O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Depois de meses e meses a declarar que a descida do IVA na alimentação não serviria para nada, o chamado governo erigiu tal descida em coisa formidável, fantástica, urgente.
Santa coerência, profundas convicções, políticas acertadas!
Aqui há anos alguém, já não me lembro quem, baixou o IVA da restauração. Efeito nos preços? Nenhum. Estes fulanos não aprenderam nada. Dizem que vão “fiscalizar”. Como? Ninguém sabe. A certeza é que não há fiscalização que possa funcionar.
Atolado em dinheiro, o governo não percebe que a única “inflação” que funciona é a subida generalizada dos salários, no público e no privado. É certo que muitas micro-empresas que não aguentariam. Fechavam, mas, aos empresários, não faltariam opções no mercado de trabalho. Não seria nenhum drama. O que, de certeza, não funciona, são as emolas governamentais com que se ofende as gentes sem lhes resolver problema nenhum.
Nos ominosos tempos da II República, havia uma censura feroz, entre poutras porcarias oficiais.
Agora, a censura volta, com requintes de malvadez, promovida pelo politicamente correcto, pela ideologia de género, pelo movimento woke, etc. Já não é de origem política, é de natureza “social”. Já não é só própria das ditaduras que pululam pelo mundo fora. É generalizada, sobretudo no mundo que se quer livre. Atinge o passado, presente e, ó miséria moral, o futuro.
Um amigo meu viu a sua conta cancelada numa rede porque escreveu a palavra “abichanado” num post, a propósito de um assunto que nada tinha a ver com gays ou similares. A um brasileiro sucedeu o mesmo por escrever, aliás carinhosamnte, a palavra “nêguinho”. A pobre Agatha Christie, e tantos outros, vê - veria, se fosse viva - as suas obras truncadas, alteradas, esfarrapadas. As criancinhas, a partir dos 7 anos, são objecto de tentativas de censura da sua natureza, mediante cirurgias e produtos químicos. Enfim, os exemplos são incontáveis, estropiando línguas, artes, até pessoas já só teoricamente sujeitos de direito.
Isto, excepcionalmente, não tem a ver com o governo. Tem a ver com uma civilização que, a passos largos, caminha para a sua própria extinção.
O Chega, às vezes, diz umas verdades. Às vezes, até parece ser um partido decente. Só às vezes, convenhamos.
Desta feita, ultrapassou tudo no que à sua natureza diz respeito. Quando um partido que, apesar de tudo, congrega tantos milhares de votos (a maioria de mero protesto, diga-se) dir-se-ia que tem algumas obrigações. Porém, quando convida para o seu congresso dois dos mais hediondos políticos deste mundo (Trump e Bolsonaro, piores que Putin, do qual são adeptos), ultrapassa todas as fasquias do tolerável e mostra a sua verdadeora face.
Ambos os convidados transformaram os seus países em campos de batalha, duas grandes democracias arrastadas num mar de trafulhices e de violência. É isso o que o Chega quer para Portugal?
Quaisquer resquícios de boa vontade que, apesar de tudo, o IRRITADO podia ir buscar ao fundo do saco, misturados com o lixo, morreram de vez. Acabou-se.
Quem viu na televisão o debate de aqui há dias deve ter ficado banzado com os sorrisos alvares da chamada ministra de habitação, exibindo os dentes para os colegas, os quais, por uma réstia da vergonha, iam fazendo de conta que não viam.
A referida senhora, em franca ascensão(!), até já se exibe em entrevistas à imprensa, onde espraia a excelência das suas medidas. Num ápice, do zero à esquerda à fama e à glória. Sublinhe-se esta afirmação: “Não temos nenhum objectivo com o arrendamento coercivo”. E esta hem?, como diria o Pessa. A indivídua propõe a medida, mas não sabe o que há-de fazer com ela. Tem razão. Todas as medidas propostas não têm qualquer base em dados concretos, são palavreado sem sentido. Como tudo o que este governo propõe para patego ver. Há mais. Por exemplo, disse ela: “Queremos que esta política fique como o SNS ou a escola pública”. Toda a razão. Se se trata de destruir, de burocratizar, de aldrabar, vai tudo ficar no mesmo estado, confusão, injustiça, trapalhada, falta de respeito, propaganda falaz. É o auge dos malefícios do primitivismo ideológico. Blablá sem fundamento.
Se houvesse nesta gente alguma sombra de vergonha, fica a ideia de que esta senhora seria bem aproveitada como “assistente operacional”. Dentes para mostrar não lhe faltam.
