O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Era eu miúdo quando, em Cuba, um tal Batista foi derrubado por Fidel Castro. À altura não tinha ideias políticas propriamente ditas, mas lembro-me de ter, romanticamente, admirado a arrancada de Fidel e a sua promessa de liberdade e de justiça. Pela Europa fora, quase não houve quem não se regozijasse com a reviravolta.
Pouco tempo depois, o mundo civilizado assistia a que “liberdade” Fidel se referia: a liberdade dos goulagues, a liberdade soviética, o contrário da liberdade. Fidel traíu tudo o que havia para trair, enganou todos os que na sua “liberdade” acreditaram, fundou um partido comunista pago pela URSS, e nunca mais saíu do poder. Até hoje: depois de morto, continua.
Felizmente com um fim diferente, o mesmo se poderá dizer do Otelo. Entrou na história como um libertador, mas disso nada tinha. Nunca foi um democrata e, depois de ter ajudado a transformar o país numa choldra militar, acabou, com seus sequazes civis e militares, por ser vencido pela resistência popular e política. Ao contrário de Fidel, não vingou. Mas não desistiu. O que não conseguiu como “político”, realizou-o como chefe incontestado de uma organização terrorista de assassinos e ladrões: quase vinte mortos, inúmeros feridos, dezenas de bancos assaltado e de instalações destruídas.
E é este homem unanimemente incensado pela imprensa e pelo poder no Portugal “democrático”. Batemos no fundo.
Como o nosso pobre país, hoje em dia, pouco ou nada tem de que se orgulhar, trata de antecipar orgulhos. Quem ler a imprensa dos últimos quinze dias encontra medalhas olímpicas para toda a gente. Quem viu televisão deu com uma série de campeões. Grande país! Talvez o país do do senhor de Belém, não o que existe mesmo.
Dois ou três dias depois, nem medalhas, nem campeões, zero de feitos a celebrar.
Nada tenho contra os nossos representantes am Tóquio. Pelo contrário, admiro-os independentemente das marcas que alcançam. Todos têm dado, ou darão, o que podem e sabem. Que tenham sucesso. O que não deviam ser ojecto de exigências. Não há triunfos avant la lettre.
Li no jornal que duas gajas (não sei com que outro nome as nomear), com um olho tapado cada uma, se preparam para, “artisticamente”, “denunciar” Camões e os Lusíadas. No parecer de tais criaturas, os Lusíadas não passam de narrativa falsa, colonialista, esclavagista, de defesa da dominação de outrem pela força e de outros qulificativos semelhantes.
Da ignorância, da estupidez, da cegueira e da trafulhice não devia rezar a História. Mas reza. Nos nossos dias, as fake news, os Trumps, as tais gajas e quejandos não fazem história, recriam-na para a aldrabar refazer. E fazem-no segundo conceitos do século XXI aplicados com cinco ou seis séculos de atrazo e as mais das vezes errados e/ou fruto de ideologias, que serão más ou boas segundo a opinião de cada um, mas que não merecem ser tratadas por fulanas deste calibre. Pior são as “casas de cultura” que as recebem e os jornais que as noticiam.
Os tempos são maus. Nada de bom se vislumbra. Na chamada “cultura”, ainda menos.
Excepcionalmente, tem aparecido num canal qualquer um senhor professor que, não sendo negacionista, não propaga o medo e a desinformação habituais das instâncias públicas e privadas. Pelo contrário, põe as coisas com uma moderação e um optimismo notáveis, nem sequer se percebendo como há quem tenha a “coragem” para lhe dar tempo de antena. O tal professor (de saúde pública) põe pontos nos is, por exemplo, sobre o que é uma pandemia, algo que devasta, matando, uma sociedade. O que não é o caso do covide. A mortalidade, mesmo nos picos, não é devastadora. As estatísticas dos óbitos não são alarmantes nem andam longe do normal. As vacinas funcionam, ver-se-á por quanto tempo. O Inverno virá com as consequências habituais.
Também se nota por aí que começa a haver quem tenha percebido que o covide veio para ficar, e que passará a ser mais um dos inúmeros virus com que vivemos, com relativa normalidade.
