente da Câmara à cabeça – que se afirma, não por si, mas pelo seu ódio (inveja, malquerença) a Lisboa. Não há qualquer dúvida que a bela cidade não tem ou deixa de ter seja o que for por causa de Lisboa. Tem o que tem por mérito próprio. Mas insiste em afirmar-se com birras e aldrabices próprias de ditadores e de falhados, que criam o inimigo externo para justificar as suas ambições e frustrações.

O senhor Moreira, na senda do seu visceral ódio a Lisboa, veio produzir, de forma trauliteira e tão idiota quanto possível mais uma das suas primitivas e ignorantes diatribes, desta vez a propósito da vacinação. “Lisboa tem mais vacinas (bácinas) que o Porto, etc. bla bla bla”. Como de costume, era mentira. A coisa já foi esclarecida pelo Almirante das vacinas.

E pronto, assiná-le-se.

 

26.5.21

RANCOR, ÓDIO E MENTIRA

- É sabido que o Tribunal de Contas publicou um relatório segundo o qual as PPP da saúde prestam melhores cuidados e, para o Estado, são mais baratas que os hospitais públicos. Salda-se a poupança que produzem em centenas de milhões de euros. Noutros critérios, o extenso relatório chega a conclusões de igual sentido.    

Perante isto, o tão incensado socialista revolucionário, lider incontestado do comunismo “democrático”, F. Anacleto Louçã de seu nome, conselheiro do Estado a que isto chegou e consultor do Banco da Portugal, escreve, na sua tribuna semanal do “Expresso”, uma catilinária contra as PPP da saúde, na qual, em substância, o que defende é que, mesmo melhores e mais baratas, as PPP devem acabar. Diga-se que, nesta matéria, o governo socialista é servo fiel do Louçã. A saúde das pessoas não interessa, a não ser que seja que seja totalmente estatizada. A despesa pública é ilegítima se os prestadores de serviços forem privados.

No fundo, trata-se, como sempre, da defesa da ditadura: quando tudo for público e o sonho dos louçãs se realizar, para quê a liberdade? A liberdade deixou de ser precisa.

- Na mesma óptica se pronunciou a dona Catarina quando acusou os hospitais privados de cobrar 13.000 euros por cada doente com covide que recebessem. Mentira descarada e sem escrúpulos, ou a multiplicação por 12 dos mil e picos euros que foram negociados, sendo doze mil e picos euros aplicáveis em situações extremíssimas, menos do que tais situações custam ao SNS.

- Para a repugnante ideologia desta gente, vale tudo, rancor, ódio e mentira incluídos.

 

24.5.21     

GRANDES BENESSES

Cinquenta e quatro anos depois do meu regresso da ZIN (Zona de Intervenção Norte), em Angola, após gloriosos e triunfais 27 meses de comissão militar, este mui nobre combatente foi agraciado com um cartão onde consta ser “Titular de Reconhecimento da Nação”. Além disso, a tal Nação confere-me, segundo o cartão, vários direitos, a saber: isenção das taxas moderadoras, gratuitidade do passe passe intermodal dos transportes públicos das áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais e gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais.

Resolvi fazer um teste à utilidade do magnífico cartão. Fui a uma baiuca da Carris. O respectivo funcionário, cheio de gozo, comunicou-me que “pois, o governo deu essa ordem, mas a Carris não cumpriu, boa tarde e adeusinho”. Depois, fui a um museu aqui da zona, onde me disseram mais ou menos a mesma coisa. Quanto aos hospitais do SNS, não fiz o teste, mas é de presumir que o resultado fosse igual. Conclusão: o cartão não serve para nada.

Obrigadinho.  

 

24.5.21

LITERACIA GOVERNAMENTAL

 

Nem de propósito.

Ontem de manhã, publiquei uma irritação dedicada às comemorações do “dia da língua portuguesa”. À noite, vi e ouvi uma intervenção “leonina” (sem nada a ver com o Sporting). Sua excelência o ministro das finanças, senhor Leão, presenteou-me com um mimo linguístico que me deixou muito satisfeito, por corroborar as minhas opiniões. Na senda do inacreditável Costa, mas aprimorando o linguarejar do chefe, o ilustre Leão, numa sessão qualquer da presidência portuguesa da UE, aplicou o neologismo TÊJAMOS - ou não TÊJAMOS - em vez de estejamos.

