O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Aqui há dias, dona Manuela Ferreira Leite demonstrou na TV que, por uma questão de transparência e exequibilidade, era obrigatório publicar, todos os anos, um decreto de execução orçamantal que clarificasse o destino das despesas referidas no OE. Seguidamente, referiu que, no ano passado (e não sei se nos anteriores) não houve decreto nenhum. Tal serviu ao inacreditável Centeno para fazer o que lhe dava na cabeça, cativações, fosse o que fosse que lhe apetecesse, sem dar satisfações.
Talvez por causa disso, o chamado governo anunciou ontem que, em Julho deste ano, publicaria tal decreto. Quer dizer: cumpridor, o senhor Leão, seis ou sete meses depois da entrada em vigor do orçamento, dirá como se vai gastar o dinheiro.
Tarde piaste. Como em tudo o resto, o PS corre atrás do prejuízo que nem um tonto, e nem desculpa pede.
Coitado do Ferro. Sem a sua augusta presença, os rapazes estiveram em tarde de fatal azar. Mereciam ganhar, mas perderam. Os belgas estavam virados para a lua, nós para o Ferro.
Enfim, antes isto que partir uma perna.
Ao invés do Ferro e do seu institucional alto apoiante, o terceiro homem tomou as suas providências. Ai queriam ir a Sevilha, queriam? Pois vão mas é para casa, que quem manda sou eu. Nada de cafés, cervejarias e restaurantes. Lisboa parecia um cemitério. Nem novos nem velhos, ninguém na rua, ninguém aos gritos, ninguém autorizado a conviver, nada. No seu covil dourado, Costa, com os seus, rejubilava. Nada melhor que o covide para mostrar quem manda, eu!
Mais uma demonstração do poder total. Quais direitos humanos, qual Constituição, quais leis, eu!
Assim se afirmam os grandes cá da terra.
Embrulha, come do que te derem, és ninguém, e parece que até gostas.
- A chamada variante delta é mais transmissível mas menos grave;
- Os hospitais estão longe de ter ameaçada a sua capacidade;
- Não há crise na ocupação dos cuidados intensivos;
- Não há mortes, para além do normal;
- Há contágios parecidos mas menos mortos que numa “boa” época de gripe, coisa que nunca preocupou fosse quem fosse, apesar dos milhares de mortos que causou.
Mas:
- Os ministros, os funcionários, os especialistas das mais diversas casacas dizem cada um a sua coisa:
E:
- Ninguém percebe patavina
Daqui, é lógico concluir:
- Que não devia haver mais limitações à liberdade de cada um:
- Que anda meio mundo, ou mais, a propagandear a desgraça, a amedrontar as pessoas, a meter no lixo os “direitos humanos”, a Constituição e as leis supostamente em vigor;
- Que o covide passou fazer parte da nossa vida, como fazem os demais coronas;
- Que a variante delta, não sendo mortal nem demasiado agressiva para alguns, nem agressiva sequer para a esmagadora maioria, é a maior fábrica de anticorpos que há.
Portanto:
A única atitude inteligente seria a de voltar tudo ao normal, ao normal verdadeiro, não ao “novo normal”.
E pronto:
- aqui vai a opinião de um não negacionista, não conspiracionista, não alarmista nem o seu contrário, não especialista seja do que for, simples observador com algumas preocupações lógicas e um desprezo profundo pelos profetas da desgraça que pululam nas televisões e nos jornais sem pejo de propagandear o medo e de perseguir pidescamente quem não alinha na trafulhice oficial e informativa.
Seguindo as inteligentes ideias da segunda figura do Estado, com o apoio da primeira, devemos ir “em massa” à bola, a Sevilha. Metam-se no carro, e força! Se a polícia os impedir, digam que vão por ordem do Senhor Presidente da AR.
O que mais espanta não é o conselho deste. É conhecida a sua “inteligência”. Do outro não se poderá dizer o mesmo, porque, nele, a inteligência é sem aspas. E é grave. Uma espécie de auto-golo.