As estatísticas são animadoras para quem as souber ler. Mas, da forma como são apresentadas, também são enganadoras, fazem crer em enormes perigos, não referem que, dos infectados conhecidos, os que estão doentes são uma pequena minoria e que, dessa minoria, há uma ínfima parte que morre e outra ainda mais ínfima, que morre só por causa do covide.
Quanto mais testes fizerem (toda agente sabe que são falíveis e que há famílias inteiras privadas de liberdade por causa de falsos testes ou por exigências absurdas das autoridades), mais infectados encontrarão. E ninguém dá por esta tão simples realidade: os infectados são fontes preciosas para a chamada imunidade de grupo. Poucos são os que sofrem, e todos ficam imunes, tanto ou mais que com a vacina.
E anda um povo inteiro nas bichas para testes que, bem vistas as coisas, para outra coisa não servem que para dar aos poderes públicos o gozo supremo do exercício da autoridade! E andam as pessoas no recolher obrigatório! E a infectar-se com os seus próprios dejectos pulmonares alojados nas máscaras! E as crinaças que ficaram sem aulas! E os comerciantes que já faliram ou estão nas lonas!
Enfim, parece que já há quem pense de uma forma diferente daquela que lhe é ordenada. Tenhamos esperamça.
Matos Fernandes, como o colega Cabrita, andava a duzentos à hora na sua estatal bomba. Já se sabia que este governo era muito rápido a encanar a perna à rã, o que não se sabia era da vocação acelerativa que, do ponto de vista automobilístico, grassa nas hostes socialistas.
O que vale é que nem um nem outro iam ao volante. Um ministro não desce a tal ponto! Iam, presume-se, a dormitar refastelados nos brilhantes coiros do assento trazeiro. E, coitados, estavam com pressa, a fim de chegar a horas ao local onde costumam salvar a pátria.
Hoje, para nosso sossego, o Fernandes veio esclarecer: o culpado foi o motorista. Evidentemente! Mete-se pelos olhos dentro. O IRRITADO agradece, admirador e obrigado, o ministerial esclarecimento. São assim os grandes homens. Põem o dedo na ferida, sem receios nem disfarces. Muito bem!
Quanto terá custado ao país a monumental bagunça provocada pela greve dos tipos das malas? Alguém calculará? Alguém saberá? Quanto custaram ao país os mais de 600 voos cancelados?
O que se sabe é que o governo agiu olimpicamente, ignorando a situação. Mas, perguntará quem quiser, que podia o governo fazer? Resposta: o governo podia, por exemplo:
- ter decretado a requisição civil dos grevistas
- ter adiantado o dinheiro para parar a greve
- ter posto as forças armadas a tratar do assunto
Mas nada fez, deixou correr o marfim: a malta que se lixasse, que pagasse fortunas por alternativas de viagem, que dormisse no chão, que desse cabo das férias, que faltasse ao trabalho, que fosse pentear macacos.
A TAP e a Groundforce estão entregues a um politicão ambicioso, trauliteiro, esquerdista, que não percebe nada de nada, mas continua de pedra e cal no governo. Não podia arranjar o dinheiro para pagar o que se deve aos trabalhadores? Podia, mas não pensou nisso. Deixa andar. A culpa é dos privados, e acabou-se. O governo passa a vida a anunciar auxílios financeiros de milhões e milhões, e, no caso, não tinha dinheiro para dar, ou emprestar? Tinha, mas não mexeu uma palha.
E a guerra continua. Vai haver mais disto. Não há negociações, porque o governo, proprietário da TAP e, por via dela, dono de 49% da Groundforce, anda a coçar os sovacos. Vamos ter mais disto. A credibilidade da TAP (companhia de bandeira!, diz a demagogia governamental) cada vez mais de rastos, os aeroportos cada dia mais disfuncionais, o país a abarrotar de má fama, e o governo parado? Um ministro que é capaz das maiores arrancadas ideológicas e das declarações mais provocatórias não toma uma atitude?
Nacionalista de esquerda, o senhor Santos anda aflito com a hipótese de a Lufthansa ou a Air France darem a mão à TAP. A viabilização da companhia não interessa nada ao governo. Com um jeitinho, há-de dar cabo do que resta da TAP, da Groundforce, dos aeroportos, dos hubs, do que mais houver para arruinar.
Mas o senhor Santos, esse, de braço dado com o senhor Cabrita e o senhor Costa, continurá a pavonear as barbas pelos corredores do poder.
