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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

O IRRITADO ENGANOU-SE

Contrariamente às previsões do IRRITADO, o orçamento não passou. Pecato!

Uma “tese” que por aí já anda merece alguma credibilidade. Tirando as alterações exigidas pelos comunistas (bolchevistas, trotzkistas e outras especialidades) que podiam mexer nos projectos europeus do senhor Costa, as demais podiam ser por ele satisfeitas sem alterar o “espírito” do miserável documento orçamental. Então, se não as aceitou só pode ser porque lhe apetecia dar o golpe de misericórdia na geringonça. E, sabendo que o senhor de Belém dissolveria o parlamento em caso de chumbo, viu nisso a possibilidade de chegar a uma maioria, ou absoluta ou quase (com os parceiros nas lonas) nas subsequentes eleições. Acresce que o PSD podia vir a ser apanhado a contratempo, vindo, ó maravilha, a ser o Rio a fazer as listas de deputados e a continuar a dar cabo da vida ao partido, fosse ele ou o outro a ganhar as eleições internas. Nada melhor que este cenário para projectar o PS para a tal maioria. Um só pequeno passo mais: conseguir que o senhor de Belém marcasse as legislativas para tão cedo quanto possível, objectivo de que toda a esquerda e a parte mais estúpida de direita comunga alegremente. Postos os parceiros nos varais e em plena crise dos outros, nada melhor que eleições a mata cavalos.

O drama de quem não é socialista, nem adepto do Chega, é incentivado e personializado pelas desgraças “irmãs” do PSD e do CDS, desgraças que dão pelo nome de Rio e de Chicão. Ambos estão mais interessados em ficar no poleiro dos repectivos partidos do que em defender o que interessa ao eleitorado. O CDS pouco conta, condenado que está à mais fatal irrelevância. Mas o PSD, senhores, que mais poderá o Rio fazer para dar cabo do imenso património político do partido? Alter ego que tem sido do Costa, que confiança dará em quem quer mudar o equilíbrio do poder? Nenhuma.

E é nisto que estamos. Prouvera que o senhor de Belém tivesse um ataque de coragem com alguma hipótese de não levar à continuidade do status quo.

 

31.10.21

NOTÍCIAS DO ALMIRANTADO

Parece que o senhor almirante das vacinas está a entrar em areias alheias. A fama é das coisas mais difíceis de gerir. Mas o nosso almirante não deve ter percebido, por falta de prática. Ou então entra no jogo dizendo que não quer entrar. Vai mandando as suas bocas, propagandeia que não se mete em política mas, vistas os factos, é coisa que passa a vida a fazer. Sendo certo que forneceu ao governo do “nosso” Costa o, talvez único, argumento a seu favor em seis longos e miseráveis anos de poder, o nosso almirante segue na via da propaganda ao mesmo tempo que diz que quer voltar à profissão sem se deixar envolver em política. No entanto, desde que deu a missão por terminada, ei-lo em conferências, entrevistas, gabarolices várias.

Na sua mais recente intervenção deu consigo a classificar os “negacionistas” como “inimigos”, a quem é preciso “retirar a margem de manobra”. Alguém devia lembrar-lhe que há negacionistas de extrema direita, de direita moderada, de centro, de extrema esquerda, de esquerda moderada, e de nada disso. São, na sua totalidade, cidadãos, coisa que parece não ser do conhecimento do senhor almirante. Muitos deles, julgo que a maioria ou, pelo menos, os que conheço, são-no porque se opõem aos evidentes atentados ao direito e aos direitos em vigor – será que ainda estão? - em países ditos civilizados, porque não toleram os pontapés que têm sido dados a direitos constitucionais, a declarações europeias e mundiais, a normas consideradas ininfringíveis no mundo civilizado, porque são contra a descriminação dos não vacinados e contra os passaporte sanitários, porque não toleram máscaras, etc. Uma coisa é defender que pandemia justifica tais atentados e respectivas consequências, outra, completamente diferente, e discutível, é condenar como “malucos” ou “inimigos”, os que têm opinião diferente.