Segundo o que está escrito por todo o lado, a coisa passou-se assim:
Os pilotos da TAP subscreveram com a adminstração um protocolo qualquer, que consubstanciava um acordo qualquer;
Tal acordo, para entrar em vigor, precisava da chancela do governo;
Na falta de tal chancela, não há acordo válido;
Não havendo acordo válido, e os pilotos não são de modas, greve na Páscoa.
Os prejuízos para os portugueses que querem viajar na Páscoa são enormes. O mesmo no que se refere ao turismo. As reservas estão a ser canceladas na TAP, nos hotéis, nos restaurantes, por tudo o que é receitas “pascais”. Dir-se-á que os pilotos são uns malandros. Como se até estão de acordo com a gestão?
Resumindo, se houver greve, a culpa é exclusivamente do governo. O governo está a “estudar o assunto”. Enquanto estuda, mais cancelamentos há e haverá. Cada dia de “estudo” custa milhões. Já custa. Há uns meses, a culpa seria do PNSantos. Agora, é do fabuloso novo astro socialista da ala daquele, o senhor Galamba. Caramba, Galamba ,vais pagar o prejuízo?
O patrão governo é incapaz de fazer acordos com os seus empregados das escolas, dos hospitais, etc. Mas, se há acordo entre as partes, o patrão governo boicota.
Eis mais uma demonstração da inteligência socialista, ou seja, mais um atentado ao bolso dos portugueses.
Há para aí um ano, recebi um cartão de “Antigo Combatente”, no qual está escrito que tenho direito a: a)“Isenção de taxas moderadoras”, b)“Gratuitidade do passe intermodal dos transportes públicos das áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais”, e c)“Gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais”.
Todo contente, meti-me no autocarro e mostrei cartão ao motorista. O tipo riu-se e vendeu-me um bilhete. Depois, fui à baiuca da Carris. O homem olhou para o cartão como boi para palácio e mandou-me dar uma curva. Fui então a um museu do Estado e, sorrrindo, a menina, muito simpática, vendeu-me um bilhete. Felizmente, ainda não precisei de ir a um hospital público, por isso é-me legítimo ter a certeza de que teria que pagar a taxa.
Ou seja, era tudo mentira.
Mas, hossana!, mais de um ano depois, o chamado governo (a ministra da defesa é a mesma senhora que, como secretária de Estado, mandava os cartões aos combatentes) vem anunciar, com a propaganda habitual, que está a tomar medidas para “operacionalizar o sistema”. Presumo que, daqui a dois anos, a mesma senhora venha dar uma conferência de imprensa onde, lado a lado com o primeiro-ministro e com fanfarra da GNR, anuncie que, “dentro em “breve”, será emitido o primeiro passe e dados meios burocráticos aos museus e hospitais para cumprir o prometido.
O IRRITADO, para ser franco, marimba nisto tudo. A verdade é que já estamos habituados à “veracidade” dos anúncios do governo.
“Eu prefiro funções executivas a outro tipo de funções políticas. É que nas outras funções fala-se, fala-se, fala-se, mas no executivo ou se faz ou não se faz e a medida do que se faz está nos resultados”.
António Costa
Muito bem, senhor Costa. Uma dentada ao Presidente. Está certo. O problema é que, no seu caso, se aplica como uma luva. O seu executivo fala, fala, fala, mas o que faz vê-se nos resultados. Por outras palavras, vê-se, ou na ausência de resultados, ou nos cronicamente catastróficos resultados daquilo que vai fazendo.
Veja-se ao espelho e vá-se embora. Talvez na UE haja algum lugar de contínuo à sua espera, com direito a um T0 na periferia.
O primeiro é seleccionador de futebol em Portugal há escassos dias. Pois não é que, na primeira vez que faz uma declaração pública, fá-lo num português, é certo que macarrónico, nas que revela notável esforço para falar a nossa língua. Parabéns.
A segunda viveu anos e anos com um português, é presidenta(!!!) de uma fundação portuguesa há pelo menos dez anos, e ainda continua a, publicamente, falar castelhano por todo o lado.
Aqui temos dois cidadãos, um que faz os impossíveis por nos respeitar, e nos respeita, outra, fulana desprezível que nos despreza, mas é permantemente é objecto dos maiores encómios.
Em França, a extrema esquerda e a extrema direita, mais uma vez, uniram-se para “apoiar” o “povo” na extraordinária história das reformas.
Quem é do resto da Europa em geral, e da UE em particular, vive e trabalha com idade de reforma entre os 64 e os 67 anos. Timidamente, o governo francês quis passar a reforma dos 62 para os 64. A esperança de vida aumenta, os números de velhos pensionistas aumentam, as reservas financeiras abanam, não garantem qualquer estabilidade no futuro, mas os franceses não querem saber.