O texto que se segue, da autoria da juíza desembargadora Florbela Sebastião foi apagado pelo Facebook, depois de se ter tornado viral. Que se saiba, não houve por cá media que lhe dessem direito de cidade, razão pela qual o IRRITADO, com a devida vénia, o republica, na esperança de que o sapo não o censure.
PORTUGAL E O APARTHEID SANITÁRIO
Tenho consciência de que a maior parte das pessoas não tem conhecimentos jurídicos abalizados e, se têm alguns, é sempre um conhecimento generalista fruto de uma aprendizagem a que todo o cidadão deve ter acesso e apenas o quanto baste para exercerem os seus direitos mais básicos. O que a mim me custa como Juíza que sou há mais de 25 anos, estando inclusive a exercer funções num Tribunal Superior, é ver sair instrumentos jurídicos, sem suporte na Constituição da República Portuguesa, a criarem um autêntico apartheid na sociedade portuguesa. Como é possível que Portugal, tendo sido o segundo país no Mundo a abolir a escravatura, e até dos primeiros países a assinar os tratados internacionais de defesa dos direitos humanos, passa agora a ser um país que discrimina os seus habitantes com base num passaporte sanitário e no pressuposto de que as pessoas estão todas doentes e têm forçosamente de ser submetidas a testes – no caso testes PCR’s cuja fiabilidade, já se sabe, é nula e até altamente enganadora – para simplesmente poderem almoçar num restaurante. A Constituição da República Portuguesa (CRP) não se mostra suspensa, nem as suas normas podem ser alteradas, delimitadas ou reduzidas por mera Resolução do Conselho de Ministros. A Constituição da República Portuguesa só pode ser alterada pela Assembleia da República ao fim de 5 anos sob a última revisão ou, em caso de absoluta necessidade, extraordinariamente, mas desde que obtida uma maioria de 4/5 dos Deputados em exercício efectivo de funções – conforme artº 284º da CRP. Nem existe consagrado na Lei, como já tive oportunidade de referir, a figura jurídica de “Estado de Calamidade” ou “Estado de Alerta”. Assim, nos termos do disposto no artº 44º nº 1 da CRP: “A todos os cidadãos é garantido o direito de se deslocarem e fixarem livremente em qualquer parte do território nacional.” Esta norma da livre circulação das pessoas – que também encontra assento na legislação da União Europeia – não pode ser suspensa, revogada nem suprimida por mera Resolução de Conselho de Ministros fora de qualquer Estado de Emergência ou Estado de Sítio, sendo que, mesmo nestes casos, o seu condicionamento tem de se mostrar justificado e será sempre por um período muito limitado no tempo. Ora, numa altura em que o mundo inteiro está a voltar ao normal, em que vão deixando cair as máscaras – as de COVID e as outras – e acabar com as vergonhosas restrições que levaram milhões ao desemprego e à miséria, e a um estado de insanidade colectiva, Portugal carrega nas restrições, sem qualquer fundamento constitucional e contra, não só a Lei da Nação, mas mais importante contra toda a legislação e recomendações Europeias? Ninguém pode ser discriminado por razões de saúde – fossem essas mesmo a razão que está na base desta pandemia – e muito menos ninguém pode ser discriminado por não fazer um teste ou receber uma vacina. E é impensável que alguém veja o seu acesso a um restaurante, um hotel ou qualquer outro estabelecimento condicionado a um teste que, como já disse, não tem qualquer fiabilidade (e são os próprios cientistas que o dizem porque depende do número de ciclos utilizado e sabe-se já que o número por norma em Portugal é acima dos 35 ciclos, o que torna o teste absolutamente irreal e inútil), além de traduzir um acto médico que só por pessoal qualificado pode ser praticado e mediante consentimento expresso e esclarecido da pessoa. Da última vez que li os meus calhamaços de Direito, Portugal era um Estado de Direito, com regras bem claras sobre a governação, a divisão dos poderes do Estado, a reserva de Lei e o respeito pela dignidade humana. Agora, e infelizmente, vejo que o meu País se tornou numa antiga África do Sul com regime de Apartheid e numa República das Bananas onde a Lei Constitucional é deitada fora. E tudo isto quando já