Pior ainda é dizer que é preciso retirar-lhes a “margem de manobra”. Como? Censurando-os, como faz a comunicação social, prendendo-os ou matando-os, como se faz aos inimigos? O senhor almirante tem todo o direito a criticar os que o atacaram física ou moralmente, actos que a lei já condena, e bem. Mas não o tem de estabelecer um crime de opinião, ao qual é preciso cortar as pernas.

O IRRITADO não é negacionista, mas tem as maiores dúvidas quanto à legitimidade de muitas das regras a que tem que se submeter. E, sobretudo, respeita, como seus iguais, os que, com todo o direito, acham que a pandemia está a servir para alterar ou infirmar normas e princípios que fazem parte do mais precioso património da humanidade.

Classificá-los como inimigos a abater é, isso sim, um crime de lesa civilização.

Para acabar este artigo, uma coisa que tem o seu ar de cómico: o senhor almirante diz que toda a gente será vacinada, “ou pelo vírus ou pela vacina”. Então está preocupado com quê?

 

31.10.21    

ÓPERA BUFA

Vários foram os actos da farsa do orçamento. O IRRITADO arrisca ver falhados os seus prognósticos, ainda que cheios de lógica. A farsa passou a palhaçada, os palhaços pobres revoltados, o palhaço rico a aproveitar para a grande jogada da vitimização, contentíssimo com a hipótese de vir a “gerir a bazuca” a seu belprazer, sem fiscalização de terceiros. O último acto passou à ópera bufa a que ontem se assistiu.

A esta hora (12.00 de 27.10), ainda não se sabe se alguém tirará um coelho da cartola ou um boneco vudu do bolso das calças, ou ainda se surgirão dos bastidores uns palhacinhos migrantes, ansiosos de fama.

Tudo é, ainda, possível. Atónito, o povo assiste, percebendo que a peça, de uma forma ou de outra, se transformará em tragédia, para grande alegria do comandante supremo.

O fim da geringonça é uma boa notícia, pensa o IRRITADO. O pior é que há quem preveja que o palhaço rico, Costa A, pode vir a ser substituído pelo Costa B, seu alter ego, saído das portuenses plagas para o continuar.  

 

27.10.21

RAZÕES SANITÁRIAS

Não falta quem proteste contra a ditadura sanitária em que vivemos. O poder condena tais opiniões, com uma coorte de “especialistas” a apoiá-lo. Quem não gosta é mau, põe em risco a vida de terceiros, é negacionista, não pratica o civismo obrigatório, nega a ciência (desde o nazismo e o bolchevismo nunca a ciência foi tão usada como arma política como agora), e outras adjectivações hoje mais próprias do Irão que da Europa Ocidental.

Esta atmosfera, dita sanitária e “democrática”, recebeu ontem honras ao mais alto nível. Segundo o senhor de Belém, a proibição de cantar o hino dos pàraquedistas numa parada qualquer ficou a dever-se a “razões sanitárias”.

E pronto, os boinas verdes foram proibidos de cantar por boas e presidenciais razões. É de pensar serão elas:

- alojados em boinas verdes, cor que, cientificamente, preferem, os vírus do covide passariam para as cantantes bocas dos rapazes e iriam voar até, ó desgraça, atingir a brilhante tribuna dos tipos do governo e dos grandes da tropa;

- o esforço da cantoria, sem sombra de dúvida, projectaria núvens de vírus, e estes atingiriam uma escola primária (hoje chamada qualquer coisa como 2RC+4,2) a oitocentos metros de distância e aniquilariam centenas de inocentes vidas;

- os decibéis do coro ofenderiam os delicados tímpanos das autoridades presentes, ministo e generais incluídos;

- segundo vários virologistas/cientistas/especialistas/matemáticos/etatísticosistas  muito conhecidos lá em casa e na SIC/TVI/RTP, ao cantar, dado o esforço dos coristas, a velocidade de propagação do vírus aumenta oitenta vírgula vinte e três por cento, o mesmo acontecendo com o delirante entusiasmo das massas.