O europeu comum não pode deixar de ficar de boca aberta quando vê tal gente, violenta como sempre, vir para a rua aos milhões, a gritar contra a mais que sensata, e justificada, proposta do Presidente. Que se lixe o futuro, trabalhar faz calos, mais dois anos, até aos sessenta e quatro nem pensar, quem vier depois que feche a porta, partam-se montras, faça-se fogueiras nas ruas, ataque-se o que der na gana, demos largas à pancadaria!
A partir da história exemplar do “Mondego”, podemos fazer algumas observações e tirar algumas conclusões:
Os insubordinados têm direito a:
Visita do Chefe, com fanfarra mediática, hino nacional e vasta cobertura mediática;
Liberdade garantida;
Transporte para casa em avião comercial;
Recepção no aeroporto, família, amigos, colegas, camaradas, advogados, etc;
Cobertura da chegada pela TV, pública e privada, e demais órgãos da chamada comunicação social;
Bocas para o povo, palmas, mais hino, um forrobodó dos diabos;
Regresso a casa em total liberdade.
Parece que a coisa vai ter seguimento nos tribunais civis (!!!).
Mais
O Chefe da Armada aproveita para dar “explicações” esfarrapadas na televisão.
Nas Forças Armadas em geral fica a saber-se que isso de insubordinação é coisa de somenos.
O primeiro-ministro, sempre em cima da jogada, oportunista e espertalhão, anuncia que “descativou” uns trinta e tal milhões dos mais de cem previstos para arranjar os navios, sendo que parece que o “Mondego” não está incluído na martingala.
O comandante supremo dá duas no cravo e três na ferradura como é seu hábito.
Uma coisa é certa: a disciplina militar em Portugal tem os dias contados.
1 – Bandalheira militar. Uns marujos recusaram-se a cumprir as ordens da hierarquia, inviablizando uma missão a que estavam obrigados com a desculpa de falta de condições do seu navio.
A isto chama-se insubordinação, quer a “desculpa” tenha, ou não, pés para andar. E, na tropa, tal coisa tem que ser,de imediato, exemplarmente punida.
Que aconteceu? O primeiro-ministro, como é seu hábito, já veio dizer que não tem nada com isso. O Presidente parece que não percebe nada de assuntos militares. O almirante do covide chamou à coisa o nome exacto mas, que se saiba, nada fez, isto é, pediu um inquérito. Que é feito dos insubordinados? Ninguém sabe, ou seja, sabe-se que nada lhes aconteceu, devem estar à espera do resultado do inquérito. Será?
Quando eu era oficial miliciano, se algum que de mim depedesse se insubordinasse ia direitinho para o xilindró. O mesmo me aconteceria se o mesmo fizesse. Se perguntassem à Mortágua porquê, responderia que isso era no tempo do fascismo, e que eu era, ou sou, fascista. Mas se perguntassem a algum militar, pelo menos a um militar estrangeiro, fosse ele donde fosse mas mormente de de países democráticos, diria ele que eu tenho toda a razão.
A acção dos insubordinados, bem como reacções até agora por aí conhecidas, são sinal da bandalheira a que chegámos, e que tal bandalheira chegou à mais improvável sede: as Forças Armadas.
É claro que toda a gente sabe que, de orçamento em orçamento, a regra é a das cativações, sendo as FA atingidas por esta moda do socialismo nacional. Mas isso é outra história, que anda a ser usada pela “política”, para justificar o injustificável. Os marujos do Mondego mereceriam uma reacção imediata e exemplar, não a ficar à espera de um inquérito.
Acrescente-se esta cereja a este bolo: internacionalmente ficamos mais sujos do que já estávamos.
2 – Bandalheira escolar. Os condotieri dos professores vieram declarar que farão greve às avaliações, ou aos exames, como se diria anos atrás. Tenham ou não razão nas suas reivindicações, perderam a noção dos limites. Podem proclamar à vontade que estão muito preocupados com os alunos que já não há ninguém que em tal acredite. É a bandalheira a institucionalizar-se no ensino.
3 – Bandalheira aero-jurídica. Ansiosa por safar o governo da trapalhada da TAP, a inspecção das finanças foi buscar ao caixote do lixo dos primórdios da II República (1933) uma norma qualquer que lhe permitiu pôr os membros do governo nela envolvidos a coberto de chatices. Não chegava a bandalheira dos ditos, era preciso abandalhar mais alguma coisa, desde que os trapalhões que toda a gente conhece ficassem a salvo.