se sabe que a DGS, intimada pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, veio admitir que afinal só se mostram registados 152 óbitos por COVID, sendo que apenas 4 foram sujeitos a autópsia. A própria OMS num comunicado de 25 de Junho de 2021 já expôs, preto no branco, que não é recomendado fazer testes em pessoas assintomáticas muito menos à escala que se pretende implementar em Portugal. Qualquer teste PCR é um acto médico que tem de ser autorizado e ninguém pode ser discriminado por se recusar a fazer o teste. Nem ninguém pode ser condicionado no acesso a locais públicos com base na realização ou não do teste, precisamente porque ele tem de ser consentido. Nem se compreende que estas restrições orwellianas só funcionem nos fins-de-semana pois se houvesse mesmo uma situação de saúde pública o vírus não andaria à solta apenas nos fins-de-semana, nem apenas nos restaurantes. É absolutamente inaceitável para a população portuguesa ver-lhe impostas restrições que nada têm de científico, nenhum suporte clínico sério revelam – como aliás a DGS admitiu perante o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa quando disse que não tinha quaisquer documentos científicos para fundamentar as medidas sanitárias impostas – e que são altamente atentatórias da dignidade humana, da Ordem Jurídica Portuguesa e da Constituição da República Portuguesa que, da última vez que vi, ainda era a mais alta Lei da Nação e aquela que ainda nos defende de pessoas, máquinas partidárias e lobbies que se revelam gulosos na sua sede de impor a sua vontade aos outros. Afinal foi para isto que se fez a “Revolução” do 25 Abril? Portugal deixou de ser um Estado de Direito e um Estado onde os direitos humanos são respeitados. Entramos na era do Apartheid. Que Deus nos ajude. D. AFONSO HENRIQUES: Pai, foste cavaleiro. Hoje a vigília é nossa. Dá-nos o exemplo inteiro E a tua inteira força! Dá, contra a hora em que, errada, Novos infiéis vençam, A bênção como espada, A espada como bênção! In “Mensagem” de Fernando Pessoa”! ...
Segundo o humorista da esquerda ultra-caviar Araújo Pereira, os membros da direcção do Benfica que sempre acompanharam o Vieira e “nunca deram por nada”, ou são coniventes ou tótós.
A isto acrescentava ontem um tal Borges que aquilo por que os tais tótós não deram, foi “um período negro do Benfica”, uma “catástrofe”.
Tirando o catastrofismo (para já, não há catástrofe nenhuma) do Borges, que será parvo mas não tótó, de acordo. Restará perguntar: e os do PS, que serviram o Sócrates como animais amestrados, nunca deram por nada? São tótós, ou coniventes? Não parece que sejam tótós. E mais: estão todos no poder, e continuam a não ter dado por nada, nem pelo período negro nem pela catástrofe!
No meio do inacreditável charivari em que mergulhou a luta contra o covide (à excepção das vacinas), com tudo minha gente a bolsar preciosos bitates, a dizer que o preto é branco e o branco é preto, com a Constituição e os direitos das pessoas metidos no lixo dos decretos diários, contraditórios e incompreensíveis, com o chamado primeiro ministro e o Presidente da República de candeias às avessas (o que não é mau), com a economia cada vez mais de rastos, uma preocupação sobreleva a todas as outras: a culpa. Culpadas são as famílias que comemoraram o Natal, são as festas de anos, os casamentos e baptizados, o Sporting, a liga dos campeões e outros ajuntamentos, em suma, somos nós, os cidadãos, portamo-nos mal, somos anti-cívicos, não percebemos que as negações de direitos são “democráticas”, que os jóvens não passam de bandos de viciosos, alcoólicos, desordeiros, que os empregados de mesa foram graduados em enfermeiros, que, como aconteceu em Lisboa, podemos ser cercados por forças policiais, que temos que ir para cama às onze, que devemos respirar os gases que os nossos pulmões expulsaram, sujos e desoxigenados, sim, nós, nós não prestamos, só o governo é bom, só o governo é dono e senhor dos nossos direitos, só ele pode, com toda legitimidade, diminui-los, proibi-los, aboli-los sem explicações (ou com marteladas sem sentido) nem limites que não sejam os do que lhe apetece, ao sabor das conveniências do poder.