A loucura covidesca, feita de cravos e ferraduras, chegou às mais altas esferas da Pátria. Que diabo, não chegava o Costa e a sua cáfila?
Por toda a parte soam as mais rasgadas loas ao senhor Sanchez por ter indultado os presos catalães. Homem de larga visão, impecável generosidade, sentido da concórdia, amor à pátria, à paz, à boa convivência, não há adjectivos que cheguem para expressar a universal admiração que o senhor Sanchez merece.
Acho bem. O pior é o resto. Assim que os indultados chegaram à rua, a primeira coisa que fizeram foi desatar as gritos, que não querem indulto, querem amnistia. Se os amnistiarem, vê-los-hão desatar aos gritos, que querem uma indemnização. Se lhes deram uma indemnização, desatarão aos gritos que querem outro referendo, e outro, até que o resultado lhes seja favorável, isto é, até que os espanhóis da Catalunha que querem ser espanhóis percam a nacionalidade que têm e adquiram outra, que não desejam. Imagine-se a confusão, mais que não seja por ficarem fora da UE e do respectivo concerto de nações - e muitas outras confusões haverá, certas, possíveis e imagináveis.
Ao IRRITADO, pessoalmente, tanto se lhe dá que os catalães (quais, quem?) sejam independentes ou não. Mas lá que juraram uma Constituição que agrega num mesno Estado todas as “nacionalidades” espanholas, juraram. Que a tal não são fiéis, não são. Que se afastam da solidariedade com tais “nações”, afastam. Que se querem eximir a partilhar com os demais por se acharem mais que eles, querem. Que são burros, são.
Há conhecidos e credíveis especialistas que, após aturadíssimos estudos e investigações, chegaram à brilhantíssima conclusão de que a única salvação para a TAP, a prazo, será a de pôr os aviões a voar. O IRRITADO cumprimenta humildemente o esplendor do raciocínio, certo de que ele não deixará de iluminar o genial cérebro do mui digno ministro dos transportes, senhor Pedro Nuno Santos.
Embora haja espíritos maléficos que exprimam o horror que lhes causa a personalidade do político em causa, não quer o IRRITADO alinhar em tais e tão graves aleivosias. Aliás, é de compreender e admirar o estudo profundo de que os problemas da TAP têm sido objecto por parte deste nosso bem-amado membro do governo, razão pela qual o ilustre senhor foi levado a manter a frota da companhia em merecido descanso, em terra, enquanto empresas canalhas (privadas!) atacavam o mercado assim que o covide e seus fans o abriram. É claro que, como digo acima, decisões destas não se tomam do pé para a mão, razão pela qual o mui dotado ministro, ocupado a pensar, deixou passar todas as oportunidades e fez com que os bandidos privados se assenhoreassem das rotas e pusessem dezenas de milhar de bifes em Faro (ida e volta, esta com preços astronómicos) enquanto o diabo esfrega um olho.
É de gente deste gabarito que o socilalismo em marcha precisa. Obrigado, senhor ministro!
Dos confins da selva socialista, surgiu um Adão que, digam o que com razão disserem os comentadores não PS/BE/PC, não é tão mau quanto se esperaria de um adepto da miserável situação em que nos encontramos. Queriam um independente, um académico, um tipo de ideias claras? Há disso? Não há, pelo menos entre os elegíveis para o cargo de chefe das comemorações do 25. Elegíveis, no estado em que estamos, são só os membros ou os apoiantes públicos do poder socialista e dos seus apaniguados. Por isso, a nomeação do Adão não devia ter causado polémica nenhuma. Fora do PS, não há ninguém que pudesse esperar ser “adequado” ao cargo. É nisto que estamos, e não há volta a dar-lhe.
Por conseguinte, teremos que nos congratular com a nomeação do Adão. É que, entre os socialistas, o homem até é moderado, às vezes dá um ar da sua graça, às vezes até parece independente. Sabe disfarçar. Entre a vasta claque do Costa, difícil seria encontrar alguém menos intolerável.