O IRRITADO agradece esta insofismável prova da justeza das suas opiniões.

 

23.5.21

COMEMORAÇÕES

Aqui há dias, diz-se, foi “comemorada” a “língua portuguesa”. Não sei quem, que autoridades, que universidades, que academias, que gramáticos, que outros, se dedicaram a tal e tão nobre tarefa. Nem em que consistiram os “trabalhos comemorativos”.

O que sei é que, em “defesa” da língua, há anos os portugueses se vêem obrigados a cumprir os ditames de um “acordo” que, além de totalmente burro é ilegal porque não ratificado pela esmagadora maioria dos seus subscritores. Não pode tal “acordo” deixar de ter óbvias e dramáticas consequências para os que falam, escrevem ou por outras formas utilizam a língua. Um “acordo” posto em vigor não se sabe com que fundamento jurídico, científico, social ou educativo. Um “acordo” que outras utilidades não teve que não as de fazer gastar inutilmente rios de dinheiro em manuais escolares e de lançar confusões na cabeça de toda a gente, ou seja, de todos os falantes e escreventes de português por esse mundo fora. Um “acordo” que não vigora, ainda bem, num só país africano de língua portuguesa. Um “acordo” que põe os brasileiros a fazer troça dos portugueses e os portugueses a odiar as “brasileirices” que lhes são impostas. Um “acordo” que põe em causa a credibilidade e a honra do país que à língua deu origem.

Todas as línguas europeias que saíram das suas fronteiras de origem sofrem, ou são enriquecidas, pelo seu uso noutras paragens. Não sei quantas versões (muitas) há, por exemplo, do inglês falado pelo mundo fora, sem que tal signifique, ou que as pessoas deixaram de se entender, ou que o inglês tenha deixado de ter a sua natureza original ciosamente guardada e enriquecida pelo tempo. O português tem uma versão brasileira, mas não deixa por isso ser português, queira-se ou não, goste-se ou não. Aliás, não há que querer ou não, não há que gostar ou deixar de gostar. Não é coisa boa nem coisa má. É o que é, e pronto.

O “acordo” veio confundir as pessoas de forma de tal maneira estúpida que só pode causar danos à língua, estropiando palavras e conceitos dos dois lados do Atlântico.

É sabido que o ensino e a fala do português em Portugal sofre horrores com a falta de educação linguística a todos os níveis. Da boca e na escrita de gente que se teria por responsável ouve-se e lê-se os maiores dislates que imaginar se possa, fonéticos, morfológicos e de sintaxe. Pleonasmos são aos pontapés. Verbos a concordar com o complemento directo não têm conta. Sujeitos indeterminados com o verbo no plural, já nem se dá por eles. Até as preposições mudam de sentido consoante a ignorância de escritores, jornalistas, políticos, académicos! E por aí fora. A Gramática é letra moribunda.

É facto que a língua é mal ensinada, estropiada e, sobretudo, desprezada. O “acordo” não é o único culpado. Culpados são os que deveriam amá-la em vez de, cinicamente a “comemorar”.

 

22.5.21

FUTEBOLADAS

Aqui há dias, anunciou o intragável governo que, nos estádios, ia ser permitido aos espectadores (espetadores em noivilíngua) ocupar as bancadas até 10% da sua lotação. Mas, atenção, só “espetadores” dos clubes visitados. Uma manifestação do governamental sentido de justiça, ou/e da monumental estupidez que o anima. Depois de ouvir umas declarações de um rapazola que é secretário de Estado do desporto a respeito já não sei de quê, percebi que que são as duas: ausência de sentido de justiça e incomensurável estupidez.

Pouco depois, a mesma gente veio dizer que, afinal, estava enganada. Não, não era por reservar os lugares aos visitados, era porque passava a não haver lugares para ninguém. Assim, na perspectiva de quem diz governar-nos, passava a haver “justiça”: nem agora nem nos tempos mais próximos haverá “espetadores”.   

Quando é que esta gente se espeta?

