O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Os “científicos” intelectuais das inúmeras sondagens que precederam as eleições foram os grandes derrotados de ontem. Nem um se aproximou do resultado final. Durante meses, as sondagens garantiam a subida do PSD. Nos últimos dias, por unanimidade, apostaram no empate técnico. Sempre negaram a hipótese da maioria absoluta do PS. Pode, legitimamente, concluir-se que tais sondagens são uma aldrabice, que foram manipuladas, que são feitas por incompetentes ou que, se sérias, ou não servem para nada ou são contraproducentes. As proclamadas “margens de erro”, essas, não podem deixar de ser consideradas como pura trafulhice.
O que foi positivo nestas eleições? Duas coisas: o merecido enterro da extrema esquerda e o não menos merecido pequeno triunfo da Iniciativa Liberal.
De resto, só desgraças. A maior de todas é termos pela frente mais quatro anos de Costa. Logo a seguir, o monumental falhanço do PSD, como previsível consequência do posicionamento político do senhor Rio.
O IRRITADO passou meses a denunciar as tristes teses deste homem. O PSD só ganhou eleições quando se posicionou, claramente, na oposição ao PS, sem complexos de esquerda. Foi o caso de Sá Carneiro e de Cavaco Silva, que nunca confundiram a sua social democracia com a democracia socialista do PS. Nunca o PSD ganhou quando andou às fosquinhas que “desculpavam” os desmandos do adversário. Rio achou quase sempre que o “interesse nacional” (leia-se, do PS) se sobrepunha à denúncia clara do que era fundamental denunciar. Rio matou a oposição, tornou-a inútil. Dir-se-á que o IRRITADO, na recta final, se pôs ao seu lado. É verdade. Apesar de todos os “apesares de”, o PSD era a única tábua de salvação para quem não queria continuar a afogar-se no pântano socialista. E as sondagens ajudavam, vejam lá! Não havia outra hipótese de correr com o Costa. Mas a “estratégia” de Rio atirou votos para os braços do Chega, inutilizou o CDS, pôs o que restava da direita moderada na mão da IL e aniquilou qualquer hipótese de federação dos votos não socialistas. As promessas aldrabonas do Costa fizeram o resto.
Agora, é preciso, primeiro, esperar que o PSD, com a maior urgência, arranje um líder que se assuma como tal e como verdadeira oposição e, segundo, esperar que os resultados da “governação” das ratazanas socialistas cheguem a mais um inevitável cúmulo de inviabilidade financeira, miséria moral e desgraça cívica.
Diz o povo que a esperança não morre. Valha-nos isso.
Tem sido épica a luta dos esquerdoidos contra o Chega. Convencidos de que tal orgenização vai ter uns alguidares de votos, entraram em pânico. O último argumento que lhes resta é brandir a ameaça do Chega. Como os votos dos deputados do Chega valem tanto como os dos outros, tremelicam de pavor com tal repetidíssima ideia.
Não é desejável que o Chega tenha o “triunfo” que as sondagens apregoam. Tal e qual como não é desejável que o BE ou o PC os tenham. Porque será que os votos dos deputados do Chega valem menos do que valeram ao PS os dos partidos comunistas?
Ainda ontem, o trauliteiro-mor do PS, um tal Santos Silva, dizia que há uma grande diferença entre a extrema direita e a extrema esquerda. Porquê? Porque a extrema direita põe em causa alguns valores expressos na Contituição, diz ele. Talvez. E a extrema esquerda? Não põe em causa os tratados que a III República, constitucionalmente, consagra? Não é, pelo menos no caso do PC, contra o Euro? Não têm estes como referência política e moral a ditadura soviética? Ou o sistema advogado pelo do Tsipras? Ou não negam a economia de mercado que a União Europeia consagra, com os países que subscrevem os respectivos tratados? Como é que um partido como o BE, que jamais denunciou o seu “albanismo” original, ou como o PC que nunca abjurou da seu sovietismo de base, são “pilares de democracia"?
O trauliteiro do Largo do Rato e os seus parceiros do BE, do PC e do PNSantos, podem espernear à vontade, podem exibir os “raciocínios” que entenderem, mas jamais se livrarão da verdade que está à vista de todos: foi o PS quem, durante seis anos, ficou a dever o seu poder a partidos que negam princípios basilares da Constituição. E é o PS que, apesar de traído por eles, se prepara, sem honra nem vergonha, para ressuscitar as suas espúrias alianças.