E assim por diante. Enfim, um rol de boas razãos para que plenamente se justifique o cuidado sanitário de Sua Excelência o Presidente da República, o qual, como é sabido não vai em cantigas, a não ser as da geringonça.  

Como soe dizer-se, o sono da razão engendra monstros.

 

25.10.21

JOGATANAS

Numa declaração, diz-se que ou prémonitória ou apoiante do chumbo da porcaria do orçamento socialista, veio essa maravilha de nossa inteligência, Carlos César de seu nome, afirmar, patriótico e bombástico, que “Portugal não é uma jogatana entre partidos”.

Passados seis anos de jogatana entre três partidos - o PS mais dois por ele seleccionados -, coisa sem honra nem proveito seja para quem for, a insigne criatura descobriu que afinal era mau que assim fosse. Ou só passou a jogatana quando o brilhante Cásar chegou à conclusão de que, se calhar, o melhor é fazer um intervalo. A jogatana prosseguirá mais tarde, depois de eleições, sendo árbitro o camarada Costa. E deixará de se chamar jogatana, passará a encontro de posições democráticas ou a coisa que o valha.

Não se sabe se o César veio mandar um recado do chefe, se só manifestar a sua reconhecida capacidade intelectual e a sua indesmentível bagagem cultural. O futuro o dirá.

É de homens como este que se faz o socialismo!

 

22.10.21     

GAGARTINO MORAISIN

Na Rússia, Gagarin, herói soviético, passou a herói russo.

Em Oeiras, o herói russo passou a herói sovieto-oeirense, com direito a estátua colocada sobre uma bandeira do PC, imortalizada em pedra, com foice, martelo e tudo.

Na Rússia, já não há foices nem martelos. Há-os, e oficiais, em Oeiras.

Ocorre perguntar por que carga de água resolveu o Isaltino honrar, entre milhares de hipóteses,  o senhor Gagarin e não outro qualquer. Se precisava de decorar algum sítio com mais uma “obra de arte”, onde terá ido buscar inspiração para tal escolha? Não se vislumbra que taralhoquice lhe terá passado pela cabeça. Algum acordo “autárquico” com o Jerónimo? A protecção pecuniária a algum “artista” local, apoiante dos dois? Mera provocação, contra quem, porquê? Alguma crise de cariz psiquiátrico?  

Seria estúpido dizer que Isaltino é estúpido. Não é. Provavelmente é pior, não se percebendo porquê, como acima se diz. Portugal é um mar de mamarrachismo autárquico, um pouco, ou um muito, por toda a parte. Mas, a este ponto, não conheço outro exemplo.

 

22.10.21

COITADO DO MOEDAS

Há dias, o IRRITADO publicou um post em que preconizava uma vida muito difícil a Carlos Moedas, acossado pela alcateia do PS&Associados na Assembleia Municipal. Houve vários protestos, que não ia ser assim, que o PS era um partido democrático(!), que isto e que aquilo.

Pois bem. Ontem, depois de o Moedas proferir um discurso conciliatório, cheio de boas intenções, apareceu, no meio dos convidados, um fulano barbudo (tinha que ser!), indigitado lider do PS na Assembleia. Instado pela TV a comentar o discurso, disse mais ou menos isto: pois pois, bom discurso, mas, lá na Assembleia faremos valer o nosso programa, não o dele, e, hi hi, temos maioria para tal. Aqui está o que faz a raiva, aqui está a prova provada do que o IRRITADO dizia. Coitado do Moedas, do qual, “democraticamente”, não valerá a pena discutir as ideias, só chumbá-las.

 

19.10.21

APONTAMENTOS

 

 

A gasolina está cara. O preço, seja ele qual for, vai 60% para o Estado e 40% para os outros. O chamado governo concluiu que devem ser os outros a cortar as unhas. Brilhante!