 

20.5.21

FESTIVIDADES

 

À semelhança, isto é, na continuidade da política do Sócrates, o chamado primeiro-ministro foi a algures inaugurar (ou anunciar), pela terceira vez, as obras de uma linha férrea cuja construção foi, com trombetas e charamelas, prevista para 2019. Para tal criatura, o que é preciso é arranjar tempo de antena, seja a que título for, desde que se enquadre nos altos critérios da  propaganda governamental.

E a malta atura isto...

 

20.5.21  

A GREVE DOS PRIVILEGIADOS

Inaugurando a saison, os funcionários públicos entram hoje em greve. Mais uma manifestação da “solidariedade” pública dos funcionários com o restante da população. Não lhes interessa reconhecer que são os únicos portugueses com garantia de emprego até à morte, não lhes interessa saber que são os únicos com promoções garantidas toda a vida, não lhes interessa considerar que são dos poucos que nunca entraram em layoff, nem os únicos que têm o ordenado garantido por inteiro haja o que houver. Sabem que a sua produtividade, boa ou má, ou nenhuma, não tem consequências, nem que têm um mar de garantias que aos demais são negadas, nem que dispõem de um serviço de saúde que lhes permite o que não permite aos demais.

Para eles, não há privilégios, há direitos. Poucos, na sua opinião. Reclamam mais. Compreender-se-ia se não vivêssemos numa atmosfera de corte de direitos a toda agente, numa crise social de que são os únicos a salvo. Nada lhes interessa, a não ser a própria barriga. Uma classe dominada por demagogos politicões e que gosta de ser guiada por eles, uma gente que ignora olimpicamente o mundo e a sociedade em que está a viver.

Parabéns.    

 

20.5.21

A LUTA CONTINUA

Pior do que os casos da CGD, do BES, do NB, é o do cancro. 100.000 (cem mil) diagnósticos de cancro a menos em 2020. Tudo indica que, em 2021, será pior. Deixou de haver cancro? Não. O que deixou de haver foi assistência. Entretido com o covide, o Estado não só nisso falhou, como, muito mais, falhou em tudo o resto. Com uma agravante: não foi utilizada a capacidade instalada, porque a capacidade instalada, fora do Estado, era privada. O Estado social-comunista prefere deixar morrer de cancro 100.000 pessoas a entregá-las aos cuidados de privados. Isto, apesar dos negregados privados, nas PPP da saúde, terem poupado ao Estado centenas de milhões de euros. E prestado melhores serviços, o que as pessoas unanimemente reconhecem.  O socialismo quer acabar com os privados. Por este andar, acabará conosco. Não será a primeira vez, mas será pior que as anteriores. Está-lhe na massa do sangue.

    

16.5.21

BANCOS MAUS

Ele há coisas difíceis de perceber. Esta interminável história do Novo Banco, para além de entreter os deputados, o que acho muito bem, tem o efeito de obnubilar um caso parecido: o da CGD. Esta nobre instituição, enterrada até às orelhas, recebeu, de uma vezada, mais do que a soma das prestações que Novo Banco tem recebido às mijinhas. Jamais alguém se preocupou em saber se a CGD vendeu imparidades ou activos acima ou abaixo do seu valor contabilístico. Algum deputado, governante, jornalista ou comentador pôs tal em causa? Se pôs, esqueceu logo a seguir. Os causadores dos problemas do BES estão a contas com a justiça. Muito bem. Os que terão causado as perdas da CGD andam por aí na maior. Não se sabe quem são, ou foram, nem interessa saber.

No BES, as trafulhices foram a causa. Na CGD, foi “a crise”.

Por outras palavras, não há moralidade nem comem todos.

Oficial e parlamentarmente, a CGD está, e esteve, sempre bem, é de esquecer. 

O que interessa é condenar o que é privado e fechar os olhos ao que é público. Assim manda o social-comunismo em vigor.

 

16.5.21

UM HERÓI

Fiquei muito comovido com os ditirâmbicos elogios prestados pelas autoridades da III República ao ínclito, ilustre, egrégio senhor Pinto, célebre gatuno informático a contas com a Justiça(?). Não só o dito espião informático “colabora activamente” com tais autoridades, como está, garantida e definitivamente “recuperado” para o bem da sociedade. Enfim, trata-se de um fulano do melhor que o bonito mundo dos ciber-assaltantes tem gerado.