Vejamos agora o que, pela positiva, se pode esperar do interminável e, como tal, inacreditável mandato do Adão.
Lembro-me das comemorações dos cem anos do 5 de outubro, erigida a data como glorioso passo da em direcção à liberdade e ao progresso. Ao longo de largo tempo, tivemos brilhantes comemorações oficiais, oficiosas e maçónicas. Mas apreceram também, fora do que era “institucional”, insofismáveis verdades sobre a data e as suas consequências. Não poucos independentes vieram à tona dizer verdades duras como punhos para o “pensamento” das “elites” de esquerda e para a atmosfera de loas que queriam veicular. A primeira República, aliás já antes denunciada por muita gente sem nada de monárquico
(para esclarecimento de quem ler, lembro obras de escritores insuspeitos, por exemplo, “O Poder e o Povo”, de Vasco Pulido Valente – que de monárquico nada tinha e não era nem de esquerda nem de direita – ou “O Sindicalismo e a Primeira República”, de César de Oliveira – republicano e feroz esquerdista, mas sério)
foi um regime violento, atentatório de liberdades elementares, brigão, caótico, bombista, instável, ruinoso, perante o qual a confusão política dos últimos anos da Monarquia constitucional era bricadeira de crianças. Regime em que a proclamada democracia foi substituída por desordem,violência, instabilidade e ruína. Regime que, é bom não esquecer, conduziu, motivou e é culpado do advento do Estado Novo, diga-se que com vastíssimo apoio popular.
Posto isto, uma palavra de esperança. Que as comemorações do 25 abram caminho a apreciações independentes onde não baste o elogio do fim do regime, mas a apreciação sem partis pris do que ele representou como abertura a horríveis consequências, primeiro as do PREC, depois as que hoje sofremos com o domínio social/comunista.
Se Adão for capaz de dar abertura a apreciações independentes, de historiadores, académicos, jornalistas e outros não engagés, fazendo jus a algum bom senso que lhe resta, talvez a sua nomeação não seja tão má como se diz.
Desde há uns oito dias que o governo, o primeiro ministro, a miúda que o ajuda (coitadinha), as TV’s, os jornais, etc. nos matraqueiam com a história da “certidão covid”, ou “passaporte covid”, ou lá o que é. Primeiro, era para começar a 1 de Julho, depois, gloriosamente, começava a 16 de Junho. Ontem passou a começar a 17, data em que ficava disponível no portal do SNS. Hoje!
Por isso, convido os meus leitores a, hoje, procurar tal coisa no SNS.gov. Usem os motores de busca que quiserem. Chegados ao destino, procurem a coisa. Ponham o que puserem na busca, o resultado é que a busca “não tem resultados”. Esperem por melhores dias, sem protestar nem bufar, que é o que mandam os novos costumes. Não se enervem.
Mais uma inaugração à moda do Costa, não é? Costa é o portal da patranha.
Dona Gomes, como sempre ao ataque, acha que isto dos dados pessoais oferecidos pela CML a várias ditaduras de esquerda é caso criminal a ser investigado. E que há muitos responsáveis, a começar pelo Presidente da República. E, por aí abaixo, vai de incluir inúmeros políticos, autarcas, funcionários, etc.
Muito bem, muito bonito, de acordo. Mas qual é o resultado prático? O único resultado é a diluição das responsabilidades do inefável Medina. Transformar o assunto arranjando centenas de responsáveis é o mesmo que dizer que o Medina, coitadinho (até já pediu desculpa!), não tem nada que se demitir, era o que faltava.
Não digo que a imensa trampa deste caso não se espalhe por cima de muita gente. O que digo é que o caso político deveria ter consequências políticas imediatas, ponto. As intermináveis investigações que dona Gomes propõe viriam a seguir. Lá para 2042 descobrir-se-ia a “verdade”.
Tudo bem, para a dona Gomes, desde que não caia uma única cabeça socialista, muito menos a do bèbèzinho Fernando.