Um indivíduo que costumava aparecer na TV atrás da dona Temido, de quem era oficialmente ajudante, sendo de presumir que era membro do coro da senhora, acompanhando-a a cantar a “internacional” na qualidade de soprano, veio agora dar mais um sinal de fidelidade à dita - o que só o honra, diga-se, que isto de fidelidade não é coisa que se pratique ou recomende nas hostes do socialismo nacional.
Contente com as trapalhadas da senhora – por exemplo o fim das PPP dos hospitais de que o povo gostava e que poupavam dinheiro ao Estado, o evidente caos do SNS a que a senhora presidiu, a incapacidade no caso covide, que a tropa veio salvar, as declarações sem pés nem cabeça que proferiu de braço dado com a colega do bacalhau à Brás – o fiel Sales acha agora que ela é a cidadã mais indicada para presidir à Câmara de Lisboa.
Imagine-se o que seria se esta tão sapiente opinião viesse a vingar. Os distribuidores de fast food seriam integrados nos quadros da Câmara, as bicicletas privadas municipalizadas, a construção de habitações por privados proibidas, o alojamento local que restasse passaria a ser gerido pela Câmara, etc. e tal.
Mas não é só o impagável Sales a promover a senhora. É o PS em peso. Ela já é líder da coisa em Lisboa, e multiplica-se em diligências e em cargos partidários, ao ponto de aparecer, com certeza dados os seus dotes de constitucionalista, na comissão de revisão constitucional da Assembleia. Não lhe escapa uma, com fomidável quão mentecapto apoio partidário.
O IRRITADO deseja a tão ínclita personagem o sucesso que merece.
Ninguém, dos atacados, devia ser penalizado na ópera bufa da TAP.
Não certamente a senhora dos 500.000, que mais não fez que discutir o montante e aceitar o negociado com advogados das duas partes e aprovado por administradores, ministros, secretários de Estado, o próprio primeiro-ministro (que manda neles ou devia mandar), tudo gente que aceitou e apoiou pô-la na rua da TAP e pagar-lhe o que pagou (verba aliás comum e não exagerada em casos do género), e mais, a compensou com novo cargo público e até com um lugar no governo - se é que o há.
Não certamente a dona Ourmières, que geriu a TAP, empresa pública tradicionalmente deficitária e a presenteou, em pouco tempo, com uns trinta milhões de saldo, senhora que, não gostando da colega, a quis pôr a andar e se rodeou dos pareceres da ordem e das autorizações do accionista Estado através dos seus altos representantes.
Ficou, porém, provado que tais senhores, apanhados em falso, desataram a mentir, a desmentir, a desculpar-se e a culpar terceiros, com ridículas piruetas e flic-flacs de feira, mais preocupados em não cair num mar de vergonha do que noutra coisa qualquer. Agora que se espetaram e se continuam a espetar, entraram no jogo do passa culpas e decidiram como de costume: a culpa é delas!
Não se pode ser mais rasca.
Uma terá que devolver o que recebeu (líquido seria menos de metade dos 500.000) e, segundo os jornais de hoje, ter que pagar uns 18.000 em multas.
A outra não se sabe, mas consta que vai espernear nos tribunais, para além de chamar a esta gente os nomes que esta gente merece, o que ribombará além fronteiras, para grande gozo dos interessados em comprar a TAP e para desprestígio do país.
O IRRITADO, que nunca simpatizou a francesa, deseja-lhe boa sorte. E que estes tipos vão todos para onde merecem ir.
Anteontem, um feroz professor, cara a cara na TV com um advogado do trabalho, lamentou-se amargamente de não ter direito à greve. Porquê? Porque o seu trabalho tinha sido apanhado pelos serviços mínimos. Que trabalho? Dar uma aula de história uma vez por semana. O IRRITADO solidariza-se com este pobre senhor, que só podia fazer greve uma hora por semana e que até esse direto lhe tiraram! Acrescentou tal senhor que os professores estão muito preocupados com os alunos. Não contesto, mas parece-me que já há muita gente preocupada com tal coisa. Faltavam os professores. Ainda bem que se juntam aos demais.
Como já escrevi, a greve dos professores é uma greve como as outras - os assalariados contra o patrão. Clássico. Muita gente diz, com razão, que há patrões a ganhar muito mais do que seria normal. Destes, sobressai o maior de todos: o Estado, o que mais entesoura com a crise, ou seja, o maior especulador.
Dir-se-ia que os serviços públicos e os salários dos empregados ganhariam com isso. O problema é que se dá exactamente o contrário.