*

O celebérrimo professor de trabalhos manuais, senhor Nogueira, membro do comité central do PC e feroz sindicalista que tem posto o ensino secundário de rastos, passou a representante sindical do ensino universitário. Terá sido promovido a catedrático pelo governo que o aceita como tal?

*

Há mais de um ano, somos todos os dias massacrados com as estatísticas do covide; casos, internamentos, cuidados intensivos, mortos... Talvez não fosse mau comparar tais dados com o que se passava antes do covide. Mas isso, se calhar, não seria politicamente relevante, ou correcto. Podia até contribuir para o fim do medo. Nem pensar.

 

19.10.21

ACABOU A FARSA

Disponibilidade, aproximações, diálogo, entendimento, construção, parceiros, são algumas das muitas palavras-chave da entrega absoluta e incondicional do PS nos doces braços do PC e do BE, ontem proferidas dezenas de vezes por um ilustre representante da ala bloquista do PS (haverá outra?) numa entrevista a uma TV qualquer. O homem não tem limites na sua ânsia de agradar aos parceiros, outrora ditos não democráticos e hoje, por obra e graça do Costa, convertidos em farinha do saco do PS. Em patética declaração de submissão às venezuelanas/bolchevistas ideias dos parceiros, um tal Duarte Cordeiro, figura por demais sinistra,  declarou que a farsa dos desentendimentos acabou: o PS fará, na discussão do orçamento, o que os namorados quizerem, está disposto a tudo, menos a qualquer tentação de divórcio. Assim mandam os chefes, Rebelo de Sousa incluído.

Vem aí muito dinheiro, diz-se. Em generosa apreciação dos projectos (privados?)  já candidatos aos dinheiros europeus, diz o sátrapa, há-os em muito maior quantidade do que a admissível, o que quer dizer que as verbas alocadas não chegam porque o Estado socialista se apoderou da esmagadora maioria do capital disponibilizado pelos caridosos tipos de Bruxelas. A economia que se lixe, o poder é que é bom.

Hoje, ainda chocado pela miserável entrevista (cobarde, oportunista ou ansiosa por esquerdizar ainda mais o orçamento, o regime e o país), dou com a miúda/filha/ministra não sei de quê a declarar que é assim mesmo, a grande preocupação do governo é a de agradar aos bem-amados parceiros e que, se precisarem de mais qualquer coisinha, cá estará o PS para as curvas que entenderem.

Acabada a farsa dos desentendimentos (deles), continua a tragédia socialista (nossa).

 

14.10.21

NADA DE NOVO

O hospital de Vila Franca era apontado como exemplo de funcionamento e da justeza da respectiva PPP. O povo local fartou-se de protestar quando o todo-poderoso socialismo resolveu acabar com ela. Mas o que é devido ao povo só interessa quando se enquadra nos ditames do poder. Não foi preciso muito tempo para as consequências virem ao de cima. Aí estão elas: não há médicos, não há enfermeiros, há doentes na cave, mais despeza, mais protestos, um nunca acabar de desgraças.

Quando estiver tudo nacionalizado, a esquerda festejará o seu grande triunfo e o povo pagará a factura, com dinheiro (até acabar, como é costume), doença e fome. Não fora a UE a esportular uns dinheiros e já estaríamos na Venezuela ou na Bielorrússia.

 

13.10.21   

CORRECÇÕES

Então lá se foi o juiz negacionista. O tipo perdeu a cabeça com os guerreiros da PSP, magnificamente prepararados para enventuais gravíssimas perturbações da ordem pública, desta vez praticados por vinte ou trinta apoiantes do jurisdicional trouble maker, os quais, como toda a gente viu, não faziam nem fizeram mal a ninguém. A coisa (os insultos do juiz à preparadíssima – armada até aos dentes - autoridade policial) teve origem uns dias antes noutra farra do mesmo estilo onde, para obviar a tremendos riscos de ordem pública, o pelotão tinha entrado num frenesim e, entre outras intervenções, partiu à cacetada um braço a uma cidadã protestadora.