Para o efeito, e para já, o mais sensato, e mais prático, é desviar as atenções. Aposto que o Costa e o Medina já mandaram os parabéns à dona Gomes.
- Eh pá, estes gajos não me largam, já não sei o que hei-de dizer.
- Pois, pá, É verdade mas, vendo bem as coisas, fizeste bem. Baralhaste, tornaste a dar, e de tal maneira que já ninguém percebe nada. É o que é preciso. Os indígenas, tirando meia dúzia de destribalizados, acabam por achar que até és capaz de ter razão!
- E não tenho?
- Não, pá, não tens razão nenhuma, meteste o pé na argola, tu e os teus ajudantes, mas sossega que isto passa.
- Achas, António?
- Claro que acho. A tribo é vasta, como dizem as sondagens, já não há problema nenhum, ao fim de tantos anos a comer o que lhes damos que já estão calhados, quer dizer, estão na calha, nos varais, pá! Os chatos do costume acabam a falar sozinhos, é canja.
- Não sei pá, isto está a ser demais. Já não sei o que dizer.
- Pois, o que é que tu querias? É difícil fazer mais asneiras que as que tens andado a fazer, mas cá estamos, sempre ao teu lado. Já devias ter aprendido com o tempo. O Rio é um nabo, os dele, ou prestam e estão calados, ou não prestam e são os que falam, ‘tás a ver? Daqui a meia dúzia de dias o assunto morre como já morreram tantos.
- Sim, pois, mas querem que me demita...
- Já devias saber que cá na casa ninguém se demite, a não ser que o nosso amigo de Belém resolva tirar o rabinho do selim como fez com a camarada dos icêndios... mas, desta vez, está caladinho como compete... não há problema.
- E os outros, o das Necessidades e o da polícia?
- Queridos camaradas, excelentes governantes. Não te preocupes, aprende com eles. Um disse que nunca tinha recebido os mails, o outro diz que recebeu mas que não tinha nada a ver com o assunto. Uns artistas do melhor, meu tapaz, segue-lhes o exemplo e vais ver que não te acontece mal nenhum.
- Não sei... enfim, não é, tenho a consciência...
- Qual consciência nem meia consciência. Isso de consciência não tem nada ver com o assunto. O que tem a ver com o assunto é a nossa... resiliência ou lá o que é, como se diz agora, tás a ver, resiliência!
- Pois, acho que me vou aguentar.
- Isso é que é falar. E mais, já viste como as coisas mudam? Hoje mesmo, a história dos russos já foi substituída pelo arraial dos liberais. As televisões, os jornais, a maralha, quase toda nossa, já está a esquecer, agora o arraial do IL é que está a dar. ‘Tás safo, Fernandinho, ‘tás safo. O teu assunto passou à história, daqui a uns dias já ninguém se lembra. Ficam à espera das tuas investigações que, ou não dão nada, ou servem para admoestar algum ignorado funcionário da secretaria. ‘tás safo, meu rapaz. Viva socialismo!
Aqui há uns anos, o já falecido Jorge Coelho demitiu-se do governo porque caiu uma ponte em Entre-os-Rios. Não tinha ele outra culpa que não fosse o facto de ser o mais importante responsável pelos organismos públicos que falharam.
O caso das informações de dados pessoais de opositores do Putin enviados pela CML à polícia política da Rússia é mais grave por três principais motivos: o primeiro é de atentar, por acção, contra todos os os mais elementares princípios em vigor nas sociedades civilizadas, entregando dados pessoais, no caso a um regime político que esmaga, perseguindo, prendendo e até matando os seus opositores; o segundo é tal princípio ter sido ofendido por um poder democraticamente eleito num país tido por civilizado; o terceiro, e mais grave, é o de o seu principal responsável ter, claramente, declarado que não há problema nenhum, que os serviços a que preside mais não fizeram que cumprir a lei, num mar de desculpas esfarrapadas e sem sentido.