Não se sabe, ou não se diz, ou não consta como ou por que carga de água o indivíduo vivia e actuava na Hungria, país altamente democrático como toda a gente sabe, se tinha por lá algum amigo como o Sócrates em Paris, se nalgum emprego trabalhava, ou se tinha alguma “missão”, a mando e por conta de quem.

O que se sabe é que, para se safar, “mudou radicalmente”, “prestou uma colaboração efectiva e relevante, até do ponto de vista da informação” e, inclusivamente, como fonte credível, “já colaborou com as autoridades por causa de outros processos”. A PJ “’localizou’ a mudança de comportamento no momento da decisão instrutória” que o levou a julgamento, o que muito diz dos exigentes critérios éticos do exemplar cidadão. O chefe da PJ “acredita na sua reabilitação e em que ele não reincidirá”.  Também deve acreditar no Pai Natal, mas isso é lá com ele. Desnecessário será descrever mais elogios ou referir as declarações da dona Gomes, madrinha do acusado.

Tudo isto, dir-se-á, não passa de malquerença do IRRITADO, apostado que estará na defesa dos vigaristas e aldrabões que por aí à solta andam. É de crer que estes não mereçam confiança das autoridades. O Pinto merece.

Esclareço: o que irrita o IRRITADO é ver que, oficialmente, os fins passaram a justificar os meios e que os produtos do roubo servem, não para condenar o ladrão, mas para os transaccionar com ele, incensando-o como alto servidor da polícia, da política e da justiça.   

 

13.5.21

ERRATA

O IRRITADO pede as maiores desculpas aos leitores e ao governo. É que, no post anterior, afirmou que só a polícia ia ser objecto de inquérito. Hoje, a frágil ministra não sei de quê, filha do outro que também era ministro, veio dizer que, segundo parece, “Algo não correu bem” na noite dos sportinguistas. O que quer dizer que ao governo cheira a qualquer coisa, e já a identificou: foi o Algo. Formidável”!

Consta que o Algo vai ser sujeito a inquérito e severamente punido. A PJ, por ordem do governo, secundada pela GNR, pela PSP, pelo SEF e pelo Exército, vai desencadear uma operação para localizar o algo, que se encontra a monte.  

 

  13.5.21

DA BAGUNÇA E SEUS AUTORES

No meio da tempestade de comentários, opiniões, condenações, desculpas, etc. motivados pela festa do Sporting, avulta, desde logo, a mui original análise do senhor de Belém. Teve ele a amabilidade de comunicar que a culpa é dos cidadãos. Uma originalidade presidencial? Nem por isso.

Na óptica das nossas atenciosas autoridades, a culpa é sempre dos cidadãos. Não há culpas para mais ninguém: o MAI é um herói, o primeiro-ministro também, as claques são uma maravilha, a bagunça uma coisa normal. Inquéritos para quê, contra quem? Nem pensar, com uma uma excepção: os polícias que levaram pancada e a retribuiram.

Os que impedem os adeptos de ir aos estádios não merecem inquérito nenhum.

O governo, esse, está acima de tais coisas, só merece elogios. Os epidemiologistas, quejandos e afins, merecem crédito, estão sempre certos, quer digam que é preto ou que é branco. Os telejornais também. Tudo malta fixe, impoluta, cujas ordens e notícias são indiscutíveis.    

Por toda a parte há normas de “afastamento”, imposição de máscaras, frasquinhos de desinfectantes, invasões armadas, as mais rebuscadas e, quantas vezes idiotas imposições, atropelos aos direitos de cada um. A Constituição – no que tem de bom – está em farrapos, instituída que foi a carneirada obrigatória que, no parecer de não poucos, é ensaio geral para o estabelecimento de uma “nova autoridade”, de um novo conceito de democracia e de direito, a dar razão aos profetas do Big Brother.      

Ainda não li, embora admita que haja quem fale disso, alguma coisa sobre o fundamentalismo que impõe estádios vazios. Cumprindo as regras da ditadura sanitária, há quem encha “estádios” – a Igreja e o PC, por exemplo. No futebol, zero, não porque os clubes se não proponham respeitar as regras (fila sim fila não, lugar sim lugar não, ou coisa que o valha), mas porque aquilo a que soe chamar-se “autoridade” não deixa. Na certeza de que, quando há “azar”, a culpa é nossa.