É interessante sublinhar que este musculado ataque não foi objecto de qualquer aparecimento, nem na TV nem nos jornais. Só lhe deram atenção uns tipos especialistas em fake news, daqueles que andam na net a aldrabar o povo. É claro que o infame juiz (ainda o era à altura), ao ver o negro pelotão, tratou de prevenir que mais braços fossem partidos em nova fúria cívica da PSP. É claro que, desta feita, o assunto teve cobertura televisiva, foi transmitido vezes sem conta, e sem conta glosado nos jornais.

Ficou mais uma vez provado que os órgãos de “informação” são tão ou mais aldrabões que os tipos das notícias falsas. Andam sempre a dizer que a Polícia abusa. Excepto, é claro se as vítimas de tais abusos forem “negacionistas”, caso em que toda a brutalidade se justifica. Mais braços partidos menos braços partidos, tratando-se de tal gente, não são notícia.

Posto isto, digamos que a expulsão do juiz se justifica. É certo que homem não tem estofo para o cargo. Não devia ter perdido a cabeça nem argumentar como argumentou. Agora terá que ir fazer as suas tropelias para outro lado.

Posta esta descrição dos acontecimentos, diga-se que o que é tragicamente grave, para além das bravatas do juiz, é o indesmentível facto de a opinião não coincidente com a das “autoridades”, dos assustadores profissionais, dos especialistas do medo e da histeria, passou a crime de lesa pátria. Por causa do covide, a malta do, poder como a da rua, borrifa na Constituição, nos direitos do homem, nas leis em vigor, tendo passado a existir a selecção do pensamento correcto, o poder absoluto de impor uma verdade e de condenar outras.

O IRRITADO  não é negacionista, mas é facto que muitas opiniões ditas negacionistas são sérias e dão conta de dados, sobretudo estatísticos, indiscutíveis. Não sei quem tem razão, ou onde estará a razão toda, que, se verdadeiramente científica, não pode deixar de ser discutível.

O que sei é que os negacionistas, como os outros (os que estão na mó de cima), muitas vezes são sérios, têm os pés no chão e a cabeça nos ombros. Nada, mas nada, justifica os insultos, as injúrias, os anátemas e as proibições (maxime a de existir e se exprimir) e a censura de que são alvo pelos proclamados bempensantes oficiais. Fazê-lo é anti-direito, anti-liberdade, anti-tolerância, anti-civilização, anti-ciência e anti-humanidade.

Mas é o que por aí, sem peias, pulula.

 

11.10.21

UM FARTOTE

Com uns rebuçados para a Catarina e uns pastéis de bacalhau para o Jerónimo, vem aí o orçamento.

Novidades? As que já são conhecidas são de estalo. Eis algumas das melhores:

1. Umas alterações no IRS, “para proteger a classe média”, vão fazer alguns milhares de desgraçados poupar qualquer coisa entre 4 e 10 euros por ano; uma maravilha à moda da geringonça. É de ficar grato.

2. O englobamento dos rendimentos vai arruinar sobretudo os mesmos que o governo “quer proteger”. Isto é: você, que faz parte da “protegida” classe média, comprou um andarzinho em Massamá com as economias que fez, mai-la patroa, ao longo de muitos anos, a que acresce um empréstimo bancário; arrendou o andar para pagar o empréstimo; passou a pagar 28% de IRS sobre a renda que recebe da sua propriedade, a que se soma o IMI e o AIMI (canalhice da Mortágua, muito do agrado do PS); assim, passou a andar à rasca; mas, ó glória, o governo pensa em si, e vai mandar “englobar” os seus poderosos rendimentos; você passa a  pagar, não os 28% que já pagava, mas o que resultar do seu escalão, o qual subiu em função do aumento, via renda, dos seus rendimentos. Resultado: você vai ser um dos milhares de desgraçados a quem o governo, que “não aumenta impostos”(!) vai aplicar mais esta a pastilha do socialismo. Uma questão de justiça fiscal, não acha?