Além disso, somos (alguns) “negacionistas”. Nem de pensar somos livres, quanto mais de dizer que não acreditamos na omnisciência governamental. Ainda ontem, uma doida qualquer propunha por escrito penas do inferno para quem não acredite na verdade oficial, tão querida dos ditadores. Por exemplo, manifestações de horrorosos negacionistas, com largas centenas de milhares de pessoas, como as que aconteceram há dias em Londres ou em Paris, não tiveram jornais, nem telejornais que se lhes referissem. Depois dizem que não há censura. Não há pouca.
Mas há excepções. Por exemplo, o sagrado direito à greve. Milhões de pessoas encarceradas como sardinha em lata, nos autocarros, nos comboios, nos barcos, por decreto não transmitem o covide como o fazem os casamentos, os baptizados e os jantares de amigos. Milhões de pessoas esperam horas por um comboio que não chega, por um barco que não parte, para depois, ao empurrão, ser encaixotadas, bem agarradinhas, no primeiro que chegar. O governo é capaz de fazer a requisição civil da propriedade alheia, incluindo com invasões armadas, mas não é capaz de dominar os sindicatos que, em flagrante desprezo pelos cidadãos, se comprazem em acabar com o “distanciamento social”. De acordo com o socialismo, são bemvindos quando o fazem.
Quando, por quatro vezes, fui à vacina num local atulhado de propaganda do Medina, cartazes, parangonas, gabarolices várias, foi-me imposta a oferta de um saco de papel com uma maçã verde, umas bolachas de má qualidade e um pacote de água de origem desconhecida. Ao mostrar-me surpreendido com a oferta, a menina de serviço esclareceu que se tratava de uma “atenção” do senhor presidente da câmara. Com papas e bolos se engana os tolos, diz o povo. Recusei a oferta. A menina, espantada, informou: “tem que aceitar”.
Vivemos nisto. Até a menina, coitada, se deixa instrumentalizar pelas ordens do patrão socialista. Tentei explicar: ouça lá, não chega esta propaganda da câmara em que estamos, quer queiramos quer não, há horas mergulhados, e ainda que temos que agradecer ao presidente? Não vê que isto é campanha eleitoral? A menina não percebeu, como era de esperar.
Hoje, a oferta vem explicada nos jornais. Uma brilhante constelação de empresas ligadas ao PS recebeu cerca de meio milhão de euros pelos sacos. Nem concursos, nem consultas à praça: toma lá, dá cá, e está feito. Para que servem as montanhas de impostos, de taxas, de cobranças da CML, senão para ajudar quem precisa?
É verdade. Consciente da sua responsabilidade social e, julga-se que inspirado pela dona Mortágua (“vamos buscar o dinheiro onde ele está”), o governo decidiu obrigar as gasolineiras a baixar as margens.
É voz corrente que larga percentagem do preço dos combustíveis é preenchida com violentos impostos. Mas, como o governo é socialista, em vez de baixar os impostos vai ao bolso dos privados. É natural, faz parte da moral republicana.
Declaração de desinteresse: o IRRITADO está-se nas tintas para as gasolineiras. Até admite que martelem preços, que estejam cartelizadas, que façam as maiores tropelias para sacar uns cobres ao indígena. Não é isso que o traz a esta liça. É a generosidade governamental, feita, como de costume, à custa de terceiros. Se os nossos chamados governantes tivessem sombra de sentido de equidade, começavam por si. Nada tenho contra a revisão das margens, desde que o “buraco” seja equitativo.
Muito se fala em remodelação do governo. Seria fácil, já que ainda há muita gente da família , primos, cunhados, amigos, etc., que ainda não foi contemplada. No fundo, os ministros são verbos de encher. Ministro a sério há só um, o primeiro, e o resto é conversa. Rapaziada fiel, bem remunerada para não chatear. Nenhum é responsável pelo que faz ou deixa de fazer. O primeiro é que sabe, na certeza de que também não é responsável por coisa nenhuma.
Todos eles foram escolhidos pelo Costa, o que, desde logo, demonstra a qualidade de cada um. É gente que não se importa – nem precisa de se importar – de não existir. Se, excepcionalmente, resolver existir e fizer asneira, lá está o primeiro para dizer que é “excelente”. Neste sentido, tanto faz remodelar como não remodelar. A única remodelação que faria sentido seria a do primeiro, mas isso fia mais fino, não é possível porque o challenger não vende um copo de água no deserto, bem pelo contrário, é um rio de água chilra, imbebível.