Com gente como Santos Silva (leia-se gente do PS), jamais a III República recuperará a honra e a dignidade da Democracia Portuguesa. E não colhe, como é evidente, espernear contra algo que não existe, sobretudo brandindo patacoadas com a da “aliança” dos Açores.
Durante várias semanas, veio o inacreditável Costa a subir a sua parada. Primeiro, queria um “resultado ganhador” e, se não o conseguisse, demitia-se. Depois, tomou balanço, a maioria absoluta era o objectivo. Se não a conseguisse... já não se demitia, mas continuava zangado com os parceiros da geringonça, nada de acordos com quem o tinha traído e feito cair. No terceiro acto da palhaçada, tudo mudou. Agora, qualquer coisa serve, desde que não se demita. Ganhe ou perca, falará com todos mas, atenção!, primeiro os “da família” (sic).
Entretanto, a dona Catarina, chefe incontestada das esquerdoidas, mais a paspalhona das framboesas, viraram de bordo. Estão dispostas a tudo. O partido bolchevista ainda não se pronunciou, mas, pelo menos, diz que tudo fará para evitar a “maioria de direita”. Ou seja, vale tudo outra vez, a geringonça dois está garantida. Tudo indica que negociaram o flic-flac com o aldrabão.
As coisas estão a ficar claras. O fulano, perca ou ganhe, jamais se demitirá. Diz que com o Chega não falará, só lhe faltando dizer que, se o Chega tiver lá uns deputadozinhos... a ver vamos.
Enfim, ao sabor das sondagens, o trafulha fará o que for preciso para se segurar no tacho. Será o que estiver a dar, o necessário para, como propagandeia, dar continuidade à sua obra. Evolução na continuidade, como dizia Marcelo Caetano.
Neste mar de aldrabice, parece que ainda haverá quem vote no trafulha.
De uma coisa podemos estar certos. A criatura, sem falar nisso, prepara-se para viver mais uns anos à custa da “bazuca”. Quando a bazuca acabar, virá o que é o inevitável timbre e consequência da governação de esquerda, historicamente provada e comprovada: a bancarrota, ou coisa parecida. Depois, lá estará o PSD para apanhar os cacos, como de costume. E nós, para apertar o cinto e aprender a votar, se é que, ao fim de seis anos de propaganda e irresponsabilidade, já aprendemos alguma coisa.
Talvez eu esteja a ter mais um pesadelo, ou esteja a faltar à verdade, ou outra coisa qualquer. Mas... ontem à noite, regressado de um merecido fim de semana longe da “informação”, sentei-me a ver o balsemónico canal. Como é natural, as notícias da campanha eram muitas. Vi e ouvi a Catarina a lançar a escada ao salvador PS, vi o tipo do PC, o Ventura, o Tavares, o da IL, etc., todos contemplados com os seus tempos de antena. O Costa, esse, além do dos outros, teve direito a um interminável discurso perante as delirantes massas. Fiquei à espera do Rio. Népias, nem um segundo, uma referência, nada. Ou Rio foi saneado à moda do PREC, ou meteu férias, ou eu estava a dormir.
Não sei, ou sei demais, ao que isto se refere. No dia em em que a Catarina se abre a novas geringonciais aventuras, em que o Costa, braços abertos, lhe dá as boas-vindas ao clube, o Rio desaparece das notícias. Estará ainda a deitar sangue do nariz? Parece que não. Terá apanhado o covide? Também não. Eu é que devo ser burro, não percebo que se trata de “critérios editoriais”. Os mesmos que fizeram, por exemplo, desaparecer o fim dos atentados à liberdade no Reino Unido e deram largas às medidas dos chineses e da rapariga da Nova Zelândia. Notícias são as que convêm, ou às eleições, ou à manutenção do medo, ou a outras coisas pelas quais muitas vezes nem damos conta.
Enfim, é o mundo dito democrático em que estamos metidos.
Já é comum dizer que o candidato Costa é irresponsável e irresponsabilizável, diz o que lhe convém, verdade ou mentira, tanto faz, que não merece qualquer sombra de confiança, etc.. É isto a voz corrente, e não carece de explicação ou comentário. O caso do senhor Nielleman proporcionou-nos uma ocasião em que, quiçá pela primeira vez, O primata não teve a resposta pronta que tem sempre à mão para aldrabar os pacóvios que, na sua cabeça, somos todos nós.