A isto acrescem os milhares de palermas como você que, sendo menos desgraçados, vão levar ainda pior tratamento. E mais: os que caíram na asneira de não ser desgraçados, esses, mau caro, levarão uma cacetada que nem queira saber e muitos deles passarão à classe dos  desgraçados, que são os "protegidos" pelo PS e seus sequazes.

É assim que o socialismo protege a classe média, é assim que não aumenta a carga fiscal, é assim que incentiva o investimento na habitação. Inteligente, não é?

Tenha calma, tome lexotan, na certeza de que o que acima está escrito é só uma amostra do que aí vem. Um fartote socialista.

 

7.10.21

MISTÉRIOS POLÍTICO-NAVAIS

Nem eu nem, suponho, praticamente ninguém, saberá ao certo quem, de moto próprio ou a mando, terá cuspido a notícia da demissão de um almirante e da nomeação de outro. Mas sabe-se que a tramoia estava montada pelo governo que temos e que foi veiculada pela agência de que o Estado, quer dizer, o dito governo, é proprietário.

A agência está a salvo de demandas ou críticas porque é estatal e porque o Estado foi substituído pelo PS, como toda a gente sabe. Parece que tudo se passou à revelia do Presidente da República, o qual se desbroncou como lhe competia ou convinha.

A coisa, para já, está no frigorífico, donde só sairá dentro de uns tempos, quando estiver garantido que pode apodrecer à vontade, até que desapareça por completo. Outro futuro não lhe estará reservado, uma vez que com ela se passará o mesmo que com todas as broncas onde o governo esteve, está ou estará metido: sem culpados, sem responsáveis, sem esclarecimentos merecedores de confiança.  

Com a agência de notícias (do governo) passar-se-á mais ou menos o mesmo. A reserva de silêncio quanto ao informador, sacrossanto direito dos chamados jornalistas, pô-la-á a coberto de denúncias ou críticas. Isto ainda que pudesse parecer curial que a informação, dada a sua delicadeza, devesse ser confirmada por quem de direito. Terá sido? Ninguém sabe, nem ninguém procurará saber, a fim de que, com o tempo,  o assunto deixe de ser assunto.

Nada que não esteja na boa tradição do socialismo-nacional em vigor.

Dirá alguém que o IRRITADO deveria, ao menos, dar a esta gente o benefício da dúvida. Não queriam mais nada?

 

6.10.21

5 DE OUTUBRO

Perante cerca de vinte assistentes e alguns passantes, comemorou-se com o aparato e a solenidade do costume mais um ano da substituição do Rei por uma data de Presidentes.

O actual, honra lhe seja, proferiu um discurso sem qualquer sentido visível ou imaginável a não ser para especialistas em comentários, que são muitos e, diz-se, bem pagos.

Instaurada a primeira República, os seus heróis desataram a matar-se uns aos outros, a prender os sindicalistas, a pôr umas bombas aqui e ali, a meter-nos numa guerra que não era nossa com a desculpa de estar a defender o Império, e a arruinar o país. Durante a segunda, os sobreviventes da primeira dedicaram-se a ir comemorá-la pondo umas flores na estátua do António José de Almeida sob o olhar divertido dos Pides, filhos dilectos e sustentáculos armados da nova república. Diga-se que, no que ao Império de refere, não havia diferença entre os da primeira e os da segunda. Veio a terceira e, preze-se a liberdade política recuperada, vamos, calma e desinteressadamente, a caminho do quarto resgate, vivendo (mal) à custa de terceiros até ao dia em que seja preciso pagar o que devemos. A grande diferença é que os novos (velhos em relação à primeira e opositores da segunda) despacharam à matroca o tal Império. De resto, como as bombas deixaram de estar na moda, os herdeiros da primeira dedicam-se só à sua tradicional tarefa: arruinar-nos.

Não admira, por isso, que o Presidente nem uma palavra dirigisse ao 5 de Outubro propriamente dito e se tenha entretido com inanidades por dever de protocolo.

A malta, essa, não quis saber. 5 de Outubro? O que é isso?

 

6.10.21

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