Não vale a pena correr com uns e meter outros. As coisas correm às mil maravilhas. A maioria dos indígenas, devidamente anestesiada, habituada a obedecer e sem alternativa, apoia: além disso, tem muito com que se entreter, as informações ao Putin, o Berardo, o Vieira, o futebol, o got talent e tantas outras misérias. Remodelações para que? Nalguma coisa o Costa havia de ter razão.
O Sócrates era “melhor”. Levou-nos à bancarrota, mas, entretanto, foi fazendo umas coisas. O Costa leva-nos ao mesmo sem fazer nada. É mais suave, mais lento, mas o caminho é firme. Com mais umas esmolas da Europa, vai alargar o Estado, mais Estado, mais Estado, mais Estado, mais funcionários, mais eleitores.
E pronto, o diabo não chegou quando o Passos disse, pela simples razão de que já cá estava. E tem a continuidade garantida.
Têm sido recorrentes os elogios, umas vezes merecidos outras nem por isso, aos mui justamente chamados profissionais da saúde, que vão de catedráticos a médicos especialistas, generalistas e outros istas, aos enfermeiros e a muitas outras especialidades, matemáticos e geógrafos incluídos, todos pertencentes a uma longa lista que acaba nas mulheres da limpeza (auxiliares operacionais!).
Muito bem. De acordo.
A esta gente toda vem juntar-se agora uma nova classe: a dos tasqueiros, hoteleiros e similares. Você apresenta-se, faminto, para comer qualquer coisinha, ou para dormir uma noitinha. O patrão, o funcionário dos copos, o porteiro ou outro novo especialista diz: alto lá, e o teste? Você não tem teste nenhum, nem vacina, nem similar. Daí: não pode entrar. Mas aqui tem, a mando das autoridades, por meros 2 euros e à escolha, o teste, o autoteste, o contrateste, o antiteste, o parateste, o fisioteste e o aldraboteste, todos devidamente aprovados por quem de direito. Deseja meter o coiso nas ventas (tem que esfregar cinco vezes de cada lado), cuspir na sopa, perdão, no tubo se ensaio, ou outra modalidade das que constam do menu?
Você, como é parvo ou tido como tal pelas autoridades, cede. Faz um teste qualquer. E agora? Agora espera que o lavador de pratos ou a menina do bengaleiro digam de sua justiça. O lava-pratos sai das entranhas da tasca a limpar as mãos a uma coisa que já foi toalha, aproxima-se, olha para o resultado e dá o seu douto parecer: está infectado! Quem, eu? Mas estou de perfeita saúde! Pois está, mas não devia estar, diz o lavador, a mando do governo. Vem o patrão. Pois é, caro amigo e pretendente a cliente, o seu teste, uma vez devidamente analisado pelos nossos especialistas, deu positivo, tenho muita pena, mas terá que se ir embora. A não ser que queira que nós, cumprindo as instruções do senhor Costa e da rapariguinha das conferências de imprensa, o denunciemaos às autoridades e o mandemos para casa, com a família, os amigos e outros com quem, irresponsavelmente, contactou nos últimos quinze dias, todos bem fechadinhos, durante umas semanas. Lá na escola dos seus miúdos, as repectivas turmas, sem excepção, também. Sob pena de desobediência civil e sem prejuízo das coimas a aplicar. Adeus e as melhoras.
E pronto. O IRRITADO propõe que estas novas classes de especialistas se juntem às demais quando chegar a altura dos elogios. É de elementar justiça.
Ontem à noite, quando carreguei no fatal botão que abre o fatal aparelho, vi com com espanto que devia, de surpresa, ter chegado o Biden, o Xin Ping, o Rei de Marrocos, ou coisa parecida. Não era nenhum destes. Quatorze motociclistas da Polícia, dois operacionais em cada moto, um em pé poutro escarranchado, uma dúzia de viaturas cheias de luzinhas azuis, um estardalhaço dos diabos, umas carripanas pretas, tudo a brilhar, novas em folha, polidas, estralejantes, atravessavam a cidade, passavam sinais vervelhos, seguiam pela esquerda ou pela direita, afastavam o trânsito, um quarto de hora de interminável exibição policial acompanhada por todas as cadeias de televisão. Seria o Papa? Não. Era o Vieira a caminho do calabouço.