Mais que não fosse em memória do seu falecido camarada, deveria o tenebroso Medina demitir-se imediatamente. Nem isso a criatura respeita: os seus serviços pessoais confessam o crime. Ele, olimpicamente, diz que vai “investigar”! Investigar o quê? Não há nada para investigar: O que há há um crime cometido à vista de toda a gente. Que o seu principal culpado, apanhado em flagrante delito, pelo menos tire disso consequências políticas.
Mas, para a gente que segue os bons exemplos do Costa, responsabilidades, culpas, retratações, etc., não fazem parte da “moral republicana", coisa aliás estapafúrdia, que nunca existiu mas é muito utilizada no discurso oficial.
Há quem “exija” que o IRRITADO se pronuncie sobre a passada reunião de uma coisa chamada MEL.
Antes de mais, confesso que, até esta reunião aparecer nos jornais, nunca tinha ouvido falar em tal organização. Mais confesso que as parcas referências que mereceu aos media não foram de modo a interessar-me muito. Confesso ainda que, se tive alguma esperança sobre o que se iria passar, tal morreu na praia, como agora se diz.
Feitas estas confissões, aqui vai a opinião que me pedem. As figuras e os figurões que por lá andaram, segundo o que foi publicado, tomaram a triste atitude de se atacar uns aos outros em vez de denunciar os autores da mísera situação em que o país se encontra, o pantanoso caminho por onde o socialismo nos leva e as horrorosas perspectivas de futuro que aí estão, claras para quem as quiser ver. Passos Coelho enganou-se quando disse que vinha aí o diabo. O diabo já cá estava, e para ficar: chama-se António Costa.
Se compararmos, como alguém já fez, este caso com o da reunião que Mário Soares organizou na aula magna, teremos:
Na aula magna, a esquerda dedicou-se a desacredidar o governo, esquecendo as suas divisões. O que lhe interessava, como veio a verificar-se pelos ínvios caminhos do Costa, era tomar o poder e destruir os restos daquilo a quem alguém um dia chamou “libertação da sociedade civil”, caminho “perigoso” que o governo legítimo, apesar da troica, parecia querer trilhar.
No MEL, foi o contrário, pelo menos segundo a informação disponível. Um saco de gatos, um concurso “estrelas”, uma pessegada sem sentido. Quem, à direita, pensa a sério, parece ter debandado, ou pior, escolheu o confronto “interno” em vez de se dedicar, com pés e cabeça, à denúncia da estatização, da anestesia social, da miséria educativa, da propaganda infrene e mentirosa, dos diários abusos que o país sofre, do endividamento galopante, da despesa pública fixa que todos os dias sobe comprometendo o futuro, do abandono económico, da progressiva falta de produtividade, enfim, de tudo, ou pelo menos do que os indicadores, unânimes em tudo o que merece crédito neste mundo, revelam. Podiam, ainda, dedicar-se, por exemplo, a pôr a nu as inegáveis e catastróficas perspectivas para que o chamado Programa de Resiliência inegavelmente aponta. Uma direita que se esqueceu dos seus ideais comuns para se dedicar a uma estúpida guerrilha entre os seus.
Enfim, digo aos “exigentes” que têm razão: preferi não falar no assunto. Aqui fica. Divirtam-se.
Um senhor, Loff de seu nome, que hoje fiquei a saber tratar-se de um distintíssimo professor de uma universidade qualquer, costuma escrever grandes artigalhadas super esquerdistas no “Público”.
Veio ontem a critura, em brilhante depoimento ao “Expresso”, destacar os massacres cometidos nas guerras de África - pelos portugueses, como é óbvio. No entanto, é com extremo desgosto que verifica que só há um “devidamente” relatado, o de Wiriamu, em Moçambique. Dando de barato que o respectivo relato tem alguma coisa a ver com a verdade (há quem diga que não, mas admitamos), sublinhemos tal desgosto.