Após uma inenarrável série de asneiras cometidas para se apoderar da TAP, asneiras que continuam, imparáveis, num balofo espernear de “justificações” e pessegadas sem nome, a criatura resolveu dizer que o tal Nielleman é um desgraçado, falido, crivado de dívidas e que é indesculpável o que fez à companhia. Tudo mentira. O homem segue, triunfante, a gerir e alargar o seu império. Quis transformar a TAP numa companhia grande projecção. Teve prejuízos, é certo, mas o caminho que escolheu tinha futuro. Veio o covide. Os aviões pararam. Por todo o mundo, as companhias aéreas entraram em terrível crise. Melhor ou pior, pela Europa fora, foram-se aguentando. Portugal adoptou uma “solução” única no mundo. Pagou cinquenta milhões ao principal accionista para correr com ele. O senhor Nielleman foi-se embora com os bolsos quentinhos, feliz por se livrar da nacional-estupidez que manda nisto, e foi fazer a sua vidinha para longe da piolheira.
Justificando os desmandos, Costa declarou que o homem era um traste, um falido, um idiota, o governo do país estava felicíssimo tê-lo posto com dono. Mentiu e, quando lhe perguntaram pela mentira, deu às de Vila Diogo. Caso raro, não tinha nova aldrabice preparada para o efeito.
E é nesta criatura que há quem queira votar. Se não ganhar, tem sucessor à altura: o PNSantos e o seu bem-amado Bloco de Esquerda. É o que o PS tem para oferecer. T’arrenego!
O IRRITADO tem-se abstido de opinar sobre a campanha eleitoral, coisa que começou há mais de um mês mas só agora começa. Oficialmente, é de crer que os debates não passaram de exercícios de aquecimento.
A primeira observação que me ocorre, digna de indignação, ou irritação: as exibições dos manjericos, tidos por profissionais de comunicação, que serviram para dar cabo dos debates com histriónicas interrupções nos momentos mais interessantes, quando os pobres políticos eram por eles impedidos de acabar qualquer raciocínio digno da nossa atenção. Parece que os manjericos, ansiosos de protagonismo, queriam ser eles a promover-se, em vez de a tal dar azo aos debatentes. Enfim, são coisas dos nossos media, intocáveis, cientes da sua gigantesca importância. Não há nada a fazer.
Adiante. Houve alguns momentos interessantes na meia dúzia de debates a que o IRRITADO assistiu. Talvez o que mais o divertiu foi a mansidão da Catarina. Como por encanto, ultrapassou o ódio visceral que lhe é próprio, e próprio da organização a que preside. Assumiu um arzinho de menina do coro, inspirada no Papa, coitado, que parece servir para tudo. Até é capaz de haver quem diga que o arzinho dá votos. As provocações do Ventura, repetidas aos gritos vezes sem conta, mesmo tendo, às vezes, um fundo de razão, cansaram a malta e deram-lhe cabo das sondagens. O Chicão, por muito que esperneie, não passa a prestar, o Jerónimo apagou-se, coitado, se calhar por causa da carótida. Boas melhoras. O Costa repetiu à exaustão a propaganda enganosa que é timbre do seu estilo. A exibição do orçamento fez lembrar o PEC4, de risonha e ridícula memória. O Rio, cheio de promessas a prazo, deu um ar da sua graça e disse um mar de verdades indiscutíveis. Só que o outro espalha o dinheiro que ficamos a dever e que calam nas almas famintas e empobrecidas que criou. Será um milagre se a honestidade de um ganhar à parlapatice do outro. Restam os mui celebrados Cotrim, com carradas de mérito, e Tavares, com o seus sonhos de esquerda nefelibata. Se houve mais, não dei por isso.
A ver vamos se chega para dar cabo do Costa, a ver se conseguimos travar a desgraça trafulha em que, há seis anos, estamos metidos.
O IRRITADO solidariza-se com o problema do balsemónico grupo de empresas que foi atacado por piratas (bandidos, gatunos, canalhas) informáticos, prejudicando gravemente os atacados, a sociedade em geral a nossa segurança em particular.