Não, os lagartos não podiam ir ao estádio, ainda menos podiam ocupar a rotunda do Marquês. Metessem-se onde quisessem, para cumprir as ordens das “autoridades”. Meteram-se, nas ruas, nos becos, nas árvores, nas estátuas, nas escadas, à volta do estádio, entraram em fúria, arrombaram as redes que os “protegiam” do covide. Para tal protecção, dezenas de milhares de pessoas foram enlatadas umas contra as outras sem qualquer sombra de “segurança sanitária”. A culpa é delas? Com todo o respeito pela presidencial opinião, a culpa é do governo que, mergulhado num oceano de estupidez, não sabe o que faz, limita-se a alardear “autoridade”. E do Presidente, que lhe dá apoio e crédito.

 

13.5.21

FORA DE MODA

Andam para aí vozes anti-patrióticas a exigir a demissão de um tal Cabrita, imparável produtor de asneiras, de invasões armadas, de bocas ultramontanas, idiotas e ordinárias, tgudo num inegável alarde de assustadora incompetência. Há quem diga que o Cabrita há-de cair como caíu aquela rapariga que, não contente com os incêndios, continua a produzir parvoíces e a chamar nomes ao Cravinho (pai), com o apoio do Costa  e da sua número dois, a inacreditável Nãoseiquantas Mendes. Foi preciso uma barulheira dos diabos para correr com ela? Foi.

Helas, com o Cabrita a coisa parece fiar mais fino. A barulheira voltou, imparável. Mas o Cabrita é, segundo o chefe Costa, um “excelente ministro”. Não tenham os anti-patriotas ilusões. O poder socialista é que é: desconhece a vergonha, a verdade e outras patacoadas fora de moda.

 

13.5.21

QUE BOM!

 

De há longos anos conhecíamos as “doutrinas” do Centeno, bem como os seus brilhantes resultados, os orçamentos do Estado aldrabados com  cativações, as ribombantes declarações sobre a “não austeridade”, os aumentos de impostos, o emagrecimento da economia, a falta de dignidade e de vergonha com que se assenhoriou do Banco de Portugal, etc.

Ei-lo agora a vir, do alto púlpito tal banco lhe garante, disfarçar os seus erros e presentear-nos com novos palpites, num nunca acabar de falta de senso, de lata e de auto-elogio. Veja-se a basilar declaração, vastamente por aí reproduzida, como segue:   a crise pandémica é “exógena, temporária e não deixa marcas na economia além da queda da atividade”. Vejamos a lógica do luminoso intelecto de sua excelência. A crise pandémica (coisa vinda de fora) provocou a queda brutal da actividade económica, ou seja, uma coisa menor, que não vai deixar marcas. Por outras palavras, o desemprego, as falências em catadupa, as pessoas fechadas em casa, a morte dos hotéis, dos restaurantes e similares, o fecho das escolas e todo o cortejo de miséria que por aí grassa, é mero pormenor, um pequeno inconveniente que "não vai deixar marcas”, a não ser “temporárias”, na economia.

Deve ser por isso, diz ele, que as medidas de apoio à economia devido à pandemia vão ter de terminar. Tem toda a razão. É que, seguindo o seu brilhante raciocínio, se as marcas são temporárias, não há nenhuma razão para que os apoios não o sejam também. Uma triste verdade, se pusermos as coisas no sítio: os apoios não vão acabar por não ser precisos, vão acabar quando acabar o dinheiro. Desde que, é de ver, sem que o socialismo acabe também.

Vem aí a bazuca (se vier). A bazuca vai a judar o país a sair da crise? Vai, se considerarmos que o país "é" o socialismo. É por isso que os planos do governo são, quase exclusivamente, para auxílio ao Estado, não à economia. A bazuca, como está expresso no chamado PRR, é, acima de tudo, o seguro de vida do socialismo estatista, não o balão de oxigénio que ajude a salvar o futuro da economia.

Em extremosa cooperação com o poder socialista/comunista/neo-comunista, vem Centeno corroborar, por exemplo, as palavras do inaceitável Costa, quando anuncia a contratação de mais uns milhares de funcionár0s públicos, ou seja, de eleitores.

E é nesta doce harmonia dos poderes públicos que vivemos. Que bom!

 

8.5.21

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