Quer dizer, o senhor Loff – raio de nome – parte do princípio de que os portugueses passaram 13 anos a massacrar criancinhas, mulheres indefesas, sanzalas inteiras, etc., com a maior das crueldades. Só que, ó desgraça, não há outros relatos, donde o senhor conclui, do alto da sua elevada competência histórica, que houve massacres por todo o lado. Não lhe interessa a falta de documentação, de relatos, de provas, de evidências, de denúncias. Se nada disso existe, é porque foi escondido, primeiro pela censura militar, depois pela civil, e ainda, imagine-se, depois de não haver tais censuras, porque há milhões de pessoas envolvidas em vasta conspiração para esconder a “verdade”. A verdade é o que o senhor Loff acha que é verdade, o que muito abona em favor de uma prodigiosa imaginação.
Assim se faz “história” no Portugal "democrático". A “verdade” da historiografia progressita, hoje divulgada ad nauseam por inúmeros figurões e ensinada nas escolas, é o que, a priori, a mais rasca ideologia lhes segreda. E é o que a nova censura, há dias criada, há-de acabar por impor.
Surpreendentemente, o Bloco de Esquerda, o Chega e o Pan revelaram-se ministeriáveis. Sim, já não não partidos de “causas”, partidos “anti-sistema”, partidos de “influência” ou coisa que o valha. Passaram, de uma assentada, a pretendentes ao poder. A dona Mortágua já foi introduzida pelo arcebispo Louçã, como ministro das finanças. A papuda Inês, calcula-se, quer ser ministro dos cães e, da parte do Chega, o Ventura deve querer pelo menos quatro pastas e, como não tem lá mais ninguém com dois dedos de testa, todas para ele, a saber: ministro de Estado, ministro da polícia, ministro da tropa e ministro da censura.
Pode ser que o IRRITADO se engane mas, mais pasta menos pasta, todos querem pastar. Vem isto demonstrar a vitalidade da nossa democracia e da inteligência de quem a representa. Juntos ao Rio, ao Costa e ao Jerónimo, muito poderão os pretendentes colaborar na aceleração do PEC, Processo de Empobrecimento em Curso.
Pela primeira vez, estou a pensar em não votar. É que, quando uma lei que recria, despudoradamente, a possibilidade de perseguir quem se oponha a “políticas públicas”, entre outras matérias, é aprovada sem votos contra e duas ou três abstanções, que confiança ou que esperança me resta seja em que partido for? Se a “casa da democracia” é isto, que outra opção não que a de mandar à fava, sem excepção, os seus habitantes?
E o Presidente, que promulgou sem hesitar? Que dizer a isto? Será legítimo esperar que ele, qual devoto aiatola, advogue a criação do ministério da verdade (o que muito agradaria ao Costa).
Brilhantemente, o chamado governo veio oferecer aos indígenas a devolução, em bifes e dormidas, de uma parte do IVA gasto em tais actividades.
Muito bem! Acontece, como de costume, que ainda ninguém percebeu, nem o governo, como é que a coisa vai funcionar. Sabe-se, isso sim, que se algum dia tal acontecer, será tão complicado que o pessoal acabará por marimbar no assunto.
E era tão simples! Bastava que as facturas elegíveis, entradas nas finanças com número do contribuinte, fossem para uma secção qualquer da Efactura, sendo o contribuinte avisado do respectivo saldo em tempo real. Porém, é desde já garantido que assim não será. A coisa vai meter apps, selos, contas esquisitíssimas, tudo a bem da Nação, a fim de que nem à lei da bala funcione.
O IRRITADO gostava de não ter razão mas, sabendo do que a casa gasta...
- Que chatice, nunca mais saímos da ressaca daquela coisa do Porto!
- Pois, os tipos não se calam, pá. Até o Marcelo anda aos tiros! Aqui anda marosca da direita, pelo menos é o que diz o Pedro.
- Não, pá. O Pedro há de andar até ao fim com aquela coisa da TAP às costas, mete os pés pelas mãos, só diz asneiras, mas não entra na trampa do covide. Quanto mais se enterrar melhor. O que o gajo quer é galarim, temos que dar cabo dele antes que dê cabo de nós, feito com a Catarina.
- Então de quem é a marosca?