O ataque foi, e bem, universalmente condenado. No caso, o IRRITADO está de acordo e deseja ardentemente que o problema seja resolvido, ainda que duvide que seja possível fazê-lo nas suas consequências para além do problema das empresas envolvidas. É que, ou muito me engano ou os dados de cada um continuarão à disposição dos bandidos.
O assunto levanta graves dúvidas em relação aos meios utilizados pelos hackers. É que os mesmos meios são utilizados, por exemplo, pelos chamados jornalistas de investigação, os quais os utilizam com impune frequência, e são incensados por isso. Levanta dúvidas, também, em casos como o do senhor Pinto, tão hacker e tão bandido como os que atacaram a Impresa, e igulamente celebrado pelos bempensantes de serviço e até pelas polícias.
Sejamos francos. O que está em causa não são os fins, que justificam uns e condenam os outros. Em causa estão os meios utilizados. Portanto, ao contrário da “antiga” moral, os fins passaram a justificar meios. Os “pesquisadores” da net são bons ou maus consoante os fins, os meios não interessam. Diz o povo que “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Ao contrário da moda, julgo que o povo, desta vez, não tem razão.
Há longo tempo, andam as mais altas instâncias cá da terra, media incluídos, a gabar, endeusar e tecer ditirâmbicas considerações sobre os altíssimos serviços prestado a todos nós pelos profissionais da saúde.
Não me permito duvidar da sinceridade de tais opiniões. Só que, em relação às classes elogiadas, a coisa não deveria ser tão generalizada. É que, em relação a 2019, as faltas ao trabalho, segundo o Portal da Transparência do SNS, aumentaram 21,6%, cifrando-se, em 2021, no astronómico número de 5.100.000 (cinco milhões e cem mil) dias de trabalho não prestado, ainda que pago. Estranhamente, parece que o aumento da intensidade do trabalho no SNS, por causa da epidemia, em vez de diminuir as faltas, as aumentou. É claro que as razões para tal absentismo são, sobretudo e segundo os próprios, a doença, o apoio aos filhos os acidentes e as doenças profissionais. Tudo certinho. Mas...
Não tenho, nem sei se há quem tenha, elementos para comentar ou tecer profundas considerações sobre o assunto, mas parece-me que carece de demonstração a chuva de elogios que tombou sobre a heroicidade generalizada dos funcionários públicos envolvidos na luta pela nossa saúde.
Sei que, no Portugal socialista, o colectivo se sobrepõe sempre ao individual, justificando as generalizações. Mas, no caso, talvez fosse mais sensato premiar e distinguir quem trabalha, e trabalha bem, em vez de endeusar o colectivo criando uma nova classe de heróis.
Dadas algumas observações pouco abonatórias do meu último post, tomo a liberdade de chamar a atenção dos críticos para algumas insofismáveis realidades.
Se a memória me não trai, digam-me lá se não foram votar nas autárquicas e nas presidenciais sem haver normas especiais, para além do trivial, que impedissem de votar quem o quisesse fazer. Quem iria fiscalizar se o eleitor estava infectado ou não? Ninguém. Alguém exigia testes, certificados ou outras martingalas como condição para exercer o direito de voto? Não. Sabia-se se algum eleitor "confinado" dava um saltinho à rua para votar? Não. A malta guardava distâncias, usava máscara, tinha cuidado? Sim. Houve necessidade de criar um sistema especial? Não. Houve algum surto suplementar motivado pelas eleições como dizem que houve por causa do Natal do ano passado? Não. As variantes em acção eram mais perigosas que o omicron? Eram. Havia menos gente vacinada do que há agora? Havia. Houve alguma lei especial, ou específica, por acusa das eleições? Não.
Há alguma razão para, nas legislativas, ser diferente? Há. A razão é só uma: manter, incentivar, generalizar ainda mais o medo, dominar, descriminar, ameaçar, privar, num alarde de poder nunca visto.
À espera de um parecer da PGR (qual será a competência da PGR nesta matéria - será um novo Tribunal Constitucional criado à pressão PS?), as pessoas, espantadas, atónitas, confundidas, com uma "crença" já patológica nas "autoridades", esperam a "salvação".
Toda a gente sabe, por experiência própria ou alheia, que a doença covide, nesta fase, é uma gripe chata, mais leve ou mais dura, com os sintomas, os incómodos e as consequências da gripe “clássica”, própria da época. Toda a gente sabe que os chamados “positivos”, na sua esmagadora maioria não têm sintomas de espécie nenhuma, ou seja, não adoecem.