Onde está a lógica disto? Perguntem ao professor Medina.
Estamos banhados em greves. Dos professores (ainda hoje o tipo da CGTP aconselhava os pais a não mandar os filhos à escola!), dos tipos da CP, da TAP, médicos, enfermeiros, etc. etc., todos funcionários públicos ou pagos pelo Estado, todos empregados de coisas que funcionam mal ou não funcionam.
Tendo em conta que toda esta gente tem o mesmo patrão, perguntar-se-á o que têm os portugueses em geral a ver com isto. Que têm a ver com escolas fechadas, com hospitais incapazes, com aviões na pista, com falta de comboios, etc.?
Haverá para aí um milhão de assalariados Públicos. E os outros nove milhões que, mal ou bem, pagam os salários desta malta toda? Não contam? São uma espécie de carne para canhão, alunos sem escola, trabalhadores que não podem ir para o trabalho, doentes anos à espera, e por aí fora, um nunca acabar de desgraçados?
(Não se ponham a chamar fascista ao IRRITADO, até porque essa parvoíce já está gasta. Tudo o que não for do PS (com honrosas excepções) ou de mais à esquerda, com certificado de bom comportamento passado pela Mortágua, é fascista. Já ninguém com um mínimo de juízo come disso. Arranjem outra.)
O IRRITADO não é contra a existência do direito à greve, nem contra o seu legítimo exercício. Mas o que é demais passa da conta. Passa da conta a “nobre luta” dos professores ou das dezenas de sindicatos da CP..., e passa da conta a gigantesca incompetência de quem diz governar-nos.
Estão bem uns para os outros. Já que não se deve acabar com os sindicatos. acabe-se com o governo, xiça!
Com a sua carinha fofa, Sua Excelência das Finanças veio, glorioso, explicar que o défice público teve uma descida formidável (uns 12%). Se nos lembrarmos de uns anos atrás, quando o país se esmifrava para pagar a formidável herança do PS, aí veremos as críticas brutais deste e do “seu” presidente Sampaio (“há vida para além do défice”, lembram-se?), poderemos comparar a glória do Medina com esses duros e honestos dias.
Passos Coelho tinha às costas uma tarefa gigantesca. Nunca enganou ninguém, por muito mal que não pudesse deixar de fazer aos nossos bolsos. Quando as coisas não lhe corriam de feição, ou quando o TC lhe caía em cima por obra e graça dos Medinas & Companhia, apresentava rectificativos orçamentais com total transparência. Não andava a fazê-los à sorrelfa, como com as célebres cativações do Centeno. E Passos baixou o défice, e pôs-nos a navegar. Viu-se com lhe pagaram, apesar de os portugueses olhe reconhecerem a obra e o porem à frente nas eleições. Viu-se o que o PS fez aos resultados eleitorais, e o que continua a fazer na sua - nossa - imparável marcha para uma pobreza sem remédio.
Agora, que o governo está a abarrotar de impostos, que a CE lhe empresta milhares de milhões, que faz o chamado governo? Entesoura em vez de ajudar. E depois vem gabar-se dos seus feitos.
Em matéria de lata, o campeão é o Sócrates. Desta vez, coitadinho, vem acusar o Estado (a Justiça) de andar a atrasar o julgamento da “Operação Marquês” há mais de dez anos. Tem razão, mas é de um cinismo latoeiro sem limites. O estado a que a Justiça chegou é, há anos e anos, evidente, pelo menos na medida em que se deixa enrolar nas martingalas aldrabonas do Sócrates em vez de decidir de uma vez por todas o arquivamento das suas trafulhices jurídico-oportunistas. Parece que os legisladores e os tribunais, de braço dado, estão apostados em deixar prescrever os pecadilhos a que um tal Ivo Rosa reduziu o mar de acusações dos procuradores.
O IRRITADO não é especialista nestas obscuras matérias, mas não tem dúvida de que o culpado é o “sistema”. Qual sistema?
Indo um pouco mais longe, legítimo será imaginar que há uma gigantesca operação, ou conspiração judicial, de evidente origem política, para ilibar o malandrim. Na sombra de alíneas várias, de recursos em cima de recursos, movimenta-se qualquer coisa muito feia.
Do lodaçal da Justiça, impante de “razões”, emergirá o latocrata Sócrates, triunfante, limpo, inocente. Não me admiraria se viesse a ser readmitido no PS, onde tem amigos fiéis desde há muitos anos, gente que tudo viu, tudo apoiou, tudo aplaudiu, fingindo agora que, ao tempo, estava a assobiar para o ar.