Porquê uma exibição de tal ordem? Nem o Sócrates teve honras destas! O Vieira, que se saiba, não estava ameaçado de morte por nenhum lagarto, não tinha sido o Pinto da Costa a dar ordens, não havia hooligans à vista, nem um só cidadão estava interessado em cortejos de carnaval, nada. Era o Vieira que ia para a prisão.
Quem mandou formar tal cortejo? O juiz? O Costa? O Merdina? O Camões? Não sei. A que ponto pode chegar a exibição da “justiça” ao serviço dos media (mídia, em versão da analfabetocracia) e o gozo de tais media (ou "meios", em português de antanho) são coisas que causam vómitos, para não dizer revolta, nojo, indignação. Isso sei.
E pronto, aqui fica uma opinião inútil. Não há nada a fazer. Manda quem pode e que, manda a moda em vigor, pode tudo.
Anda meio mundo a criticar o Costa e o Medina por teram sido altas figuras apoiantes do Vieira.
Nada mais errado. Ambos têm pergaminhos que largamente justificam o seu empenho na matéria. O Costa não apoiou, não ajudou, não colaborou com o Pinto de Sousa, dito engenheiro Sócrates, não foi fiel ministro do dito durante anos e anos, antes e depois das trafulhices do fulano serem por toda a parte denunciadas? Sim, apoiou, ajudou, colaborou, defendeu. Até ganhou a vida com isso. Então qual é o espanto de o ver na comissão de honra do Vieira?
E o Merdina não fez o mesmo? Fez. Num alarde de monumental lata, diz, na televisão que tem ao seu serviço, que ignorava as suspeitas. Coitadinho, como o Costa, amava o Sócrates como ama o Vieira.
Questões de amor não se discutem. É o coração a mandar, não a razão. O problema é que tipos como o Costa e o Merdina não têm nem coração nem razão, coisas menores que substituiram por interesses, oportunidades, desonestidades e mentiras.
Diz-se que a quarta vaga do covide ainda não chegou ao pico, mas a quinta já cá canta. É vaga das barracas. Aqui no meu bairro proliferam barracas, barraquinhas, barracões e contentores, onde diligentes “profissionais” se aplicam afanosamente a fazer a propaganda eleitoral do Medina, a qual consiste na oferta de uns testes (em princípio marados, porque não servem para nada). Os ditos profissionais aplicam também outros, estes a sessenta paus, conhecidos por PCR ou coisa que o valha, os quais são tidos por bons, embora haja quem, com legítimo fundamento, ache o contrário.
Bichas e bichas (hoje conhecidas por filas, por subserviência em relação aos brasileiros), gente cheia demáscaras e “distanciamento social”, espera horas para levar com a zaragatoa pela garganta abaixo e/ou pelo nariz acima. São doentes? Nada disso. Então são o quê? São orgulhosos apoiantes da quinta vaga. Nenhum está doente, ou tem de tal sintomas: se os tivesse ia ao médico, não é? Se tiverem sorte, a coisa dá positivo – verdadeiro ou falso - e vão, prenhes de saúde e “orgulho cívico”, duas semanas para casa sem fazer nenhum. Ó Maria, estou com o covide, dá-me uns paparicos. A patroa e os filhos também são presos. À espera de “alta”, sem que nenhum tenha estado doente. Em suma, é o verdadeiro reagrupamento familiar em boa harmonia. Os que têm a (má) sorte de a zaragatoa não dar nada, para a semana lá estarão para mais um “testezinho”. Que diabo, pode haver uma nova oportunidade, não é?
Como em tudo, há um lado positivo. Que o digam os tipos das barracas. Trata-se de uma ocasião de ouro nestes tempos de crise económica. A não perder.
Em suma, a vaga da estupidez humana está a ultrapassar a do cagaço, como sempre sob a iniciativa, o orgulho e o patrocínio dos chamados poderes públicos com a colaboração do indigenato ignaro.
Dizem que um dos grandes objectivos do chamado governo é o da “transição digital”.
Magno objectivo, cujos primeiros passos já foram dados, permitindo-nos imaginar o radiante futuro que nos espera, doravante alimentado pelas esmolas da UE oficialmente destinadas a reforçar o estado socialista e a arruinar ainda mais a sociedade.