No entanto, a triunfante guerra do medo, em vez de parar, continua, e até mais catastrófica que antes. A economia estrebucha, os pequenos negócios, de que tantos dependem, andam às aranhas. Há bichas para os testes por todos os lados, as pessoas são discriminadas, vivem num terror que não tem qualquer razão de ser e, loucura das loucuras, são ameaçadas de nem poder votar. O governo, em mais um alarde de incompetência, esqueceu-se de programar, mas não de ameaçar. A vinte dias das eleições ainda não sabe o que há-de fazer a quem esteja abrangido pelas ameaças que propala. Não há quem não o diga.
Parece mais que evidente que o que o governo tinha a fazer era nada fazer. Guardadas as cautelas de que o governo tanto gosta (máscaras, distanciamentos, gel...) as pessoas deviam ir votar como sempre foram, sem quaisquer limitações. Mas o terrorismo sanitário tem muita força. Tanta, que é capaz de levar a um nunca visto número da abstenções, com a correspondente desvalorização política e social do resultado, seja ele qual for.
A pessegada continua, a nossa saúde mental a piorar e as trapalhadas das ininteligíveis “medidas” continuam viçosas.
Os pruridos jurídicos do governo sairam da gaveta. Nunca o Presidente ou o governo se preocuparam coisa que se visse com a Constituição, as leis, os direitos consagrados como inatacáveis nos países ditos civilizados, normas espezinhadas com as mais rebuscadas justificações com a desculpa do covide.
Só agora, para continuar a não resolver o problema que criou com a história da “segurança sanitária” no acto eleitoral, vem ter “escrúpulos jurídicos” quanto a tal segurança. Ou seja, criou um problema e, incapaz de o resolver, arranja maneiras para adiar a solução do insolúvel.
Nole me tangere (s. Mateus). Não me toques, em tradução um tanto abusiva.
O PS, que sabe umas frases bíblicas(?), tratou de abusar, muito mais que o IRRITADO. Assim, por ordem do Costa, vai de renovar - por cinco anos! - altos cargos da administração pública que expirariam em Fevereiro. O Costa não é de modas: os boys são sagrados, neles não se toca. Mesmo que perca as eleições, mesmo que se demita, trata de segurar os seus. E logo a começar pela presidência do conselho de ministros. Se outro subir a PM, terá que se haver com uns fulanos que passam a espiões avençados do Costa. Ou substituí-los, com choruda indemnização.
É assim a honestidade socialista, largamente demonstrada desde há seis anos e que, mesmo que perca o poder, continuará.
Quando nos livraremos deste cancro? Será que é incurável?
.Qual página? A tão célebre expressão do abominável Costa foi, do alto do cadeirão de Belém, repetida por quem lá se senta.
Dizia o seu autor, há longos e tristes seis anos, que virava a página para acabar com a progressiva resolução dos problemas do socialismo levada a cabo por Passos Coelho, e criar aquilo que veio a poder chamar-se, com inteira justiça, a “nova pobreza”, ou seja a transformação progressiva, e “progressista”, de Portugal numa espécie de Bulgária Ocidental.
Enfim, a frase serviu de inspiração ao mais alto senhor da República. Que página quer ele virar? A coisa deu que falar. Tudo minha gente está de acordo, chamando à página o que lhe convém, talvez porque o discurso foi um mar de inanidades, ao que perece não fazendo mal a ninguém. Verdade? Não me parece.
Como o IRRITADO é um tipo sem escrúpulos, foi buscar outra frase, essa com inegável importância e clareza q.b.. É que o Presidente desta coisa declarou, sem deixar margem para dúvidas, que precisamos de “um governo com legitimidade reforçada”. Vejamos: não há nenhum governo que precise de reforçar a legitimidade, a não ser o do Costa. Os outros, não sendo governo, não precisam de “reforço”. Poderão, se tivermos sorte, acabar com o Costa, mas não precisam de reforçar uma coisa que não têm. Donde, numa interpretação pelo menos legítima, o que Marcelo R. de Sousa quer é que o PS saia “reforçado” das eleições.
Mais um servicinho ao país, leia-se ao PS, prestado a partir de Belém. Bonito.