- De todos, menos nossa. A começar pelos cientistas.
- Quais cientistas qual carapuça, pá, esses são outros que tais, cada cabeça sua sentença, e nós é que ficamos à pega. Ora diz-me lá, sabes se devemos pôr a máscara ou não, quando, como, onde? Sabes? Sabes com quantas pessoas podes almoçar, sabes se é preciso desinfectar as cadeiras para o vírus não te entrar pelo cu acima, ou se o vírus não gosta de cus. Não sabes, pois não?
- Então não viste o quadro da doutora Raquel Duarte, que os jornais publicaram?
- Ver, vi, mas não percebi patavina. Nem eu nem ninguém.
- Não exageres, pá. Um tipo que não seja completamente estúpido, ao fim de uma exegese aturada, coisa de duas horas, acaba por perceber.
- Bom, falemos de coisas sérias. Como é que vamos justificar ter posto trinta mil bifes à porrada no Porto, e não deixemos entrar ninguém no Estádio Nacional? Quem é que tomou a decisão?
- Eu não fui!
- Quem foi, ninguém sabe ao certo. Ainda não digerimos a história do Porto e já nos estão a arranjar outra, xiça!
- É preciso ver as coisas como elas são. Já imaginaste o que seria se, depois da porcaria do Sporting em Lisboa, não autorizássemos a bagunça no Porto? Vinha o gajo do Bulhão chatear meio mundo. Não chega o Merdina andar para aí a sacudir a água do capote na história do Sporting? E o Santo António, gaita!?
- Essa não sei. Só sei que a culpa não é minha, hihi, como se diz em África.
- Cuidado, que ainda te acusam de racismo.
- Bom vamos a coisas concretas. Há uma coisa que é fácil, a Temido concorda e o barbaças da educação também. É mandar os miúdos para casa assim que houver suspeitas. Nisto de disciplina e obediência, de pequenino é que se torce o pepino. Havendo um que, de perfeita saúde, dê positivo, vão cinquenta putos para casa duas semanas, e não há quem proteste, os professores adoram e a fenprof também.
- Isso é que é falar!
- E o Cabrita, pá, o que é que fazemos com esse tipo?
- Nada. O gajo é bestial, excelente! Enquanto ele leva na touca, nós ficamos a salvo. É preciso ter espantalhos para pôr a passarada com dono.
- Lá isso é verdade. Mas estamos a afastar-nos do essencial, que é a política do covide.
- Isso também não tem grande importância. Se correr mal, a culpa é dos chamados cientistas. Se correr bem, foi obra nossa. Tás a ver? É o costume, não há problema.
- E o Marcelo?
- O Marcelo é o menos. Se levantar muito cabelo, arranjamos uma Catarina qualquer que lhe chame fascista, xenófobo, racista, homofóbico, bully, ou outras merdas da cartilha. Até é capaz de lhe arranjar algum caso de assédio, coisa de há cinquenta anos, ou assim. A imprensa gosta, o PC e o BE acham bem, e mantem-se a estabilidade, percebes? Quem se mete com o PS lixa-se, como inspiradamente um dia declaraste.
- E o Ventura?
- O Ventura é óptimo. Deixemo-lo por conta da Ana Gomes e doutros que tais, que tratam da propaganda. O gajo sobe nas sondagens e quem paga a é o idiota do Rio.
- Tens razão, António, aliás como sempre. Genial. Voltemos ao covide.
- Não vale a pena, pá. Isto passa, e nós, os inocentes, ganhamos votos. Não vês que o chamado povo já está completamente aparvalhado? Haja o que houver, estamos por cima, somos o poder, os maiores, os mais que tudo das massas.
- Mas...
- Mas nada. Na pior das hipóteses, quando vier a bancarrota, arranja-se um Passos Coelho qualquer para apanhar com ela no focinho, como no tempo do camarada Sócrates. Entretanto, nós já arranjámos um taxão qualquer fora daqui, e pronto.
- Isso é que é falar. Estou contigo, como sempre. Beijinhos.