Alguns exemplos dos avanços já conseguidos na tal transição:
- Se você precisar de alguma coisa de um serviço público (ou até privado) vai ao respectivo site, navega, navega e, meia hora depois, ou desiste ou deita fora o computador. No entanto, no meio dos trabalhos, você descobriu um número de telefone. Esperança ressuscitada, você liga. Aparece uma voz com um cardápio de acções possíveis: prima 1, prima 2, prima 3... não há opção que lhe interesse. Aí ou desliga, ou espera. Se tiver raríssima sorte, é atendido por um ser eventualmente humano, o qual debita umas frases tidas por simpáticas. Explica o seu problema. O ser eventualmente humano diz-lhe que terá que ir ao site. Em alternatriva, diga o número de 42 dígitos do seu contrato, ou coisa do género. Você perde a cabeça, insulta o ser eventualmente humano, e desiste.
- Você quer apresentar uma reclamação. Tal tem que se lhe diga. Nada de cartas, emails, ou outras antiguidades do género: tem que ir ao site. No site você, feliz, encontra o formulário da reclamação: nome completo, morada, telefone, endereço email, cartão do cidadão, número do contribuinte e mais umas exigências, eventualmente em nome da “protecção de dados”. Passados uns dez minutos, você é autorizado a dizer de sua justiça. Após pôr umas cruzinhas aqui e acolá, fica autortizado a enviar a coisa para o site. Vitória! Há uma máquina que lhe diz que a sua mensagem foi “aceite”. Feliz, fica à espera da resposta, das informações, investigações, justificações, ou qualquer outra coisa. Dois meses depois, desiste. A “transição digital” funcionou, isto é, mandou-o passear.
- Experimente, por exemplo, reclamar de uma daquelas espantosas multas que os esbirros da EMEL lhe dedicam. Não vale a pena descrever. As diligências, como as acima, são para esquecer. Desesperado com a “digitalização”, resolve utilizar os meios clássicos, cartas registadas com aviso de de recepção, por exemplo. Os avisos voltam com um rabisco, mas resposta, zero. Você é persistente, faz as sua buscas e descobre que a EMEL tem um “provedor do cliente”, com endereços, postal e de emailI, e telefone! Telefona. O número não existe. Manda a coisa por email. O computador responde que desconhece o endereço. Você desiste. Quando é avisado que ou paga ou vai para tribunal, você verga, os tribunais são uma chatice, perde-se tempo, gasta-se mais com o advogado e as custas do que o valor da(s) multas(s). Paga, que é o objectivo da ditadura em que vive. Ganharam!
Os exemplos são aos pontapés e, desgraçadamente, são tanto públicos como privados. Experimente o MEO, a Vodafone ou outros. Tudo igual. Você é escravo de máquinas sem alma. A “transição digital” é a sesumanização total, e totalitária.
Só para acabar, uma coisa positiva. Uma pessoa com dificuldades “cibernéticas” pediu-me ajuda para resolver um problema. Tinha carradas de razão, estava a ser altamente prejudicada por um erro burocrático da Caixa de Aposentações. Tinha mandado três ou quatro cartas com aviso de recepção. Foram recebidas, mas não havia resposta. Lá fui, de papelinho na mão, falar com alguém. Falei (isto antes do covide, quando ainda havia com quem falar). O assunto estava sob “apreciação”. Isto, numas três ou quatro visitas. Chateado com a coisa, resolvi telefonar (antes do covide, claro, quando ainda havia alguém com quem falar). Até que, ao vigéssimo telefonema sem resultado, fui atendido por um senhor que se dispôs a ver o que se passava e, depois de uma boa meia hora ao telefone, me informou que, sim senhor, tinha toda a razão, o assunto (o pagamento da dívida) ia ser resolvido em breve. Dois meses depois, o meu amigo recebeu o seu dinheiro. Tinham passado dois anos de luta. O meu amigo, felicíssimo, recebeu a massa toda de uma vez e, em estatal compensação, um ano depois viu aumentada a taxa do IRS. Enfim, do mal o menos. Jamais esquecerei o nome do senhor que resolveu o assunto e, na minha galeria de santos, vou acrescentar o seu nome.
E é assim a vida moderna. Quanto mais avançada estiver a tal “transição digital”, agravada pelo socialismo “democrático”, menos humanidade haverá. Ou haverá outra, mas não será humana.